Capitulo 1 - O bom filho a casa torna

Haviam se passado três meses desde que eu voltei para a casa dos meus pais. Muitas coisas haviam mudado nesse meio tempo, as lembranças ainda estavam vivas em minha mente dos últimos momentos em Wastford.

Math estava com as minhas malas enquanto eu descia pelas escadas a sua frente, ele não havia falado nada desde que chegou esta manhã. Eu estava voltando para casa e apesar dele ter me pedido para ficar eu não poderia. Eu precisava me reencontrar novamente.

E não. Não fiquei com ele depois que tudo aconteceu no galpão com os irmãos. Eu simplesmente me afastei e tive alguns dias para amadurecer, ou me forçar a isso. Eu fui uma criança, agi como uma e quebrei alguns corações e ate mesmo explodi uma casa.

Eu podia colocar a culpa completamente neles, mas eu tenho minha parcela de culpa, eu tinha medo e ainda tenho medo. Medo de entregar e sofrer novamente e acabei machucando todos que quiseram "consertar" o que estava "quebrado".

Meus avós estavam no carro a nossa espera, Math coloca as malas no porta-malas e entra no carro. Ele sempre em silencio e eu preso em meus próprios pensamentos. Nunca gostei de despedidas e apesar de gostar dele, eu não poderia ficar ali com ele, fugindo dos meus problemas.

É estranho falar que eu desejo ficar, mas ao mesmo tempo eu não quero. É como meter os pés pelas mãos uma hora ou outra eu vou acabar me fodendo e não quero cometer mais erros ou pelo menos diminui-los drasticamente.

Meus avos conversam aleatoriedades que Math se limita a responde com frases curtas ou monosilabicamnete. O carro percorre o asfalto com velocidade até o aeroporto da cidade. Quando chegamos ao portão 116 era quase nove da manhã e meu voo seria as nove e dez.

"Passageiros do voou 386, embarque no portão 116. Passageiros do voou 386, embarque no portão 116"

Ouço a voz robotizada anunciar, olho para o relógio e marcava nove horas em ponto, me despedi dos meus avos que me abraçaram e falaram sobre ter juízo e para ir visita-los com mais frequência. Math continuava calado e pensativo. Então meus avos de afastam e ele me olha nos olhos.

Eu me aproximo dele e ele me abraça forte, eu sei que ele não quer que eu vá embora, mas não me impede. Antes de me soltar ele segura minha face com suas duas mãos,

- Eu não vou desistir de você Gui.

E sem seguida sinto sua boca na minha. O nosso beijo é rápido e tranquilo, me afasto e os olhos. Aceno, me despedindo de todos e ao me virar um único pensamento me toma a mente.

"Estou voltando para casa"

Meu braço cobria meus olhos enquanto eu sentia o sol esquentar minha face enquanto eu me perdia em meus devaneios, ouço o sorriso de Paloma e desprotejo o meu rosto e começo a olhar o céu azul. As nuvens dançavam silenciosamente enquanto ela se senta ao meu lado.

- Toma primo. – diz ela me entregando um sorvete.

- Assim vou ficar uma porca – riu alto.

- Ah primo, você vai ficar fofinho redondinho.

Começamos a rir.

- Então no que estava pensando?

- Que não quero voltar à faculdade.

- Porque primo?

- Não sei, só é um pressentimento ruim.

- Nem só de pressentimentos ruins vive o homem...

- Tu não existe prima – começo a rir. – Quer que eu cante a sua musiquinha aqui?

- Que musiquinha primo? – falou ela com cara de desentendida.

- Chama o bombeiro! – falo alto.

Depois que voltei a casa dos meus pais, muitas coisas haviam mudado. Eu não era mais o garoto mal, mas também não era mais o garoto ingênuo. Mas devo admitir que senti falta de ser apenas eu. De não precisar ser o que eu precisava ser. Mas eu queria desistir.

Então Paloma – minha prima de consideração – é agarrada pelo bombeiro – Jhonny, que a beija. Olho para os dois e sorriu. Segundo palavra das minha prima o dono das coxas mais lindas desse homem ou como ela mesma explicita "meu marido gostoso". Ela está me ajudando a lidar com alguns sentimentos.

Nos conhecemos no avião, ela estava voltando de uma viagem com o maridão de férias e tinham ido visitar alguns parentes e lá estava eu ao lado dos dois. E começamos a conversar por causa de um livro empoeirado que eu carregava, na verdade ele não era velho eu só não o tinha deixado largado em baixo da minha cama e estava empoeirado.

E não ainda não li o livro, todo, mas o pouco que eu havia lido havia sido o suficiente para manter uma conversa por toda a viagem com a minha prima, e acabei falando da minha vida e por alguma razão que desconheço ela me adicionou a família.

Estávamos no parque, havia muitas pessoas aproveitando a natureza para fazerem piqueniques a beira do lago, ou praticar remo ou ate mesmo usar os pedalinhos em passeios tranquilos no lago.

Enquanto minha prima e seu bombeiro de enamoravam, decidi voltar a olhar o céu e estico minhas pernas, por ventura do destino acabo enfiando meu pés entre as pernas de um garoto que corria.

Seu corpo estava indo em direção ao chão, e em minha direção. Ele caiu, seu rosto ficou a poucos centímetros do meu. Seus olhos verdes encararam os meus.

- Me desculpe, eu...

- Tudo bem, eu fui o culpado.

- Concordo. Já que estou aqui e estou gostando do jeito que estou te deixando vermelho, eu sou Caio e você não estaria interessado em sair comigo?

- Eita primo você não perde tempo! – diz Paloma enquanto sorria. – E ele é gatinho. 

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