Capítulo 24

Havia chegado o dia que Cristal e sua mãe passariam na casa de Josefa:

- Você está pronta mãe?

Cristal perguntou a Lídia.

- Ah minha filha, sinceramente, eu não sei se é uma boa idéia eu ir para a casa da sua avó.

Nós nunca nos demos bem e não é agora "do dia para a noite" que vamos começar a nos dar.

A mãe da menina respondeu.

- Eu sei mãe, mas, tudo tem uma primeira vez ou uma segunda vez. Dá uma chance para a minha avó vai?

Lídia suspirou e concordou:

- Tudo bem minha filha, eu já vou, porém, já aviso que não vou demorar.

- Tudo bem mãe, a gente vai ficar só um pouco.

Cristal concordou e logo as duas estavam pegando um carro de aplicativo para ir até a casa de Josefa:

- O que você tem minha filha?

Perguntou Lídia percebendo que a filha voltara a passar mal:

- Eu não me sinto muito bem m-mãe, e-estou com mui-ta falta de ar.

Ela disse de forma cotada. Lídia olhou para o motorista:

- Moço, me leva para o hospital por favor.

Lídia pediu.

- Tá bom.

O homem mudou de direção e foi com Lídia e Cristal até o hospital. Ao chegar lá  o médico perguntou:

- O que houve com ela mãezinha?

- Minha filha foi diagnosticada com refluxo gástrico a um tempo atrás, e vem tendo muitas crises de falha de ar.

- Somente isso? Ou alguma outra coisa?

O homem perguntou.

- Não... Ainda tem o traste do pai dela. Deus que me perdoe, o homem foi capaz de forjar a própria morte, ai que ódio! E eu lá que nem uma otária fazendo ela respeitar a memória dele.

- A senhora já a levou em um psicólogo?

Perguntou o médico.

- Apenas uma vez quando eu fui contar que  o pai dela tinha voltado, mas, doutor, eu sei que não entendo nada de medicina, porém, eu tenho quase certeza que essas crises de falta de ar não são resultado de algo psicológico.

- A senhora já a levou no otorrinolaringologista?

O médico perguntou.

- Sim, foi através disso que nós descobrimos o refluxo gástrico.

Lídia explicou.

- Vou lhe dar o encaminhamento e peço que a leve novamente até ele, peça para que repita os exames.

- Tudo bem doutor, eu faço o que for preciso para minha filha ficar bem.

Depois de tomar alguns remédios no sorro, Cristal estava melhor:

- Eu já estou melhor mãe, quando o médico me liberar a gente pode ir para a casa da minha avó.

- Nem pensar! Você vai ficar quietinha aqui e quando for liberada vamos direto para casa.

- Ah mãe, e o que a minha avó vai pensar se a gente não aparecer?

Cristal ficou preucupada.

- Nós vamos ir ter tempo para explicar, além do mais, eu vou marcar um novo exame para você a pedido do médico.

Lídia comunicou.

- De novo mãe? E sem necessidade. Ele já disse o que eu tenho.

- Com saúde não se brinca minha filha,  não se trata de gastar dinheiro, se trata de cuidar da sua saúde.

Disse Lídia. O médico entrou no quarto:

- Como estamos?

Perguntou o médico entrando no quarto:

- Estou melhor doutor.

Cristal respondeu.

- Que bom!

O médico comemorou.

- Vou deixá-la em observação hoje e se tudo estiver bem, amanhã eu libero você.

- Amanhã?! Ai doutor não dá para ser hoje?

Cristal perguntou.

- Não, não dá para ser hoje. Hoje você vai ficar em observação e se tudo estiver bem, te libero amanhã, caso contrário, ficará mais um tempo aqui.

- Hum... Tá bom.

Cristal respondeu.

- Dona Lídia, como eu havia pedido a senhora, marque a nova videolaringoloscopia o mais rápido possível, eu lhe darei a guia.

- Tudo bem!

Lídia concordou e o médico se retirou.

- Mãe, você acha que eu vou melhorar?

Cristal perguntou.

- É claro que vai minha filha, e vai melhorar em breve.

Lídia respondeu.

- E o meu pai? Você acha que eu e ele vamos voltar a nos dar bem?

- Sim, foi só uma discussão, nada que uma boa conversa não resolva.

Lídia a confortou.

- Sabe mãe?  O meu pai mudou tanto. Ele nem parece a mesma pessoa.

- Bom, é que... É que, as pessoas mudam mesmo, e se tratando do seu pai... Deixa para lá.

Lídia parou de falar.

- Pode falar mãe...

Cristal permitiu.

- Eu e você nunca conhecemos quem seu pai era de verdade. Não sei o que ele viu em mim, até que nos primeiros messes do nosso relacionamento se mostrou bem carinhoso, até pensei que ele gostava de mim de verdade, mas, depois, começou a se mostrar frio, distante, rude e por fim, se mostrou um traidor... Desculpa minha filha, eu não devia ter dito isso.

- Pode desabafar mãe, me dói ouvir tudo isso sobre o meu pai, mas, infelizmente é a verdade.

- Apesar de tudo ele é o seu pai, e pai a gente só tem um então, temos que valorizar enquanto ele está aqui.

- Daqui um tempo, ele vai estar com outra mulher e nem vai se lembrar da gente.

Cristal disse e Lídia não disse nada. Josefa ligou para a mãe de sua neta:

- Onde vocês estão? Será que eu convidei Cristal para jantar em casa? Que eu saiba ela disse que iria vir passar o dia aqui e não a noite.

Josefa disse impaciente.

- Boa tarde dona Josefa, eu estou no hospital com Cristal, e o seu filho deveria estar aqui para me ajudar.

Josefa se desesperou:

- Calma, a Cristal, ela passou mal de novo?

- Sim e eu estou aqui com ela. O médico disse que se ela estiver bem, amanhã vai a liberar, mas, para ser franca, eu não sei o quanto tempo vou ficar aqui.

- Geraldo sabe como ela está?

- Não!

Lídia respondeu.

- Eu vou até ai para visitá-la.

Josefa comunicou.

- Que bom. Ela vai ficar muito feliz com a sua visita.

- Eu só vou me arrumar e já vou.

- Está bem!

Disse Lídia e a ligação foi interrompida. A mãe de Cristal voltou para o quarto da filha:

- Sua avó vai vir para cá daqui a pouco.

- É sério?

Perguntou a moça sorrindo.

- Sim, jajá ela vem.

Lídia também soriu ao ver o quanto Cristal havia ficado animada com a notícia.

Josefa por outro lado pensava:

- É hoje que consigo saber se Cristal é filha de Vitor ou não.

Ela se arrumou, pegou sua bolsa e foi até o hospital onde Cristal estava internada. Josefa se lembrou que havia guardado o copo que Vitor havia usado no almoço:

- Agora só preciso de um copo com a saliva de Cristal e fazer o teste de DNA.

Ao chegar no hospital, se apresentou como a avó da garota e logo foi autorizada a entrar no quarto.

- A sua avó chegou. Eu vou ficar lá fora e caso você precise de mim é só me chamar.

Lídia disse e Cristal concordou. Logo que a mãe de Cristal saiu do quarto Josefa entrou:

- Oi Cris! Como você está?

Perguntou a avó da garota.

- Oi vó! Estou levando, me desculpa por não ter dado nada certo com relação ao dia que a gente ia passar juntas.

- Você não tem que se desculpar, afinal de contas, não tinha como você imaginar que ia passar mal. Além do mais, vamos ter muito tempo para nos encontrarmos.

- Será mesmo vó? As vezes eu penso que não vou melhorar, penso que vou ir de mal a pior até acabar morrendo.

- Você não pode pensar assim, tudo vai dar certo e logo-logo você vai voltar a sua vida normalmente.

- É. Tomara que sim.

Respondeu Cristal e Josefa sentiu em seu coração que a neta estava bem pior do que Lídia e os médicos pensavam. Cristal começou a passar mal:

- Vó me dá um copo com água, liga o ventilador, eu estou com muita falta de ar.

Jossfa pegou um copo com água e ligou o ventilador:

- O que você tem?

- Eu preciso que você chame a minha mãe ou um médico.

Depois de chamar Lídia, Josefa saiu do quarto e foi a recepção:

- Posso te ajudar senhora?

Perguntou a recepcionista.

- Eu espero que sim.

Josefa respondeu.

- Aqui tem algum laboratório que faz testes de DNA?

- Tem um laboratório aqui do lado que faz.

- Quanto tempo demora para sair o resultado? Você sabe me dizer?

- Por volta por duas semanas.

A mulher respondeu.

- Ah entendi! Eu vou até lá então.

Disse Josefa e saiu em direção ao laboratório.

Gostou do do capítulo?

Será que Cristal é filha de Vitor ou não? O que vocês acham?

Não se esqueça de deixar seus votos e comentários para eu saber o que estão achando e que acham que vai acontecer mais para frente!❤
Até a próxima!

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