Capítulo 15
Lidia viu a filha e a perguntou:
- Oi Cris. Como você se sente?
- Mãe, eu estou melhor, me desculpa por ter cabulado aula, eu não sei o que deu na minha cabeça para fazer isso.
- Eu sei o que deu minha filha, você só queria saber de uma coisa que era do seu direito saber... E se quiser eu mesma posso perguntar para Vitor ou para a sua avó qual é o cemitério.
- Mãe? Você tem certeza que o papai morreu mesmo? Eu estava desmaiada mais eu ouvi a voz dele, era a voz dele eu tenho certeza absoluta.
Lídia se espantou:
- Não minha filha, devia ser a voz do Vitor. Eles tem a voz parecida...
E seu pai Infelizmente já se foi...
Lídia viu as lágrimas no rosto da filha e não suportou, chorou muito também.
Geraldo estava descido, não interessava o que sua mãe diria, ele iria ver sua filha e pedir seu perdão. O homem pegou um taxi e foi para o hospital. Ao chegar lá, estava nervoso... Ver sua filha depois de tantos anos, pedir o seu perdão, e correr o risco de ser rejeitado... Tudo por causa de uma mulher que não o amava de verdade... Ele chegou ao hospital:
- Bom dia senhor, eu posso ajuda-lo?
Perguntou uma recepcionista simpática.
- Eu gostaria de visitar uma pacienre... O nome dela é Cristal Monteiro Ferraz.
- Tudo bem, e o senhor quem é?
- Geraldo Ferraz, o pai dela.
- Ah sim, o senhor pode acompanhar o guarda que ele vai te levar até a porta do quarto.
Geraldo assentiu e acompanhou o homem até o quarto de sua filha.
" - Chegou a hora..."
Disse ele chegando na porta do quarto.
Lídia escultou alguém batendo na porta do quarto e viu que Cristal dormia, talvez pelo uso de algum remédio:
- É melhor ir até lá e ver quem é... Mas, provavelmente é um enfermeiro, nada demais.
Lídia saiu de perto da filha e ao abrir a porta, viu uma pessoa, uma pessoa que não via a mais de dez anos, uma pessoa que a enganou com a maior frieza do mundo.
- Geraldo?
Sua garganta secou, seus olhos lacrimejaram, suas pernas perderam a sustentação, e ela viu tudo ao seu redor girar:
- Eu preciso de um pouco de ar, eu não posso está vendo isso, uma pessoa que está morta, aqui, bem aqui na minha frente, eu devo estar tendo alucinações...
Ela se dizia.
- Não Lídia, eu estou aqui, sou eu, o seu marido, o pai da sua filha, eu sobrevivi ao acidente, estou aqui agora, voltei para me redimir com você e com nossa filha, para a gente continuar de onde paramos....
Lídia mau esperou ele terminar de falar e lhe acertou um forte tapa rosto.
- Você é a pessoa mais baixa que eu já conheci em toda a minha vida... E ainda tem a petulância de vir aqui para fazer não sei o que... Cristal disse que escutou a sua voz, e eu disse que era a voz do Vitor... Antes fosse. Quer saber de uma coisa:
Se você quer tanto fazer sua volta valer de alguma coisa, volta para a Marisa... Já que foi com ela que você supostamente morreu.
- Deixa eu ver a Cristal?
Lídia gargalhou de deboche:
- Mais nem pensar...
- Por favor Lídia, eu sou o pai dela, eu tenho esse direito.
Lídia revirou os olhos:
- Olha, o que eu posso fazer é contar para Cristal que você está vivo e esperar uma resposta dela, se ela quiser te ver, você vem aqui amanhã, afinal de contas, minha filha está doente e tudo o que menos quero é agir com arrogância com ela.
- Ela está dormindo?
Perguntou o pai da moça.
- Sim.
Respondeu Lídia.
- Deixa eu entrar e ver ela um pouco?
- Não, eu não quero que ela acorde e te veja assim, sem a mínima preparação..
- Tudo bem, talvez você esteja certa.
Disse Geraldo.
- Volte amanhã.
Pediu Lídia e Geraldo se despediu:
- Tchau Lídia.
Ele se despediu.
- Tchau!
Ela se despediu secamente. Ao ver Geraldo ir embora, seu coração estava desparado:
- Ele está vivo! Cristal estava certa.
Gerado voltava para casa frustrado, ele queria muito poder falar com a filha, poder ouvir a voz dela de novo e naquele dia não foi possível, mas, ele teria uma nova chance amanhã, e isso lhe despertou ansiedade, medo, nervosísmo, e um milhão de outros pensamentos.
- Onde você foi meu filho?
Perguntou Josefa.
- Eu não vou mentir, eu fui até o hospital mãe, Cristal está doente, eu preciso ficar perto dela.
- Eu não acredito que você vai desperdiçar todo o nosso esforço de todos esses anos para te manter longe daquela mulher... Você sabe que ela vai te rejeitar, não sei para que perder tempo indo até ela.
Disse Josefa.
- Oh dona Josefa, você ouviu o que eu disse? A sua neta está DOENTE. Pelo amor mãe, você não pode ser tão insensível assim com a sua neta.
- Eu não estou falado da Cristal, estou falando da Lídia.
- Mãe, tudo bem se Lídia me rejeitar, mas, eu nunca vou me perdoar se Cristal morrer achando que eu morri.
- Para com isso meu filho, Cristal é jovem, tem uma vida toda pela frente, ela não vai morrer.
Josefa o encorajou.
- Como você sabe mãe? Quando eu vi Cristal desmaiada, o meu mundo caiu, ela está pálida mãe, parece fraca, tem desconfortos respiratórios com frequência.
- Então, deve ser sério mesmo, tomara que Lídia deixe você se aproximar.
- Ela disse que conversaria com Cristal e que amanhã, eu poderia voltar.
- Pelo menos você pode conversar com Cristal e dar uma justificativa, se é que você tem alguma para dar.
- Eu cometi o pior erro da minha vida fugindo com Marisa, eu não devia ter feito isso com Lídia, ela gostava de mim de verdade, já Marisa só se aproximou de mim para tirar proveito de mim e de tudo que eu tenho.
- Geraldo não adianta você se martilizar, o que está feito, está feito, acabou.. Não tem como voltar atrás.
O pai de Cristal suspirou com a frase que sua Josefa disse e repetia ela em sua cabeça, se culpando:
" O que está feito, está feito, acabou..."
Mais um capítulo prontinho para vocês... Espero que estejam gostando da história 💞. Não se esqueça de deixar seus votos e comentários para eu saber o que estão achando. Me sigam no spirint @autorasamirarocha
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Um beijo e até muito breve!!!🌹
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