Capítulo 12

No dia seguinte, Cristal acordou e se sentia um pouco melhor do que no dia anterior:

- Hoje estou bem melhor. Acho que vou dizer para mamãe que não preciso mais de consulta.

Não faz mais sentido gastar tempo e dinheiro por causa de um incômodo que nem existe mais.

Ela disse a si mesma e foi até a cozinha onde Lídia já havia preparado o café da manhã para as duas:

- Bom dia, minha filha.

Lídia cumprimentou com um sorisso no rosto, mas Cristal percebeu como a mãe estava preocupada:

- Bom dia, mãe.

A moça respondeu também com um sorisso.

- Filha, toma seu café, arruma as suas coisas e de arruma para a gente sair.

Lídia comunicou.

- Mãe, me desculpa, mas eu sinceramente acho que não tem necessidade dessa consulta. Eu já me sinto bem melhor.

Cristal justificou.

- É claro que tem, minha filha... Eu não vou ficar em paz se deixar essa consulta e você voltar a sentir aquele incômodo estranho...

Isso nunca aconteceu e por isso me preocupa muito. Quero ter certeza que não é nada demais.

Lídia disse.

- Tá bom, mãe, mas eu ainda acho que nós vamos perder tempo e dinheiro.

Cristal disse.

- Não é gasto. Com saúde não há gastos.

Lídia disse.

- Mas e se for muito caro? E se ele pedir um monte de exames?

Cristal perguntou.

- Eu tenho dinheiro depositado e também você tem o dinheiro que sua avó te dá todo mês.

Lídia disse.

- Sabe, mãe? Eu não entendo: porque será que a vovó me dá esse dinheiro?

Se eu fosse para receber algum dinheiro não era para o governo dar?

Cristal perguntou.

- Eu não sei, filha. Quando perguntei ela me disse que ela dava porquê queria e eu não devia questionar. Desde então, deixo que ela faça o que quiser.

A mãe da moça respondeu.

- Entendi. Mas que isso é estranho é.

Cristal disse e foi arrumar as suas coisas. Lídia e Cristal chegaram  ao consultório  médico, para saber o que ele teria a dizer sobre os sintomas que Cristal estava sentindo:

- Bom Cristal, tente me explicar como se dá esse incômodo, como ele se inicia, etc...

- Bom Doutor, geralmente começa quando eu estou nervosa, mas, no geral não tem um momento certo para começar...

A menina explicou e o médico anotava tudo o que ela dizia.

- Você passou por alguma emoção muito forte nos últimos tempos?

- Não Doutor, só a morte do meu pai, já se passaram quase treze anos desde que ele morreu, mas, eu nunca superei a morte dele.

- Você vem pensado muito nisso?

Perguntou o homem.

- Sim!

Respondeu Cristal.

- Então... Isso pode ser uma crise de ansiedade, você tem que se concentrar nas coisas que você gosta. Também indico que procure um psicólogo para que possa desabafar.

- Tudo bem doutor, eu vou fazer o que o senhor pediu.

Disse Cristal.

- Caso esses sintomas não deixem de estar presentes no seu dia-a-dia procure um médico, o otorrinolaringologista, que é o especialista em nariz, ouvido e garganta, pode pedir alguns exames mais específicos para saber mais a fundo o que você tem.

- Tudo bem!

Disse Cristal e ela e Lídia foram para casa:

- Minha filha, você gosta tanto de comprar roupas, por que não vai no shopping com a Alice? Aquele dia, você teve o azar de cruzar com a Marisa, mas, acho que não vai acontecer de novo.

- Mas, e você? Vai ficar sozinha?

Perguntou Cristal.

- Tá até parecendo que a gente trocou de papel, em geral sou eu que pergunto isso para você... Mas, sim, eu vou ficar bem sozinha...

- Tá, se você diz, eu aceito...

Disse Cristal, e chamou Alice para sair.

- Que bom que você me tirou de casa, porquê eu não aguentava mais as brigas dos meus pais.

Disse Alice.

- Ah, eu sinto muito... É terrível esse tipo de situação.

- É sim, mas, estou aqui com você e você sempre levanta o meu astral.

E as amigas saíram de casa em direção ao shopping.

Enquanto isso, Lídia estava em uma calçada onde tinham várias lojas de diversos seguimentos... Entrou em uma loja de móveis e
eletro-eletrônicos, pois, precisava de um celular novo. Enquanto analisava os aparelhos, ouviu uma voz atrás dela:

- Já deve ter superado a morte do meu filho, né?

Disse Josefa, a mãe de Geraldo.

- Oi Dona Josefa, bom dia para a senhora também. Do que a senhora está falando?

Lídia estava confusa.

- Do que você acha? Você teve culpa de tudo o que aconteceu com o meu filho.

- Me desculpe, mas, eu não tive culpa de nada, a culpa foi do seu filho que não teve o mínimo de caráter e vergonha na cara e simplesmente quis sumir do mapa com a minha filha.

- Meu filho estava com a minha neta e com a mulher que ele amava, ele ia ser feliz e você estragou tudo.

- A senhora me desculpe, mas eu vou te pedir uma coisa:

Vai cuidar da sua vida, e me deixa em paz para cuidar da minha. Seja um pouco mais presente na vida da sua neta, por que deve ter uns doze anos que você não a visita e agora me dê licença, eu tenho que ir.

Disse Lídia.

- Vai, vai embora mesmo, você não aguenta escultar a verdade mesmo, eu te detesto, sempre detestei... Maldita hora em que você apareceu na vida do meu filho.

Lídia se virou e foi embora sem dizer nada e Josefa disse a si mesma em pensamentos:

" Por mim, você é Cristal nunca vão saber da verdade!"

Enquanto isso, Cristal e Alice estavam no shopping e experimentavam algumas roupas:

- Olha Cris, ali tem um vendedor, vamos conversar com ele para ver se tem algum vestido para o casamento da Júlia.

Cristal e Alice foram até o vendedor:

- Bom dia, você pode nos mostrar alguns vestidos de casamento?

Perguntou Alice.

O homem se virou e viu Cristal, sua sobrinha:

- Tio Vitor?!

Disse ela e abraçou o homem.

- Como você cresceu, mais continua linda como sempre... Como estão as coisas?

Reparou o homem.

- Vou levando tio, não é fácil, mas, a gente tem que seguir...

- As coisas também não estão nada fáceis para mim, sua avó e eu não nos damos nada bem, como você sabe, mas, eu estou namorando uma ótima mulher...

- Que bom tio, eu queria muito conhecer a sua casa um dia, seria possivel?

Vitor ficou aéreo por um minuto:

- O que aconteceu tio?

Perguntou Cristal.

- Nada, ah vocês queriam ver os vestidos se festa né?

- Sim, os mais bonitos que você tiver...

Disse Alice sorindo.

- Ah com certeza.

Ele também lhe sorriu e foram para o estoque ver os vestidos.... A sobrinha de Vitor começou a se sentir mal:

- Alice, eu vou para casa, eu preciso de um pouco de ar, eu não me sinto muito bem.

- O que foi Cris?

Perguntou a menina.

- Nada demais, eu só preciso tomar um pouco de ar...

- Olha moço, daqui uns dias a gente volta...

- Tudo bem. Cristal, quer que eu te leve para o hospital?

Perguntou Vitor preucupado.

- Não precisa tio, eu só preciso ir para casa.

Alice e Cristal foram para casa e Vitor pensou:

" Já está mais do que na hora de Geraldo ter uma atitude de pai para essa menina e não de moleque como ele teve a vida toda e mamãe sempre passando a mão na cabeça dele..."

Vitor voltou a trabalhar e não parou de pensar no que seu irmão havia feito.

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