Capítulo 41

(CAPÍTULO NÃO REVISADO)

Abro os meus olhos e não consigo mexer meu corpo, olho para os lados vendo o quarto iluminado pela luz solar, a porta se abre e a Molly aparece em meu campo de visão.

_Bom dia_Sorrir com uma bandeja em mãos_Hoje faz dois dias desde que você está aqui, resolver fazer algo especial.

_Dois dias?_Pergunto com certo desespero, ontem ela me apagou no banheiro_Por que não consigo me mexer?

_Preocações_Apoia a bandeja sobre o colchão e sua mão puxa a coberta revelação que estou amarrado a cama.

_Por que não me mata logo, posso garantir a você que séria melhor, do que ser torturado por você.

_Torturado?_Pergunta passando algo em meu rosto_Você conviveu comigo por dois anos, e você parecia gostar.

_Talvez no primeiro mês, mas depois foi um verdadeiro inferno, você é louca podíamos ser amigos mesmo após o término_Aperta o meu braço e solto um grunhido de dor.

_Eu não vou ser sua amiga, diga que eu sou sua mulher_Sinto sua unha entrando em minha carne e o aperto se intensificando, solto um grunhido fechando os meus olhos.

_Você é minha mulher_Digo rápido e solto um suspiro quando solta meu braço, se aproxima e a empurro com meu braço não machucado_Saí de perto de mim.

_Não me agride_Aponta para mim com os olhos em chamas_Não me agride.. não me agride_Acerta alguns socos em minha perna me fazendo gritar pela dor latente.

_Eu odeio você Molly_Minha respiração está pesada e sinto o suor descer por minha testa.

_Então vamos acabar com isso_Se levanta saindo do quarto, volta com um galão vermelho, abre o mesmo e o cheiro de gasolina toma conta do lugar.

_Molly_Chamo por seu nome quando joga o líquido por todo o quarto_Eu te amo_Digo quando risca o fósforo, seus olhos param em mim e estão marejados.

_Oque?_Pergunta se aproximando.

_Eu queria chamar sua atenção_Ela começa chorar e faço sinal para que se aproxime, se deita na cama com a cabeça apoiada em meu peito.

Acredito que vivo eu não sairei desse fim de mundo, meus pais devem estar malucos atrás de mim, se eu não sei onde estou, eles também não devem ter idéia, eu espero que der tempo deles me acharem, eu não serei capaz de suportar a Molly por mais de uma semana.

Finjo que dormir apenas para que ela me deixe em paz e suma do quarto, ao ouvir a porta se fechar permaneço com os olhos fechados por mais alguns segundos, os abro lentamente não a vendo mais.

Tento me soltar, mas falho pois meu corpo inteiro está preso a cama com correias, mexo o meu braço machucado e respiro fundo pela imensa dor, não é possível que não haja como fugir desse fim de mundo.

Desço do meu carro olhando o pequeno prédio, descobrir por fontes não tão confiáveis que a Molly estava ficando em um prédio, para ser mais exata em Brownsville no Brooklyn. Ela morou aqui com seus pais e irmãos, os três foram levados até a delegacia, mas foram soltos pois não encontram evidências que os ligavam ao crime.

Entro no prédio, olho para os lados vendo a recepção do prédio, vou até uma moça que mexe em seu celular enquanto masca um chiclete.

_Com licença_Chamo sua atenção e seu olhar de tédio para sobre mim_Eu sou amiga da Molly, ela me pediu para pegar algumas coisas dela que ficaram aqui.

_Molly?_Pergunta como se não conhecesse ninguém com esse nome_Não teve nenhuma Molly aqui_Faz uma bola com seu chiclete e a estoura, passo a mão por meu cabelo tentando encontrar uma forma, pego meu celular e procuro pela foto da Molly e encontro seu rosto estampado em uma reportagem.

_Essa mulher aqui_Viro a tela do aparelho para que ela veja, suas sobrancelhas se arqueiam e se virá pegando uma chave atrás de você.

_Quarto duzentos e cinco, terceiro andar_Sua voz saí arrastada, pego a chave da sua mão e me direciono até a escada que dá acesso aos quartos.

Subo as escadas e sinto minha respiração descontrolar, afinal sou uma sedentária, por que caralhos não colocam um elevador aqui, acredito que crianças e idosos moram aqui, imagine subir isso aqui todos os dias, apenas em pensar tenho preguiça, mas pelo Daniel vale a pena.

Apoio minhas mãos na porta, respiro fundo,  levo a chave na tranca da porta e a giro fazendo a porta se abrir, entro no lugar e fecho a porta atrás de mim, olho em volta vendo um quarto bagunçado, uma pequena cama de solteiro no canto do quarto, um armário de madeira velho, uma porta que acho que dá acesso a um banheiro, e uma mesa velha com uma cadeira metálica.

_Vamos lá_Murmuro e começo a mexer nas coisas, abro as gavetas as vendo vazias, olho abaixo do colchão, no pequeno armário do banheiro.

Olho cada canto do quarto e não encontro absolutamente nada, me viro e meus olhos param em um quadro preso a parede perto da janela, ando até ele e o puxo, alguns papéis caem no chão e me abaixo os pegando.

_Você não é tão inteligente assim Molly_Me sento sobre a cama e começo a ler os papéis, tem algumas notas fiscais de mercados, lojas e lanchonetes, tudo comprado um dia antes do Daniel ser pego por ela, todas essas coisas compradas em grandes quantidades só comprovam minhas teses, de os dois estarem em um lugar afastado da cidade.

Abro um pequeno envelope branco, e vejo um número anotado no mesmo, e atrás um endereço. Peguei você Molly.

Saio do prédio às pressas, pego meu celular e ligo para o número anotado no papel, sinceramente esperava mais da Molly, esconder papéis atrás de um quadro? Que coisa mais burra a se fazer.

Não vou me arriscar ligando, vou até o endereço, preciso saber se essa pessoa está envolvida com o sequestro do Dan. Entro em meu carro e o acelero pela rua saindo de frente do prédio antigo.

Atravesso a cidade inteira para chegar no endereço, e para ser sincera estou surpresa, pois o endereço do papel me trouxe até uma imobiliária, fecho a porta e travo o meu carro indo em direção a entrada do prédio espelhado. Entro no lugar e vou até a recepcionista.

_Olá, posso ajudá-la?_Pergunta com um sorriso no rosto.

_Sim, preciso falar com o seu chefe_Suas sobrancelhas se arqueiam e a mesma olha para a sua colega.

_Nosso chefe não costuma receber ninguém sem horário marcado_Digita algo em seu computador e sorrio para ela.

_Chame o seu chefe, ou eu ligo para a polícia, pois alguém dessa empresa vendeu um imóvel para uma psicopata que sequestrou o meu namorado_Bato com as palmas das minhas mãos sobre o balcão de madeira_E acredite querida, eu tenho muita influência_Retiro o meu cartão da minha bolsa e coloco a sua frente.

_Espere um minuto irei falar com a secretária dele_Pede e assinto com um balançar de cabeça.

Me sento sobre o estofado e espero por alguns minutos, bato meu pé sobre o chão ficando nervosa pela demora, passo minhas mãos por meu cabelo e vejo a recepcionista se aproximar.

_Ele está esperando pela senhorita_Me levanto e passo por ela, estou tão nervosa, que posso explodir aqui mesmo, isso aqui parece um quebra cabeça.

Saio do elevador no andar onde o chefe fica, caso aconteça algo com o Daniel eu processo até a quinta geração do dono dessa empresa, vejo uma mulheres em frente a uma porta e julgo que alí é a sala.

_Com licença_Peço a mulher que abre a porta para mim, entro no lugar, vejo o homem sentado atrás da sua mesa, se levanta enquanto me aproximo.

_Senhorita.._Interrompe sua fala para que eu complete.

_Garcia, acredito que a sua empresa, tenha vendido um imóvel para essa mulher_O mostro a foto da Molly e o homem se senta novamente_E adivinhe só, ela sequestrou meu namorado, então acho bom você encontrar o irresponsável que fez isso, pois ela é uma foragida da polícia e do manicômio, praticamente uma inimiga do estado.

_Como pode ter certeza que a minha empresa vendeu o imóvel para essa mulher?_Apoio minhas mãos sobre a mesa e semicerro meus olhos em sua direção.

_Encontrei notas fiscais com valores absurdos em compras de todos os tipo, e o número de contato da empresa estava entre eles, se ela não comprou o imóvel, então vocês a deu_Aponto para ele que franze o cenho, isso mesmo fique confuso.

_Oque?_Pergunta assustado.

_Está envolvido no sequestro?_Pergunto o pressionando_A ajudou com essa palhaçada? Acredite eu sou conhecida por não ter pena de ninguém em um tribunal, eu destruo essa empresa com apenas um telefonema, reúna seus subordinados e os mande encontrar o contrato que fizeram com essa mulher.

O homem me olha assustado e me endireito o olhando com a cabeça erguida, estou farta de ser boazinha, agora será na base da ameaça.

Depois de o ameaçar, ele reuniu todos os seus trabalhadores, eu preferir não participar da reunião, não quero o pressionar mais, dois dias desaparecido, os pais do Daniel estão desesperados, e eu também, a todo momento pensando onde estão, indo em vários lugares para achar algo, e falhando miseravelmente, mas agora tenho esperança que venha algo para esclarecer as coisas.

A porta é aberta e um rapaz que deve ter vinte anos entra na sala sendo seguido pelo senhor que conversei a minutos atrás.

_Foi ele_O homem diz e me levanto, vejo que em sua mão está uma pasta_Aqui está as informações e o endereço do imóvel.

_Tenha mais cuidado da próxima vez rapaz_Pego a pasta e o garoto apenas abaixa a cabeça_Obrigada.

_Por nada_O homem diz com tédio, saio de sua sala e abro a pasta, vejo a foto de um chalé, passo a folha e está o endereço e informações sobre o lugar.

Dou alguns pulinhos em animação e praticamente corro pelo lugar, entro no elevador e aperto o botão várias vezes, pego meu celular e digito o número da Elisa.

_Melinda, onde vocês está?

_Encontrei_Digo olhando para a pasta_Encontrei ele Elisa, estou indo para lá.

_Oque? Claro que não, volta para casa vou ligar para a polícia.

_Não dá tempo, eu vou na frente, irei te mandar fotos da pasta e você manda para o Edmundo_Desligo sem dar a chance dela responder.

Entro em meu carro e mando fotos da pasta para a Elisa que me mande milhões de mensagens, não posso esperar a polícia, vão demorar pra saírem, o Daniel pode estar morrendo uma hora dessa.

_Vai ficar tudo bem_Respiro fundo e ligo o meu carro, vejo o GPS do carro com o endereço e acelero o carro saindo da vaga.

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