»»Ele Vai Dormir Aqui?««
ㅤㅤㅤㅤAbrir os olhos nunca foi tão angustiante, eu não tinha ideia do que tinha acontecido.
De pronto o foco de minha vista era ele, meu chefe, Josh Beauchamp tão próximo a mim.
Estava tonta e confusa, demorou um tempo até que me achasse na situação.
Tentei me comunicar, mas ele me interrompeu em todas as vezes. Percebo que ele começou a conversar com a Sra. Smith e parei para prestar atenção, de repente soube que eu era o assunto.
As sensações e o controle de meu corpo voltam aos poucos, estava em seu colo.
Como poderia estar no colo de meu chefe?
Então a Sra. Smith pareceu perguntar se eu tinha febre, e do nada recebi um beijo em minha testa, ele me encarava e eu não entendia.
Meu coração já não batia na ordem, segundo a outro pulando batidas ou trabalhando o dobro.
Então senti o bebê, ele estava tão agitado quanto a mãe e não pude conter o gemido.
- Humm.
Como de costume levei a mão ao ventre, podia sentir o bebê e também foi onde me dei conta de que estava exposta.
Fora de qualquer atitude que esperava vir dele, sua mão se pôs sobre meu ventre. Não tinha ideia de qual a intenção e agarrei sua mão instintivamente.
- Está tudo bem.
Ouvi-lo dizer aquilo não se encaixava nas cenas que meus pesadelos mostravam.
Quando ele começou a acariciar meu ventre, todo os meus nervos entraram em choque. A única coisa da qual tinha certeza era de que o bebê se acalmava com seu carinho.
Eu o encarava boquiaberta, queria dizer algo mas as palavras não saiam.
E então como se já não faltasse oxigênio o suficiente, Josh Beauchamp tomou minha boca completamente.
Eu não tenho certeza de quando saímos da cozinha, mas tomei consciência já no quarto, ao lado de minha cama ele falava ao telefone.
- Não voltaremos amanhã, cancele minha agenda e não ligue se não for de extrema importância. - foi a única parte da conversa em que prestei atenção.
Mas se ele estava dizendo aquilo, significava que passaríamos a noite ali.
- Senhor, quero ir pra casa. - digo tentando me sentar na cama.
Era difícil, minha cabeça parecia pesada demais.
Ele me olhou, ajudou-me com os travesseiros para me sentar e não seguiu com nenhuma conversa, nem uma resposta.
- Senhor?
- Quieta Any, foi um dia cheio, se quiser assista um vídeo, leia um livro e depois vá dormir. - suas palavras pareciam secas demais, apesar de ele ainda usar meu primeiro nome.
- Entendi. - digo apanhando meu celular acima do criado mudo.
Para um lugar remoto como aquele, a internet até que pegava bem e ao desbloquear o smartphone com minha digital, inúmeras mensagens brotaram no grupo.
Para meu azar, muitas delas eram áudios e não havia trago nenhum fone.
- Senhor, teria fones de ouvido para me emprestar? - perguntei a ele que andava de um lado a outro também no celular.
Ele parou seu percurso de formiga e voltou sua atenção a mim, logo em seguida tirou do bolso lateral da mala uma caixinha com fones que pareciam ser via bluetooth.
- Pode usar estes. - ele os entregou em minha mão. Logo se sentou ao meu lado na beira da cama e de frente para mim. - Se usar " senhor" mais uma vez, não garanto nenhuma gentileza a mais. Estamos entendidos?
- Claro. - digo em um susto.
- Aquela senhora pode parecer boazinha, mas ela presta atenção a cada passo nosso, se continuar dificultando tudo pra mim, dificultarei para você também. - e lá estava meu verdadeiro chefe.
O cara que não facilita nada pra mim e que ainda exige os cem por cento diários.
Tendo entendido a mensagem, foquei nas mensagens do grupo e comecei a ouvi-las. As meninas estavam preocupadas com meu sumiço no trabalho.
- Não se preocupem, estou bem. Estou fora da cidade, mas chegaremos amanhã. - digo enviando o áudio.
Elas dispararam com as mensagens e então tive de mandar outro áudio.
- Sim, eu e este menininho sapeca estamos bem. - digo acariciando meu ventre e em seguida enviando o último áudio.
Deixei o celular de volta no criado mudo e então percebi que meu chefe me olhava.
- O que foi?
- Um menino? - a pergunta me deixou surpresa.
- Sim. - respondi me encolhendo na cama.
O dia tinha acabado com pessoas sabendo demais de mim e eu cada vez mais perdida.
- Não vai ligar para seu marido ou o pai do bebê? - ele disse colocando as mãos nos bolsos da calça, como se a pergunta não fosse intrometida.
- Ele sabe que estamos bem. - respondi me ajeitando para dormir.
Apaguei a luz do abajur e esperei que ele saísse do quarto, mas nada disso aconteceu.
Ele vai dormir aqui?
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