Dedico esse capítulo a minha leitora Jessica, vai aí um pouco de romance para a garota que ama príncipes... Haha, quem sabe o Nick não seja um mas em seu modo?!

Existem tantas formas de amor, como momentos no tempo.
— Jane Austen

— Atrapalho algo? — ele nos olhou ironicamente

— Claro que não Nick, mas deveria ser mais educado e bater na porta antes de entrar, assim assusta nossa bailarina — quem disse foi Romero e Nick me olhou surpreso e estupefato.

— Espere aí, eu farei o clipe com essa pirralha aí?
Ele me olhou, mas ele me paga!

— Nick... — Romero disse em tom repreendedor.

— Que eu me lembre foi Angelina quem venceu o concurso — ele ameaçou.

— Sim e que eu me lembre é ela que é sua namorada, e é ela quem rasgou meu vestido fazendo com que minhas notas caíssem pelo figurino! — exclamei exasperada estava cansada do joguinho dele.

— Quer saber Nick, eu não queria acreditar, mas agora que eu te vi e tenho certeza que é você mesmo o cantor que patrocinou aquele evento, perco totalmente a vontade de trabalhar com alguém tão soberbo com você, porque não liga para sua namoradinha e a peça para me substituir? Tenho certeza que ela o fará com alegria. Passar bem! — me virei e me desviei dele para ir em direção a porta, porém ele me segurou e me fitou bem nos olhos.

— Você precisa de mim ruivinha, deixe de ser orgulhosa! — ele exclamou.

— Que eu saiba, quem precisa de uma professora que o ensine dançar aqui é você! — o desafiei.

— Sabe que trabalhar comigo irá alavancar sua carreira!
Estendeu uma sobrancelha.

— Eu não preciso da sua ajuda para conquistar o que eu quero, nunca precisei, e não será agora que o farei — terminei e puxei meu braço com força, bati a porta e sai daquele estúdio, sei que foi uma enorme falta de educação da minha parte para com Romero, mas Nick me tirava do sério, assim que cheguei até embaixo acenei para a secretaria loira que me atendeu e que novamente me devolveu um sorriso, eu estava irritada, só precisava pensar um pouco e saberia o que fazer, primeiro passo ? Ficar o mais longe possível de Nick, fiz sinal a um táxi que me ignorou, Droga.

— Pirralha! — ignorei.
— Er quer dizer Mia.
Espera esse é mesmo o Nick Carter? Olhei-o estupefata, ele tinha uma careta em seu lindo rosto, urgh eu tinha que parar de dizer isso.

— Será que não fui clara o bastante? Só...me deixe em paz!
Me virei novamente.

— Olha só... Eu...eu...— ele estava gaguejando? NICK CARTER ESTAVA MESMO GAGUEJANDO.? Preciso filmar isso.
— Preciso da sua ajuda!
Me virei para ele, esperando ver ironia, ou algo que mostrasse que era uma pegadinha, mas ele estava sério, Nick Carter estava mesmo me pedindo ajuda.

— Pirralha.
Estiquei uma sobrancelha e ele bufou brevemente.
— Mia, eu preciso de uma ruiva para o clipe e Romero tem razão, você tem experiência, seu currículo é invejável mesmo para qualquer garota do Dance University, você tem um jeito especial de sentir a música e é exatamente do que eu preciso, além do mais nossas fotos saíram em todos os jornais de Londres e até mesmo fora daqui, isso irá vender mil vezes mais se você for minha dançarina.
Sabia, sabia que tinha algo errado em tanta gentileza.

— Está me usando como um objeto para seu dinheiro? Você é mais babaca do que eu imaginei — disse chocada, e fiz outro sinal para o taxi, esse parou, mas Nick entrou na minha frente e não deixou que eu entrasse.

— Olha Mia entenda, só quero que me ajude nisso e ambos sairemos beneficiados, eu pago bem e por mais que eu saiba que você não tem necessidades de dinheiro no momento, você sabe que isso pode abrir muitas portas no futuro para você, pode ser seu caminho para o sucesso — ele estava me manipulando, não cairia nessa.

— Saia da minha frente — exasperei.

— Mia...eu estou...eu estou implorando...por...por favor! — fiquei chocada, nunca pensei que ele próprio poderia ser capaz de dizer tais palavras.

— Você é um idiota — falei e seus olhos já fervilhavam para mim.
— Mas vou fazer isso Nick, não é para meu sucesso, ou algo relacionado a mim, é porque você pediu por favor, sabe às vezes ser educado pode fazer bem as pessoas — ele me deu um sorrisinho.

— E não me venha com suas ironias! — exclamei antes que ele voltasse ao seu modo" sou um cretino " mas tudo o que ele fez foi dispensar o taxi.

— Ei o que tá fazendo? — perguntei, eu sabia que era uma má ideia trabalhar com ele.

— Vem temos que conversar sobre como vamos trabalhar, onde e a partir de quando — ele disse grosso como sempre e partiu para dentro do estúdio, me deixando paralisada no meio da calçada sem saber exatamente o que fazer.

[...]

Bom Romero decidiu que seria bom que fôssemos almoçar e resolver isso no restaurante, essa ideia não me agradava muito, não queria ser fotografada novamente com Nick, mas acabei por aceitar já que Romero insistiu tanto e além disso eu não tinha comido nada o dia inteiro, estava morta de fome, acabou que fomos no carro de Romero já que o de Nick era uma lamborghini verde que chamava muita atenção, achei estranho afinal ontem eu o vi com um Porsche e quando eu digo que era o típico carro de quem quer chamar atenção eu estava certa, como assim ele tem dois carros? Para que isso? Por fim fomos "almoçar" as 4h15 da tarde, em um restaurante perto do rio Tâmisa, sempre o quis conhecer por isso observei tudo com curiosidade e quando vi a Tower Bridge não pude disfarçar minha euforia já de dentro do restaurante.

— Ainda não teve a chance de conhecer Londres? — perguntou Romero, Nick não tinha falado nada até agora e eu estava estranhando, eu queria saber como ele sabia que eu não era dali, mas ele provavelmente deve ter investigado minha vida toda.

— Na verdade não, desde que cheguei não tive tempo para ficar além da universidade — comentei.

— É, realmente não se tem tempo quando se está chovendo e nevando e uma garota corre só de colan e saia para a chuva e começa a dançar feito uma louca — estava demorando, olhei para o cantor que me encarava com um sorriso nos lábios.

— E você nem deve ter tempo para dormir, afinal fica salvando garotas inocentes de serem atropeladas na rua " Que Romântico Nick Carter está !"— fingi uma voz falsa o que o fez revirar os olhos.

— Eu vou até o banheiro, logo volto — exclamou Romero, e eu quase pedi para ele não ir e me deixar com aquele louco, os olhos de Nick brilharam e soube que ele me atacaria novamente.

— Não comece — falei antes que ele dissesse sequer uma palavra, ficamos nesse silêncio, estava louca para Romero voltar mas não aconteceu e eu já estava começando a estranhar.

— Então aquele sem noção daquela noite é seu namorado pirralha ? — ele questionou e eu o olhei irritada.

— Primeiro eu tenho nome é não é pirralha, segundo eu fico te perguntando da Angelina? Acho que não! — eu mesma respondi.

— E porque perguntaria? Ela é só uma distração!
O olhei chocada por suas palavras, eu não gostava de Angelina, mas também nenhuma mulher merecia ouvir isso do cara que ama, e por mais mimada , arrogante e mesquinha que ela seja estava claro que nutria sentimentos por ele.

— Você é desprezível! — peguei minha bolsa e me levantei do restaurante.

— Ei o que foi que eu fiz?— ele ainda tem a coragem de perguntar.

— Como pode tratá-la como um objeto assim, ela é sua namorada! — exclamei.

— Namorada? — ele gargalhou.
— O que eu tenho com ela nunca passou de uma distração, e de atração, Angelina sabe muito bem disso e acaba que ambos saímos beneficiados.

— É só isso que você sabe fazer? Manipular pessoas para que façam o que você quer usando a desculpa que ambos saem beneficiados? Você é pior do que pensei, como pôde usá-la dessa maneira, ela pensa que vocês namoram! — eu disse e ele me olhou confuso.

— Eu nunca dei motivos para que pensasse isso, e além do mais, não foi você mesmo que disse que ela rasgou seu vestido? Por que a está defendendo agora?

— Porque independente da briga que eu tenho com ela eu não desejo isso a ninguém, o que você está fazendo com ela é muita sacanagem! — ele bufou.

— Eu não tenho culpa se ela fica colocando coisas onde não tem, por favor nunca prometi mais que uma noite, até parece que não conhece Angelina, ela manipula! — ele falou.

— Olha quem fala! — exclamei.

— Quem você pensa que é para me julgar? — ele perguntou e parecia furioso, acho que todos da mesa já prestavam atenção naquela discussão.

– Ei...— era Romero, até que em fim.
— O que houve aqui? — foi uma pergunta aleatória.
— Não importa, Nick, Jess está com um problema, vou correndo lá para resolver, enquanto isso explique um pouco mais sobre sua música para ela, ou melhor porque não a canta para que ela possa ter uma ideia da coreografia? Enfim eu prometo que volto assim que puder, mantenham os celulares ligados — ele disse deixando o estabelecimento, logo depois Nick foi atrás, graças a Deus já tínhamos comido pois eu não aguentaria tanta agitação sem nada no estômago.

— Onde vai? — perguntei ao Nick, que não me respondeu.

— Ou..— falei novamente o que o fez se virar.

— Embora — disse simplesmente.

— Como assim embora? Você ouviu o que o Romero disse?— ele fingiu não ouvir minha pergunta, enquanto andava e eu atrás dele.

— Ah vai me deixar novamente como fez naquele dia? — parei de andar.
— Quer saber ? Eu desisto de você babaca!— exclamei e ele parou, se virou para mim e disse:

— Me segue pirralha!
Oque? Ele só poderia ser bipolar!

— Onde você vai?— perguntei.

— Você fala tanto assim sempre?
Ele balançou a cabeça.

— Cala a boca! — disse aborrecida.

— Você é muito chata, só vamos acabar logo com isso e vem!
Foi o que eu fiz, afinal eu tinha escolhas? Sim eu tinha mas...estava cansada de discutir com ele, andamos um pouco até que paramos em frente a um lugar que me parecia meio histórico, tinha muros altos e era na beira do ria Tâmisa, Havia uma placa enorme e eu li.

" Teatro Shakspeare" oh, estávamos mesmo no teatro do Will? Acho que eu nunca disse a vocês mas eu e ele temos uma ligação, acho que ele deve me conhecer porque eu praticamente me identifico em quase todas suas frases.

— Estamos...estamos mesmo no teatro de Shakspeare?— perguntei sem acreditar.

— Não, o verdadeiro foi queimado, esse é só uma cópia do antigo!— ele falou e eu o fuzilei com o olhar.

— Agora vamos entrar antes que eu morra afogado com sua baba!— ele ironizou e entes que eu pudesse responde-lo ele seguiu para dentro, mas diferente do que eu havia pensado ele não foi pela porta principal e sim pela de traz, eu segui, o que estaríamos fazendo aqui? Uma sensação de melancolia me invadiu, conversávamos tanto sobre Londres, o teatro Shakespeare...balancei na cabeça eu sabia que quando chegasse em Londres lembraria muito dele, mas não deixaria que ele estragasse meus sonho aqui!

— Sr Carter.
Um homem loiro o cumprimentou e me olhou de cima abaixo.

— Pode deixá-la entrar Jonathan, ela está comigo — ele falou ao loiro que assentiu.

— Srta.
Abriu espaço para que eu pudesse passar e eu o fiz ainda sem entender, demos de cara com uma escadaria gigante.

— Onde estamos Nick?— perguntei.

— Você já vai ver — ele disse e começou a subir as escadas, eu também o fiz, passou algum tempo e continuamos a subir, já estava ofegante, putz quantas mais ainda teremos que subir?

— Sedentária Pirralha?— Nick brincou, eu decidi que não valia a pena revidar.

— Pronto, chegamos— ele parou em frente a uma porta, ele a abriu e eu entrei junto com ele e....uau, estava sem palavras, eu nunca havia visto uma sala tão enorme e tão....tão bonita, era gigante, porém o que mais me chamou atenção é que o teto era de vidro e puta merda eu conseguia ver o céu daqui, ao redor era tudo espelhado, no canto da sala havia um piano, uma guitarra e um violão, ao redor haviam barras assim como as das salas de balé e no meio possuía um microfone.
— Aqui é sua sala de ensaios?

— Uma delas.
Revirei os olhos.

— Porque possui barras? Você não dança.
Tive a sensação de que Nick corou por alguns minutos.
— Já acabou com a inspeção? — ele era literalmente insuportável.

— Porque me trouxe aqui?— perguntei.

— Quero ver suas habilidades, vá em frente — ele apontou para o meio da sala.

— Quer que eu dance ?— perguntei e de repente me senti completamente tímida.

— Não, quero um estrip tease — ele disse ironicamente.
— É claro que eu quero que dance — ele falou.
— Que foi está com medo de errar?
Ele me desafiou e eu o encarei.

— Eu danço, mas acho que seria justo se eu o visse cantar primeiro.
O fitei que também o fez comigo.

— Feito.
Ele deu um sorrisinho e fui até o fundo da sala, percebi eu já estava escurecendo, pois o local estava ficando escuro já que era iluminado naturalmente pela luz solar, o que deu ao local um ar de por do sol, percebi que Nick pegou o violão que se encontrava no fundo da sala e se sentou no chão com ele, caminhei vagarosamente até lá e coloquei a minha bolsa em um banco que havia ali, fiquei curiosa o que será que ele cantava?

— Vou cantar uma música do meu novo álbum, ele ainda não está terminado mas eu a compus faz pouco tempo.
Então quer dizer que ninguém nunca tinha escutado essa música antes ?
— Se chama " I tried" ( Eu tentei )
Ele então fitou-me no fundo dos olhos e desviou seus olhar para o violão começando com pequenas notas.

— Foi como a primeira vez
Eu te vi ali no meio do nada
Seus olhos encontraram os meus
E me olharam tão intensamente

Ele disse cada palavra me olhando profundamente, senti borboletas no estômago, a sensação era tão boa e ao mesmo tempo tão perigosa, suas palavras saiam tão maravilhosas, eu nunca havia escutado alguém cantar tão bem como ele cantava, como se ele sentisse a música no fundo de seu peito, como se fosse a única coisa que o fazia se sentir vivo, assim como a dança fazia comigo.

— Você me desafiou
Você me enlouqueceu
E naquele momento eu soube
Naquele momento eu descobri

Ele cantou e sua voz saiu ainda mais bonita que antes, seu olhar era sério, sem seu sorriso sacana ou suas gracinhas naturais, ele falava com tanta convicção, de uma forma tão extraordinária que nem parecia mais aquele Nick Carter babaca que eu havia conhecido, ele parecia outra pessoa e eu quase acreditei que ele queria mesmo dizer aquelas palavras da música para mim, quase...

— Eu tentei, eu juro que tentei
Mas de meus pensamentos você não sai

— Eu tentei, eu juro que tentei
Mas de meus pensamentos você não sai

A melodia soava sobre todo o salão, mas eu não poderia pensar em suas palavras, não podia pois eram perigosas demais " Se toca Mia, quando ele escreveu nem te conhecia, além do mais, se lembre do idiota que ele é " mas de repente não se ouvia mais o som de seu violão, ele havia parado de tocar entretanto ainda cantava.

— Sabe de início eu me assustei
Mas agora eu me conformei
Me acostumei com sua presença

Ele depositou seu violão no chão e se levantou, começou a dar passos em minha direção, meu coração se acelerou e minha respiração faltou, o que ele vai fazer?

— Eu tentei, eu juro que tentei
Mas de meus pensamentos você não sai

Ele estendeu sua mão em minha direção como se me convidasse a dançar, parecia loucura e insanidade seu gesto, mas não recusei, para minha própria surpresa eu lhe dei as mãos e ele me puxou para mais perto dele.

— Foi como a primeira vez
Eu te vi ali no meio do nada
Seus olhos encontraram os meus
E me olharam tão intensamente

Ele envolveu uma mão sua por minha cintura sem parar de cantar por nenhum segundo, sua outra mão ele pegou a minha, e a minha mão direita eu depositei em seu ombro, rodopiamos todo o salão, era incrível o seu modo de dançar, sua mão na minha cintura provocava sensações desconhecidas por mim até então, eu não queria olhá-lo eu só queria retomar minha consciência e parar de dançar, isso era insano, mas ainda assim eu não conseguia.

— Mas não podemos
Eu não quero sofrer e nem te fazer sofrer
Somos como o fogo e a água
Ou eu te apago ou eu te inflamo
Um não pode viver com o outro

Eu nunca havia conseguido dançar sem música antes, porem naquele momento parecia que havia milhões de orquestras tocando para nós dois dançarmos, o som da sua voz era tão bom que fazia a própria melodia, estávamos tão próximos que eu mal podia respirar, seus olhos mel me fitavam com tanta intensidade que pareciam querer enxergar minha alma, seu cheiro era magnífico, suas mãos já passaram de minha cintura para minhas costas, ele as pressionou devagar fazendo com que colássemos nossos corpos, ele se inclinou brevemente em direção ao meu ouvido.

— Eu tentei, eu juro que tentei
Mas de meus pensamentos você não sai
Eu tentei, eu juro que tentei
Mas de meus pensamentos você não sai

Ele sussurrou aquelas palavras lentamente e um feixe de eletricidade tomou meu corpo, minhas pernas bambearam e se ele não estivesse me segurando eu cairia, eu não sabia bem o que estava sentindo, eu só sabia que tinha algo em Nick Carter que me atraía como ima.

— E foi nesse momento
Quando nossos olhos se encontraram
A primeira vista

Ele então voltou a me olhar e santo Deus estávamos tão próximos que meus pensamentos conscientes se esvaíram e uma vontade louca de beija-lo me atingiu, Nick Carter olhou para minha boca e aproximou seus lábios do meu.

— E Eu me apaixonei completamente por você.
Ele terminou a música em um sussurro que me fez delirar, suas mãos puxaram minha cintura para mais perto e ele desceu seus lábios em direção aos meus, mas fui mais rápida, minha razão gritou o que eu deveria fazer, e o fiz, virei meu rosto imediatamente fazendo com que o beijo pegasse em minha bochecha, senti sua respiração muito perto de mim e me afastei, Nick tinha um sorriso sacana na cara, não acredito no que quase acabou de acontecer, meu Deus onde eu estava com a cabeça? Ele é o Babaca do Nick Carter, namorado da Angelina, que a chamou de distração, ele acha mesmo que vai cantar uma musiquinha como deve fazer com todas e depois me levar para a cama? Está totalmente enganado se pensa assim.

— Até que você não é tão ruim — disse e o encarei, não o daria o gostinho de parecer balanceada com o que havia acabado de acontecer.

— Mas eu tenho que ir, acabei de me lembrar que tenho um compromisso.
Tentei não encara-lo.

— Mas você disse que dançaria depois que eu cantasse.
Foi ele quem se pronunciou.

— Fica para outro dia — respondi e me virei.

— Está fugindo de mim Mia?
Eu já podia sentir seus sorriso mesmo de costas, babaca, se ele achava que tinha me afetado estava totalmente enganado, me permiti virar apenas minha cabeça um pouco para vizualisa-lo.

— Está com o ego ferido Nick?
Seu sorriso se fechou e vi que ficou irritado, sem mais nenhuma palavras eu sai daquela sala e desci todas aquelas imensuráveis escadas e quando estava quase perdendo o fôlego finalmente cheguei, vi o cara loiro na porta, e passei rapidamente por ele sem o dar a chance de dizer algo, corri até o passeio e não vi nenhum táxi, droga, olhei por todo lado, e finalmente um táxi apareceu, fiz sinal para ele parar e ele o fez, eu precisava sair o mais rápido possível, não queria nem conseguia ficar nem mais um segundo perto dele.

— Mia — ouvi a voz de Nick estava perto, entrei rapidamente no taxi, e vi pela janela ele correndo em minha direção.

— Rápido moço me tira daqui — quase gritei e ele o fez, assim que acelerou o carro dei uma última olhada Para Nick que foi ficando menor a cada segundo, só então pude respirar aliviada, mas ao mesmo tempo, algo dentro de mim se apertou, assim que paramos em frente à universidade, me virei para pegar minha bolsa e pagar o taxista, mas...droga não acredito que deixei minha bolsa no teatro, Droga Mia droga, minha sorte foi que eu tinha o dinheiro no bolso da minha calça, e era o suficiente para pagar o taxi, mas ainda assim, meu celular estava na minha bolsa e agora o que vou fazer? Sai do carro com esses pensamentos, graças a Deus não tinha quase ninguém nos corredores da universidade, não estava afim de me encontrar com Angelina tão cedo, fui o mais rápido que pude até meu dormitório, estava andando até ele distraída até que ouvi um pigarrear, olhei para o local e fiquei completamente surpresa e sem acreditar na pessoa que estava em frente ao meu dormitório.

— Finalmente!