Capítulo 21

Encarei Brenda parada na minha frente. Ela ainda possuía o semblante meio abatido, mas bem melhor do que estava na clínica. Algumas pessoas que iamchegando na sala davam boas vindas à Brenda, deixando-a sem jeito.

Caio e Kimi chegaram e fizeram a maior festa ao avistarem Brenda. Nos conhecíamos a pouco tempo, mas pareciam anos. Conversávamos e ríamos como velhos amigos e ali eu tive a certeza de que levaria a amizade deles para o resto da minha vida.

— Caramba, precisamos marcar um barzinho para comemorar a sua volta, Brenda. – Caio falou animado.

— Verdade, o último que marcamos nem aconteceu. – Kimi falou.

— Sim, precisamos marcar. – Brenda abaixou a cabeça. — Minha mãe e... meu pai... eles andam me regulando desde que saí da clínica.

— Não se preocupe, eu peço pra eles. – Kimi falou tentando animá-la.

— É, talvez dê certo. – Brenda sorriu.

Kimi, Caio e eu contamos o que ocorreu durante os dias em que Brenda estava na clínica. E para completar, Kimi ainda deu uma bela mancada, contando da Lígia e eu.

— Você nem acredita Brenda, a Alex está namorando a professora Lígia. – Brenda me olhou.

— Fico feliz por você, Alex. – Ela deu um sorriso triste e desviou seus olhos dos meus.

— Quero falar com você Brenda. – A puxei para um canto afastado dos meninos. — Olha Brenda...

— Eu sei o que você vai falar, Alex. Está tudo bem, sério. Sei que desde o começo você gostava da professora Lígia. Fico muito feliz mesmo por você ter se acertado com ela.

— Mas e...

— Eu vou ficar bem, Alex. – Brenda parecia ler a minha mente. — Vai demorar um tempo, é claro. Mas vou conseguir te olhar algum dia somente como uma amiga.

— Eu sinto muito mesmo. Não queria que fosse assim. Você merece alguém que te ame e que te dê o mundo. Você é uma mulher incrível, Brenda.

— Eu sei, e eu vou encontrar alguém que me dê o mundo. Mas enquanto eu não acho essa pessoa, podemos esquecer tudo o que aconteceu e recomeçar?

— Com certeza. – Sorri e a abracei.

Lígia resolveu aparecer bem naquela hora, vendo o abraço. Afastei-me de Brenda, enquanto olhava para Lígia. Só esperava que ela não desse um ataque de ciúmes ali. Brenda vendo para onde eu olhava, se virou.

— Olá Brenda, bem vinda. – Lígia sorriu.

— Oi professora. – Brenda sorriu timidamente e se sentou.

Lígia começou a aula, mas sempre olhava para Brenda e para mim, possivelmente se perguntando o que estava acontecendo na hora em que havia chegado na sala. Da minha parte a Lígia não precisava se preocupar, eu só tinha olhos para ela.

Depois da aula, Brenda levantou-se rapidamente e foi falar com a Lígia, as duas saíram da sala e eu fiquei apreensiva do que poderia acontecer.

— Foi mal Alex, eu não lembrei que você e a Brenda já deram uns amassos. – Kimi se desculpou.

— Tudo bem. Nós conversamos e nos entendemos. – Respondi.

— Mas o que será que ela e a professora Lígia estão conversando? – Caio perguntou.

— Só espero que elas não estejam se estapeando por aí.

Brenda voltou depois que a próxima aula já havia começado.

— Você e a Lígia...

— Tenho certeza que ela vai te contar sobre o que conversamos, Alex. – Brenda respondeu baixo para não chamar atenção do professor.

— Ok.

— E aí, quando vamos marcar o barzinho? – Caio perguntou quando estávamos arrumando as nossas coisas para irmos embora.

— Que tal na sexta? – Perguntei. — Dá tempo de a Kimi pedir para os pais da Brenda.

— Por mim tudo bem. – Kimi respondeu e Brenda concordou.

Nos despedimos e eu desci para esperar Lígia.

— E aí amor, o que você e a Brenda conversaram? – Perguntei já dentro do carro, enquanto Lígia saía do estacionamento.

— Nada demais. Ela só pediu desculpas por aquele dia do surto e disseque eu não precisava me preocupar já que vocês duas são somente amigas.

— Hum, entendo. E você acha o quê disso tudo?

— Alex, eu vi o abraço de vocês e ao contrário do que você pensa, eu sei que vocês são apenas amigas agora.

— Que bom. – Sorri aliviada.

— Mas porque exatamente vocês estavam se abraçando, posso saber?

— Porque ela soube de nós duas e estava feliz por mim.

— Então está tudo certo, não é?

— Sim. Nós vamos a um barzinho na sexta para comemorar a saída da Brenda da clínica, você quer ir? – Perguntei.

— Claro amor, vai ser interessante. – Lígia sorriu.

A semana passou tranquilamente. Eu comecei a dormir na casa da Lígia já que a nova cama havia chegado. A estreamos muito bem se querem saber. Lígia era toda cuidados comigo, fazendo todos os meus gostos e caprichos. Eu já conseguia me imaginar morando definitivamente com ela.

Kimi me ligou na quarta a noite para dizer que estava tudo certo sobre o barzinho, ela havia pedido permissão à mãe da Brenda e esta deixou com certa relutância. Os meninos já estavam ansiosos para chegar sexta.

Durante a semana não chegamos a ver o Júlio em lugar nenhum, eu estava achando muito estranho ele ter sumido do nada. Algo me dizia que ele estava tramando alguma coisa e não ia demorar a dar as caras. Lígia me disse que ele não quis assinar os papéis que o advogado levou, o que agora os levaria a uma separação no litigioso, assim como imaginávamos. Isso só desgastaria a Lígia ainda mais.

Tentei afastar esses pensamentos em relação ao Júlio e o que ele poderia estar tramando. Talvez fosse coisa da minha cabeça.

A sexta chegou e com ela um nervoso pelo encontro no barzinho à noite. Eu comuniquei aos meninos que a Lígia iria comigo. Eu estava doida para saber como eles se comportariam em frente a uma professora.

O dia passou rápido e quando percebi, já estava na hora de me arrumar. Vesti uma roupa leve e depois de arrumada fui ao apartamento da Lígia. Lígia abriu a porta e eu quase desmaiei diante daquela visão. Ela usava um vestido curto, que realçava suas belas curvas e um salto alto. Os cabelos negros caiam pelos ombros e no rosto uma maquiagem leve, ressaltando seus olhos castanhos que brilhavam perigosamente.

— Uau. – Foi só o que consegui dizer.

— Uau, digo eu. Você está linda Alex. – Lígia me puxou e me beijou.

— Acho que podemos cancelar esse barzinho e aproveitar aqui mesmo né? – Perguntei enquanto começava a beijar seu pescoço.

— Nem pensar. – Lígia se afastou, sabendo que estava me deixando doida. — Quando voltarmos você poderá fazer o que quiser comigo, mas agora vamos que estamos atrasadas. – Lígia me empurrou para fora do apartamento.

— Alex, para! – Lígia brigou enquanto esperávamos o elevador chegar. Eu a abraçava e apertava seu bumbum.

Eu estava completamente excitada e não aguentava mais, dentro do elevador apertei o botão de parar e imprensei Lígia no canto. Enquanto beijava seu pescoço, minha mão se embrenhava por baixo do vestido.

— Alex, o que pensa que está fazendo? – Lígia brigou tentando me afastar. — Ficou maluca? Tem câmeras aqui.

— Deixa amor, só um pouquinho? – Falei arrancando um gemido baixo de Lígia quando minha mão driblou a calcinha e começou a acariciá-la.

— Alex, para. – Lígia já não tinha mais força na voz.

Passei a fazer uma pressão em seu clítoris e Lígia se agarrou em meus ombros, gemendo mais alto.

— Alex...

— Vamos dar um show para quem está assistindo. – Falei com desejo.

Penetrei Lígia com um dedo enquanto buscava sua boca para um beijo. Coloquei outro dedo dentro dela e continuei com o movimento de vai e vem, percebi que Lígia estava perto de gozar.

— Quero gozar na sua boca, Alex. – Lígia falou no meu ouvido se segurando para não gozar antes.

Retirei meu dedo de dentro dela com cuidado e me abaixei colocando sua perna em meu ombro. Passei a chupá-la. Lígia segurou minha cabeça para que eu não me afastasse nenhum milímetro e seus gemidos que preenchiam o elevador ficaram mais altos com o orgasmo que se aproximava.

— Não para Alex. – Lígia falou sensualmente enquanto gemia.

Lígia me presenteou com seu gozo e seu corpo foi tomado por pequenosespasmos. Fiquei chupando Lígia lentamente até os espasmos de seu corpo cessarpor completo, ajeitei a calcinha dela e o vestido e depois escalei seu corpo,lhe dando um beijo de perder o fôlego.

— Você me paga, Alex! – Ela falou com a respiração ainda acelerada. — Eles devem ter se divertido assistindo ao nosso pequeno show. – Lígia estava vermelha pelo orgasmo e tentava ajeitar o vestido mais ainda.

— Pelo menos uma coisa eles sabem... – Lígia me olhou. — Que eu sou a mulher mais sortuda do mundo. – Sorri e Lígia me beijou.

— Mesmo assim, você poderia ter esperado até voltarmos. – Ela brigou mais um pouco.

— Ai Lígia, para de brigar só um pouquinho e aproveita a sexta. – Lígia fez uma careta e apertou o botão que fez o elevador voltar a descer.

— Com que cara eu vou olhar agora para esses funcionários daqui?

— Ora, com a mesma de sempre. A cara de que você dá bem gostoso para a sua menina aqui. – Lígia me deu um tapa no braço.

— Engraçadinha.

Saímos do elevador e Lígia fez questão de andar mais rápido com vergonha de alguém ter visto o que se passava naquele elevador através das câmeras.

Entramos no carro e fomos para o barzinho.

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