9 - Visitas Inesperadas
Quando abrir os olhos no dia seguinte, ainda estava cansada, pois tinha passado o resto da noite no notebook, colhendo mais informações.
Peguei meu celular que estava na escrivaninha ao lado da cama, e me assustei com o horário, eram exatamente 14h02min da tarde, me levantei um pouco zonza, tinha que fazer algumas compras, pois havia comprado apenas o básico.
Fui até o banheiro, tomei um banho bem demorado, depois me vestir, peguei minha arma e fui para o elevador. Achei melhor não ir de carro, também porque não compraria muita coisa.
Fiquei sabendo de um supermercado, que tinha aberto a mais ou menos dois quarteirões daqui, então fui andando, também pensei que esses dias tinha que ir ao banco, sacar uma boa quantia de dinheiro, sinceramente, nesse tempo em que eu andei, fiquei pensando em tudo, no dinheiro, no pen drive, no apartamento e em várias coisas.
A mais ou menos uns 15min andando, cheguei ao supermercado.
Ele estava lotado e isso me incomodava, não gosto de lugares com muitas pessoas.
Quando se faz compra em supermercados, as horas passam muito rápido, e para mim não foi diferente, ao pegar apenas coisas básicas e pagar, quando sair já estava tarde, quer dizer a noite. E pensar que teria que ir andando para casa.
Ainda com umas sacolas na mão fui andando os dois quarteirões, como já estava a tarde, as ruas estavam desertas, é eram apenas 20h34min.
Podia ser apenas impressão, mas havia alguém atrás de mim, para uma rua deserta, estava algo estranho.
Quando olho para trás discretamente, mas não tinha ninguém, algo estava estranho, não sabia dizer.
Ao me distrair com uma loja do outro lado da rua, sinto um braço envolver meu pescoço, me puxando para pequeno beco, que nem ao menos tinha notado.
Em um movimento rápido e bruto, alguém me joga e me imprensa na parede, me deixando sem ar.
Quando olho diretamente para quem estava fazendo aquilo, meu coração gelo por um momento, era Jhoel.
Não conseguia dizer absolutamente nada, estava surpresa e ao mesmo tempo apreensiva, ele estava com muita raiva dava para percebe pelo seu olhar.
— Achou que não iria te encontrar? — disse me apertando ainda mais. — Eu quero o que você pegou! — exigiu.
— Ficou louco? — me faço de confusa.
— Que bela atriz — disse me olhando de cima a baixo. — Nem parece aquela vadia que estava na boate!
Por algum motivo, começo a rir o deixando ainda com mais raiva.
— Do que esta rindo? — pergunta.
— De você! — digo. — O que é mais ridículo era você achar que eu iria transar com você! — digo rindo.
De repente sinto ele me dá um tapa no rosto, numa maneira de amenizar a situação.
— Você é ridículo! — continuo rindo.
— Vamos ver quem é ridículo! — disse com os olhos cheio de raiva.
Ele me acerta outro tapa. Eu simplesmente chuto suas partes, quando ele solta meus braços, dou outro chute, e vejo ele pegar uma arma de sua cintura mas fui mais rápida, peguei a minha arma e apontei para sua cabeça.
— Joga a arma! — mando.
Mas ele finge nem ligar. Destravo a arma e repito...
— Joga a arma!
Ele me olha como quem quisesse me matar.
— Sua vadia! — disse abaixando a cabeça limpando o sangue da boca.
— Olha como fala! — digo.
— Eu vou te matar! — disse.
— Não é o que parece!
— Você não sabe com o que esta se metendo! — disse me olhando.
— Eu sei! — digo.
— Você já está morta, pena que ainda não sabe! — rir.
— Vamos ver com quem vai morrer!
Sua expressão muda.
— Por favor, me de aquele pen drive! — pede.
— E por que eu faria isso? — pergunto irônica.
Na verdade eu sabia que Jhoel estava responsável pelo pen drive, e que se acontecesse alguma coisa, talvez fosse ele que pagasse, com dinheiro ou até com a vida.
— Eu preciso daquele pen drive! — pede.
— Sinto muito, também vou precisar dele!
— Você não tem ideia de onde se meteu! — afirma.
Na realidade eu sabia.
— A arma! — digo.
Ele me entrega.
— Eu poderia te matar, mas isso é questão de tempo! — afirmo.
Eu simplesmente me viro e o deixo ali jogado.
Mas na frente encontro um táxi, então o pego, no fundo estava com receio que estivessem me seguindo, mas se Jhoel havia me encontrado, era porque ele estava me seguindo.
• • • •
Dias depois
Estava sentada no sofá ainda pensando sobre o ocorrido, havia se passado alguns dias, mas sempre me pegava pensando no que podia acontece, para mim a qualquer momento podiam entrar pela aquela porta e me matar a sangue frio, confesso que não durmo bem a dias, sempre quando vou dormi, ou pelo menos tentar, levo uma arma junto comigo, em uma maneira simples de me defender, minhas saídas tem sido bem poucas, apenas para comprar comida.
Eu na realidade, não sabia exatamente o que fazer com aquele pen drive, minha consciência dizia para mim esperar, mas a pressa dizia para leva a polícia. Já havia conversado com Charlie noite passada, ele ficou apreensivo e disse pra mim fugir, mas eu achei melhor não, já tinha começado, agora teria que ir até o fim.
De repente escuto alguém bater na porta, nessa hora corro até o quarto e pego a minha arma. A seguro firme e vou até a porta, me encosto nela um pouco apreensiva, nessa hora passou várias coisas pela minha cabeça...
— Quem é? — pergunto.
— Sou eu Liam!
Nessa hora soltei o fôlego que nem sabia que tinha prendido. Meu coração desacelerou e respirei fundo de alívio, eu coloco a arma em minha cintura.
Então abro a porta.
— O que está fazendo aqui? — pergunto sem rodeios.
— Olá! — responde.
— Não foi isso que perguntei! — digo.
Ele me olha de cima a baixo.
Nessa hora havia me lembrado que estava apenas com um short, uma blusa branca e um coque mal feito.
— Liam! — o chamo.
— Eu... Vim falar com você! — disse agora me encarando.
— Liam, nos já falamos o que tínhamos que falar! — digo.
— Pensei bem, nesses dias que não nos falamos, achei melhor deixar você pensar um pouco! — disse.
— Liam não tem o que pensar!
— Por que não tentamos ser pelo menos amigos! — sugere.
— Isso não vai dar certo, você sabe! — digo. — Por que insiste nisso, o que você viu em mim? — pergunto.
— Na verdade foi o que eu não vi! — disse me olhando. — Eu gosto de você, mas sei que isso vai ser impossível, então quero tentar ser seu amigo!
— Eu não sou quem você pensa! — digo baixo.
— Eu posso descobrir! — disse.
— Você não ficaria feliz com o que descobrisse!
— O que quer dizer? — pergunta.
— Você estaria se colocando em risco!
— Do que está falando?
— Você disse que queria ser meu amigo, mas isso pode ser perigoso, está disposto? — digo irônica.
— Você tem problema com a justiça? — pergunta.
— Não!
Ainda não, não problemas sérios.
— Então não se preocupe, sou policial, sei me defender! — disse.
— Eu não consigo entender você, por que fazer isso por uma pessoa que conheceu a pouco tempo! — digo.
— Nem eu consigo entender! — responde.
— Me responde uma coisa? — digo. — Como você consegue subir, sem que alguém da portaria me avise? — pergunto curiosa.
— Tenho meus meios! — responde.
O encaro.
— Tudo bem, conheço o pessoal da portaria, são chegados, eles sabem que sou uma pessoa tranquila!
— Sei!
Liam entrou e ficou conversando comigo por mais algumas horas depois foi embora, nada me fazia entender porque Liam estava disposto a ser um amigo, depois de tudo que lhe disse. De certa forma isso estava me deixando culpada, se acontecesse alguma coisa com Liam, ficaria com minha consciência pesada, pelo fato dele ser uma boa pessoa.
Já eram 21h30min quando o interfone tocou, fiquei curiosa de saber o motivo, já que quase nunca toca.
Fui até lá e atendi.
— Alô?
— Alô, senhorita Richardson?
— Só Amara!
— É... Dona Amara, tem um homem aqui em baixo querendo falar com você!
— Do que se trata? — pergunto curiosa.
— Ele disse que é sobre seu carro! —afirma.
— Qual o problema?
— Ele acha melhor falar com você!
— Estou descendo! — digo.
É desligo.
Fiquei muito desconfiada daquela ligação, o que tinha meu carro? Do que se tratava realmente, por que viriam essa hora? Não sabia o que pensar.
Troquei de roupa e peguei a arma. Fui até o elevador, quando cheguei na portaria, falei com o homem que estava no balcão.
— Boa noite! — digo.
— Boa noite, dona Amara!
— Onde estão?
— Estão lhe esperando na garagem!
— Disseram da onde são? — pergunto.
— Ele não quiseram me dizer muita coisa, por que devo chamar a polícia? — pergunta confuso.
— Não, está tudo bem! — digo. — Vou lá!
— Então vou lá dentro rapidinho! — disse se virando.
Então fui andando até o estacionamento do prédio, algo estava errado, não tinha ninguém, então escuto um alarme de carro, quando procuro para saber da onde estava vindo, era do meu carro, vou até lá e tento desligar...
Quando de repente sinto uma mão tampando minha boca, não conseguia ver quem era, tentei me soltar, mas não com seguia, então seguro sua mão e mordo, até que me soltam, quando me viro para ver quem era, não conseguia, ele estava encapuzado, ele me olha e vem pra cima de mim, mas me desvio, quando pego minha arma, atiro em sua perna, sem chance dele pensar, quando tento correr sinto alguém segura meu braço, quando olho, tinha outro que também estava encapuzado, ele aponta a arma pra minha cabeça, então seguro sua arma e lhe chuto, quando ele solta a arma, tento pegá-la, mas alguém coloca um pano em minha boca, me deixando zonza, ainda tento me soltar, mas parecia que meu corpo não me obedecia, então simplesmente desmaio...
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