20 - Angústia

Fui em direção a multidão que ainda estava formada, sem olhar para trás, tentando entender o que tinha acabado de acontecer.
Eu não sabia porque eu estava tão agitada e confusa, não sabia explica aquilo, quase sempre sentia um enorme desconforto ou irritação só de está no mesmo ambiente que Lorenzo, e saber que por longos minutos, toda raiva e indiferença havia sumido e cedendo lugar a sentimentos de insegurança e intimidação, era algo que me incomodava, eu não podia deixa que ele tivesse todo esse efeito de persuasão sobre mim, pior do que isso, e saber que talvez que ele já soubesse desse efeito desconcertante.

Tentando afasta esses pensamentos, decido procurar Christian, não daria uma boa impressão ir embora sem avisá-lo, quanto mais tentar agrada, talvez as coisas se tornem mais fáceis, ou não, novamente veio o aviso de Lorenzo em minha cabeça, sabia que Christian era uma pessoa repugnante, mas não podia levanta suspeita, muito menos desafiá-lo.

O vejo conversando com algumas pessoas ao seu redor, deveriam ser sócios ou pessoas envolvidas com seus negócios indiretamente, então não sabia se deveria me intrometer, mas fui surpreendida por seus olhares, que bateram com os meus, me deixando sem chão, sem ter o que fazer, mas não poderia desviar, então ele faz um gesto com a mão, fazendo sinal para ir até ele, eu não sabia como deveria agir, mas mesmo assim, fui andando em sua direção, meio sem graça depois do que aconteceu.

Quando cheguei perto, todos os olhos daquela roda de pessoas me seguiram, até eu fica ao lado de Christian para que eu pudesse falar em um tom baixo e ir logo em seguida.

- Christian, eu tenho que ir! - informo perto de seu ouvido, não muito, o bastante para que ele ouvisse.

- Espere, deixa eu apresentar meus sócios! - disse erguendo a mão para as pessoas.

- É um prazer conhecê-la! - disse um segurando minha mão, seu toque e seu olhar me incomodavam.

- Igualmente! - digo afastando minha mão em seguida.

- Tenho que ir Christian! - digo me virando.

- Porque não fica mais um pouco? - sugere.

- Acho melhor não! - digo a ele, implorando para que ele não insistisse mais.

- Venha amanhã, vamos resolver o valor dos seus serviços prestados! - disse sério. - Às 13 horas!

- Há! - digo me recordando de como isso funciona, eu não queria aquele dinheiro, mas não podia dizer isso. - Ok! - afirmo.

Termino de dizer e saio, vou correndo até a saída, desviando das várias pessoas que tinha no salão, com os passos acelerados, quando estava na porta do casarão, escuto vozes familiares, que chamaram minha atenção, vou seguindo as vozes que me levaram para o lado esquerdo, fui em passos pequenos e me inclinei para escuta o que diziam...

- Você está tendo um caso com ela? - pergunta Valentina alterada.

- Fala baixo! - disse Lorenzo cauteloso.

- Você está tendo um caso com ela Lorenzo? - repeti.

- Não ti devo satisfação Valentina, mas não, não tenho um caso com ela! - disse sem paciência.

- Eu vi o clima que vocês estavam...

- Valentina, eu não tenho caso com ninguém, e eu não te devo satisfação! - disse sério.

Mesmo por ter pego a conversa no meio, sabia que eles estavam falando de mim, e o que antes eu desconfiava, agora tinha certeza, Valentina gostava de Lorenzo, o seu tomar de voz possessivo, deixava tudo claro.

- Lorenzo, ela não sabe o que faz...

- Valentina, eu não quero mais falar disso!

- Você não tem nada com ela? - pergunta séria.

- Não! - disse firme.

Quando eu senti que a conversa estava acabando, eu rápido sai dali, fui direto para o carro, me sentei e fiquei um tempo lá, processando a conversa de Lorenzo e Valentina.

Agora tinha certeza que Valentina gostava dele, mas Lorenzo em nenhum momento deixou a entender de que estivesse interessado, e de alguma forma, ela estava se sentindo ameaçada, mas eu não entendia porque, eu Lorenzo jamais teríamos alguma coisa, era isso que eu repetia para mim mesma, buscando toda a verdade.

Depois de alguns minutos já estava no prédio, deixei a arma na cômoda aos lado da cama, e fiquei por mais algumas horas pensando, pensando em tudo o que aconteceu.

• • • •

No dia seguinte acordei normalmente, e fui prepara o café, enquanto estava fritando os ovos com bacon, escuto meu celular foca aos meu lado, pego e celular calmamente e vejo de quem e o número, minha respiração acelera, sou tomada por sentimentos de raiva e angústia. Ver aquele celular tocando era algo angustiante, sua tela quebrada me fazia recorda a última vez que aquele número me ligou, me deixando desolada.

Fiquei encarando o celular em minha mão, reisitindo para não atender, e dizer o que eu estava sentindo, mas admito que saber o que Charlie queria naquele momento era algo pertubado, confesso que estava torcendo para que ele desligasse, antes que eu atendesse, mas suas ligações estavam deixando a entender, de que não iria desistir.
Na quarta vez seguida, eu desliguei, não estava aguentando sua insistência, não a nada que me interresse agora, suas palavras agora seriam atoa, depois do que ele me disse, não queria escutar novamente sua voz.
Depois de longos minutos ele desistio, me deixando aliviada, tomei meu café, um pouco irritada, e ao mesmo tempo sendo atingida novamente pelo sentimento de fraqueza, mas não iria deixar aquilo me abala novamente.

Enquanto assistia TV, pensava na visita de Liam, esperava que esses tempo que ele iria passar fora, fosse esclarecedor, que também ocupassem seus pensamentos, me doía saber de seus sentimentos, era algo que me encomodada, ao mesmo tempo, me sentia tranquila por saber que ele ficaria um tempo longe de mim, talvez isso fizesse ele pensar mais sobre o que estava sentindo, que de certa forma, o libertasse.
Também me veio em mente, o quão bom isso podia ser, Liam não me merecia, eu estava mentindo, estava o enganando, e quando ele descobrisse, porque eu sei que isso um dia irá acontecer, não podia imaginar a dor que ele sentiria, ou o quão de raiva ele teria, ou seja, só despertaria os piores sentimentos nele, e eu não queria que isso acontecesse.

As horas foram se passando lentamente, e eu já teria que ir novamente para o casarão, enfrentar Christian e pensar em uma maneira de o que fazer com o possível dinheiro que ele iria me dar, sabia que minhas economias não iriam durar para sempre, mas não tocaria naquele dinheiro, então tinha que fazer tudo o mais rápido possível.

Então comecei a me vesti, roupas simples, como sempre, amarrei meu cabelo e peguei minha arma, desci até a portaria e fui até o estacionamento, algo que já se tornou frequente nos últimos dias.

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