༺XLV༻
ஜீ፝͜͜͡͡Victoria estava descontrolada.
Sua risada macabra preenchia todo o local, enquanto se deliciava com aquela situação de aflição que estava causando à todos nós. Dorian ainda não havia conseguido escolher entre sua mãe e sua irmã. As lágrimas não deixavam seus olhos. Ele permanecia de joelhos, talvez buscando forças em algum lugar dentro de si para se pôr novamente de pé, tendo em vista o possível vacilar de seu corpo. Sua mão encostada na parede invisível, possivelmente almejando que aquele impedimento entre ele e sua família sumisse para sempre.
― Vamos Dorian ― apressou-o Victoria impaciente pela desgraça alheia. ―, não tenho à noite toda.
Não estava mais suportando ver Dorian passar por aquilo. Minha culpa de outras vidas se abateu sobre mim naquele momento. Sentia um misto de emoções. A raiva por Victoria estar fazendo aquilo à inocentes, o medo pelo que poderia acontecer e a culpa, que de certo modo nunca me abandonou por como tudo havia sucedido até aquele momento. Vivenciava aquilo, pois me sentia responsável pelo monstro que criei nela. Me arrependia amargamente.
― Me mate ― disse por fim num tom firme, mesmo que por dentro não tivesse certeza de nada. ― Sou eu quem você quer atingir, não elas.
― O quê? ― Dorian olhou rapidamente para mim com os olhos esgazeados. ― Você não pode fazer isso. Sou eu quem reencarno e não você, portanto sou eu quem tem que morrer.
― Não. Se você morrer tenho certeza que ela impediria que sua alma voltasse para este plano, já que suas ancestrais controlam o outro lado.
― É verdade, certamente o faria! ― disse ela insípida olhando para suas unhas pintadas de um roxo quase preto.
― Então me mate Victoria e deixe Dorian e sua família saírem daqui livres.
― Não Sebastian ― disse Dorian voltando a chorar novamente.
― Tenho certeza que vamos encontrar uma solução melhor ― disse Blair tocando meu ombro. ― Não podemos nos precipitar.
― Chega! ― vociferou Victoria por fim de maneira áspera. ― Não quero nenhum de vocês. Eu quero que fiquem vivos para que sofram com a culpa pela morte de uma delas.
Ela riu com desdém.
― Vamos lá, escolham um número de um à dez e eu vou sortear apontando para uma de cada vez, então onde meu dedo parar vai ser quem vai morrer. Que tal? É um joguinho muito divertido.
― Como pode ser tão baixa? ― quase cuspi aquelas palavras mostrando todo o meu desprezo por suas atitudes.
Ela gargalhou.
― Bem, já que nenhum de vocês vai escolher, escolho eu então ― disse ela exasperada, virando-se na direção da mãe e irmã de Dorian, com um braço ao redor do corpo, enquanto apoiava o outro, ao mesmo tempo que o dedo indicador ficava martelando em seu queixo, dando-lhe uma pose reflexiva. ― Vejamos...
Ela apontou para uma e para outra várias vezes como se estivesse fazendo as contas de quantas vezes teria que contar para cair no número que ela queria para poder promover a tragédia que tanto ansiava. Dorian berrou batendo na parede, implorando para que ela não fizesse nada.
― Silêncio! ― murmurou. ― Estou tentando me concentrar aqui.
Tudo que saía de sua boca fazia com que eu sentisse mais indignação.
― Bem, acho que vou escolher o número dez, o que acha Dorian?
― Deixe minha família em paz.
― Vamos começar o sorteio então. Um...
Ela contava de uma forma lenta, começando pela irmã de Dorian.
― Dois...
A mãe de Dorian se retorcia na cadeira desesperada.
― Três...
Podia ouvir todos os corações ali aos nervos.
― Quatro...
Sentia uma pontada fria me atingir diretamente.
― Cinco...
Dorian gritava ainda mais pela vida de sua família.
― Seis...
O desespero estava começando a me invadir.
― Sete...
Trocava olhares com Blair sem saber o que fazer.
― Oito...
Estava começando a perder as esperanças.
― Nove...
Estava me preparando para ver alguém morrer ali.
― Dez...
― Mãos ao alto! ― disse Fayola chegando por trás de Victoria, fazendo todos ali vibrarem de felicidade, exceto a causadora de todo aquele teatro. ― Um passo e você será pó de bruxa caindo pelo chão dessa cozinha, que por sinal é linda. Parabéns aos decoradores envolvidos. Agora vira para cá bem devagar e é melhor não tentar nada.
― Você sabe que há uma pena para bruxas que matam bruxas, não sabe? ― questionou Victoria astuta enquanto se virava. ― Ficaria sem seus poderes para sempre.
― Eu arrisco ― disse Fayola segura daquilo.
― Você demorou, hein? ― disse Blair respirando aliviada.
― Querida já estava na hora de eu ir dormir. Eu tive que me vestir para vir aqui.
― Por que não veio de camisola mesmo? Ninguém aqui ia te julgar.
― Querida, eu durmo nua.
― Agora está explicado.
― Um "obrigado por ter vindo", viria à calhar nesse momento! ― recriminou Fayola sem desviar os olhos de Victoria que observava de soslaio.
― Obrigado! ― dissemos todos em uníssono.
― Agora ponha a pedra Ônix no chão bem devagar e a chute para longe sem nenhuma gracinha, pois estou pronta para te eliminar querida.
Victoria fez o que ela pediu com as mãos ao alto, enquanto Fayola estudava cada movimento seu. Ela endireitou o corpo e chutou a pedra para longe que deslizou no piso para distante de seus pés.
― Boa garota ― disse Fayola com um sorriso irônico em sua feição. ― Agora acho melhor sumir daqui antes que eu mude de ideia.
Victoria bufou por seu plano não ter corrido como ela esperava.
― Isso ainda não acabou Sebastian ― declarou ela irritadiça. ― Você sabe que eu vou voltar, portanto, nos vemos em breve.
Ela desapareceu dali, então a parede invisível que outrora interceptava o caminho, logo sumiu, fazendo a mão de Dorian que estava aproximada, avançar sobre o ar adiante. Corri com minha velocidade vampira até a irmã de Dorian para segurá-la antes que chegasse até sua mãe. A magia sobre ela se desfez antes que eu chegasse até ela, mas consegui detê-la antes que algo terrível tivesse acontecido. A prendi contra a parede, enquanto ela se debatia com as presas afiadas saltadas de sua boca.
Blair se aproximou de mim e levou seu dedo até a testa da garota que tentou morder, mas Blair foi mais esperta, tocando sua testa e a fazendo cair em um sono profundo, enquanto isso Dorian desamarrava a sua mãe da cadeira que chorava e não dava para saber ao certo se era por estar viva, pelo medo ou por estar emocionada por ver novamente o seu filho. Talvez as três coisas ao mesmo tempo.
― Mãe! ― disse ele com lágrimas banhando o seu rosto. ― Que bom que você está bem!
― Filho me desculpa! ― foi a primeira coisa que ela disse assim que a mordaça foi tirada de sua boca. ― Me desculpa por tudo!
― Está tudo bem... ― Dorian iniciou sua fala, mas logo foi interrompido por sua mãe que parecia bastante eufórica.
― Não, não está tudo bem! ― redarguiu ela gesticulando expressivamente com as mãos e com um gesto negativo de cabeça. ― Eu fui rude e insensível com você, apenas porque não compreendia. Achei que estava possuído pelo mal. Eu te julguei e te condenei mais rápido do que qualquer outra coisa. Eu devia ter te abraçado e ter dito que estava tudo bem e me arrependo amargamente da minha decisão. Você poderia ter escolhido a minha morte, alguém que te magoou tanto, mas mesmo depois de eu ter te magoado, você ainda decidiu que eu merecia viver. Estava disposto a morrer no meu lugar, apenas para que eu, uma pessoa que te feriu, pudesse viver. Você não foi um erro. Eu te criei para ser exatamente como você é. Uma pessoa boa que se importa com os outros mais do que a si mesmo. Eu sei que não mereço o seu perdão depois de tudo o que eu disse e fiz. Não espero que um pedido de desculpas resolva tudo, porque eu sei que não vai resolver, mas quero que saiba que eu enxerguei o meu erro e estou disposta a não cometê-lo novamente se você quiser me dar mais uma oportunidade. Espero do fundo do meu coração que me perdoe.
Às lágrimas corriam desenfreadas pelo rosto de Dorian, enquanto ainda estava ajoelhado na frente da mãe sentada naquela cadeira. Ele segurou firme as mãos dela, que também chorava bastante.
― Mãe, eu poderia escolher não te perdoar e fazer com que esse ciclo de ódio e rancor seguisse, mas não é o que o meu coração deseja ― confessou ele em meio à soluços. ―, por isso quero quebrar esse ciclo aqui mesmo. Nenhum de nós merece perdão se parar para pensar bem, afinal ninguém é perfeito, todo mundo erra e já magoamos alguém, então eu te perdoo se a senhora estiver disposta a ser alguém melhor daqui para à frente.
― E eu quero filho, quero ser uma pessoa melhor para você e para Sofia também!
― Então eu te perdoo! ― soltou ele aquelas palavras tão pesadas, mas fazendo com que sua expressão se suavizasse. Eu sabia muito bem como era a sensação do perdão. Quando liberado, fazia com que de certa forma, o peito se tornasse um pouco mais leve e aos poucos era possível sentir que as feridas abertas dentro do ser, começassem a se fechar, mesmo que lentamente e algum dia poderiam se cicatrizar. ― Vamos deixar todo o passado turbulento para trás e escrever um futuro melhor para nós dois.
Ela assentiu, então Dorian a abraçou e juntos eles se reconciliaram em meio à mais lágrimas, porém agora não eram mais como as anteriores, agora eram lágrimas de felicidade. Os laços haviam sido restaurados.
Mesmo que o momento mãe e filho estivesse muito bonito, soltei um pigarro, afinal ainda estávamos ali presentes. Dorian se soltou do abraço e voltou a focar seus olhos negros em mim.
― Ah, mãe, que indelicadeza a minha, esqueci de apresentar esses são...
― Me chamo Sebastian ― interrompi-o me apresentando com a mão sobre o meu peito me curvando levemente em cumprimento da maneira mais cordial possível. ― Aquelas são Blair e Fayola.
Elas também a cumprimentaram.
― Ele é meu namorado ― expôs Dorian com um sorriso contido nos cantos de seus lábios. ― E aquelas são nossas amigas.
― Bem, o seu filho é a reencarnação do meu verdadeiro amor ― relatei.
― Filho, que história é essa?
― É verdade mãe. Sebastian é um vampiro com pouco mais de seis séculos e eu sou a reencarnação do amor passado dele. Eu me lembrei de tudo quando fiquei na casa dele por todo esse tempo. Lembra que eu falava que via um homem em meus sonhos?
Ela pareceu por um momento pescar em sua memória a informação correspondente àquela pergunta, então por fim assentiu limitadamente.
― Bem, é ele.
― E a sua irmã o que fizeram com ela?
― Eu apenas a coloquei para dormir senhora! ― manifestou-se Balir.
― Deram boa noite Cinderela para minha filha? ― interpelou ela exasperada.
― Não senhora. Eu sou uma bruxa. Apenas lancei um feitiço do sono para fazê-la dormir. Ela pode acordar à qualquer momento.
― Aquela mulher fez alguma coisa com ela. Minha filha não é daquele jeito.
― Ela foi transformada em uma vampira.
― Vampiro? Isso não pode ser possível!
Sebastian transfigurou seu rosto, revelando as presas afiadas e seus olhos vermelhos de demônio por um momento.
― Misericórdia! ― disse a mãe de Dorian abendiçoando-se.
― O sinal da cruz não funciona conosco! ― enunciei trazendo meu rosto novamente ao que era. ― Nem crucifixos.
A mãe dele me olhava horrorizada.
― E não dá para desfazer isso? ― questionou a mulher preocupada com o futuro da sua filha.
― Infelizmente não! ― retorquiu Blair. ― O feitiço só pode ser desfeito pela mesma bruxa que o colocou, no caso, a mesma que tentou te matar hoje e alguma coisa me diz que ela não vai querer desfazer isso.
O olhar abatido da mãe caiu novamente sobre seu filho, que segurava sua mão num gesto solidário.
― Bem, a questão é. Você não pode mais ficar aqui, já que Victoria sabe onde te encontrar. Não é mais seguro.
― Eu só não consegui entender uma coisa, por que aquela mulher queria me matar?
― Ela é a minha ex ― respondi. ― Ela queria te matar para fazer Dorian sofrer, porque fazendo ele sofrer ela me faria sofrer também.
― Mas que mulher mais maluca! ― retrucou ela num tom exasperado. ― Ela tinha que procurar um psicólogo!
Pensei em perguntar o que era um psicólogo, mas acho que aquele não era o momento propício para aquela pergunta, então apenas anotei em minha mente para perguntar depois em algum momento mais oportuno.
― Sebastian o que faremos agora? ― interpelou Dorian com aqueles olhos abalados.
― Talvez possa levá-la para minha casa, mas não sei se seria seguro, pois sua irmã ainda é uma vampira recém-nascida e poderia machucá-la no primeiro deslize que déssemos. Até o treinamento dela estar completado é melhor que fique ausente, mas não aqui, pois já não é mais seguro.
Ela respirou fundo.
― E para onde eu irei? ― perguntou ela confusa.
― Bem, para onde quiser.
― Meu lugar é aqui. Todos que eu conheço estão aqui.
― Mãe, talvez devesse mudar. Tentar a vida em outro lugar, pelo menos por enquanto. Você tem o dinheiro da poupança de emergência. Pode gastar para ir à outro lugar e arranjar um local para ficar até conseguir se estabilizar.
― Também posso mandar uma quantia se quiser! ― ofereci.
― Não querido, não precisa. Acho que posso me virar com esse dinheiro, se é assim que tem que ser.
― Eu prometo que assim que der eu te trago de volta.
Ela passou a mão suavemente pelo rosto de Dorian e aquilo fez eu me lembrar de minha mãe. Como ela era carinhosa comigo, atenciosa e todo o amor que eu tinha dentro de mim até hoje me fora plantado por ela. Ela arou a minha terra para que em mim pudesse germinar os melhores frutos. A saudade me apertou naquele momento, mas agora o sorriso dominava meu rosto, sem mais lágrimas.
― Vou te ligar sempre que puder então.
― Ah, devo dizer que lá na casa de Sebastian o sinal não é muito bom! ― disse ele pela interferência que a barreira mágica causava à qualquer sinal eletrônico. ― Eu ligo assim que der para saber como você chegou.
― Sendo assim, acho que devo fazer minhas malas agora mesmo.
― Bem, antes de ir mãe, quero que fique com uma coisinha! ― disse caminhando até a pedra Ônix e a pegando das mãos de Blair que havia recolhido do chão com a cautela que sempre tinha com os objetos mágicos, colocando sobre a posse de sua mãe, que olhou intrigada para a pedra negra à sua frente. ― Essa pedra vai te proteger de todo o mal, caso Victoria volte a te encontrar. Nunca tire essa pedra em hipótese alguma, nem sequer para tomar banho, ouviu bem?
― Tudo bem. Acho que vou me lembrar disso.
― Eu te amo mãe.
― Eu também te amo filho.
Dorian abraçou forte a sua mãe e podia sentir apenas em ver o pesar em seu coração por ter que fazê-la partir para mantê-la segura. Mesmo sendo um vampiro hábil, sabia o quanto uma novata poderia ser astuta, pois seus poderes são ampliados quando está com sede de sangue. Sabia que ao levá-la para dentro do ninho, poderia transformá-la em um dos primeiros alvos da filha, por ser a humana mais próxima. Dorian entendeu isso sem que eu ao menos explicasse à ele, mostrando que ele já compreendia mais do novo mundo do que eu imaginava.
― E a Sofia? ― inquiriu ela depois de soltar-se do longo abraço. ― Levem ela para à sala e ponham no sofá. Não a deixem jogada assim no chão como se fosse um cadáver.
Tomei a garota em meus braços e por fim a levei até o estofado na sala, colocando-a deitada com as mãos sobre o ventre, enquanto observávamos seu rosto pálido adormecido. A mãe de Dorian findou por ir até o quarto dela para fazer as malas para seguir para qualquer que fosse o lugar projetado em sua mente. Dorian me abraçou e eu beijei sua testa num gesto singelo, enquanto observava a irmã dele desacordada no sofá sob a supervisão de Blair, que mantinha os olhos focados nela para captar qualquer sinal de movimento.
Algum tempo depois a mãe de Dorian voltou à sala, trajando roupas novas e puxando duas malas grandes de carrinho, uma de cor rosa e outra de cor amarela. Agora ela usava uma calça jeans com uma blusa preta e um sobretudo em cor bege. Seus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo e sua boca com um batom em cor rosa. Ela era uma bastante bonita para a idade dela.
― Acho que estou pronta! ― disse ela respirando fundo. ― Já peguei minhas roupas, meu passaporte, objetos pessoais e dinheiro. Acho que não falta mais nada.
O olhar dela encontrou à mim e a Dorian, enquanto ainda estávamos abraçados.
― Vocês formam um lindo casal juntos.
Sorri com aquele comentário e Dorian logo foi ao encontro de sua mãe para abraçá-la mais uma vez. Ele realmente tinha um apego muito grande à ela. Era bonito de se ver.
― Vou chamar um carro no aplicativo para você ― disse ele pegando o celular do bolso e clicando algumas vezes na tela.
A mãe de Dorian olhou em direção ao corpo da filha que ainda estava inerte no sofá, sua expressão se tornou vazia por um breve momento, respirando fundo.
― Acho que não conseguirei me despedir dela não é mesmo?
― Mesmo que ela acorde não é seguro falar com ela e principalmente abraçá-la ― ressaltei.
― É uma pena.
― Bem, vamos esperar o carro lá fora! ― chamou Dorian.
Todos nós fomos para o lado de fora, com exceção de Blair, que ficou vigiando Sofia, como se chamava a irmã de Dorian, enquanto eu carreguei as malas da mãe num gesto cavalheiro e cortês. Ficamos todos postos na calçada na rua pouco movimentada naquela noite. Não poderíamos ir até o aeroporto com ela, pois estávamos com a Sofia sob nossa custódia, portanto Fayola se ofereceu para ir com ela até lá e só sair do lado dela quando enfim estivesse embarcando para outro país.
O carro chegou ali minutos depois, então era finalmente o momento da partida. Dorian abraçou sua mãe tão forte quanto antes num adeus bastante difícil. Eu abracei Fayola que embarcaria junto com a mãe de Dorian, agradecendo por tudo que fizera naquela noite por todos nós e principalmente pelo meu namorado. A mãe dele me deu um aperto de mão tímido no fim de tudo, enquanto Dorian abraçou Fayola, que logo depois foi entrando no carro junto com a mãe dele. Assim que ela fechou a porta, o veículo começou a se afastar cada vez mais, seguindo seu curso, enquanto acenávamos em despedida, vendo o automóvel se distanciando progressivamente no limite do horizonte, ao mesmo tempo que dentro de mim crescia a certeza de que Victoria ainda não havia terminado e temia severamente pelo próximo ato.
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