Trinta e Três: Fazer o certo?

— Sarah, você tem que ir — intimou Victor através do telefone. — Esqueceu da promessa que me fez ontem? Eu te perguntei umas cinco vezes e você garantiu sua presença.

Meu coração acelerou só de pensar em quão terríveis as próximas horas seriam para mim.

— Eu sei, mas foi no calor do momento. Não consigo mais ver como tudo isso pode dar certo — lamentei com uma voz manhosa. — Vamos remarcar, por favor. Papai vai entender.

Ouvi Victor soltar o de maneira forte contra o celular.

— Oh, Sarinha, ninguém vai te machucar. Pelo contrário, todos estão ansiosos e aguardando sua presença há muito tempo. — contestou com grande preocupação. — Além do mais, eu estarei ao seu lado o tempo todo, não há nada a temer.

Fiz silêncio, sentindo minha garganta doer devido ao excesso de sentimentos entalados.

— Não quero te forçar a nada, mas o seu Flávio vai ficar magoado se eu desmarcar — relembrou com certo temor. — Não pode fazer isso por ele?

Pensei naquelas palavras por alguns instantes e passei a andar de um lado para o outro dentro do banheiro onde até então eu me aprontava para o jantar com o qual concordei - antes surtar e ligar em prantos para Vic, cancelando tudo.

"É isso o que o Senhor quer de mim? Que eu me aproxime da minha familia assim tão depressa?" perguntei mentalmente, parei de perambular e estando diante do espelho meio embaçado, aproveitei para analisar minha imagem refletida. Ali eu pude ver a antiga Sarah querendo tomar espaço em mim novamente. Sempre quando me sentia fraca ou ameaçada, eu pensava em fugir e me esconder até o perigo passar. Entretanto, depois de tudo que passei, continuar agindo como antes, era tolice, pois apesar de ser uma moça pequena e incapaz, meu Jesus era forte por mim.

"Por favor, Senhor, não deixe a coragem me faltar, então" implorei já com os olhos marejados.

— Sarah? Ainda está aí? — Victor quis saber depois de meu insistente silêncio.

— Sim, estou — respondi com a voz hesitante e sequei uma lágrima escorrendo pela minha bochecha.

Tudo aquilo era tão difícil pra mim.

— Olha, eu pensei melhor e sei que esse é um grande passo, então se você não está realmente confortável com esse jantar, eu posso ligar e cancelar — sugeriu e eu senti a ternura incutida em sua voz. — De qualquer jeito, já saí do hospital e estou indo para o Instituto. Talvez eu passe no mercado e leve alguma coisa para comermos e...

— Não, Victor — interrompi-o e com certa euforia.

— Não quer que eu passe no mercado? Tudo bem, peço uma pizza, então — sugeriu e foi inevitável rir um pouco da sua sugestão.

— Nós vamos ao jantar — declarei convicta. — Estou com medo, muito medo, mas Deus estará ao meu lado.

Ouvi a risadinha dele e consegui visualizar o sorriso dele bem diante de mim.

— Assim que se fala, mulher! — Ele bradou se empolgando mais do que o normal. — Fique pronta, logo menos eu chego para pegar vocês duas.

— Estarei esperando e prometo não ligar ou mandar mensagens desesperadas nos proximos cinco minutos — brinquei e ele riu. — Até logo, doutor.

— Te vejo em breve, Sarah.

Eu encerrei a chamada e, depois de respirar fundo algumas vezes, me declarei pronta para deixar o banheiro.

Minha mente estava um turbilhão e eu me sentia cansada, depois de ter falhado em conseguir dormir na noite anterior.

"Calma, Sarah! O Senhor vai cuidar de tudo" proferi e repeti algumas vezes ao longo do meu trajeto até o quarto.

No fim do corredor, avistei Karen na sacada sentada em uma das pilastras desenhando e resolvi me aproximar.

— Ei, Kaká. Você pode me avisar quando Victor chegar — pedi repentina e acabei assustando-a. — Desculpe!

— Uau! Olhe só para você! Está uma gatinha. — Ela fez um sinal com o dedo pedindo que eu desse um giro e assim o fiz, mostrando meu modelito escolhido para aquela noite. Nada além do bom e velho vestido florido, combinando com o cardigã preto e sapatilhas. — Então, a senhorita decidiu ir? Se bem me lembro, no café da tarde você havia desistido.

— Mudei de ideia, como pode ver — contei um pouco embaraçada. — Ainda não estou cem por cento a vontade e sinto pavor só pensar em tudo, mas vou mesmo assim.

— Estou surpresa, sabia? — Ela deu uma risadinha, desceu o batente e veio em minha direção. — Você tem agido muito diferente ultimamente.

Uni minhas sobrancelhas, sem entender muito bem àquela afirmação.

— Isso é bom? — argui curiosa.

— Claro e estou muito feliz de te ver encarando seus medos. — Deu uma leve apertada em minha bochecha. — Mesmo que pareça estar uma pilha de nervos.

Sim, Karen tinha razão. Também era grande surpresa para mim ter aceito o convite de papai para me reunir com minha família naquela quarta-feira a noite. Podia não parecer nada demais, mas tendo em vista o meu histórico e sabendo como aquela seria a primeira vez em muito tempo que eu iria para minha antiga casa me reunir com a família, todo o surto era válido.

— Vai dar tudo certo. Esse jantar será uma sucesso. Seu pai te ama muito — Ela ajustou meu casaco usado por cima do vestido longo. — Mas, antes recomendo que você arrume seu cabelo. Está parecendo uma doida.

Revirei os olhos, mas acabei rindo daquele comentário, infelizmente verdadeiro.

— Obrigada pela ajuda, Karen. — Abracei-a rapidamente e já fui me afastando fazendo o caminho contrário, de volta ao quarto. — Não esqueça! Se vir o Victor, avise que estarei dando jeito nessa juba de leão.

Segui caminho até meu quarto e ao abrir a porta, me deparei com Dona Socorro arrumando Maria Isabel como uma verdadeira princesa. Ela estava uma fofura com um conjunto jeans e sapatinhos dourados.

— Ah, meu Deus! Eu não aguento! É muita gostosura pra um bebê só — comentei tentando sobressair minha voz sobre o constante balbuciar de Mabel. Após deixar um beijo na bochecha dela, fui em busca de um pente.

— Nossa ovelhinha tem que estar impecável, afinal vai rever o vovô e vai conhecer aos titios, não é, Mabel? — ela falou com uma voz infantil e isso me fez pensar nas chances de tudo dar errado e claro, entrei em pânico outra vez.

Ah, não!

De novo, não!

Quanto nervoso e ansiedade!

Por que eu não conseguia manter a calma como uma pessoa normal?

Por que eu aceitei participar do jantar?

Qual era o meu problema?

— Estou apavorada, dona Sô! — confessei e comecei a arfar, sentindo o ar me faltar dos pulmões. — E se der tudo errado nesse jantar? E se não nos recebere bemm? Eu não quero mais ir!  — Saquei meu celular do bolso do casaco. — Vou ligar para o Victor de novo. Ele pode remarcar.

A senhorinha veio incrivelmente rápido ao meu encontro e retirou o aparelho das minhas mãos.

— Sarah! Só hoje você já desistiu umas cinquenta vezes. Se controle, mulher! — aumentou o tom de voz de um jeito autoritário. — Você disse ao reverendo Flávio que iria, não disse?

Confirmei com a cabeça, me sentindo um pouquinho intimidada.

— É que...

— Sem desculpas. Agora você tem a obrigação de ir. — Apontou o dedo indicador em direção como uma verdadeira mãe o faria. — Ande, mocinha! Dê um jeito nesse ninho de mafagafos na sua cabeça.

Com um pedido daqueles, eu não tive outra opção a não ser parar de murmurar e atender ao pedido da minha senhorinha favorita. Ela continuou me fazendo companhia enquanto me observava desatar os nós do meu cabelo e entretia a bebê com um chocalho.

— Consegue mantê-la limpinha até o jantar? — dona Socorro perguntou em tom de brincadeira e me entregou a bonequinha após me ver pronta e relativamente mais calma.

— Se ela não quiser desbravar o mundo ou encher a fralda de novo, talvez — respondi com sinceridade e ela riu. — Sabe como são os bebês de quase oito meses.

— É! Eu não vejo a hora de ter meu netinho em meus braços, quero ver o rostinho dele. — Suspirou e eu me identifiquei com aquela sensação, afinal foi algo recorrente em meu período de gravidez. — Essa fase é muito boa. Você e Luana são muito agraciadas.

A menção daquele nome me fez lembrar que durante minha noite de insônia, ouvi minha amiga chorando e de seu comportamento evasivo durante todo aquele dia. Ela estava muito estranha e seria bom poder ajudá-la de alguma forma. Eu havia a colocado em minhas orações, mas ainda assim queria ser mais útil.

— Falando nisso, a senhora sabe o que está havendo com a Lu? — perguntei como quem não quer nada e fui escolher alguns brinquedos para colocar na bolsa de Mabel.

Percebi dona Socorro ficando um pouco desconfortável e notei seu modo de expirar o ar de um modo pesaroso.

— Por que você não conversa com ela, hein? Talvez nesse momento ela esteja precisando de um ombro amigo — aconselhou com carinho e isso me levou a refletir um pouco. — Você estava doente em sua fé, mas a cada dia vem se mostrando mais recuperada e forte. Talvez agora seja hora de desocupar o leito e transmitir os cuidados que aprendeu a outra moça enferma.

Alisei minha nuca e refleti um pouco sobre aquelas palavras.

— Vou orar a esse respeito — declarei e engoli a vontade de chorar. — E falarei com ela logo menos.

Depois disso, agradeci a dona Sô por ter cuidado tão bem da bebê e resolvi descer e esperar com a Ovelhinha pela minha carona no banco de balanço da varanda no andar inferior.

Victor estava demorando, por isso aproveitei o momento para desfrutar da companhia da minha pequena. Eu comentei com ela sobre a devocional que fizemos juntas pela manhã e também cantei -não tão bem quanto o pai dela costumava cantar- um corinho cristão para crianças.

Pensei em papai. Antes mesmo que eu pudesse saber a diferença entre esquerda e direita, ele zelou pela minha vida espiritual. Sempre me contou histórias bíblicas, lembrando-me como o Senhor enviou seu Filho para a redenção de seu povo. Eu devia fazer o mesmo e sempre usar meu exemplo para alertar Maria Isabel quanto aos perigos da obstinação do coração e lembrá-la da salvação em Cristo Jesus.

— Está vendo tudo isso que a mamãe está passando? — perguntei à Mabel segurando-a de frente para mim. — É tudo culpa do pecado — contei com pesar. — Sabe o que é pecado? — Ele simplesmente continuou atenta com seus grandes olhos castanhos aos meus gestos. — Pecado é todo ato de desobediência contra as leis de Deus. Nós deixamos o Senhor irado quando pecamos e precisamos nos arrependender e confiar no sacrifício de Jesus. — Encostei a bebê contra o meu peito. — Talvez você não precise passar por tudo isso, se for obediente a Deus. Ok? É mais fácil falar do que  fazer e você pode sofrer, mas vale a pena, meu amor. — Segurei o ar, me controlando para não cair em lágrimas mais uma vez. — É melhor chorar pela obediência do que pelas amargas consequências do pecado.

— De onde vem tamanha sabedoria? — aquela voz masculina familiar me pegou realmente de surpresa.

Eu senti as bochechas esquentando quando olhei para o lado e contemplei aquele lindo homem trajado com uma calça simples e uma camiseta. Ele podia estar simples, mas conseguia ser o mais belo para mim.

— Victor! Como você conseguiu chegar de modo tão sorrateiro? — argui intrigada e o observei vindo devagar em direção do local aonde Mabel e eu estávamos.

— Bem, eu estacionei meu carro lá fora e vim andando — explicou rápido. — Mas você não deve ter ouvido, pois estava cantando.

Arregalei os olhos e senti o constrangimento me invadindo. Ser flagrada cantando desafinado por alguém com uma voz tão boa quanto a de Victor era um mico sem tamanho.

— Nós já vamos? — sondei e engoli em seco, já me sentindo agitada e temerosa outra vez. 

Ele pareceu notar meus sentimentos e negou com a cabeça.

— Temos algum tempinho. Vamos conversar um pouco. — Ele olhou para o espaço vago ao meu lado. — Posso?

— Claro. — Dei lugar a ele e achei graça quando, antes de se sentar, ele colocou uma das almofadas entre nós para que não ficássemos tão colados.

A primeira coisa feita pelo rapaz antes de começar a falar, foi pegar Mabel em seus braços e conversar com ela, como era seu costume.

— E então, você está mais calma? — Ele me encarou depois de algum tempo se divertindo com a bebê. — Fiquei preocupado por ter recebido mais de cinco chamadas suas durante o trabalho.

Dei de ombros e relaxei as costas no tecido da rede.

— Cinquenta por cento de mim está em pânico e os outros cinquenta estão tentando me manter a situação sobre controle — confessei naturalmente e ele sorriu. — É verdade. Eu posso ser bem neurótica quando quero.

— Não, você não é neurótica. Devido às circunstâncias suas reações são até aceitáveis. — Cruzou uma das pernas. — Mas não há razão para ter medo. É apenas um jantar casual com pessoas que te amam.

— Como você não está surtando nem um pouco? — Franzi o cenho, sentindo-me indignada com a calma excessiva dele. — Se não se lembra, a última vez que viu meu irmão, ele te acertou um belo soco.

— Primeiro, eu deixei Davi me acertar, ok? Eu mereci aquele soco, por isso preferi não me defender — contou, apesar de não ter dado crédito algum ao relato dele, preferi me segurar para não revirar os olhos. — Segundo estive orando muito e com ajuda do Senhor, eu pude ter uma conversa de homem pra homem com seus irmãos.

— Sério? Você levou Josué pra te escoltar? — investiguei com um ar de zombaria e fui repreendida com um olhar severo. — Desculpe, prossiga.

— Certo, no domingo à noite, depois do culto, eu fui até sua antiga casa — revelou e só então, eu entendi a razão dele ter demorado tanto para vir visitar Mabel naquele dia. — Apesar da resistência de seus irmãos, seu pai me ajudou a convencê-los a me ouvirem.

Engoli em seco e instintivamente procurei sinais de hematomas no rosto de Victor. Certamente, Davi ou Jonas não foram gentis com ele.

— E o que você falou? — sondei preocupada e ajuste a saia de Mabel. Ela ficava pulando o tempo todo e deixá-la impecável era difícil.

— Tudo. Contei a nossa história desde o início. Comecei pelo dia em que te socorri naquela festa, falei das nossas mensagens, o início e como fazíamos para nos encontrar e manter nosso namoro escondido e o término. — Ele me encarou com certa tristeza e eu senti vergonha só de pensar em ter meu passado ainda mais exposto.  — Fui muito transparente, dei todos os detalhes possíveis e deixei claro meu arrependimento e vontade de me redimir.

Meus olhos se arregalaram e eu me senti constrangida ao imaginar quão detalhista Victor foi ao narrar nossa jornada.

— E o que eles disseram? — Massageei meu pescoço que a cada minuto ficava mais tenso.

— Antes de me falarem alguma coisa, eles ouviram cada palavra minha e então na vez deles, optaram por também serem sinceros comigo. Eles criam piamente que eu sabia da sua gravidez e havia lhe abandonado, por isso, você fugiu e foi muito difícil convenvencê-los do contrário. — Soltou o ar com pesar. — Entretanto, graças a Deus e à ajuda do Coelho, desde que você voltou eu venho reunindo algumas informações sobre a sua fuga e até montei um pequeno dossiê que acabou provando minha inocência quanto a este detalhe. 

Fiz uma careta, sem entender muito bem.

— Um dossiê? Como assim?

— Seu pai nunca me esclareceu bem o que havia te acontecido, por isso fiquei muito preocupado — explicou um tanto constrangido. — Eu sempre te am... — Ele parou a tempo de repensar a frase. — Sempre tive um carinho muito grande por você e além de querer te encontrar para pedir perdão, eu queria saber se você estava bem, mesmo se estivesse com outro cara.

— Eu não estava com outro cara — garanti no mesmo instante e me repreendi pelo alarde repentino.

— Sim, mas levei algum tempo para me convencer, afinal quando nos encontramos você estava machucada e aflita. Parecia estar fugindo de algum namorado psicopata maluco. E isso só me instigou a começar a investigar — contou e só então compreendi as dúvidas dele sobre o meu repentino retorno e estada no Instituto. — Como disse anteriormente, Coelho me ajudou muito e nesse meio tempo eu descobri algumas coisas sobre sua vida em Santa Luz. Quando chegou lá, onde morou, quando voltou, etc...

— Oh...

— Mostrei minhas pesquisas, provei as atrocidades feitas por minha mãe contra sua vida e acabei ganhando algum crédito com seus irmãos. — Ele soltou o ar, mostrando-se um pouco frustrado. — Foi difícil, mas consegui algum êxito.

— Então vocês fizeram as pazes? — Virei-me para ele e aproveitei o movimento para segurar Mabel em suas tentativas de jogar o corpinho para trás.

— Bem, Jonas não me convidou para uma partida de futebol, nem Davi me adicionou nas redes sociais, mas, por você e por Mabel, nós concordamos em nos esforçar e manter a cordialidade, pelo bem da família — informou como se aquilo não fosse nada demais e eu precisei piscar algumas vezes até entender o real significado daquela notícia. — Se quer saber, Davi até me pediu perdão pelo soco.

Meu coração imediatamente se encheu de alegria e eu comecei a rir sem acreditar no que havia acabado de ouvir.

Eu temia muito que a refeição planejada se tornasse um episódio de Casos de Família e tudo acabasse em muita pancadaria e discussões. Mas não. O Senhor realmente estava cuidando de tudo e isso me deixava espantada.

— Oh, Victor! Isso é incrível! Deus é muito bom! — exclamei com os olhos cheios de lágrimas e, por impulso, eu o abracei lateralmenre com força e logo me afastei. — Que alegria!

Minha gritaria assustou Mabel e ela fez seu famoso biquinho fofo, caindo num berreiro pra lá de forçado.

— Oh, meu amor, não chora. O papai está aqui.— Vic abraçou a pequena atriz e ela aproveitou o momento para deitar a cabeça no ombro dele. — Veja só, dramática igual a mãe.

Abri a boca, mostrando minha indignação e sequei minhas lágrimas verdadeiras.

— Vai me dizer que você consegue lidar com bebês berrando no seu ouvido e não é capaz de lidar com uma moça desesperada como eu? — argui em tom de zombaria e cutuquei o braço dele em busca de respostas. — Diga a verdade, doutor Ferraz.

— Eu sei muito bem como lidar com os seus dram... — Ele parou e reconsiderou suas palavras. — Seus episódios de desestabilidade emocional.

— Ah, é? Como? — Ergui o tronco e empinei o nariz, mostrando incredulidade.

Ele levantou-se agilmente com a bebê em seus braços e em seguida ofereceu sua mão para me ajudar a sair.

— Te mostro quando chegarmos a casa do seu pai — garantiu e eu tremi um pouco quando fui puxada com gentileza para cima e acabei perto demais do doutor. — Você vai gostar.

— Essa é sua estratégia para ocupar minha mente com outra coisa? — rebati tentando conter a ansiedade.

Ele mordeu o lábio inferior, mostrando seu receio.

— Funcionou? — Ergueu as sobrancelhas, avaliando bem minhas reações.

Fiz algum suspense e, após dar alguns passos a frente, olhei-o de soslaio e assenti com a cabeça.

— Ótimo! Então vamos enfrentar mais essa juntos!

N/A:
APARECEU A MARGARIDA!
Desculpem a demora, viu!
Não desisti do livro não, só estou me resolvendo com os próximos capítulos.
Prometo postar outro em breve 😍
Feliz Natal atrasado 🎉❤

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