Capítulo 3 - Fernanda

Depois de ter resgatado pessoas um tanto suspeitas, mas obviamente eram alvo da organização Sinistro, não podia deixa-los para mais uma sessão de tortura nas mãos daquela vagabunda da Tamara e os repugnantes que acreditam mesmo nela, essa adoração sem sentido como se fosse uma lavagem cerebral, levou ela como a líder da nossa colônia e ela está fazendo o melhor para destruir a população, principalmente os mais carentes ou baixa renda. Enfim, minha vida era extremamente pacata, meus pais eram policiais, em certas ocasiões a vida deles ficava agitada, mas foi por conta disso que desde pequena eles me ensinaram a manusear armas de fogo (Sim, um pouco irresponsável, mas sou grata a isso), me deram aulas de sobrevivência entre outras coisas.

Tudo começou a mudar e agitar-se quando minha mãe anunciou a gravidez do meu irmão mais novo, o Thoný. Foi tudo extremamente estranho, ela simplesmente anunciou que estava grávida e as visitas de Tamara, essa puta vaca arrombada e a organização maligna dela começou a visitar a minha casa com muita frequência, sempre levando meus pais para exames periódicos. Meu irmãozinho nasceu, mas com uma condição de pessoa com deficiência (PCD) paraplégica, mas para mim isso nunca fez nenhuma diferença, contudo a filha de um demônio, ofereceu todo suporte necessário para a deficiência do meu irmão, o que para minha pequena cabeça na época era ótimo, cheguei até elogiar as atitudes dessa vagabunda ordinária. Quando meu irmão completou 3 anos, um milagre aconteceu, sim, isso mesmo que você pensou enquanto lia, ele começou andar (literalmente para mim foi do neida). As informações que chegaram aos meus ouvidos eram "SINISTRO" fez ele andar, mas tardar meu irmão desenvolveu um câncer no fígado, uma doença que em grande maioria acomete adultos, mas sim, ele foi curado e foram mais longos quatros anos nesse lenga-lenga, ele desenvolvia uma doença aleatória do "neida", mas depois era curado por um milagre da malparida, desenhada pelo satanás, a tal da Tamara Oliver.

Foi logo após eu completar quinze anos, havia me despedido de Gustavo, meu amigo de infância e segui rumo a minha casa, mas a rua parecia silenciosa demais, sinistra demais, como se algo me dissesse claramente que eu não deveria estar ali. Acabei de chegar em casa, minha mãe me pegou pelo braço no susto, tampou a minha boca e disse sussurrando:

— Fique quieta, pega as coisas que coloquei naquela mochila e saia pelos fundos no máximo silêncio que conseguir, apenas obedeça! – sua expressão era de algo extremamente séria e pavorosa, como se algo podia me matar a qualquer instante.

Como meus pais eram policiais e me treinavam para possivelmente ser uma também, pois eu queria ser delegada, apenas segui as ordens achando que aquilo era algum tipo de teste mental ou de resiliência. Simplesmente concordei com a cabeça, peguei a mochila que se encontrava na cozinha e sai pelas portas do fundo que estava entreaberta. Continuei caminhando pelo quintal no máximo silêncio que conseguia e atravessei o nosso cercado que dava para uma área de conservação e lazer pública, me encostei na árvore de jatobá mais próxima e fui analisar o que tinha na minha mochila. Minha mochila estava repleta de coisa sensacionais para mim, provavelmente outro teste de sobrevivência (PENSEI), continha pistolas carregadas e munição, facas, comidas em pó e enlatadas, algumas roupas, adaga, agulhas, dardos com veneno e o mais impressionante para mim foi o Binóculos profissional do meu pai, eu quase gritei de felicidade, ele nunca havia deixado eu usar esse item dele.

Eu estava radiante, pois para ele confiar algo de tamanho carinho que ele tinha, o teste seria muito difícil, mas eu estava muito eufórica, a primeira coisa que eu fiz, foi coloca-lo e olhar dentro da casa para ver se eles já haviam partido para me procurar. Tentei verificar pela porta que deixei entreaberta, mas a visão ficava um tanto ruim, então consegui focalizar na janela de vidro em casa e a cena que eu vi foi aterrorizante. Meu irmão Thoný flutuando e conversando algo com meus pais e eles estavam com medo, uma das frases que eu entendi foi de minha mãe:

— Meu filho, você não precisa fazer isso, somos uma família!

— Família? Você nem é minha mãe, só foi uma barriga de aluguel – ele retrucou.

— Nós te criamos todo esse tempo, isso não significou nada? – ela respondeu – Nós te amamos e você faz parte dessa família!

— Família? Quem me criou foi a Tamara e vocês simplesmente me deram de bandeja para ela e se me amassem tanto teriam me entregando a Fernanda! – ele respondeu de forma ríspida.

AQUILO NÃO ERA MEU IRMÃO, AQUELA COISA FLUTUANDO E FALANDO COM AQUELA GROSSERIA NUNCA SERIA MEU IRMÃO. O QUE FIZERAM COM VOCÊ THONÝ?

Então algo mais sinistro aconteceu, ele balançou a mão e meus pais ficaram imóveis no ar e com um ar de deboche, como se tivesse dado ordens, um dos rapazes que estava do lado dele, simplesmente matou meus pais, ali na frente dele e nem remorso ele mostrou, meu coração estava tão acelerado que a única coisa que eu pensei foi correr, agora eu entendi minha mãe. Eu corria e chorava em silêncio, as lágrimas escorriam do meu rosto, como ele pode ter feito tal maldade? E foi assim que eu virei uma sobrevivente e ajudo pessoas que tiveram o destino destruído pela arrombada da Tamara e meu objetivo vai ser matá-la, posso levar anos, mas vou me vingar. Tem pessoas que me dizem que "vingança mata a alma e envenena" que ela nos motiva ao ódio e pode nos destruir, não importo desde que aquela velha filha da puta morra junto comigo, eu me sentirei maravilhosa.

Voltando a realidade, uma invasão começou no nosso abrigo, eu sabia que isso aconteceria, mas meus companheiros destemidos a destruir a tinhosa se juntaram para impedi-los e conseguir salvar o máximo de sobreviventes possíveis. Nós estamos em posição de briga, pois conhecendo a cú largo, ela teria enviado soldados para brigar na porrada, dito e feito, e caímos no pau com esses capangas fajutos achando que podiam lidar com o ódio crescente dos sobreviventes, estávamos ganhando e felizes até que uma voz nada agradável surgiu no meio da multidão:

—PAREM!

Meu corpo simplesmente obedeceu a voz e ficou imóvel, eu não conseguia mexer absolutamente nada, apenas meus pensamentos seguiam na minha mente com a palavra sobreviva e a mate a uruçu vagabunda. Quando eu segui meus olhos até a voz, meu corpo gelou e coração disparou em uma mistura de dor, ódio, saudade; o dono da voz encontrou meus olhos e disse:

— Vejamos o que temos aqui, minha querida irmãzinha Fernanda – falou Thoný.


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Para os ansiosos, segue mais um capítulo!

Agora sim a história está ficando boa!

Próximo capítulo: RAFAEL


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