✴Legolas✴ Ruínas Midrith/ Parte III/ A Criatura

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Não se assustem com a foto no multimídia... Aliás... MENTIRAAAAAA! kkkk ah, estou com medinho....

Boa leitura...

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Não! Não fazia sentido! Ele pegou nas mãos a joia que estava com Númenessë na Floresta das Trevas quando ela e Clawren foram presos. Pelo menos não que ele saiba. Pensou por alguns instantes até que se lembrou de pequenas bolhas surgirem em sua mão algum tempo depois de ter pegada no gema branca, aquilo agora estava explicado. Mas Númenessë estava com ela nas mãos... E Lossë também a pegou. Por que a Gema não reagiu a nenhuma das duas? Era excruciante não saber o que estava acontecendo. Mas todas as alternativas haviam sido esgotadas e só sobrou uma joia fora do alcance do Mestre e das mãos de Silmalótë. Só poderia ser isso... Não havia mais nenhuma outra explicação... A Gema de Poder estava com seu pai.

Legolas olhou para a discursão calorosa dos dois e depois para Aranel ao seu lado. Ela estava com o olhar sobre os pés e parecia preocupada com tudo que estava acontecendo, o plano desabara na cabeça deles e foram feitos de reféns. Eles precisavam sair logo dali com as joias nas mãos. Seu olhar vasculhou o ambiente em busca de alguma brecha que podia usar para escapar mas nada encontrou e sua cabeça ainda doía por causa do soco que ele levou. Sem falar dos dois brutamontes que segurando ele e Aranel. Mesmo que ele próprio não conseguisse escapar de imediatamente, sentia que precisava fazer com que Nel fosse salva. Mas como faria? Sentia-se tão inútil como nenhum elfo, desde o início lúgubre dos tempos, jamais se sentiu. Aquele Mestre possuía algum magnetismo misterioso, que parecia atrair todas as suas forças. Ele respirou fundo e fechou os olhos, nunca desejou tanto a presença de Aragorn como desejava agora. Mas eram só ele e Aranel, e tinham que confiar que dariam conta.

Nel também olhou em volta, procurando um ponto onde poderia começar uma confusão mas bufou em seguida, derrotada. Olhou novamente para a calorosa discussão entre o Mestre e Lorenzo e molhou os lábios, criando coragem para gritar.

— Ah, calem a boca! — os dois homens olharam para ela atônitos. — Está claro como água que essa não é a Gema Poder da minha mãe. Ele não procurou em todos os lugares!

O Mestre trincou os dentes e segurou o rosto de Nel, agarrando as bochechas dela com violência.

— O que está querendo dizer? — perguntou com raiva.

— Minha mãe não guarda todas as joias com ela... Ela possuí um salão secreto com as restantes em uma casa na cidade de Mín! — mentia a princesa com a voz sendo forçada. — Ouvi dizer que há milhares de gemas lá.

— E por que você não foi para lá?

— Eu também não sabia! — ela o fuzilou com o olhar.

O homem soltou-a com violência e se dirigiu a Lorenzo.

— Sabia disso?

— Não senhor!

— Pois então descubra! — ordenou o homem e se virou para os caçadores que seguravam os dois elfos. — Levem eles para a prisão! — o Mestre sorriu cinicamente para Nel. — Nos veremos em breve, princesa.

Os dois foram empurrados para fora cabana e viram os vários homens de vestes escuras de caça pararem o treinamento para observá-los. Enquanto atravessavam o acampamento em direção a uma parte distantes onde vários cavalos estavam amarrados a postes e cercas feitas de madeira.

— Sério mesmo isso? — praguejou Aranel. — Só porque somos elfos não significa que vivemos dormido com cavalos por ai.

Um dos homens a virou e ergueu o punho.

— Ah, cala a boca! — gritou e socou a cabeça de Nel com tamanha força que a fez cair desacordada no chão.

A cena revoltou Legolas porém, antes que ele pudesse reagir, também sentiu uma imensa pancada na cabeça e foi ao chão.

— Leg! — a voz de Nel soou distante em meio a escuridão que ele se encontrava. Sua cabeça doía mas conseguiu abrir lentamente os olhos. — Legolas! — Aranel sussurrou mais uma vez. — Oh, Bela Adormecida! — ela gritou dispertando-o completamente.

Legolas pendeu a cabeça para frente e sugou o ar. Suas mãos estavam presas atrás de seu corpo por grossas cordas de palha. Ele piscou uma, duas, cinco vezes até que conseguiu focar o tom de pele angelical de Aranel e seus olhos azuis brilhantes. Ele olhou em volta. Silêncio. Era apenas auditivel o creptar do fogo na fogueira e o ronco dos caçadores por todo acampamento.

Ele olhou para Nel e fez uma cara de falso irritado.

— Quer acordar o mundo inteiro?

— Você morreu e voltou? — ela rebateu. — Estou a mais de horas te chamando e só está babando!

Legolas deu de ombros. Ele não babava... Nem quando era apenas um bebê.

Ele olhou em volta, procurando suas armas mas logo as encontrou encostadas em uma pedra ao lado de um dos caçadores que dormia profundamente. A noite parecia mais sombria com a iluminação fraca das estrelas e da lua e, as árvores pareciam ainda mais grossas e curvadas sobre eles. A aquela altura não sabia mais onde estavam Silvery e Floco de Neve e torcia para que nenhum caçador tivesse os encontrado.

— Leg, temos que sair logo daqui! — falou Aranel mexendo os braços como se tentasse se soltar das amarras. — Vejamos o que essa adaga pode fazer...

Legolas pensou novamente na Gema que estava com seu pai e se lembrou da festa anual que ele fazia em Mirkwood.

— Amanhã a noite será o Baile Anual de Exposição. — disse ele também tentando se libertar. — Ada expõe todas as joias para que os humanos e elfos de toda Terra Média possam contemplá-las. Aposto que ele colocará a joia da sua mãe em lugar de honra...

— Um baile! — falou ela olhando para as árvores. — Um ambiente ideal para um roubo furtivo. — Nel o olhou. — Não me entenda mal, sei que ele provavelmente dobrará a segurança mas.... — ela suspirou. — preciso entrar nesse baile.

— É um Baile de Máscaras, Nel. — ele sorriu. — Vai ser fácil colocar uma "coisinha muito bonitinha" como você lá dentro. — brincou já imaginando a reação dela.

— Uma "coisinha muito bonitinha" não faria isso! — ela sorriu e ergueu a sobrancelha, então mostrou as mãos livres das cordas e segurando a adaga que Galadriel a presenteou.

— Temos que ser rápidos! — ele murmurou enquanto a elfa cortava as cordas e o livrava das amarras.

Legolas utilizou-se de suas infinitas habilidades élficas para poder caminhar até o caçador que dormia e roncava e, recuperar suas armas. Ele olhou em volta e percebeu todos pareciam ter desmaiado.

— Vamos acabar logo com isso! — ela sorriu e começou a correr na direção da barraca vermelha.

Legolas a seguiu, com armas prontas para serem fatalmente usadas. Eles adentraram a barraca e seus ouvidos captaram o som da respiração calma do Mestre. Nel de aproximou do quarto e entrou, a adaga firmemente segura em suas mãos pronta para qualquer imprevisto. O homem o qual chamavam de Mestre, dormia profundamente, aninhado em grossos cobertores de pele. Ao lado da cama, sobre uma mesinha de carvalho, estava o baú que guardava as joias curiosamente aberto. As Gemas Brancas cintilanvam lá dentro. Nel aproximou a mão de uma e estalou os lábios, tirando a mão rapidamente.

Ela o olhou:

— Esta é sua! — disse pegando a segunda joia.

Legolas se aproximou do baú e sentiu um estranho magnetismo no lado direito do seu peito. Era como se a joia estivesse viva e palpitante, chamando, clamando para que ele a pegasse. O príncipe pegou a joia e colocou dentro do bolso interno do seu casaco de caça. Então olhou para o homem durmindo tranquilamente em meio aos cobertores.

Nel respirou profundamente antes de erguer a adaga alguns centímetros acima do tórax dele e dizer friamente:

— Isso acaba aqui! — então sangue espirrou por todos os lados enquanto Aranel esfaqueava o homem ferozmente.

No primeiro momento, ele acordou e olhou para a elfa com surpresa e pavor. Ela perfurou cada parte do peito do homem, tórax e costelas. Então enquanto o Mestre agonizava no próprio sangue, ela se afastou e jogou a adaga no chão. Colocou a mão na boca e fechou os olhos com força. Legolas percebeu que ela tremia tanto quanto folhas ao vento e se aproximou com um olhar doce sobre o dela.

— Não fique assim, minha Nel. — ele a tomou em um abraço enquanto Aranel enterrava suas lágrimas no peito dele. Legolas não sabia ao certo o motivo de ter chamado-a de “minha Nel”, mas não deu importância. —Isso viria mais cedo ou mais tarde!

Ela engoliu em seco e olhou para o corpo do homem, agora jazia inerte sobre a cama e cobertores empapados de sangue. Soltou a respiração e olhou para o elfo.

— É! Talvez! — ela guardou a adaga na bainha. — Vamos!

Juntos correram para fora da barraca e começaram a seguir em direção a trilha pela qual vinheram.

Mas uma coisa estanha soou vindo de dentro da floresta; um grunhido alto e feroz veio da mata. Os dois elfos pararam e se viraram, armaram os arcos e aguardaram – alertas. A copa das árvores balançou e passos pesados ecoaram por toda floresta, então um rosnado tão alto e agudo encheu o ar dispertando cada caçador que dormia ali. Eles gritaram e precionaram os ouvidos na fútil tentativa de amenizar o som mas nada adiantou, os caçadores gritaram de agonia, Aranel e Legolas, porém, estavam com os olhos cravados na criatura que surgia entre as sombra.

Dois olhos brilharam na escuridão como perfeitas estrelas vermelhas, dentes pontuados cinzentos estavam trincados quando ele rosnou com aquelas orbes fixas no acampamento. Seu pelo era espetado e cor de cobre. A criatura tinha a feição rude e rugosa, parecia um leão só que sem juba. Seu corpo era esguio e um rabo bem estranho. Garras brancas que eram tão mortais quanto uma espada negra. A fera se ergueu de forma ameaçadora para eles e rugiu. Ela era assustadomente grande, maior do que a enorme barraca vermelha – tinha no mínimo cinco metros de comprimento e três de altura.

— O que vocês fizeram? — gritou Leon correndo até eles. — Acordaram a Criatura!

Legolas deu um passo a frente e deu um soco na cara do humano. O caçador caiu no chão e cuspiu sangue, suas narinas sangraram a um hematoma surgiu em sua bochecha.

— Isso é pelos novos e pelos atrasados! — rosnou Legolas em pé na frente dele.

Leon se levantou e encarou o príncipe. — O que eu fiz contra você?

O príncipe ergueu uma sobrancelha e disse friamente:

— Você nasceu!

— Será que as duas bonecas querem parar de se socar e dar a devida atenção aquela coisa ali! — gritou Aranel rodando a espada.

— Vão ter sorte se conseguirem matá-lo! — resmungou o caçador.

O elfo olhou da fera para Leon.

— O que ele é?

— A Criatura só acorda quando o Mestre corre algum perigo ou sofre algum atentados... — o homem franziu os lábios e olhou para os dois. — Vocês...? Essa não! — então saiu correndo na direção da cabana vermelha.

— Oh, acho que fiz besteira! — resmungou Aranel fitando a enorme fera.

— Damos conta! — Legolas piscou e sorriu para ela.

O elfo viu quando a criatura partiu com tudo em direção ao acampamento. Ela destruiu as barracas e jogou vários caçadores contra as árvores – alguns deles se perderam na escuridão –, e outros corriam por todos os lados tentando fugir de todo aquele caos. A fogueira foi completamente destruída e suas garras rasgaram o ar na direção dos dois elfos. Legolas se jogou para a direita, desviando do golpe fatal dela. Ele ajoelhou-se, armou uma flecha e atirou. A fecha chicoteou no braço do animal sem nenhuma gravidade e foi ao chão. Aranel correu na direção da fera com a espada em punho, ela brandiu a lâmina e fez um profundo corte em uma as pernas dela, sangue cascateou quando a espada perfurou carne, ligamentos e músculos. Nel se banhou no sangue vermelho escuro da criatura e tirou a lâmina. Ela tirou a espada e o animal urrou de dor, abrindo a mandíbula como se fosse uma porta.

Legolas mirou a boca da fera e atirou. A flecha cortou o ar e perfurou o céu da boca do animal. Ele recuou e rugiu mas fixou seus olhos vermelhos em Legolas e correu na direção dele. O príncipe guardou o arco e pegou a espada. Esperou. Esperou. Esperou. Quando o bafo pungente da fera o atingiu, ele saltou tão alto no ar que a criatura deslizou sob seus pés e bateu contra algumas árvores. Legolas aterrisou com segurança no chão e fitou a fera se ergueu novamente, balançando a cabeça tonta.

— *Cunn Legolas! — alguém gritou atrás dele.

O príncipe se limitou a virar e viu Lorenzo segurando Aranel fortemente, fazendo-a de refém e precionando um punhal de prata contra a garganta dela. Nel tentava se soltar mas sangue escorria pela testa e suas roupas estavam muito rasgada, chamuscadas de fuligem e terra.

— Renda-se, cunn! — ordenou o comandante. — Renda-se ou eu a mato!

— Não fale em sindarin... — rosnou o príncipe olhando para a pele pálida do homem e seus olhos cor de piche. —, você não é digno dessa língua e segundo; pode matá-la! — ele deu de ombros. Os passos aumentavam de intensidade atrás de si enquanto que a fera corria. — Não ligo!

Nel arregalou os olhos e berrou:

— O que?

Lorenzo sorriu sadicamente não percebendo a aproximação da criatura. Legolas riu e se abaixou no momento em que a fera saltou em direção a ele. Lorenzo arregalou os olhos, apavorado e recuou. O príncipe se levantou e conseguiu tomar Aranel dos braços de Lorenzo antes que ele fosse atingido fatalmente pelas enormes garras.

Eles caíram na terra e só ouviram o último grito de pavor de Lorenzo. Legolas sentiu o corpo da princesa novamente sob o dele. As curvas encobertas pelas roupas rasgadas e sujas tremeram embaixo de si. A respiração dele se acelerou quando sentiu o cheiro, apesar das circunstâncias, doce dela.

— Então quer dizer que você quer que eu morra? — ela bradou ferozmente.

Legolas sorriu e disse:

— Você ainda pode ser útil!

— Por que está deslizando sua mão pelo meu corpo? — ela perguntou ainda com raiva aparente.

O príncipe riu e pegou a adaga que estava presa na cintura dela.

— Você me empresta? — ele riu e envolveu a cintura dela com a outra mão. Eles levantaram e Legolas lutou para não permanecer com ela em seus braços, mas a soltou.

— Corre! — ordenou e ela franziu as sobrancelhas.

— Não! — ela gritou. — Não vou te deixar sozinho!

— Quando você pesca o que é mais importante? — perguntou ele.

A criatura rugiu atrás deles.

— Eu não pesco!

— O mais importante é a qualidade da isca! — disse — Corre!

Legolas rodou para o lado no momento em que a criatura passou rente a ele. Aranel já estava longe quando a fera começou a segui-la. O príncipe agarrou o rabo do animal e se equilibrou ali depois de alguns segundos. Ele correu por todo corpo da fera e pegou a adaga de Nel que estava presa em seu cinto, segurou o punho prateado e desferiu um único e fatal golpe no crânio do animal. Ele urrou de dor e tropeçou entre suas grossas pernas, tombou para frente e caiu. Soltando um último grito de dor, a Criatura morreu e o brilho intenso de seus olhos desapareceu.

Legolas saltou do corpo da fera e olhou em volta. Tudo estava silencioso, algumas barracas haviam pegado fogo e outras totalmente destruídas. Não tinha caçador a vista.

— Nel! — chamou ele.

Ele ouviu algumas palmas e então Aranel se aproximou dele.

— Já acabou Jéssica? — ela perguntou.

Legolas franziu as sobrancelhas.

— O que? — perguntou confuso.

— Estou brincando! — ela sorriu e levantou a mão. A adaga magicamente voou até a mão dela. — Listas de coisas que precisamos agora: Roupas de baile!

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Do Sindarin para o Português:

Cunn – Príncipe

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Amores mil perdões pela demora mas ontem eu viajei e cheguei tão cansada que não dei conta de terminar. Mas ai está...

Minha conversa com Legolas hoje:

Ieieie, infiel! Eu quero ver você mo....

— Amor! Não está esquecendo de nada?

— O que?

— O capítulo de hoje! Você disse que ia postar!

— Ah, meu Deus! Esqueci! Obrigada amor!

— De nada, Vida! Te amo viu?!

— Melinyel!

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Sim! Eu sou doida e faço isso!

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