✴Aranel✴Totalmente Sua/Parte II/Pedido de Casamento
Narração? É com você, Aranel...
Vamos lá gente...
Boa Leitura...
Acordei e olhei em volta... Estava sozinha no quarto? Chamei por Legolas mas ele não respondeu. O quarto estava levemente escuro pela cortina vermelha na janela e eu ainda estava desnuda sob os lençóis. Envolvi meu corpo no roupão de seda e senti um forte odor de rosas no quarto, não entendia nada e levantei-me da cama e coloquei as mãos na boca ao ver o caminho de pétalas vermelhas no chão de madeira. Era rosas por todos os lados e não consegui esconder um sorriso radiante. Pisei com cuidado no chão e começei a vestir meu vestido da noite passada, passei as mãos rapidamente pelos cachos do meu cabelo e caminhei pelo quarto até a porta, onde havia um envelope branco com um selo dourado.
Peguei o papel e abri, tirando de lá um bilhete... A caligrafia eu reconheci como sendo a de Legolas.
“Bom dia, meu amor
Sei que provavelmente deve estar cansada da noite de ontem mas preciso que você siga as regras desse jogo a risca... No final dele haverá uma surpresa...
Primeira regra: encontre Laura!”
Eu sorri e abri a porta. O corredor estava silencioso e Valfenda parecia mergulhada em uma hipnose sem fim. Andei pelos corredores em busca de Laura e estava animada com o que Legolas havia planejado. Meu coração quase explodia de felicidades e eu ainda me lembrava de cada detalhe da noite anterior.... Como se fosse esquecer, não é Nel? Foi perfeito... Era perfeito... É perfeito... Eu amava tanto meu príncipe que quase já não cabia em mim.
Andei até a porta para o jardim e encontrei Laura encostada nela. Aproximei-me rapidamente e sorri.
— Mára aurë, aranel. — cumprimentou ela em Quenya. — Como está se sentindo?
— O que está acontecendo, Laura? — perguntei animada.
Ela negou com o indicador. — Não posso dizer nada... Só que você vai gostar do prêmio. — ela sorriu pegou outro envelope branco. — Legolas mandou te entregar...
Peguei a carta e a abri, lendo em voz alta logo depois.
“Ah, primeira coisa concluída....
Parabéns meu amor, agora continuando...
Segunda regra: Encontre Mormacil.”
Eu sorri e olhei para Laura. — Mormacil? Cadê ele?
— No labirinto. — ela apontou para o labirinto no fundo do jardim. — Mára farië! — ela sorriu desejando-me “boa sorte”.
Eu fiz um aceno com a cabeça e sai em direção ao jardim. Tudo estava quieto demais ali e quando cheguei perto do labirinto, apurei todos os meus sentidos para encontrar logo Mormacil... Busca que não demorou mais que alguns minutos.
Depois da sexta curva, encontrei meu caçador sentado perto de uma grande figueira e ele sorriu para mim. Mormacil se levantou e pegou o arco, só então percebi os vários alvos espalhados pelo local central e o encarei.
— Como foi sua noite, Vossa Alteza? — perguntou ele e eu crispei os lábios. Ele riu. — Sem comentários, sim? — eu assenti — É o seguinte, dentro de algum desses alvos está sua próxima regra... Você tem que descobri em qual deles está.
Mormacil jogou o arco para mim e eu peguei no ar. Peguei uma flecha da aljava que havia sobre um banco de mármore e comecei a atirar nos quase vinte alvos ali presentes. Palha caía quando uma flecha atingia o alvo mas nada aconteceu. Minha última flecha atingiu o alvo mais longe e a pancada fez um envelope branco deslizar para baixo do alvo. Meu caçador caminhou até lá e pegou, trouxe até mim e entregou-me com um sorriso.
Eu peguei o envelope e abri, lendo em voz alto o que estava escrito na carta.
“Precisa estar perfeita para sua surpresa. Vá até a senhora Celebrian.”
Olhei para o castelo novamente e depois para Mormacil.
— Acha que vou gostar dessa tal surpresa? — questionei com o olhar sobre as torres. Meu peito palpitava a todo tempo.
— Acho não! Tenho a mais absoluta certeza. — respondeu-me ele com um sorriso. — Vejo você depois. — então sumiu em meio as corredores do labirinto.
Eu sai do jardim e voltei ao castelo. Os raios de sol adentravam as janelas e o verão chegara de maneira agradável... Sempre era agradável em Valfenda. Andei pelos corredores com as mãos suando de nervosismo e ansiedade. Não fazia a menor ideia do que Legolas estava planejando mas não via a hora de descobrir.
Encontrei Celebrian no salão. Ela estava vestindo roupas cor de cobre e seus cabelos estavam presos por uma trança. Seus olhos brilharam ao me ver e percebi que ao lado dela estava uma elfa que eu não conhecia mas parecia simpática. Usava roupas brancas e seguranva uma caixa grande.
— Mára aurë, senhora. — cumprimentei fazendo uma reverência.
Celebrian sorriu. — Precisamos arrumá-la para a surpresa.
— Mas... Como assim? Eu não estou tão mal. — brinquei.
A senhora de Valfenda riu e me guiou pelos corredores até meu quarto. Ela insistiu que a elfa que a acompanhava cuidasse de todo meu corpo e acabei entrando numa espécie de spar. Anglórien, como ela se chamava, cuidou do banho com ervas e flores, da minha alimentação para hidratar a pele e os cabelos e do belo penteado que fez nos meus cachos. Ela era simpática e cuidadosa, e quando estava pronta abri a caixa para ver o belo vestido dourado que estava ali dentro.
— O príncipe Legolas tem bom gosto. — disse Celebrian com um sorriso enquanto eu rodava a saia do vestido.
Eu sorria como nunca antes. — Ele escolheu? — perguntei olhando para seus olhos violetas.
Ela assentiu. — Sim, assim como você. — ela se levantou da cama e caminhou até mim com um envelope na mão, este porém era vermelho. — Todos ainda não sabiam se a visão da minha mãe seria real ou não... Até vocês dois nascerem. Sei que não será nada fácil convencer Thranduil e Silmalótë mas posso dizer que valerá a pena. — ela deu um beijinho na minha testa e entregou-me a carta. — Admiro vocês e fico feliz que estejam felizes.
Eu sorri e abri a carta.
“Dizem que o amor é algo forte, único e poderoso o bastante para mover o mundo. Se eu acredito nisso? Bastante, mas se devo amor a alguém? Também... Devo todo meu amor à única mulher que conseguiu conquistar meu coração.
Eu escolho você, Nel.
Venha até o jardim, por favor.”
Meu coração disparou ao ler aquelas palavras e lágrimas queimaram em meus olhos... Mas diferentemente das lágrimas que escorreram no passado, essas eram lágrimas de alegria. Eu sorri e corri para fora do quarto, surpreendendo-me com o caminhou de pétalas vermelhas pelos corredores.
O segui para fora do castelo sempre com as mãos trêmulas e olhar repleto de lágrimas.
Cheguei no jardim e reconheci os cabelos louros e o corpo delineado do meu príncipe. Ele estava usando roupas brancas e havia uma tiara em sua cabeça. Legolas estava de costas e olhando fixamente para o pequeno lago que havia ali. Tentei fazer o mínimo de barulho possível pois estava tão nervosa que já não tinha mais controle sobre meu corpo. Aproximei-me dele e fechei seus olhos com as minhas mãos.
— Acho que fiz tudo que você pediu. — elucidei sussurrando em seu ouvido.
Legolas sorriu e eu tirei as mãos para que ele pudesse me ver. Ele se virou para mim e manteve as mãos para trás.
— Preparei toda a surpresa sem que você desconfiasse de nada... — ele me olhou com ternura —, não pense que foi fácil convencer todos os elfos a saírem de Valfenda para preparar isso.
— Isso o que? — levantei uma sobrancelha e coloquei as mãos para trás, balançando meu corpo como criança.
— Aranel, mesmo crescendo para te odiar... Isso nada interferiu para que eu a amasse. Elfos só se apaixonam uma vez? Sim, é verdade. Você é a minha primeira vez em todos os sentidos; nos beijos, no amor e na vida. E se algum dia me perguntarem se eu faria diferente a resposta será “Não! Eu faria tudo novamente!”. Não me arrependo de nada que fiz até aqui, nem mesmo das palavras de raiva que eu te disse quando nos conhecemos e até devo agradecimentos aos nossos pais pois se não fosse por essa rivalidade... Nós talvez nunca nos conheceriamos, talvez não tivesse sido tão perfeito quanto foi até agora e quanto será a partir daqui. — Legolas acariciou meu rosto.
Eu senti todo meu corpo acender ao toque suave e quente dele. Legolas adquiriu a capacidade de me tirar do meu estado de sanidade apenas com um toque. Eu já sentia todo meu corpo se encher de prazer só naquele simples gesto, consumida pelo amor só em olhar naqueles belos e ternos olhos azuis.
— *Nalyë melmë cuilenya. — ele sorriu e selou nossos lábios com um beijo calmo e suave. Eu senti o amor em seus lábios, pareciam carregados de paixão e carinho. Calmante, completamente irresistível. Doce como algodão e molhado como as ondas do mar. Legolas se afastou e sorriu. — Eu escolho uma vida com você, eu escolho você para ser a única mulher da minha vida. — Leg tirou a outra mão de trás das costas e me entregou uma rosa que segurava.
Eu peguei a flor e no momento em que eu a aproximei para sentir seu perfume doce, notei que algo cintilou entre as pétalas da rosa e sorri. Havia um anel dentro da flor, Leg sorriu e pegou a joia com cuidado. Eu coloquei as mãos na boca e não consegui segurar as lágrimas.
Ele pegou minha mão e com um sorriso, pediu:
— *Ma vestuvalyen?
Meio chorosa mas sorrindo, respondi: — Claro que sim, meu amor.
Do Quenya para o Português:
*Nalyë melmë cuilenya – Você é o amor da minha vida.
Ma vestuvalyen? – Casa comigo?
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top