Q&A e CHAPTER BÔNUS | PART ONE

[OMG QUASE 4K DE PALAVRAS]

Voltei e estou melhor do ouvido, porém ainda sigo pobre e desempregada.

É, não se pode ter tudo nessa vida, não é mesmo?

Enfim, antes de mais nada, gostaria de agradecer ao pessoal que mandou as perguntas que formaram esse Q&A, pois graças à ele eu pude confirmar com precisão que está tudo nos conformes. 
Vocês são foda e eu adoro cada um de vocês!
💖 

Ah, referente ao tal concurso de escrita que eu mencionei no capítulo passado, os dados estão disponíveis no meu perfil, entretanto, a abertura das inscrições será no dia 01 de novembro.

E falando no dia primeiro...

Que rufem os tambores!
[TAM TAM TAM]

Agora é oficial: Dia 01 de Novembro, após muita enrolação e uma boa dose de surto, sairá o capítulo que dá início ao encontro de clubes, então, por favor, aguardem ansiosamente até lá.

E uma dúvida de extrema importância, quem vocês querem que comece narrando os capítulos história? Obviamente, dependendo da escolha, o time que o personagem estiver será o primeiro a aparecer, portanto, pensem direitinho.
Por favor, deixem sua opinião, porque vou seguir os votos para dar sequencia, ok?

A burra aqui estava quase  esquecendo de falar, e é muito  provável que estejam se perguntando: Mas, amada e esse título aí falando sobre capítulo bônus?
 
Pois bem, eu tive um surto aqui(O que vocês já devem ter se acostumado) e resolvi fazer a primeira vez deles, já que foi algo mencionado no chat e eles estão tendo um relacionamento; apesar de não o terem rotulado nada ainda. Porém, como eu escrevi isso em dois dias diferentes, a segunda parte não foi terminada ainda, portanto, decidi dividir em duas partes, deixando para publicar a segunda amanhã.
O lemon malfeito é no próximo, ok? Fiquem com boilagem nesse.

"A autora tem favoritismo com Iwaoi."
Não é totalmente mentira Kkkķkkkķkkk Porém, tenho minhas razões também, ok?
Eu não me esqueci dos outros casais. Só para esclarecer, o Oikawa e o Iwazumi recebem o foco maior por terem ficado juntos um pouco antes da reunião, ao contrário dos outros que serão desenvolvidos no decorrer dos dias e claro, dos que estão no sigilo, porque sim, tem gente se pegando e vocês não fazem a menor ideia. 
AGUARDEM OS EXPOSEDS PORQUE ELES VIRÃO!

AGORA VAMOS COMEÇAR ESSA BAGAÇA!

Para começar a nossa entrevista, eu trago a pergunta da MariaLuiza0312.

"Para o Noya: Como você imagina que é o beijo do Asahi?"

Do outro lado da sala, o líbero da Karasuno é forçado a parar de encher a paciência do garoto loiro, que vestia uma camisa com estampas de dinossauros, para responder a pergunta.

Ele sorri inocente, de um jeito que não condiz nenhum pouco com o seu tom de voz.
—  Bom, minha vó sempre me disse que tudo que Jesus faz é maravilhoso, suponho que seja válido para isso também.

Todos, menos Asahi(Que está ocupado repreendendo Noya por usar o nome do senhor em vão)dão risada e assim nós passamos para a próxima.

A próxima, no caso, são duas da UzxmakiKarin.

E a primeira, vai para o Kageyama:
"O que acha sobre o Hinata, ele beija bem?"

O garoto de cabelos escuros faz uma careta, apesar de estar visivelmente constrangido com a pergunta.
— O Hinata é... Um idiota — conclui por fim, recebendo protestos do ruivo que estava sentando ao seu lado. — Mas beija bem sim — ele acrescenta baixinho, com as orelhas ficando vermelhas. — Bem até demais...

Hinata praticamente pula encima dele, cobrindo sua boca com as mãos para que ele não continuasse.
— Já respondeu, então, por favor, pare de falar! — exclamou, estando tão vermelho quanto o outro.

Um pouco mais à frente, o capitão da Seijou fungou, parecendo muito emocionado com a cena.
— Que lindos! Eu que juntei, Iwa-chan, olha lá! — apontou, secando as lágrimas.

Iwazumi apenas revirou os olhos, se perguntando como diabos tinha se apaixonado pelo outro garoto.

A segunda dela vai para o Hinata:
"Você tem vontade de sentir o beijo do Kageyama?"

Shoyo, que estava bebendo água, se engasgou e foi prontamente amparado por Sugawara, que lhe deu tapinhas nas costas.

Passando alguns segundos após se sentir melhor, ele respirou fundo e ignorando o olhar de Kageyama, que estava cercando-o, respondeu:
— Não tenho certeza — disse, ajeitando-se no lugar. A verdade era que, no momento, Hinata não tinha certeza sobre quase nada, mas... — Sim — acrescentou por fim, dando-se por vencido.

Tobio nada disse, porque estava ocupado demais com o seu Gay panic para retrucar e como Iwazumi obrigou Oikawa a parar de atrapalhar, demos seguimento sem nenhuma interrupção.

As perguntas agora são da marytavares21
"Para o Kenma: Você está se envolvendo com alguém seriamente?"

— Ele está sim — Oikawa se apressou a responder. — Porém, não vai admitir que eu sei.

O levantador da Nekoma atirou um travesseiro no rosto do amigo.
— Cale a boca, vagabunda intrometida — resmungou, fazendo uma careta. — E achei essa pergunta é muito abrangente. O que diabos significaria "se envolver seriamente com alguém"? — questionou. — Se for no sentindo de estar em um relacionamento, a resposta é não, porém — ele fez uma pequena pausa, parecendo estar tentando decidir quais palavras usar. —, se for no sentido ter sentimentos por alguém em específico... É talvez. Não um sim, mas um talvez, ok? Não tenho muita certeza.

Toru começou a vaiá-lo em forma de protesto.
— Por que não admite logo, gato maldito?

— E por que você não vai tomar no seu cu, cadela?

Oikawa fez beicinho.
— Porque o Iwa-chan disse que...— ele foi interrompido por Iwazumi, que enfiou duas bolachas em sua boca, o impedindo de continuar.

E sem mais intromissões, à próxima pergunta da Mary:
"Para o Atsumu: A pessoa na qual você tem uma fantasia sexual(a mesma que você disse que "daria" num outro cap) é alguém do seu time ou de fora?"

Atsumu corou violentamente.
— Vocês ainda lembram disso? Meu Deus! — exclamou, cobrindo o rosto, numa tentativa mal sucedida de tentar se recompor, porém, notando que não conseguiria olhar para uma certa pessoa enquanto respondia, ele continuou escondendo-se.— É de fora... A pessoa é de outro time — respondeu baixo.

Dos presentes, apenas Osamu, Oikawa e Kenma conseguiram entender, pois foram os que deram risada ao ver a situação do loiro.

Partindo para as próximas, elas são da são da  srta_chifuyu
"Para o Oikawa: Você não cansa de ser perfeito."

O garoto de cabelos castanhos abre um sorriso e jogando os cabelos para o lado responde simplesmente:
— Você cansa de respirar? Então.

"Para o Iwa: É tão difícil assim aturar o Oikawa?"

Iwaizumi faz uma careta, em seguida, observa o garoto agarrado ao seu braço, que acabara de publicar um story com a legenda "Sou lindo" e solta um suspiro pesado.
— Eu ainda preciso responder? Achei a cena anterior autoexplicativa o suficiente.

Oikawa o cutucou, fazendo beicinho.
— Qual foi a sua pergunta? Eu não tava prestando atenção.

— Problema seu.

— Rude.

"Para o Oikawa: O que você acha do Kenma?"

Toru para de tentar convencer Iwazumi a repetir qual a pergunta anterior para focar na sua, e, após ouvi-lá, encara o garoto loiro do outro lado da sala.
— Ele é mal educado, grosseiro e só sabe me tratar mal — lamentou, fazendo uma cara sofrida.— Mas pelo menos compartilha fotos do Shoyo comigo.

— Esqueceu de acrescentar que sou obrigado a aturar os seus surtos, sua puta.— diz Kenma.

— Certo, certo. E ele ainda atura os meus surtos — obedece, simplesmente por estar vidrado em seu celular.

— E sou lindo.

— Ok, e ele é... — Oikawa se dá conta de que estava prestes a falar e se interrompe, fazendo uma careta se nojo. — Ei!

Kenma lhe mostra a língua.

"Para o Kuroo: Se pudesse voltar em um momento que teve com o Kenma, qual seria?"

A pergunta lhe vem de forma tão inesperada, que o primeiro momento que lhe vem na cabeça é algo que ele definitivamente não iria dizer em voz alta.

A vermelhidão no rosto de Kuroo era visível, porém, todos fizeram de conta que não a notaram.
— Quando fomos ao parque de diversões pela primeira vez — respondeu por fim, algo que não era menos especial do que ele tinha em mente antes. — O gatinho não queria, mas a mãe dele o obrigou a ir e ele ficou boa parte do passeio emburrado — continuou, agora com um sorriso no rosto. — No final, quando estávamos quase indo embora, decimos apostar nos jogos das barracas e eu nem preciso dizer que perdi feio, ou preciso?

— Você realmente foi horrível — Kenma comentou, com um sorriso tão pequeno que quase não foi percebido por ninguém.

Ninguém, exceto Kuroo.

Para encerrar o nosso quadro, teremos mais três perguntas.
Duas delas são da cadelinha_mitsuyaa

"Para o Iwazumi: O que você mais gosta no Oikawa?"

— O silêncio — respondeu, quase que imediatamente.— Quando esse idiota está em silêncio, ele é uma completa bênção. Juro.

— Isso não vale! — Oikawa protestou.

— E por que não?

Ele cruzou os braços, fazendo birra.
— Responde outra coisa!

— Mas eu não quero — retrucou.

— Então você só gosta do meu silêncio? Isso nem faz sentido!

Sem muita paciência para continuar retrucando, Iwazumi cedeu, respondendo adequadamente dessa vez:
— Tá, tá, eu gosto dos abraços, de como me sinto confortável quando estamos juntos. E eu não preciso acrescentar nada sobre a aparência, porque ninguém aqui é cego.

Oikawa pulou encima dele, beijando carinhosamente toda a superfície do seu rosto.
— Viu? Não doeu dizer a verdade.

Iwazumi agradeceu pelo garoto estar em seu colo, assim os outros não puderam ver que seu rosto estava corado.

"Para Oikawa: O Iwaizumi beija bem?"

Toru sorriu maliciosamente.
— Demais. Tanto que eu só não o beijo de novo agora, porque sei que ele vai me bater — ele colocou as mãos sobre a boca, como se estivesse prestes a contar um segredo: — O Iwa-chan é meio tímido com demonstrações de afeto em público, sabe?

E como resposta, Oikawa levou um tapa leve na nuca.

[Música triste de fundo]
Vamos para a última pergunta!

Essa é de plantszmoon
"Para o Sakusa: Você beijaria o Atusmu? E porque a resposta é sim?"

Sakusa faz uma careta.
— Mas eu ia dizer não.

Ao seu lado, o levantador da Inarizaki o olha, indignado.
— Essa resposta não é válida, Omi-kun.

— Então essa pergunta também não é.

— Por quê?

— As alternativas estão me induzindo a responder sim e eu não quero isso — argumentou.

Atsumu fez biquinho.
— Nenhum um pouquinho? — perguntou manhoso.

— Não.

— Sério?

— É.

O garoto de cabelos loiros sorriu docemente.
— Isso é triste, porque eu beijaria vocêsussurrou, jogando uma piscadela e correu, pulando nas costas de Osamu, que estava conversando com Suna.

Se Atsumu tivesse ficado nos segundos que sucederam, poderia ter tido o prazer de ver o rosto de Sakusa corar.

Porém, como ele é o gêmeo azarado, essa foi uma visão que ele não pôde ter.

E com isso, encerramos o nosso perguntas e respostas. Obrigada novamente à todos os envolvidos e fiquem agora com momento de Iwaoi.💖

| POV OIKAWA TORU |

05 de Fevereiro de 2021
20:15 PM
[Noite anterior]

Iwai-chan 🥰❤:
A porta da frente vai ficar aberta, pode comer alguma coisa se não tiver jantado. Estou indo tomar banho.

Você:
Ok, vou escolher o filme.
Visualizada

Abro a porta, deixando os meus sapatos na entrada e entro na casa.

A sala estava vazia, já que, segundo ao Iwai-chan, seu pai havia sido convidado de última hora para passar o final de semana com os amigos e levou consigo apenas Seu madruga, o novo morador da família.

Iwaizumi e eu o encontramos por acaso quando estávamos voltando da escola, e ele acabou adotando-o, porém, como seu pai era pessoa que passava mais tempo em casa, o cachorrinho também acabou se apegando à ele e neste momento está a caminho de Tokyo. Um luxo.

Jogo a mochila no sofá e após pegar o controle da televisão, me sento, iniciando uma saga incessante em busca de algo útil para assistir na Netflix.

É claro que isso tudo é a porra de uma desculpa esfarrapada.

Prestem atenção, meus anjinhos lindos: Quando o boy, ou a girl lhe convida para assistir filme em casa, é óbvio que há intenções ocultas.

Por experiência própria, eu sabia bem disso.

Sendo franco, quantas vezes fui eu a pessoa que estava usando isso para conseguir uma foda? Até perdi as contas, mas então por que diabos o meu coração está batendo tão rápido assim? Se o meu ritmo acelerar mais um pouco, é capaz de eu ter uma taquicardia.

Acalme-se, Toru.

Você é alguém experiente e não uma mocinha virgem. Tudo que precisa fazer é agir como sempre e tudo ficará bem.

Sim, tudo vai ficar bem.

Certo?

[...]

Errado. Muito errado.

Me dei conta disso no momento em que Iwaizumi desceu a escadaria após o banho, usando uma bermuda preta confortável e com o peitoral à mostra(O que é uma visão dos deuses), enquanto usava uma toalha para secar seus cabelos.

Eu mal tive tempo de desviar o olhar da visão maravilhosa de seu tanquinho incrivelmente definido antes de ser atingido pelo sorriso enorme e brilhante que ele havia aberto no instante em que nossos olhos se encontraram.

Corar se tornou inevitável.

— Oi, eu demorei muito? — perguntou, ainda com um sorriso gigantesco grudado da face. Ele largou a toalha encima de uma das cadeira e sentou-se a apenas alguns centímetros de mim.

Desviei olhar, tentando focar na televisão.
— Sim, demorou tanto que eu estava quase achando que havia descido pelo ralo — disse, em tom de bronca. É claro que o que acabara de dizer era uma enorme mentira, já que, Iwaizumi sequer demorou quinze minutos no banheiro.

Iwaizumi estava ciente disso, por isso apenas soltou uma risada baixa.
— Estava tentando ficar cheiroso pra você, sabe? — se defendeu, fazendo com que trocassemos olhares por alguns segundos antes que eu desviasse novamente. Droga, eu estava tão vermelho. — Não gosta da ideia? — perguntou, cutucando o meu quadril de brincadeira.

Eu bufei, tentando parecer mais irritado do que realmente estava.
— Esse não é o problema aqui! — alterei meu tom de voz para um mais sério.

Ele me olhou de lado.
De algum jeito, aquilo pareceu tão fofo que eu quis mordê-lo.
— E qual é?

Era uma excelente pergunta.

Eu estava blefando de qualquer maneira. Emendei aquele diálogo sem nenhum sentido porque simplesmente não tinha nada melhor para falar e não queria entediá-lo com o meu silêncio. Porém, agora que havia começado, o que diabos eu iria dizer?

Por fim, disse a primeira coisa que me passou pela cabeça:
— A... N-netflix! — eu praticamente gritei. Me sentia um idiota, mas resolvi continuar mesmo assim. — O problema é a Netflix!

Mesmo parecendo não estar entendendo onde eu queria chegar exatamente(eu não o julgava), Iwazumi ajeitou-se no sofá, fazendo com que acidentalmente nossos joelhos se encontrassem e juntou as mãos sobre o colo, me encarando com toda a atenção do mundo.
— É mesmo? Continue.

Me amaldicoei mentalmente mais um pouco, antes de continuar passando vergonha.

É como naquele ditado: Se está chuva é para se molhar.
E honestamente, eu esperava que essa maldita chuva causasse uma inundação e me matasse afogado. Mas voltando...

— O preço está nas alturas, não é mesmo?! — perguntei, tentando reunir o pouco de dignidade que ainda me restava. — E mesmo assim quase não há nada interessante para se assistir. Isso não é um absurdo?

Ainda me encarando com uma atenção que me deixava completamente desconcertado, ele riu de novo.
— Você está falando como o meu pai — disse, pegando o controle que, no surto, eu havia deixado cair no chão e começando a procurar algo para assistir. Agradeci mentalmente à todos os deuses, almas penadas ou que estivesse presente naquele momento por ele ter engatado uma outra conversa, sem que eu tivesse que iniciar o diálogo.— Aliás, Oikawa... Meu pai perguntou quando você vem jantar aqui em casa.

Graças ao fato de que ele estava conectado na televisão, pude me deliciar na imagem das suas costas largas, enquanto conversávamos.
— É só marcar que venho — disse, sorrindo. Eu gostava do pai de Iwazumi. Ele era divorciado e ficou responsável pela guarda do filho, porém, mesmo tendo que cuidar de tudo sozinho, nunca houve negligência de sua parte. Mais do que qualquer um, eu sabia do quanto Iwazumi era amado por seu pai e meio que invejava isso, apesar dele também me tratar como se fosse da família. Era legal fazer parte disso.

Quando senti a mão de Iwazumi tocar suavemente o meu joelho, percebi que devia estar fazendo uma cara estranha.

Se eu era um especialista em esconder os meus sentimentos, Iwaizumi era a máquina capaz de captar à todos eles sem exceção.

— Está tudo bem? — perguntou baixinho.

Balancei a cabeça em sinal de concordância.
— Não se preocupe — abri o melhor sorriso que fui capaz sustentar. Não queria pensar em coisas ruins agora que estava com ele, mas pensar sobre elas, de alguma maneira, tirou parte do meu nervosismo, o que era algo estranho.

Talvez eu estivesse dosando meus sentimentos, porque não sabia ao certo qual deles deveria sentir no momento.

Por fim, optei por tentar não sentir nada em específico, assim pelo menos não ficaria fazendo a cara de cu que eu sabia que provavelmente deveria estar fazendo agora.

Respirei fundo, repetindo para mim mesmo que deveria relaxar e, quase como se estivesse lendo os meus pensamentos, Iwaizumi puxou-me para um abraço apertado.
— Você é tão idiota — resmungou, acariciando os meus cabelos depois que fiz questão de afundar o meu rosto meu peito.

Quando ele disse que estava tentando ficar cheiroso para mim, não foi brincadeira. Sério.

Eu sou um apreciador de perfumes importados, mas gostava em especial deste que Iwaizumi usava desde sempre.
Era até bem suave se comparado com os demais perfumes masculinos, mas era por isso que eu gostava; sua suavidade me lembrava Iwazumi e isso me entorpecida como um analgésico.
— Seu perfume tem drogas? — brinquei, ainda mantendo meus olhos fechados.

— Tem maconha prensada e algumas pitadas de cocaína — respondeu, ainda mantendo o mesmo tom.

Eu o belisquei.
— Não acha que está sabendo muito sobre drogas?

O som de sua risada me faz abrir os olhos e sentar-me ereto, mas agora sem me preocupar em manter uma certa distância.
— Está insinuando que eu ando usando drogas, seu maldito?

Cruzei os braços, fazendo um biquinho involuntário.
— Insinuar é uma palavra muito forte. Eu estou apenas te questionando a respeito disso.

Ele deu um beliscão na ponta do meu nariz.
— Fingido. Você me chamou de drogado na maior cara dura — disse em um falso lamento. — O amor acabou, Shittykawa. Esse é o nosso fim.

Seu tom de voz me fez gargalhar.
— Você é um idiota!

Iwaizumi sorriu maravilhosamente para mim.
— Mas você me ama — sussurrou, convencido, enquanto me esmagava com um abraço de urso.

Comecei a me debater, tentando me soltar de seus braços enormes e abençoados pela deusa da beleza(Afrodite, serei sempre sua eterna devota).
— E-está me matando, seu ogro! — choraminguei exageradamente, enquanto lutava para me livrar de seu abraço e ele apenas dava risada da situação. — M-meu Deus eu estou vendo a luuuz! — disse dramaticamente, enquanto ficava de pé, ainda com Iwaizumi agarrado à mim como se fosse o bicho preguiça. — É o ceifador. Ele está me busc... — interrompi minhas próprias palavras quando Iwaizumi me soltou, pois não aguentava mais segurar ao impulso de rir e isso faz com que eu me desequilibre para trás, e seja salvo no último instante por Iwaizumi que agarra-me pela cintura, me fazendo sentar em seu colo.

Se eu não estivesse morrendo de rir provavelmente teria morrido do coração. Porém, felizmente, está é uma história de comédia e a risada de Iwaizumi era contagiante o baste para que eu esquecesse de todo o resto.

Quando nossa histérica crise de risos parou, nossos olhares se cruzaram, quase como se estivéssemos simultaneamente nos dado conta da posição desconcertante em que estávamos.
Para a minha sorte, Iwaizumi foi o primeiro a quebrar o silêncio:
— Você se sente melhor agora? — perguntou, enquanto entrelaçava nossos dedos. — Sabe, eu digo de modo geral — notando o meu olhar confuso, ele completou: — Você parecia estranho quando chegou. Achei que tinha acontecido algo.

Como eu explico pro homem que eu saí de gay panic e entrei numa crise existencial em menos de cinco minutos sem cortar o clima?

Acho que isso era meio que impossível, por isso, apenas me limitei a dizer uma meio verdade.
— Eu só... Fiquei nervoso — respondo baixo.

Sua mão, que até estava brincando distraidamente com a minha parou e isso me faz olhá-lo.
— Você também?

Aquilo me pegou de surpresa e ao mesmo tempo me deixou aliviado. Tipo, ainda bem que não é só comigo.
Eu assenti freneticamente com a cabeça.
— Meu Deus, sim! Desde que cheguei — respondi. — Na verdade, desde que estávamos trocando mensagem que venho tentado não me manter calmo, mas é muito difícil. Iwa-chan, você me conhece, sabe que eu sou um pouquinho surtado por natureza...— ele me interrompeu.

— Um pouquinho? — perguntou, dando risada.

Eu lhe dou um soco fraco no ombro.
— É — confirmei com convicção, mostrando que não daria aberturas para possíveis contestamentos.— Mas se você não tivesse tido, eu jamais saberia que estava nervoso também — resmungo, dando-lhe outro soco. — Isso é injusto.

— Vai me usar de saco de pancadas agora? — perguntou, segurando a mão que eu estava usando para bater nele e me colocando de frente para si.

— Eu posso? — pedi, fazendo beicinho.

Iwazumi riu.
— O masoquista aqui é você, não eu.

— Rude, Iwai-chan. Muito rude.

E entramos novamente em uma onda de silêncio.
O problema agora era que Iwaizumi estava parado diante de mim, então eu não podia desviar meus olhos dele mesmo que tentasse.

Sua respiração quente próxima ao meu rosto fazia meu estômago se contrair de um jeito esquisito.

Ele deslizou uma das mãos e a posicionou sobre a minha cintura, enquanto a outra, usou-a para acariciar suavemente o meu rosto.

Tal gesto me faz corar involuntariamente.

De novo.

Eu era quase a porra de um pimentão.

— Você é tão adorável — sussurrou, sorrindo.

Eu achava um golpe muito baixo sussurrar tais palavras como um sorriso desse estampado no rosto.
Meu coração não era forte o suficiente para aguentar essas coisas não.
— P-pare de dizer essas coisas — resmunguei baixinho.

No entanto, ele apenas riu.
— Por quê?

O olhei.
— Você sabe.

Ele sorriu de maneira provocativa.
Desgraçado!
— Não faço a mínima ideia do que você está falando.

Tentei socá-lo, mas ele me segurou, enquanto soltava uma gargalhada gostosa.
— Eu te odeio! — resmunguei.

— Bom, isso é uma pena porque eu sou completamente apaixonado por você — ele agora falava sério. E não um sério qualquer, mas um sério de olhar no fundo dos meus olhos e derrubar quaisquer estrutura minha que ainda se mantinha desajeitamente erguida de pé.

É sério. Esse homem não fez bem para o  coração não.

Meu cardiologista certamente me diria para evitá-lo a todo custo, porém, como eu nunca lhe dei ouvidos, apenas afundei meus dedos em seus cabelos e o puxei para um selinho demorado.

Quando nos separamos, eu apenas sussurrei:
— Também sou completamente apaixonado por você. Sempre fui.

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