ninety two | chapter
Alguém ainda aqui? Espero que sim. Que saudades.
Como vocês estão? Espero que perfeitamente bem.
Não estava conseguindo produzir nada e nem fiz nada útil da minha existência nesses últimos meses, o que é uma completa merda. Passei um bom tempo pensando em vários cenários e possíveis novas histórias, porém, é bem difícil sequer continuar com as que eu já iniciei, imagine começar do zero? Que a deusa da criatividade me abençoe.
De qualquer maneira, vou tentar atualizar os outros projetos em andamento, principalmente esse aqui, então me deseja sorte. Me sinto meio enferrujada, então me perdoem por qualquer coisa desde já, ok?
Esse capítulo(que aliás não está lá essas coisas), como eu prometi no anterior, que foi postado há eras atrás, é um compilado de vários personagens. Quero usar essa proposta em boa parte da história, mas não tenho certeza se vai dar certo, porém, espero que sim. Por hora, acho que isso é tudo?! Se conseguir produzir capítulos mais rápidos, prometo que jogo aqui, mas fiquem ligados nas minhas outras obras, porque vou tentar atualizar algumas delas também. É isso. Amo vocês.
— Autora.
[No mesmo dia, um pouco depois].
7:30AM
— Já estamos chegando? — perguntou o garoto ruivo novamente, sem conseguir conter a sua empolgação. Ele estava praticamente com a cabeça grudada na janela, enquanto alternava seu olhar das mensagens que acabara de trocar com seus amigos, para a paisagem vista do lado de fora.— Ainda falta muito?
— E como diabos eu vou saber, idiota?
— Sabendo — respondeu simplesmente.
O rapaz sentado ao lado dele, Kageyama Tobio, apenas revirou os olhos. Aquela devia ser a sexta, talvez até a sétima, vez que Hinata havia perguntado se eles estavam chegando e apesar de sempre receber o mesmo tipo de resposta, o garoto ainda insistia no assunto, muito provavelmente porque não conseguia parar quieto.
Desde o momento em que se encontraram aquela manhã, Tobio percebeu que o ruivo estava mais animado do que o normal, coisa que ele nem sabia que era possível de acontecer. Veja bem, para ele, Hinata Shoyo é uma existência irritantemente brilhante. É bem raro vê-lo triste ou desanimado, num nível que nem mesmo o cansaço pode conter sua empolgação. No entanto, hoje em especial, ele parece particularmente mais feliz do que o habitual e isso fazia com que Kageyama se sentisse meio estranho a respeito, pois qual seria a razão disso tudo, afinal?
Obviamente, a ideia de um treinamento intensivo com vários outros clubes e jogadores fortes era empolgante, mas… Kageyama sentia que as coisas não paravam por aí e mesmo querendo muito descobrir o que estava acontecendo, ele não se sentia no direito perguntar. Desde a confissão do ruivo, muitas coisas começaram a caminhar de uma maneira que ele não estava esperando e isso meio que o apavorava um pouco, porque não dava para saber o que aconteceria a seguir.
Tipo, tudo entre Hinata e ele era bem imprevisível. Algumas vezes eles estavam gritando em plenos pulmões um com outro, desferindo uma porção de xingamentos e em outras estavam se beijando de maneira necessitada, agarrando-se um no outro como se não houvesse amanhã. Isso era o que o confundia completamente.
Se eles não eram namorados, mas também não eram só amigos, então o que diabos eles eram? Tobio não sabia dizer e sempre que tentava entender mais um pouco sobre a situação, mais confuso ele ficava, por essa razão, optou por deixar as coisas como estavam, pelo menos por agora, afinal de contas, sua situação atual com Hinata não o desgradava nenhum pouco; muito pelo contrário.
— E agora? — a pergunta jogada meio que do nada faz com que Tobio encare o rapaz ruivo, meio confuso.
— Agora o quê?
— Estamos chegando?
O olhar fulminante que Kageyama lhe deu em resposta foi o suficiente para que ele apenas cruzasse os braços, fazendo um beicinho fofo e ficasse quieto. E mesmo que o moreno tivesse achado aquilo estupidamente adorável, ele não deixou transparecer.
…
— Tsukki…
— Kei — Tsukishima o corrigiu, fazendo com quem o garoto de cabelos esverdeados corasse. Ele parou o livro que estava lendo e voltou sua atenção à Tadashi, que o encarava timidamente.
— K-kei — repetiu baixinho, enquanto colocava colocava a uma mecha do cabelo atrás da orelha. Ele havia optado por prendê-lo em um rabo de cavalo, mas seus fios não eram grandes o suficiente e algumas mexas ficavam soltando-se sozinhas, o que era irritante.—, você vai usar os seus fones agora?
— Não. Você quer?
Yamaguchi assentiu, aproveitando o momento de distração de Tsukishima para poder observá-lo melhor. Ele estava sentado na cadeira ao seu lado, vestindo sua camisa branca de treino, calça preta, já que o mesmo estava com frio àquela manhã e o casaco do time posicionado sobre os ombro, como um cobertor. Seus inseparáveis óculos de grau estavam, como sempre, bem colocados sobre o seu rosto e o foco dos pensamentos do garoto esverdeado voltaram-se rapidamente para o par de olhos dourados que havia começado a encará-lo de volta.
O loiro ficou avaliando o rosto de Yamaguchi por alguns intermináveis segundos, isso o fez corar novamente.
— O-o quê…? — sussurrou, Tadashi, um pouco preocupado que tivesse algo errado com o seu rosto.
Porém, para sua tranquilidade, Tsukishima apenas riu, como se estivesse presenciando algo muito interessante e colocou os fones na mão de Tadashi.
— Nada — respondeu, achando graça.— É que você fica bem assim.
— Assim como? — perguntou, meio confuso e envergonhado. Não achava que Kei tivesse reparando no seu penteado, apesar de torcer intimamente para que ele o fizesse.— De rabo de cavalo?
Tsukishima riu novamente, deliciando-se da confusão de rapaz. Sua risada era baixa, de modo que apenas quem estava muito próximo fosse capaz de ouvi-la.
— Isso também — respondeu, assim sem esclarecer muita coisa.
Yamaguchi pensou em retrucar alguma coisa, mas ele se sentia tão feliz e envergonhado que a única coisa que se sentiu capaz de fazer naquele momento foi encostar sutilmente seu braço com o do outro garoto, oferecendo de maneira silenciosa o outro lado dos fones de ouvido.
Ficaram ambos assim: com os braços colados, cientes demais da presença um do outro para prestar atenção na música que estava tocando no momento ou em qualquer outra coisa.
…
— Eu juro que vou te matar!
— Me matar? Mas eu te fiz um enorme favor! — exclamou Atsumu, se sentindo muitíssimo indignado.
— Fala baixo, inferno! — resmungou o outro gêmeo, batendo no irmão com a mochila.
— Para, tá machucando!
— Mas é pra machucar mesmo!
— Para, Samu! — choramingou, segurando a mochila com as mãos para evitar que ela o atingisse novamente.— Você pode, por favor, parar de me agredir? Obrigado.
Sentado ao seu lado, o gêmeo de cabelos acizentados suspirou, puxando a bolsa das mãos do irmão e a colocando sobre o colo.
— Que seja. Eu nunca mais vou te pedir ajuda com nada, seu desgraçado.
— Bom, sendo honesto, foi muita ingenuidade da sua parte achar que eu não iria te sacanear sendo que você tava me ameaçando com o meu boletim.
— Aí, desculpa se eu ainda tenho fé na bondade humana.
Atsumu revirou os olhos.
— Bondade humana é a minha bunda — resmungou. — Eu era a sua única saída, não era?
— Era — admitiu a contragosto.— Mas se eu soubesse o que estava planejando, teria pedido ajuda a mamãe. Prefiro aturar o interrogatório dela sobre minha possível "namorada" do que te pedir pra fazer algo assim de novo.
Sentindo uma pontinha de arrependimento, o garoto loiro o abraçou de lado.
— Sinto muito — desculpou-se, o apertando, enquanto acariciava o braço do irmão mais novo. Momentos assim eram raros, mas aconteciam bem mais do que os Miyas eram capazes de admitir.— E o que aconteceu, afinal? Eu estraguei tudo?
Apesar de ainda estar um pouco bravo, Osamu acabou se rendendo, pois sabia que culpar seu gêmeo pela maneira como as coisas estavam indo entre Suna e ele era algo totalmente irracional.
— Nem tem o que estragar, Tsumu — respondeu baixinho. Eles estavam ocupando as duas últimas cadeiras do ônibus, que ficavam afastadas o suficiente dos outros para que pudessem conversar sem se preocupar, ainda assim, o garoto não queria correr o risco de ser ouvido.— Ele aceitou e prometeu que iria retribuir o presente, mas…
— Mas…?
— Sei lá, eu não quero criar expectativas demais nisso. O Rin está completamente ciente dos meus sentimentos há um bom tempo e nem por isso as coisas mudaram entre nós. É burrice muita esperar que algo aconteça agora que vamos passar mais um pouco de tempo juntos?
— Provavelmente sim, mas acho que está tudo bem. Você quer esperar, certo?
Osamu assentiu.
— Sim. Só durante o acampamento.
— Então pare de ficar pensando idiotices e deixe as coisas fluírem naturalmente.
— Hum… Tipo você e o Sakusa-san? — provocou Osamu, tentando mudar de assunto.
O loiro, que ainda estava abraçando o irmão, lhe deu um beliscão de advertência.
— Não comece! — o ameaçou.
— Ou o quê?
— Ou eu vou mostrar pra todo mundo as fotos que eu tirei enquanto você estava dormindo!
— Atreva-se e eu digo que você dorme com um leãozinho de pelúcia!
— Ei, deixe o Lionel fora disso! — exclamou Atsumu, com o rosto corado.
Osamu mostrou a língua.
— Atsumu dorme com ursinho de pelúcia — cantarolou.
— SAMU!
— Você é tão bebêzão, Tsumu — disse o gêmeo mais novo, dando risada.— Estava me perguntando como você vai conseguir dormir se a mamãe o obrigou a deixá-lo em casa dessa vez.
— Cale a boca!
— Tenho certeza que vai passar a noite em claro. Como na sétima série quando fomos dormir na casa de um colega e você… — Osamu foi interrompido antes que pudesse continuar.
— EU TE ODEIO — gritou, atraindo a atenção de todos para si. Vendo que as pessoas ao redor estavam o observando, ele entrou no banheiro, trancando-se no mesmo.
Do lado de fora, Osamu estava jogado sobre o banco, morrendo de rir.
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