Pedido De Namoro
S/n
Dan me pegou pela mão assim que terminei de explicar o que tinha acontecido para ele, espero que ele acredite em mim, não quero perdê-lo. Me levou pro carro e dirigiu até um restaurante. Eu nunca tinha ido lá, mas parecia ser bem caro.
- Já veio aqui alguma vez? - perguntou ao ver surpresa
- Uhm... eu acho que não
- Então hoje vai ser a primeira vez! - ele pegou minha mão e seguiu pra recepção do restaurante
- Boa tarde, têm reserva? - a senhora da recepção perguntou
- Temos sim, Daniel Reynolds. - Dan respondeu
- Ah sim, Daniel e S/n Reynolds, certo? - vi o rosto dele ficar vermelho de vergonha, não consegui conter um sorriso
- N-não! Daniel Reynolds e S/n Anderson - eu ia brincar com a situação mal a gente se sentasse, mas como é que ele sabia o meu último nome?!
- Ah sim, mil desculpas! É que como são um casal eu pensei que ela tinha o seu último nome... - Dan ficou ainda mais corado
- N-não, a gente tá só se conhecendo, não é nada sério! - ele estava nervoso - Ainda... - ouvi ele murmurar pra si mesmo
O que é que ele quis dizer com isso?! Como assim "ainda"?! Eu tinha tantas perguntas. De um rosto feliz eu passei pra um rosto confuso, muito confuso. A moça nos guiou até à nossa mesa e Dan puxou minha cadeira pra eu me sentar.
- Faça o favor... - ele ainda estava vermelho e não comseguia olhar pra mim
- Obrigada Dan... - me sentei e ele puxou a cadeira pra mim
- De nada... - ele se sentou, a perna dele tremia
- Ei... - acariciei a sua perna com a minha - Tá tudo bem... você não precisa ficar nervoso desse jeito... - ele ainda não olhava pra mim
- Você não entende... Eu preciso sim estar nervoso, é normal...
- Mas porquê?
- Eu não posso te falar! Não ainda! - ele continuava não fazer contacto visual
- Ei! Olha pra mim! - ele finalmente olhou - Essa frase é minha! - rimos - Ladrão!
- Bem, não é a única coisa que quero roubar esta noite... - murmurou
- O quê?
- Hm? - é sério que ele tá fingindo que não falou nada?!
Ele pegou minha mão acariciando-a como sempre faz e a bejou, isso me deu borboletas no estômago. A gente se olhou em silêncio, um contacto visual daqueles que só se viam nos filmes. Houve um silêncio entre nós durante alguns segundos, que mais pareceram minutos.
- Boa tarde senhores o que vão querer beber? - nosso momento foi interrompido pelo garçom, Dan se assustou e eu ri
- Eu quero água - Dan falou meio bravo
- É, eu vou querer água também...
- Fresca ou natural?
- Fresca - dissemos em simultâneo
- Muito bem, daqui a pouco eu trago. - o garçom se retirou
- Assustadinho! - provoquei
- Eu?! Assustado?!
- Não... o vizinho ali da esquina, claro que você né?!
- Eu levo um único susto desde que a gente se conhece e eu que sou o assustadinho?!
- Óbvio!
- Olha, a sua sorte é que você tem trauma e eu vou controlar por isso! - trauma?! Ele sabia?!
- C-como assim trauma, Dan?! - falei séria, ele respirou fundo
- Eu sei o que aconteceu, S/n... e eu fico muito triste por você, sabe? Mas não se preocupa, eu vou te proteger o máximo que eu puder, e você pode confiar em mim, tá? Se quiser eu te levo na terapia, e até mesmo ao final do mundo, mas eu só quero te ver bem! E eu não quero te ver com medo de mim... - ele segurava a minha mão com firmeza
- O Platz te contou né?!
- Fui eu que pedi pra falar contigo porque você não ia me falar de jeito nenhum!
- Boca aberta... - murmurei me referindo ao Platz, Dan riu
- Suas águas - o garçom voltou com duas garrafas de água - E pra comer?
- E aí? O que você quer? - Dan falou olhando pra mim
- Humm, o que você quiser tá bom pra mim eu acho
- Eu vou querer a esparguete italiana então
- Certo! - o garçom se retirou mais uma vez
- Uuuh, tá querendo imitar a Dama e o Vagabundo, é?
- Para com isso - riu
- Bom, continuando, eu não tenho medo de você Dan. Agora não... desde que você me provou que não queria me machucar
- Fico feliz por isso... - Dan tomou um gole de água - Escuta, eu não sei se você ouviu direito o que eu falei no outro dia, já que você tava quase dormindo
- Hmm, acho que não, me recorda?
- Então, eu não sei como colocar isso em palavras de novo, mas... eu te amo... Não é só uma simples paixão de escola que passa em duas semanas, é amor... amor de verdade! E eu sei disso desde o dia em que eu te vi! E eu sei que ainda é muito cedo pra dizer isso, mas eu sinto que eu estou vivendo uma história de romance de livros e filmes com você! Eu sinto que você é minha alma gêmea S/n...
- Você sabe que eu sinto o mesmo por você, não sabe?
- Sei... e é isso que me deixa ainda mais feliz... - se passaram alguns segundos de silêncio - A comida tá demorando né? - ele tá nervoso de novo?
- Mas a gente acabou de pedir!
- É, mas é que eu ainda queria fazer outra coisa...
- O quê?
- Você vai descobrir no tempo certo!
- Hm - cruzei os braços
A comida finalmente chegou, a gente comeu em silêncio. Dan tremia a perna de novo e à medida que acabávamos de comer ele ficava mais nervoso. Acabando de comer, os garçons levaram os pratos vazios. Dan olhava pra tudo, menos pra mim. Que estranho... Em um ponto ele não parava de olhar para a porta da cozinha e nem se esforçava pra disfarçar.
- Eu sei que é meio cedo pra nós... - ele finalmente olha pra mim - Se passaram apenas umas semanas, e isso parece até um romance adolescente, mas eu espero que dure, S/n... - os garçons chegam com balões em forma de coração em tons de rosa e vermelho e Dan se levanta - Me chame de emicionado, apressado demais, seja o que for. Mas visto que sentimos o mesmo um pelo outro, não vejo motivo pra não o fazer... - ele se ajoelha e tira um anel do bolso. Não acredito. - S/n... Você quer namorar comigo?
Eu fico sem palavras por uns segundos. No fundo eu já sabia, tudo agora fazia sentido... a moça na recepção se referindo a mim com o sobrenome dele, a perna sempre tremendo, a testa dele suando, a sua inquietação, absolutamente tudo fazia sentido. E eu estava pronta pra aceitar o seu pedido.
- Quero! Claro que eu quero! - ele se levantou sorrindo, colocou o anel no meu dedo e me abraçou
- Vamos pra casa? - falou se desprendendo do abraço
- Vamos!
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