Ele me ama...

Acordei, já de tarde, Dan não estava mais lá. Fui andando até à sala até que me deparo com ele sentado no sofá e mexendo em seu celular. Ele já estava vestido.

- Bom dia! - riu assim que me viu - Já são duas da tarde! Você não vai dormir hoje à noite desse jeito! - apenas revirei os olhos me dirijindo para a cozinha - Ah, e tem cuidado, porque eu achei aí um rato!

- VOCÊ O QUÊ?! - ele ria - PARA DE RIR ISSO É SÉRIO! - ele ria mais, se deitando no sofá passando mal de tanto rir

- Eu tava brincando! Não achei rato nenhum!

- Ah, vai se foder! Você me assustou! - ele riu de novo

- É a vida! Às vezes te assusta e não era nada demais!

Comecei a pensar no que estava fazendo na cozinha até que ouço a sua voz de novo.

- Você foi pra cozinha pra fazer nada?! - riu - revirei os olhos e me sentei junto dele deitando minha cabeça sobre seus ombros

Eu estava finalmente ganhando confiança com ele de novo depois da crise de pânico.

Ele olhava seu celular enquanto eu olhava para os seus olhos, então para a sua boca e de novo para os seus olhos.

- Quer um beijinho é?! Tá aí olhando minha boca... - riu, eu corei e assenti com a cabeça, então ele me beijou, eu o abracei

Eu queria falar que o amava, mas mais um trauma me lembrou que isso poderia não acabar bem, então era melhor ter a certeza de que ele gostava de mim também antes de eu falar abertamente sobre os meus sentimentos pra ele.

- Ei, vamos sair! Não quero ficar aqui o dia inteiro!

- Você quer sair?

- Quero! Não quero ficar aqui presa como um animal selvagem!

- Quer ir aonde então?

- Você escolhe!

- Vamos sem rumo? - desligou seu celular e olhou pra mim

- Vamos!

- Tá bom então!

Eu fui pro meu quarto me arrumar, quando voltei Dan pegou minha mão e praticamente me arrastou pra fora do prédio.

Não sei ao certo pra onde estávamos indo, eu apenas sabia que não era sem direção, eu sentia que Dan já tinha um lugar em mente pra me levar. Estava difícil acompanhar os passos de Dan, além de ele ser mais alto e ter os passos maiores, ele estava andando muito rápido. Fomos parados por uma fã dele.

- MEU DEUS, EU NÃO ACREDITO!

- Shhhhh! Faz pouco barulho, não grita! - Dan falou calmo

- Me desculpa, mas eu nem consigo acreditar que é você! Eu só quero que você saiba que eu amo o seu trabalho e que eu te acho muito gato! - Dan riu sem graça, mas eu, eu estava com ciúmes, não por ela ser fã, mas por ela ter falado que ele era um gato - É sua namorada?

- Obrigado! E não, não é minha namorada! Não ainda... - ouvi ele murmurar

Dentro de mim eu estava festejando, minha cabeça estava imaginando como seria o pedido de namoro, mas por fora, eu estava séria.

Dan terminou de tirar fotos e dar autógrafos e então me puxou de novo para a pastelaria onde nos conhecemos.

- Lembra desse lugar? - sorriu assim que se sentou

- Lembro sim...

- Tava pensando em você vir comigo amanhã de novo pro estúdio, sabe? O que me diz?

- Ah, por mim tudo bem, né?

- Ótimo! - ele pegou minha mão

[...]

Dan e eu passamos um bom tempo conversando na pastelaria. Ele perguntou pelo menos 3 vezes o porquê de eu mal deixá-lo me tocar, mas eu não respondi. Não queria que ele soubesse, não agora.

Da última vez que contei isso a alguém, essa pessoa tentou diminuir o meu medo, e se fosse um homem, ele me assediava, tentando brincar com a minha cara, e eu me sentia extremamente desconfortável e com medo. Não que Dan fizesse isso, mas eu preferia não arriscar. Eu mal o conhecia, e por muito que ele me fizesse sentir confortável e segura perto dele, ele poderia estar apenas me enganando pra depois fazer o pior.

Cheguei em casa e me joguei na cama, cansada. Dan mal havia me deixado em casa e eu já tinha saudades dele. Abracei o travesseiro pensando nele, talvez isso ajudasse. Acabei adormecendo, e não jantei, de novo, já acordando no outro dia bem cedo por causa do horário que eu tinha adormecido.

Dessa vez não ia aparecer de pijama na frente do Dan, então me vesti rapidamente, e escovei meu cabelo. Não me arrumei toda, eu sabia que iria estar rodeada de homens de novo, e só os vi uma vez.

Dan veio me buscar de novo, e quando chegamos já estavam todos lá,nos esperando.

- Olhem quem são os eles! Os dois pombinhos!

- Para com isso Mac! - Dan respondeu seco segurando minha mão, me abraçou e se afastou

Fui no banheiro lavar a cara, ainda estava morrendo de sono. Então voltei pra perto deles.Eu ia me sentar, mas Platz me parou.

- Depois preciso de falar com você a sós - sussurrou no meu ouvido

Não sabia o que ele queria, estava com medo. Ele não me parece que queira me machucar, mas as aparências iludem. Pude notar Dan queimando Platzman com os olhos, cheio de ciúmes.

Fiquei nervosa nas horas seguintes, pensando muito naquilo que ele iria fazer ou dizer.

Finalmente eles acabaram o que tinham a fazer, fui logo atrás de Dan quando ele ia saindo, esperando que Platzman esquecesse que queria falar comigo, mas infelizmente ele não esqueceu.

- Ei, onde é que você vai?! - agarrou meu braço - Esqueceu que eu queria falar a sós com você?! - assenti com a cabeça mentindo, não queria ficar numa situação pior - Tudo bem, não tem problema - me puxou delicadamente pra um canto e soltou meu braço

Vi Dan observando Platz de longe, sério, de braços cruzados. Se Dan estava vigiando, o pior estava por vir. Mas eu me perguntava o porquê de ele não fazer nada, talvez estivesse esperando que Platzman fizesse alguma coisa pra pular pra cima dele depois.

- Porquê você não deixa que o Dan te toque? - Dan foi embora, agora se algo me acontecesse eu teria que me virar sozinha - Porque é que você tem tanto medo?

Eu não queria falar, se eu não falava nada pra Dan, Platzman também não ia ser diferente.

- Eu...

- Não adianta, você vai me falar, eu não vou fazer nada! Eu sei que você tem medo, mas nós só queremos saber do quê e porquê! Nós só queremos te ajudar!

- É que... quando pequena, eu fui estuprada... pelo meu próprio pai... - eu vi preocupação nos seus olhos - E como se não bastasse, um amigo em que eu confiava a minha vida, fez o mesmo. Desde então que tenho medo, odeio que homens me toquem, odeio! Fico assustada demais!

- Você sabe que isso não é saudável, você tem que procurar um psicólogo, procurar terapia! Você não pode ter medo de todos os homens só porque alguns não prestam e não sabem se controlar! E... Dan realmente gosta de você! Mais tarde ou mais cedo ele vai te pedir em namoro - meus olhos brilharam de felicidade, já não me preocupava mais naquilo que Platzman ia fazer ou não, eu apenas queria saber do pedido - Ele quer casar construir uma família com você! E se você nem sequer deixa que ele te encoste com a pontinha do dedo ele vai acabar perdendo o interesse!

- Mas eu não quero que ele perca o interesse em mim!

- Você realmente gosta dele, né? Então confia nele, confia na gente, nenhum de nós tem a intenção de te machucar! - nunca tinha visto um olhar tão sincero, exceto o do Dan

- Eu vou confiar, mas se algum de vocês me encosta com um dedo que seja pra me machucar, esqueçam que eu existo!

- Tudo bem então! - ele me abraçou - Vai lá, o Dan deve estar te esperando!

Saí do estúdio me dirigindo à porta, não encontrando Dan em lugar nenhum. Ele estava encostado em seu carro me esperando, quando me viu se desencostou e abriu a porta pra mim.

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