Capitulo 3

#Hector_Logan
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Era manhã, estava eu com o rosto intrigante  da médica nos meus olhos. Ela olhava para mim como alguém que não entendesse a minha linguagem. Isso irritava-me a sério.
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A vontade de agarrá-la e inforcá-la era de sobra. Mas, a minha consciência lembrou-me de que os mortos não falam. Eu queria informações e ela era a única que eu estava vendo naquele momento, então tive que ter paciência, pelo menos até ter o que eu queria. Informações.
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Hector: Como assim Las Vegas?
__ perguntei achando um absurdo eu estar ali.
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Médica: O senhor está se sentindo bem?
__ foi só uma pergunta para ela, mas para mim, foi um insulto.
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Já estava vendo a morte dessa mulher: os olhos fora do lugar, o seu pescoço torcido, seu coração perfurado e o seu corpo deitado em uma lixeira.
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Mas antes de concretizar essa intenção, o voz de um homem surge entre nós.
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Doutor: O que está fazendo aqui fora, sr. Morgan?
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Meus olhos logo fugiram da médica para o homem que está vestido de uma bata branca.
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Doutor: Eu sei que deve estar ansioso para ir para casa, mas ainda não pode.
__ ele continuou.
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Eu apenas o estava observando: o seu sorriso técnico, a sua postura, os seus olhos cansados. Notei que ele deve fazer um bom tempo sem ir em casa; Olhei para às suas mãos assim que ele tocou meus ombros, um dedo anelar estava com uma marca de anel, ele deve ter tirado.
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Hector: Assim como tu, certo?
__ indaguei e ele emprestou-me um olhar surpreso.
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Doutor: Como?
__ os nervos da sua Testo entrelaçaram-se.
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Olhei para o seu cartão...
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Dr Filemon Garcia.
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Hector: Você deve querer ir pra casa, mas não pode. Ainda não está preparado para o divórcio.
__ fiquei encarando o homem que deve estar se fazendo mil perguntas de como eu sabia o que estava passando-se com ele.
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Doutor: Deixe que eu leve o senhor para cama.
__ ele disse fugindo.
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Hector: As mulheres são um lixo. Todas elas. Fique sabendo que não vale apena estar aqui se debatendo para ir à casa. Não seja tolo.
__ soltei alguns conselhos para ele.
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Doutor: Obrigado pelo seu conselho. Agora podemos voltar para o quarto?
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A médica estava confusa, não estava entendendo nada.
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Em resposta disso, ignorei o doutor e caminhei ao corredor em busca da saída desse maldito lugar.
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Ouvia os passos da médica vindo atrás de mim, o doutor apelava para que eu voltasse. Chamou até os guardas para obrogar-me a o obedecer.
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Mas...
Eu sou Hector Logan, nenhum homem manda em mim.
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Quando encontrei uma curva no final do corredor, os seguranças já estavam lá me aguardando.
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Segurança: Senhor, volta para a cama.
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Um deles disse com uma voz firme.
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Olhei para os dois sumariamente, dá para notar seus esforços no ginásio. Seus portes são fortes e seus corpos são bem definidos.
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Minha garganta estava doendo, já falei demais. Agora, talvez não seja o momento para obter informações.
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Caminhei com o queixo erguido até os dois homens grandes.
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Fiquei os observando de perto.
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Em segundos pude recolher todas às informações necessárias sobre as suas capacidades de combate.
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Hector: Sem o apoio do seu pé esquerdo, você não consegue disferir um golpe significante. Envias todo o peso do seu corpo nesse ponto e assim executas os seus ataques. Isso quer dizer, se eu quebrar esse pé, viras um inútil com uma careca escrutinada.
__ disse para o grandalhão careca.
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Olhei para o outro.
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Hector: E tu, a sua respiração denuncia a sua falta de resistência. Não consegues sobreviver em um combate de contra golpes. Ou seja, és um inútil também.
__ terminei.
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De certeza que deixei os dois muito furioso.
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Essa raiva, esses olhos intensos, esses punhos cerrados com intensões de chegar em mim...
Eu amava ver ratos desse gênero: que pensavam que ter adrenalina dentro de suas cabeças seria o suficiente para realizar às suas frustrações.
A raiva é boa... Apenas quando você sabe lidar com ela. Mas, ela na maior parte das vezes podem ser usadas contra você mesmo.
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Então, os dois estavam se preparando para conter o paciente que recusava voltar ao quarto. Só que esse paciente não era qualquer um, era Hector Logan.
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Segurança; Último aviso... Senhor, volte para o seu quarto.
__ Olhei turvo para o seu aviso.
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Continuei caminhando para frente, onde o careca estava mantendo-se como uma parede de aço.
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Segurança: Não temos escolha. Teremos de magoá-lo um pouco.
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Controlei os passos do careca com os olhos e os passos do outro, com os ouvidos.
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Os dois estavam dentro do meu campo de observação.
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Olhei para a médica e para o doutor que acabaram de chegar.
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O local onde estávamos não estava agitado como os outros. Parecia que era a parte do hospital com menos pacientes, eis a razão de estar calmo. Pelo menos, até agora.
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Fitei eles se aproximando.
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No fundo eu sabia que o plano dos dois não era machucar-me. Apenas queriam fazer-me voltar para o quarto... Coisa que para mim era um absurdo.
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Os dois planejavam um ataque em conjunto, então ...
Tentaram executa-lo, mas antes de chegarem perto, o careca já tinha o seu pé quebrado e o outro, o seu pulso torcido. O meu pé fez uma giratória de 90 graus e atingi-os em cheio.
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Então, enquanto eles estavam desequilibrados aproveitei deixa-los totalmente imobilizados. Só precisei de 40 segundos para tirá-los do meu caminho.
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Feito isso, não Olhei mais para atrás. Caminhei até a saída.
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Então, estava fora, vestido de roupão de hospital. Não liguei, apenas o que eu queria naquele momento era entender o porquê que eu estava em Las Vegas.
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- Hector?
__ uma voz familiar foi captada pelos meus ouvidos.
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Virei o pescoço para olhar. Ela estava dentro de um Mercedes preto, modelo RL6.
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Hector: O que você faz aqui?
__ perguntei directo.
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O porta se abriu e ela desceu do veículo.
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Seus passos eram marcados com sensualidade na medida que se aproximava de mim.
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Lídia: Parece que está de volta, meu marido.
__ seus lábios curvaram-se denunciando a sua satisfação.
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Hector: "De volta"?
__ enfantisei.
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Ela chegou perto de mim. Reparou-me dos pés à cabeça.
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Lídia: Vamos sair daqui. Não está bem apresentado.
__ ela disse.
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Olhei para trás e vi o doutor olhando para mim com um tom de repreenção.
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Foda-se.
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Aceitei o convite de Lídia para entrar no Mercedes e em segundos ficamos à distância do hospital.
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Lídia dirigiu até a um hotel.
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Entramos em seu apartamento. Logo segurei seu pescoço e a encarei com fúria.
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Hector: Vai me explicar o que está acontecendo?
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Lídia: D-dessa forma, será impossível.
__ ela falava com dificuldades.
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Larguei-a e o som dela arfando ecoava no cômodo inteiro.
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Lídia: Você não mudou nada, Hector!
__ ela disse balbuciando.
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Quando ela estava totalmente recuperada comecou a falar.
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Lídia: Eu também fiquei assim quando fiquei sabendo que você estava vivo. Confusa e surpresa.
__ ela falou caminha a uma espécie de bar.
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Lídia serviu-se de um Mark Grego 1999. Fitei-a ingerindo o líquido e de seguida seus olhos fecharam-se por alguns segundos enquanto absorvia o conteúdo.
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Ela sorriu quando abriu os olhos.
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Lídia: Quer também?
__ meus olhos deram-lhe a resposta.
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Então ela afastou-se do bar e aproximou-se de mim.
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Hector: Como assim... Ficou surpresa por eu estar vivo? Quando é que eu morri?
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Ela ergueu a sua a mão exibindo os seus 5 dedos categoricamente.
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Lídia: Há cinco anos atrás, você desapareceu sem deixar nenhum rastro. Todos achamos que tinha morrido. Eu, sua familia...
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Hector: Há cinco anos? Eu estou desaparecido há cinco anos?
__ questionei incrédulo.
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Era uma fixa difícil de acreditar. Como assim estava desaparecido há cinco anos?
Lembro-me como se fosse ontem aquele maldito acidente.
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Eu estava perseguindo o desgraçado do Matheus Temeron. Já estava na hora de ele pagar pela sua traição desmedida. Eu o faria pagar naquela noite de chuva. O tempo não estava bom, havia trovoados nós céus e as estradas estavam banhadas pela chuva. Mas, no meio disso tudo, estava eu, atrás daquele desgraçado que fugia que nem um rato desesperado. Afinal, era o dia da sua morte por ter tentado me trair.
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Matheus era chefe de uma organização com muito prestígio no submundo.  A sua organização fazia negócios com a minha até ele decidir quebrar as regras. Ele traiu-me vendendo informações, embora que ínfimas, sobre a minha coligação. Primeiro, matei o comprador e por fim, faltava o desgraçado.
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Naquela noite, as estradas estavam vazias, os condutores haviam prestado atenção ao anúncio do mal tempo que aquele dia iria passar.
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Entao, a estrada estava reservada apenas a nós  os dois, brincando de gato e rato; de predador e presa. Fiz o seu carro capotar várias vezes quando o bati a contra-mão.
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Tirei-o para fora  do carro e o arremecei ao chão banhado pela água da chuva.
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O maldito arrastava-se ao chão implorando  pela sua miserável vida. Eu o seguia com um sorriso predador nos lábios.
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Matheus: Irmão, eu posso explicar... Por favor.
__ as suas súplicas enjoavam-me
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Dei-lhe um tiro no seu pé esquerdo.
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Matheus: Aaaah!! Não... Não!
__ o som dos seus gritos eram como música para os meus ouvidos.
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Matheus: Hector,  por favor...
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Dei-lhe outro tiro. Dessa vez no seu pé direito.
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Ele gritou outra vez.
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Um grito do traidor feito ele.
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Quando alguém perdia o directo de ouvir as minhas palavras, tinha as minhas ações para o punir. Então, eu punia os infratores sem ter que proferir nenhuma palavra. Regras são regras e elas devem ser cumpridas. Ou pagas pela sua vida. Isso estava mais do que dito para qualquer um.
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Matheus: Hector...
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Não deixei ele terminar e o revólver já estava dentro da sua boca.
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Ele balbuciava e a arma abafava o som que ele tentava entoar. Aquele gesto era o veredito final.
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Apertei o gatilho e a bala atravessou a nuca. Minhas mãos estavam manchadas do sangue daquele desgraçado.
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O seu corpo estava afundando na água criada pela chuva e o seu sangue escorria por onde a água descia...
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Depois de certificar-me de que não havia deixado nenhuma evidência, voltei para o meu carro e saí logo daquele lugar.
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Consoante o tempo, a tempestade ia surgindo, a chuva estava intensa e o som estridente de trovoada explodia no céu. Não demorou muito até o meu carro ser atingido por uma rajada de trovão.
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Perdi os travões e o carro atravessou a linha da estrada. E assim estava caindo para o precipício de um rio.
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Voltando ao presente.
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Hector: Não me diga que desde então já passou-se cinco anos!?
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Lídia confirmou com um simples aceno.
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Sentei-me.
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Hector: Não pode ser. Então, estive todo esse tempo desacordado?
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Lídia: Sim e não.
__ olho para ela com frieza.
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Lídia: Quer dizer, você não estava totalmente desacordado.  Eu achava que havias perdido a memória, mas era muito mais complexo do que isso.
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Hector: Explique...
__ exigi.
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Lídia: Na noite em que Matheus foi encontrado morto, encontramos também os troços do seu carro. Procuramos por ti em tudo que é canto, mas não o encontramos. Os outros concluíram que você estava morto, mas eu não desisti. Voltei ao local do incidente e notei que era nas proximidades de Los Angeles. Acreditei que talvez o seu corpo foi levado pelo rio até lá. E olha só... Estava certa.
__ ela deu um tempo para dar um gole no seu copo de whisky
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Lídia: Girei por toda Los Angeles e só depois de 5 anos encontrei você.
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Hector: No hospital?
__ perguntei.
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Lídia: Não.
__ ela nega.
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A minha atenção dobrou. Não era possível Lídia encontrar-me em um outro lugar a não ser hoje, no hospital. Foi onde eu a vi depois de estar acordado.
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Hector: E onde raio você me encontrou depois de cinco anos?
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Lídia: Em um restaurante. Você estava trabalhando como garçom.
__ ela disse sorrindo.
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Como garçom?
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Hector: Que merda é essa que está dizendo?
__ os meus nervos já estavam a flor da pele.
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Lídia: Não é merda nenhuma. Era você com a personalidade de outra pessoa.
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Hector: Você andou bebendo de mais!
__ recebi o seu copo e joguei no chão e o vidro quebrou-se logo
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Lídia: O que eu estou querendo falar para você é que, depois daquele acidente, você não acordou como Hector Logan.
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Meus nervos afloravam a testa enquanto ouvia as tretas que Lídia estava dizendo.
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Lídia: Você acordou como outra pessoa, outra personalidade. Você acordou como Téo Morgan!
__ ela terminou implantando um jardim de confusão dentro da minha cabeça.
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CONTINUA...

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