Capítulo 24.C

Rafael


Fim de Festa

E

ntrei no meu apartamento desconsolado. Sem falar no meu menino! Ele devia estar com tanta raiva de mim, que pensei ser melhor dormir daquele jeito, isso somente para não ter que ver a cara dele. Entrei no banheiro para fazer xixi e dormir.

Olhei no espelho, apesar de tudo, eu estava feliz.

— Quer saber garoto, nem vem com birra para cima de mim! Vou dormir cheiroso, pois estou feliz com a minha Duda. E na hora que a Dudinha quiser te conhecer você vai ficar feliz. Trate jeito de se animar. Eu brinco com você.

Tirei a roupa e entrei no banho.

Assim que deitei eu me lembrei da hora que entrei no carro e sentei do seu lado. Fiquei sem fala.

Ela tirou a máscara e balançou os cabelos.

O que era aquilo?

Linda demais. Uma mistura de beleza selvagem com inocência.

Pela experiência que eu tinha, qualquer mulher se negaria de ser vista numa situação daquela, como posso dizer... com a calça arriada, totalmente vulnerável da beleza arrumada. Aquela que demorava horas para ser feita, mas ela não, agia com tanta naturalidade que afirmava sua beleza de qualquer jeito.

Uma pantera. Era isso que ela parecia naquele momento. O difícil era ela acreditar.

No caminho aparentou uma descontração natural que nem parecia à mesma brava de poucos minutos.

E se ela queria fazer graça comigo. Quem sou eu para contrariar. Topava tudo para ter um fim de noite sem contratempos. Já aceitava até ficar sem sexo.

Entrei na dela e perguntei onde morava. E ela me ensinou o caminho, acredita?

Ao mencionar que ela não tinha me explicado o assunto de ser minha vizinha, a brincadeira acabou. Porque eu me senti ameaçado. Acabei o assunto na hora. Como diz: enfiei o rabo entre as pernas.

Eu? Brigar? Jamais.

Muito pelo contrário, queria paz e outra coisa, muito melhor.

O que vou fazer?

Precisava pensar como chegar sem ser, o "Bem" galinha de sempre e o qual ela não queria. Que por sinal era uma tremenda injustiça.

Pensar nela tirando aquela roupa...

Parei!

Tive que parar, porque o menino começou a acordar, e com aquele short, não ia rolar.

Depois, se ele não fosse brincar, iria chorar o resto da noite. Olhei para ela e perguntei:

— O que pensa? — perguntei para espantar meus pensamentos.

Pronto! Ela já me dava a deixa ao dizer a palavra "cansada", significava que eu ia brincar sozinho. Assim meu amigo escutava que não era culpa minha e não adiantava ficar desesperado. Era nós dois que já não aguentava mais essa situação.

Fui brincar que tinha escutado falar de uma vizinha gostosona, para não dizer que eu mesmo a escutava, mas ela se fez de desentendida.

Eu já cheguei a pensar que seria possível dela emprestar o apartamento para alguém. Cogitei essa possibilidade após a conhecer melhor.

Mas por que ela não me contaria?

Contei que seu Josué um dia me falou que ela era "um doce". E era para eu não mexer com ela. E o mãos rápido ela completou a frase.

Perdi totalmente a fala e o raciocínio. E aquele sacana do seu Josué? Filho da puta fez intriga minha com ela. Eu fiquei puto. Deixa ele comigo!

E na verdade, assustei com o que ela falou em seguida, porque não percebi que a safada pegava no meu pé.

Sorri para o teto escuro.

Não acredito que ainda caia nestas coisas, já não basta os rapazes. O que essa garota fazia comigo?

Bem que meu pai dizia que mulher é um bicho perigoso, mas o que fazer se era gostosa?

Hoje eu vi uma expressão nos olhos dela que não gostei. Era dúvida. Medo. Ela ainda não confiava em mim. E aqueles olhos me dizer isso. E sua boca deixou as palavras sairem: "eu não sei se quero ficar passando por essas coisas".

O que eu devia fazer?
Dizer que eu não era quem ela imaginava?
Que as pessoas aumentam ao falar de mim?
Precisava pensar rápido.

— Eu vi suas mensagens... — foi o mais elaborado que consegui dizer — aquele café está de pé ainda?

Sim.
Que vergonha. Escondi o rosto no travesseiro. Vergonha de mim mesmo.

Café? Juro, foi isso mesmo. Que coisa mais manjada. Essa era do tempo da minha avó. E deu certo.

Acabou comigo. Eu já estava todo sorriso.

E o capeta que se incorporou em mim, fez um charme e tentou mais um pouco até eu escutar...

— Tudo bem.

Ela abriu a porta e entrou. Disse que ia tirar a roupa.

Uie!

— Quer ajuda?

Saiu sem querer, adianta jurar que estou falando a verdade?

Mas ela é tão decidida que nem olhou para trás, se trancou no quarto. Agora os meus pensamentos... Estes ficaram soltos naquele pequeno espaço. Uma loucura.

Quer saber?

Imaginei-a tirando aquela calça devagar, bem sensual, dando uma reboladinha para passar na bunda. Olharia para mim com uma carinha bem safada. Colocaria a ponta da luva na boca e com os dentes tiraria lentamente. Jogaria-a no chão. Viraria de costa para mim, deixando aquela visão do paraíso me olhar. E com uma delicadeza sem pressa passaria a blusa pela cabeça e voltaria a me encarar, não deixaria mais o nosso contato visual. Seu fio dental e o sutiã eram negros, não me decepcionando, mas estes ficariam para eu retirar...

Ai... Nesta hora o meu benzinho estava acordadinho e agora?

Ela vai sair daquele quarto num pijaminha gostoso e vai me encontrar neste estado?

"Fica quieto menino!" Enfiei a mão no short e o ajeitei.

Escutei um barulho. Ela já vinha e o que eu poderia fazer?

Entrei por trás do balcão e segurei o primeiro copo que vi.

Sua imagem foi o que precisava para meu menino desmaiar e sumir de vista. Ela apareceu com um camisetão, daqueles horríveis que nenhuma mulher deveria usar na frente de um homem. Para ser pior, só faltava ter um cachorro na frente, que no seu caso era uma bailarina. É um corta tesão definitivo.

"Desculpe a demora."

Nesta hora meu amigo já havia deitado no saco e voltado a dormir, pensou que era o melhor que fazia.

Mas como Rafa não desiste nunca comecei a cheirá-la.

Eu não queria ir. Só se fosse para a cama dela.

Eu não queria. Melhor seria deitar numa cama com ela envolvida nos meus braços e parecia que ela estava cedendo.

Até que...

"Pare!" Ela falou.

— Tudo bem, tudo bem... Quando você quiser mais de mim...

A danada nem me deixou completar a minha frase e já me colocou para fora do apartamento.

— Você está me mandando ir embora?

— Não. Eu estou te levando até a porta do seu apartamento. Veja como sou gentil.

— Deixe-me dormir com você? Eu prometo não fazer nada. — Eu fiz cara de cãozinho abandonado.

E foi boa noite mesmo!

Nossa! Uma garota com essa personalidade, nem precisa de um pai bravo para espantar namorado. Ela faz o serviço direitinho. Puta merda.

🦷🦷🦷

Gostaram?

Cometem.
Votem.
Deixem de pão durarem 😏😏

Gastem os dedinhos👈👈

Lena Rossi.

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