10| Acidente

Tento esquecer essas maluquices. Como era sábado, eu estava livre dá escola. Então, meu pai propôs irmos ao cinema:

— Filha,como hoje é sábado, vamos ao cinema?

— Ah,não sei,pai...

— Se quiser pode levar seu namorado.

— Ah,então tá. Mas,antes... - O abraço o mais forte que eu consegui. — Te amo,pai!

Ele arregala os olhos e retribui o abraço. Ele desce para a sala e eu visto uma roupa descente.

O medo ainda me perturbava. Toda vez eu me perguntava," por que isso só agora? A mãe morreu a sete anos!" Mas, o cinema deve resolver.

Ligo para o Query e o convido. Combinamos de ir as três. Ele viria aqui em casa para sairmos todos juntos.

Coloco um vestido longo e uma botina. Meu pai, se conforta usando um calção e uma regata.

Alguns minutos depois, alguém chama na porta, que claro, era o Query:

— Amor,cheguei! Abra aqui.

— Estou indo.

Abro a porta e nos abraçamos. Meu pai,olha para ele e o cumprimenta.

— E aí,Query,tudo bem?

— Oi,senhor. Estou bem!

Saímos dá casa. O carro estava quebrado,então tínhamos que ir andando. Aí meu Deus!

Tomamos um sorvete,até. Andamos com um papo muito bom. Query e eu,entramos em uma loja para usar o banheiro mas, um garotinho chuta a bola de futebol que para no meio dá rua e... Meio que o meu pai foi pegar. Então,vejo um carro descontrolado vindo!

Corro até meu pai o empurrando e o salvando. Mas, sou atingida e desmaio.

Acordo com pessoas de branco ao meu lado e uma luz forte:

*Arg* — O-onde estou?

— Ela acordou! Chame o senhor Feuerschütte!

As pessoas parecendo serem médicos, começam a se agitar e a correr. Uma moça,começa a falar comigo enquanto colocava meu café em cima da mesinha.

— Oi,é... Kirza não é mesmo?

— Não te interessa. - Respondi na base dá ignorância. — Por que estou aqui nesse lugar asqueroso?

— Você foi atropelada. Logo logo seu pai chega.

— Que pai?

A enfermeira não me responde. Eu não lembrava de nada... O que estava acontecendo? Como fui parar nesse lugar? Eu me chamava Kirza? Ãn? Nome feio.

Um moço parecendo ter chorado por algumas horas e acompanhado por um menino, me abraçam com os olhos encharcados.

— Kirza! Minha filha,que bom que acordou.

— Meu amor! Fiquei tão preocupado com você!

— Sai daqui,garoto. E você,seu velhote.

— Filha,por que está agindo assim?

E do nada o médico aparece os informando.

— Tenham calma. Parece que por conta da batida ela não se recorda de nada.

O homem se vira com a mão na cabeça parecendo preocupado. E o garoto simplesmente sai do quarto.

— Mas por que?! Eu que devia ter sido atropelado! - Exclamou o moço.

— Senhor,Feuershcütte. Ela está com amnésia,só vai levar um tempo pra ela se recordar.

— Então eu estou com falta de memória?!

— Sim. - Afirmou o médico. — Você vai se recordar em algumas semanas... Meses... Ou até em anos.

Deitei na cama,pensando," quem são eles?" O senhor sai com o coração na mão. E eu, peço um calmante. Mas, eu percebo uma coisa... Por que meu braço não estava se movendo direito. Cada vez que eu o usava era uma dor insuportável!

O doutor me aplica o calmante e, enquanto não fazia efeito, resolvo perguntar:

— Doutor,eu quero reconhecer minha família.

O moço entra novamente e me observa.

— Onde está a minha mãe?

O médico abaixa a cabeça. E o senhor senta na poltrona. O efeito começa agir. Tudo fica desfocado e caio no sono.

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