8º Capítulo

-Então… como é que lhe pensas dizer…?

-Sei lá, já não sei nada.

-Não sabes tu mas sei eu: vais lá falar com ela e acabou-se a conversa! - O meu irmãozinho, para além de ser o ser vivo mais insistente do universo, ainda me consegue convencer a fazer o que ele quer… o que em certas situações até acaba por ser positivo, pois se não tivesse o Bill ao meu lado em situações como esta, de certeza que tudo seria muito mais complicado e é por isso que eu AMO o meu irmão.

   Dois dias depois, ganho finalmente a coragem necessária para ir a casa da Abby e dizer-lhe tudo o que sinto por ela e que teima em ficar preso cá dentro. Aproximo-me da porta da casa dela e toco à campainha, esperando que esta seja aberta. Quem me vem abrir a porta é uma senhora de aproximadamente 40 anos, deve ser a mãe dela.

-Precisa de ajuda? – Pergunta-me a senhora, e diga-se que para 40 anos até nem está nada má. Agora já sei de onde vem toda aquela beleza da Abby!

-A Abby está? – Espero bem que esteja, porque senão, não sei quando é vou voltar a ter coragem para vir falar com ela.

-Eu vou chamá-la, entre! – Entrei e dirigi-me para a sala, onde me sentei no sofá. A casa até é bem jeitosa! Por fora pode parecer uma casa normal, como tantas outras, mas por dentro tem muita luz e a decoração, apesar de não ter nada de exuberante, até nem é má de todo. De repente oiço passos no corredor em direcção à sala. Rapidamente me ponho em pé e eis que aparece a Abby à entrada da sala.

-Tu aqui? – Parece que ela não estava à espera de me ver aqui…!

-Sim, nós precisamos de falar! – Ela dá um enorme suspiro e pede-me para a seguir. Será que me quer levar para o quarto dela? Eu cá não me importava nada, e assim podíamos sempre resolver as coisas de uma maneira mais… pacífica, por assim dizer! Mas infelizmente não é isso que acontece! Vou seguindo-a pelo corredor da casa, passamos pela cozinha e vamos dar a um pequeno pátio, onde a mãe dela costuma estender a roupa.

-Diz lá o que é que tens para me dizer…! – Wow, parece que ela hoje não está lá com muita paciência para me ouvir; mas não interessa, eu daqui não saio sem dizer tudo o que eu tenho para dizer!

-É que… eu só vim saber se estavas bem… como foste assaltada no outro dia…! – Ai pá! Não foi isso que me trouxe aqui, porra! Porque é que tu estás sempre a complicar as coisas, meu?

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