-Estou, porquê? Queres-me fazer companhia? – Eh lá, além de ser boa como o milho até me adivinha os pensamentos e tudo! Sendo assim, podemos passar logo ao que interessa, não? Se fossem todas como tu, era tempo e trabalho que aqui o Tom poupava todas as noites!

-Como é que adivinhaste? – Brinco. –Se quiseres podes te vir juntar ali ao resto do pessoal!

-Tudo bem, eu aceito o convite! – Bingo! Já vi que esta noite não chego a casa antes das 5 da manhã! Enfim, nada a que os outros três lobos solitários não estejam já habituados. Se bem que depois acabam por me obrigar a contar os pormenores mais obscenos das minhas noites …!

-Ok, então anda, nós estamos ali ao canto, onde está aquela mesa pequenina, estás a ver? – Apontei com o queixo para o sítio onde o Bill e os G’s estavam a conversar, já que as minhas duas mãos estavam ocupadas a segurar nos quatro copos de vodka.

-Então meu, não nos apresentas a tua nova amiga? – Perguntou o Georg em jeito de gozo, provocando o riso nos outros dois rapazes. Coitado, como se ele conseguisse mandar o meu alto astral abaixo! E ele até nem se pode queixar porque já tem namorada, portanto, se quiser “brincar” ele que vá brincar com a namorada que esta boneca é minha!

-Sou a Abby! – Aich, que cabeça no ar que eu sou! Nem me lembrei de lhe perguntar o nome! Não que isso seja muito relevante para aquilo que vocês sabem, mas se eu no fim lhe quiser pedir o número de telemóvel, até dá jeito saber o nome dela!

-Eu sou o Tom e este é o meu irmão Bill, o Gustav e aquele desajeitado ali é o Georg! – Confesso que esta do desajeitado saiu-me mesmo agora.

-Ei!! – É claro que ele depois começa logo a reclamar, como está a fazer neste preciso momento, mas de qualquer maneira nós já estamos habituados; eu ando sempre a meter-me com o hobbit aqui do grupo e é tudo na brincadeira; se bem que, de vez em quando, confesso que exagero uma beca. Sentámo-nos com o resto do pessoal, conversámos, bebemos mais uns copos e no fim convido a Abby a irmos para um sítio mais… sossegado, digamos assim!

-Queres vir comigo lá fora? – Pergunto-lhe ao ouvido em voz alta, já que a música aos berros assim o obriga.

-Pode ser! – Sorri-me. Parece que esta noite vou ter «acção»! Ainda bem que vim prevenido! Pego-lhe no braço e levo-a para as traseiras da discoteca. – Aquilo lá dentro está uma confusão! Aqui estamos bem melhor! – E eu não podia estar mais de acordo!