14º Capítulo {ÚLTIMO}
-Tom??? Mas o que raio fazes aqui? – Pergunta ela surpreendida por me ver. Desta vez não tens qualquer escapatória, menina Abby!
-Nós precisamos de falar! E não vale a pena fugires; se fugires eu juro que vou atrás de ti e nunca mais te largo. – Digo-lhe com uma enorme convicção.
-Eu já não te tinha dito que nunca mais te queria ver à frente? Nós não temos nada para conversar. E se vieste impedir-me de viajar, então só vieste perder o teu tempo. – Ela bem tenta disfarçar aquilo que sente, mas não vale a pena. Eu sei que ela sente o mesmo que eu; só falta é ela admitir isso!
-Ok, se quiseres viajar então vai, mas primeiro vais ter que ouvir o que eu te tenho para dizer…! – Ai isso é que vais! – Pode parecer convencido da minha parte mas… eu sei que tu gostas de mim! Eu sei que tu vais negar isso, mas algo me diz que não é verdade; que só disseste isso da boca para fora e que no fundo…
-No fundo o quê, hã…? – Interrompe-me. – Mas numa coisa concordo contigo: tu és um convencido e julgas que tens as miúdas todas aos teus pés; ah, mas eu não sou uma qualquer, podes dizer tudo o que tu quiseres que esse discurso comigo não resulta!!! – Eu já sabia que ela ia negar tudo mas pronto! Daqui não saio sem lhe fazer ver que eu gosto realmente dela e que ela não é «apenas mais uma»!
-Eh pá… Abby, ouve uma coisa! – Aproximo-me dela, ajoelho-me à sua frente e pego-lhe na mão suave dela. – Eu sei que no princípio as coisas não foram bem assim, mas eu juro-te, pela saúde do meu irmão, que aquilo que eu sinto por ti neste momento é verdadeiro! E se não fosse verdade isto que eu te estou a dizer, de certeza que eu não estaria aqui neste preciso momento! – Ela olha-me nos olhos mas desvia logo o olhar; em seguida respira fundo e acaba por me largar a mão. – Então? Não dizes nada? – Parece que ela está um pouco vacilante.
-Eu… eu também gosto de ti, e muito! – Acaba por admitir. Um sorriso de felicidade nasce instantaneamente no meu rosto e volto a pegar-lhe na mão. – No fundo, eu só reagi assim, porque… sei lá, tinha medo de sair magoada ou assim; e eu não quero ser apenas mais uma das tuas aventuras… - Afirma ela num tom de voz arrependido de ter sido tão dura comigo.
-Pois, eu percebo-te. Mas as pessoas mudam, sabes? E eu mudei por ti! – Ela concorda comigo e demonstra isso com um sorriso no rosto luminoso dela. É incrível como ela consegue ser ainda mais bonita quando sorri. – E agora que já te disse tudo o que tinha para dizer, já podes ir viajar à vontade. – Levantei-me para me ir embora, mas ela agarra-me no braço e impede-me de caminhar.
-Espera…! – Olhei para trás e encarei-a. – Eu já não quero viajar! Prefiro ficar contigo! – Aquelas palavras soaram mágicas para mim. Imediatamente agarro-me a ela e beijo-a intensamente. E foi quando começámos a ouvir montes de aplausos; olhámos à nossa volta e aquilo parecia uma cena de um filme: as pessoas foram-se concentrando à nossa volta e, quando demos por isso, tínhamos metade do aeroporto a formar um círculo enorme à nossa volta e a aplaudirem-nos. Eu e a Abby rimo-nos pois aquela gente toda tinha acabado de assistir a uma declaração de amor.
A Abby acabou por desistir da viagem, fomo-nos embora e ainda chegámos a tempo à festa de anos minha e do meu irmão.
-Será que ainda há lugar para um convidado de última hora? – Perguntei retoricamente e em jeito de gozo.
-Oh, finalmente chegaste! Claro que sim! – Respondeu o Bill.
-Estou a ver que sempre conseguiste conquistar a miúda, hã! Parabéns, meu! – Reparou o Georg.
Realmente, hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. Não só por ser dia de aniversário e por ter o meu irmão ao meu lado neste dia especial, mas sobretudo porque encontrei aquela a quem costumam chamar de «alma gémea». E isso obriga-me a dar razão ao Bill: as aventuras de uma noite não me levam a lado nenhum e, agora que encontrei alguém de quem eu gosto verdadeiramente, só tenho é que aproveitar todos os momentos em que estou com ela.
FIM
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