saqueadores das terras de ninguém
não temos trigo para colher;
não temos gado para vender;
não temos água para tomar;
tomaram tudo, levaram tudo.
nada resta por aqui, o solo foi coberto de sangue
e depois maquiado com um bocado de piche
o céu? tingido de preto para que nem deus visse
os cadáveres foram soterrados no mangue
as casas agora são entulhos,
as escolas agora são entulhos,
as igrejas agora são entulhos,
as pessoas sempre foram entulhos, empilhados
pedra sobre perda, ideia sob ideia.
números,
somente números
os fantasmas vagam sobre as ruas, farejando entre as pedras
a procura daquele amor que se foi sem dizer adeus
de uma mãe, de um pai, dos irmãos, dos filhos. tantas perdas,
os fantasmas choram o sangue que não pulsaram
a maioria não havia passado da infância,
foram arrastados para a dança da vida
sem que alguém lhes dissesse para onde ir
depois de fechar os olhos pela última vez.
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