Nota: Participação especial de Stepan do livro Shadow Falls de minha autoria.

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Então a sensação de ser sugado tomou meu corpo e quando dei por mim estava no meio de uma estrada de terra batida, na minha frente havia um prédio onde funcionava um bar com letras em neon ainda acessa, do outro lado havia a vista para o mar e ao longe um ancoradouro. O vento balançava a copa das arvores que balançavam atrás do prédio, uma gaivota voava no céu enquanto alguns carros passavam por mim atravessando meu corpo.

- Onde eu estou?

- Baia de Hollow Falls. - dizia Lucius com um sorriso no rosto.

Eu o olhei não acreditando no que estava acontecendo.

- Eu estou vivo?

Ele riu brevemente.

- Não. Você esta em uma memória minha.

- E porque estou aqui?

- Queria que você tivesse um vislumbre do passado. Você sabe que fui eu o responsável pelo rompimento de vocês dois não é?

Meus punhos se fecharam, mas eu havia decidido que tentar mata-lo não adiantaria nada, ele era mais forte e mais veloz que eu. Eu não tinha todo o poder dele, na verdade eu sabia que o possuía. Se sou a metade da alma dele que falta o poder foi dividido, mas não sei como usa-lo. Ele riu novamente.

- Nunca se perguntou por que Eric não voltou para você? As leis do soulanchor são claras quanto a distancia, ele deveria ter voltado para você.

Agora que ele estava falando daquela forma, era algo que eu não tinha parado para pensar. As regras diziam que ele não aguentaria ficar longe de mim, mas meso assim ele passou meses sem ao menos dar noticias, nem mesmo seu lobo interior sentiu minha ausência.

- Você não quer saber Diego?

Ele riu novamente e caminhou em direção a entrada do bar, ele entrou e a porta se fechou atrás dele. Caminhei devagar ate a entrada e quando entrei o rock alternativo invadiu meus ouvidos. As mesas estavam lotadas e garotas de shorts curtos jeans e blusas brancas com os cabelos amarados em rabo e cavalo caminhavam de um lado para outro com bandejas de bebida. Meus olhos procuravam por Lucius naquele aglomerado de pessoas juntas em um único cômodo. Mas meus olhos se concentraram no garoto que estava sentado em um canto seus músculos haviam se desenvolvido, a barba estava por ser feita. Ele vestia uma camiseta branca com uma camisa xadrez vermelha aberta, uma calça jeans e um tênis branco com preto. Ele pareci perdido em seus pensamentos quando percebo que ele sorri ao olhar na minha direção.

- Sera que de alguma forma ele sabe que estou aqui?

Então percebo que ele sorri para a garota de jeans e cabelos negros soltos que carrega a mesma bandeja que as outras, seu sorriso para ele era largo, ela vai ate ele.

- Eu já disse que você não pode ficar aqui sem beber nada.

Ele riu.

- Eu sei que já disse isso, mas não consigo ficar longe de você...

Ela da um sorriso tímido e coloca o cabelo que pendia em seu rosto atrás da orelha.

- Você diz isso para todas.

- Não. - ele deu um largo sorriso. - Na verdade você a primeira garota por quem eu... Bem eu nunca pensei que me sentiria atraído por alguém nessa vida.

Ela riu novamente pegando uma caneca de cerveja e colocando em sua mesa.

- Então você é do tipo "lobo solitário" - disse ela em meio a um sorriso.

- É... - ele deu outro sorriso largo e bobo e coçou a cabeça.

Então ela deu um novo sorriso e se virou.

- Será que podemos sair?

Ela se virou e o olhou.

- Tipo um encontro?

- Se você quiser... Sim, um encontro.

- Eu saio as dez.

- Eu espero.

Ele sorriu novamente e ela voltou ao balcão do bar, ela ria e sussurrava algo para uma outra garota que estava ao seu lado, elas riam e olhavam para ele de uma forma discreta. Senti-me sufocado com tudo o que eu estava vendo, então segui rapidamente para a saído do bar. Meu coração estava acelerado e o ar parecia me faltar então quando sai já não era mais dia.

Olhei incrédulo para o céu estrelado e a lua no seu auge. Era uma noite em que ele se transformaria e no entanto estava num bar e tinha marcado um encontro com uma garota. Será que ele não pensou em mim e em como eu estava me sentindo em todo aquele tempo que eu sofri por causa dele? Será que toda aquela historia de que não poderia viver sem mim era mentira? Ate onde a maldição soulanchor era verdadeira. Porque Lucius estava me mostrando aquilo.

Então a porta do bar se abriu Eric segurava a mão da garota com firmeza, então seu corpo se virou e a prendeu contra a parede, seus lábios se tocaram em um beijo intenso, as mãos dele passeavam pela cintura da garota que colocava suas mãos em seus ombros. A boca dele seguiu pelo pescoço dela enquanto segurava seus seios por cima da blusa.

- Não! - eu gritei.

E tudo ficou escuro. Não havia nada alem de escuridão e logo em seguida ouvi o som de rangidos quando me virei Eric estava sem roupa, eu podia ver o contorno do seu corpo forte por cima da garota que gemia baixo, sua boca sugava seus peitos enquanto sua mãos acaricia sua vulva e ela se contorcia na cama.

- Você gosta disso? - dizia ele baixinho no ouvido da garota.

Ela gemia em resposta então ele se posicionou e penetrou a garota que gemia mais alto, minhas lagrimas caiam sem parar, eu estava inerte, meu corpo era obrigado a ver aquela cena e por mais que eu tentasse eu não conseguia desviar meu olhar. Ela começou a gemer mais alto e ele acelerou os movimentos ate que urrou de prazer e finalmente eu consegui gritar.

- Pare!

Meus olhos se fecharam e então tudo ficou em silencio. Eu estava novamente no Incertum, Lucius me olhava brevemente em pé a poucos passos de mim.

- Não há apenas um soulanchor para Eric, Diego. E eu só descobri isso quando separei vocês dois.

As lagrimas corriam pelo meu rosto. Eu sentia algo quente escorrendo pela minha pele, olhei para baixo e vi meu próprio sangue encharcando o chão. A espada de Lucius estava cravada em meu peito, ele deu um sorriso e sussurrou em meu ouvido.

- Destruir para reconstruir Diego essa é a verdade.

Então meu corpo pendeu e ele me segurou com ambas as mãos.

- Esta na hora de voltarmos a sermos um só.

Meus olhos estavam se fechando rápido de mais, a escuridão os tomou e me senti em um turbilhão e...

RAVENA

A pele de Diego cheia de ferimentos se curava rapidamente, o tom pálido de sua pele ganhava vida. Seu coração voltou a pulsar e seus olhos se abriram eram de um branco intenso e logo depois eles começaram a escurecer. Uma onde energia negra se desprendeu do corpo dele em uma grande explosão que nos jogou a alguns metros de seu corpo. Olhei para Marcus que se levantava devagar e eu fazia o mesmo, olhamos a para o corpo de Diego que estava em pé.

- Lucius - eu disse.

Ele me olhou sem alguma emoção. Desceu da pedra e uma nevoa preta cobriu o seu corpo, seus olhos permaneciam negros. Os cabelos curtos estavam desalinhados. Então ele se virou para um ponto escuro em meio as arvores e sorriu.

- Há quanto tempo eu não o via...

Ouvi um sorriso.

- Há muito, mas você chamou muito a atenção aqui com esse pequeno ritual.

Então ele saiu das sombras e Lucius deu um sorriso sarcástico para o jovem que nos olhava sem muito interesse.

- Vejo que conseguiu ser completo novamente Lucius. Parece ser você mesmo... - disse ele em meio a um sorriso zombeteiro.

- E vejo que esta de volta a cidade Stepan.