Prólogo

Em uma grande espaçonave da gaxáxia, uma criança pequena de cabelos verdes encaracolados gritava ansiosa, diante de um grupo de soltados, e no centro de tudo, o que parecia ser o comandante. O garotinho se ajoelhou e agarrou as roupas requintadas do homem e implorou com a voz rouca de tanto chorar.

- Por favor! Eu vou ser um bom soldado! S-Se me deixar tentar de novo não vou falhar no teste! Senhor, p-por favor não machuquem o meu irmãozinho! - Por mais doloroso que fosse olhar os soldados se dirigindo a escotilha com a criança de colo nos braços, o pequeno menino tomou ar e continuou a suplicar com todas as suas forças, ele sentiu a garganta fechar a cada segundo que o irmão se aproximava da porta da nave.

- 341020... Você tem que aprender que seus atos, que tudo o que faz ou deixa de fazer, qualquer pequena falha que cometer, terá consequências - O homem se abaixou em direção a criança e sorriu gélido, acariciando os cabelos do ser fraco a sua frente que não parava de soluçar. Era uma gentileza dolorosa.

- E-Eu não vou mais cometer erros! E-Então... - A voz do esverdeado sumiu quando ouviu o alarme soar na sala. A porta da escotilha havia sido aberta.

O garotinho se desesperou. Ele reuniu forçar para se levantar, mordeu o braço do guarda mais próximo e roubou a arma de sua mão, correu até a criança de colo que dormira tranquilamente e atirou na cabeça do soldado que o segurava. Em seguida, banhado com o sangue que espirrara me seu corpo esguio o pequeno correu e se apressou para pegar o irmãozinho, logo depois de atirar em todos os homens que tentaram se aproximar. Em seus olhos não expeliam nada mais do que ansiedade, alerta, e ódio. Ele se apressou e fechou a porta quase aberta da nave e continou a disparar até mesmo naqueles que estavam parados. Era impressionante a capacidade de uma criança com menos de 10 anos em matar um grupo de mais de dose a quinze soldados armados, e a cada segundo que passava os corpos se empilhavam mais e mais, até que restaram na sala apenas o menino e o senhor vestido elegantemente.

- Esse é o meu menino - O homem sussurrou com sua voz diabólica, sorrindo com a excitação brilhando em seus olhos - Eu sabia que com o incentivo certo você teria a capacidade de concluir o teste, mas eu não esperava que o resultado fosse tão satisfatório! - Ele gargalhou alto como um louco - É por isso que você é meu precioso 341020.

- E-Então, se eu passei no teste, meu irmãozinho... - O homem de cabelos brancos voltou a sorrir, com o mesmo olhar gélido de momentos atrás.

- 341020, exatamente por essa fraqueza você não conseguiu completar a missão simples que lhe foi dada - O adulto se aproximou da criança em passos lentos, e a ansiedade que aquele olhar causava no esverdeado fez com que seu corpo começasse a tremer incontrolavelmente - Portanto, eu tomei precauções assim que soube do resultado da aplicação falha que seu mentor me repassou, sinceramente, Kurogiri tentou me parar dizendo que sua fraqueza poderia ser útil, mas eu... - O menino parou de escutar o homem e se focou em seu irmãozinho. Ele reparou somente agora, a quietude, o silêncio. O mais novo tinha apenas um ano de vida, então era natural que com essa idade as crianças fossem sensíveis a barulhos, e chorassem ao se sentirem ameaçadas, pelo menos foi o que Kirogiri lhe disse.

Mas, porque? Porque seu irmão estava tão calmo?

Foi só aí que o garotinho olhou para a criança menor, seus joelhos cederam ao chão diante da visão forte. A boca secou e ele sentiu a respiração presa a garganta, queria gritar, chorar, fazer qualquer coisa que tirasse o peso de seus braços, mas tudo o que conseguiu fazer foi abrir a boca, sem reproduzir nenhum som, e como se não conseguisse nem ao menos chorar, as belas orbes verdes como esmeraldas só puderam encarar a figura em seus braços.

Os olhos do bebê haviam sido arrancados do rosto, o lençol que lhe enrolava o corpo estava manchado com sangue da própria criança, eventualmente causado pela falta dos bracinhos e das pernas. Seu lindo e adorável irmão mais novo já estava morto, e pelo corpo gelado, talvez durante horas.

A linha de visão do de cabelos esverdeados escureceu cada vez mais, restando em seu foco apenas o irmãozinho dilacerado.

- O que aprendemos com isso, 341020? - O homem se agaixou sobre o menino desnorteado e acariciou calmamente os cabelos enrolados, da mesma forma que tinha feito antes da matança começar - Que cada vez que você falhar, as consequências cairão sobre outras pessoas e não só sobre você, então ouça bem, All For One - Ele calmamente sussurrou seu nome - Não tolera erros, entendido, projeto H.E.R.O.I 341020? - O garotinho com os olhos sem brilho encarou o adulto a sua frente antes de responder automaticamente.

- Sim, senhor.

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