14 - OK

Eu conheço você muito bem
Você sabe que eu posso notar uma mínima diferença na sua expressão facial
Não me diga que não tem nada na sua cabeça
Se formos honestos, tudo ficará bem
Eu sou alguém que gosta de falar coisas
O mais difícil é tirar isso de você
Eu deveria sentar e dar um tempo
Deixar você fechar seus olhos perfeitos

Wallows - OK

– △ –

– Bom dia – Lis disse bocejando e se sentando à mesa onde sua mãe e seu irmão já tomavam café da manhã, Violet checando alguma coisa em seu celular com muita atenção.

– O que tá fazendo acordada a essa hora? – Eliel perguntou desconfiado e Lis deu de ombros enquanto servia uma xícara de café com leite para si.

– Não é isso o que as pessoas normais fazem? Acordam oito horas da manhã, tomam café com a família, varrem a calçada, sei lá.

– Pessoas normais, não você – Violet disse deixando o telefone de lado e a garota abriu um sorriso cansado.

– Também te amo, mãe.

– Ainda tendo problemas para dormir? – a mulher indagou, notando os olhos avermelhados e as olheiras fundas da filha.

– É. Mais uma vez eu passei a madrugada colada no celular esperando uma notificação ou mensagem mesmo sabendo que não ia chegar nada, até porque eu bloqueei e mandei sumir da minha vida as pessoas de quem eu espero algum contato – ela respirou fundo e tomou seu café com leite como se não tivesse dito nada demais enquanto sua mãe e seu irmão a encaravam com preocupação. – O que foi?

– Nada, eu só fico impressionado com a sua capacidade de ser otária – Eliel disse e no mesmo instante Violet lhe deu um tapa na cabeça.

– Tente ser um pouco mais compreensivo com a sua irmã, por favor?

– Já fui compreensivo demais essa semana.

– Caramba filha, já faz uma semana? – Violet perguntou e Lis pensou por alguns segundos.

– Desde o meu surto? Sim, talvez um pouco mais. Desde que eu faço o Eliel de psicólogo? Não, talvez uns sete ou oito anos...

– Que bom que sabe – o caçula respondeu e voltou a comer suas torradas em silêncio.

Lis não sentia fome, na verdade não sentira nem vontade de levantar da cama naquela manhã, mas havia decidido que não podia mais continuar daquele jeito. Mesmo que não saísse de casa, não conversasse com Henri e Matt ou ao menos com suas amigas, precisava no mínimo interagir com sua família.

– Vai sair que horas hoje, mãe? – Ela perguntou e Violet deu uma rápida olhada no relógio pendurado na parede que marcava nove e meia com seus ponteiros lentos.

– Agora. Estou atrasada, inclusive – respondeu pegando seu celular, sua bolsa e dando um beijo na bochecha de ambos os filhos antes de sair apressada. – Tchau meus amores, se cuidem.

– Tchau mãe, bom trabalho – os dois disseram juntos e Lis se voltou a sua xícara ainda cheia, fazendo uma careta insatisfeita.

– Você quer? – Perguntou empurrando-a para o irmão que negou silenciosamente. – Não consigo comer.

– Então não coma.

– Ai que saco, por que você tem que ser sempre assim? – Ela bufou e revirou os olhos, se levantando da mesa e deixando Eliel sozinho antes que acabasse ainda mais irritada.

– △ –

Três batidinhas rápidas na porta trancada soaram no quarto que estava quase que em silêncio total antes da senhorinha chamar com uma voz enérgica demais para alguém que está acordado em plena oito da manhã de um dia quente e exaustivo de verão.

– Henri, querido, já está acordado?

– Hmmf... – foi a única coisa que o garoto conseguiu responder visto que uma das mãos de Matt tampava sua boca enquanto a outra o acariciava por baixo do short do pijama.

Os olhos azuis de Matt o provocavam de cima juntamente com um sorriso perverso que se intensificou quando pôde ouvir os passos de Dona Emy se afastando, provavelmente por achar que o neto ainda estava dormindo.

Ele afastou a mão da boca de Henri somente para que pudesse beijá-lo, e gemeu baixinho quando o mesmo passou a língua lentamente pelos seus lábios e desceu as unhas pelas suas costas, deixando marcas vermelhas que com certeza arderiam mais tarde.

Matt colocou a mão sob a cueca do garoto e apertou sua bunda, dando um beijo demorado seguido de um chupão em seu pescoço antes de penetrá-lo de maneira lenta e cuidadosa com um dedo.

– Matt... – Henri gemeu escondendo o rosto avermelhado entre as mãos, podia sentir suas bochechas queimarem de vergonha e seu coração parecia que ia explodir.

– O que foi?

– E-Eu não sei se... – ele mal terminou a frase e o loiro imediatamente interrompeu o que estava fazendo.

– Tudo bem – sussurrou baixinho e lhe deu um beijo no rosto. – Desculpe, eu não queria fazer nada que você não quisesse.

Henri passou os dedos pelos cabelos claros de Matt e balançou a cabeça.

– Não é isso, eu queria, só que... Eu não sei, isso ainda é meio estranho.

– O que? Transar com outro garoto ou transar comigo?

– Os dois, eu acho – confessou e o outro riu fracamente. – Não se sinta mal, só que essa é realmente e literalmente a coisa mais aleatória que já me aconteceu e pensar nisso ainda me faz surtar às vezes, mas eu gosto de estar com você, de verdade.

– Estar? E nós estamos o que? – Matt indagou se sentando na beirada da cama e Henri fez o mesmo, encolhendo os ombros.

– Eu não sei, me diga você. Faz uma semana que estamos nessa de só "estar" – ele disse e deu um longo suspiro cansado antes de continuar. – Faz uma semana que...

– Caramba Henri, não fala dela, não agora – Matt pediu e o moreno pôde detectar uma leve irritação em sua voz. – As coisas estão indo tão bem...

– Não estão não, você sabe disso. Acha que estamos indo bem? Fazendo isso assim escondido enquanto a gente nem sabe como ela tá.

– Foi ela quem pediu pra ficar sozinha.

– Sim, porque ela não fazia ideia de que a gente ia começar a se comer escondido.

– O quê? Vai começar a ter uma crise de consciência agora? – Matt questionou e Henri respirou fundo antes de responder, levantando as mãos num gesto de rendição.

– Vai em frente, joga na cara que eu deixei ela sozinha aqui sofrendo por dois anos, você já fez isso tantas vezes que eu acho que nem me afeta mais – disse e, diferente do que esperava, Matt apenas riu e colocou o dorso da mão sobre sua testa. – O que foi?

– Pensei que pudesse estar doente. Você nunca rebate assim, normalmente só abaixa a cabeça e se desculpa.

– Talvez eu só esteja passando tempo demais com você – respondeu e se levantou, abrindo a janela antes de pegar um cigarro do maço em sua cômoda e acendê-lo.

Matt observou a cena com um sorriso, os olhos verdes do garoto brilhando sob o sol da manhã e seu peito nu coberto de pequenos hematomas arroxeados denunciando o que haviam feito mais cedo. Era com certeza uma das melhores visões que poderia ter logo depois de acordar, e admitia com tranquilidade que poderia passar horas admirando aquela mesma imagem sem se cansar.

– Mas é sério, Matt – Henri disse soltando uma longa nuvem de fumaça pela janela. – Como e quando vamos resolver isso?

– Eu não sei se quero resolver – admitiu com sinceridade e Henri apenas meneou a cabeça.

Sua ansiedade implorava para que saísse daquela situação turbulenta e ajeitasse as coisas entre ele, Matt e Lis, porque odiava a sensação de ficar no meio-termo e não ter ideia do que viria depois, mas sabia que com Matt era o contrário: ele adiava o máximo possível para resolver tudo porque tinha certeza de que o que viria depois seria mil vezes pior do que a atual situação em que se encontravam – mesmo que esta fosse completamente confusa, aleatória e imprevisível.

– Semana que vem é o aniversário da Hanna – Matt comentou e Henri franziu as sobrancelhas.

– E? – Perguntou mesmo já sabendo a resposta.

– A Lis vai estar lá – o garoto respondeu e o outro se limitou a somente assentir como resposta.

Aquela brincadeira entre os três tinha data, hora e local marcados para acabar – tudo poderia melhorar ou piorar de vez, era impossível saber, – e ambos estavam presos demais em imaginar as possibilidades do que poderia estar por vir.

Henri tinha quase certeza de que Lis evitaria a todo custo uma conversa ou qualquer outro contato com os dois, mas seu um por cento de dúvida temia pelo que poderia acontecer caso contrário.

– Não vamos ficar pensando nisso agora – disse mesmo que soubesse que pensaria naquilo sim, sua mente não o tinha deixado em paz nos dias anteriores e agora não seria diferente, nada havia mudado.

– É, tenho coisas piores para pensar – Matt disse sem querer como um semi-desabafo.

– Tipo?

– De que importa?

– Sou curioso – Henri retrucou com os olhos semicerrados e Matt abriu um sorriso triste.

– Não são coisas que dá pra conversar assim, muito menos com você.

E não foi preciso dizer tais coisas na verdade, porque Henri sabia.

Matt amava Lis, e ele não podia julgar nem dizer nada sobre isso porque sentia o mesmo. E, desde que haviam começado com seus pequenos encontrinhos na semana anterior Henri constantemente se questionava se não estavam fazendo aquilo somente para esquecer e distrair a mente sobre tudo o que envolvia a garota dos olhos castanhos e tênis laranja neon.

Porque nem ele entendia, não podia afirmar que gostava de Matt porque não sabia. Às vezes achava que sim, mas nas outras vezes tinha certeza que era só uma forma de suprir sua carência e tristeza por todo o resto que tinha acontecido.

Mas se fosse só carência seria ainda pior, não? Tanta gente no mundo e justo Matt...

– Por quê? – Perguntou repentinamente esperando que de alguma forma o loiro entendesse o sentido da pergunta surpresa, mas Matt apenas balançou a cabeça em dúvida e confusão. – Por que me beijou aquele dia? Depois da festa da Hanna?

– O que...

– Matt, essa é a coisa que menos se encaixa nessa história, por mais que a história inteira em si já não faça sentido algum – jogou a bituca do cigarro pela janela e cruzou os braços, aguardando por uma resposta séria.

– Eu não sei. De verdade? Nem eu entendi o que aconteceu, e me xinguei muito depois que cheguei em casa, afinal minha namorada tinha me traído com você e eu vou e faço uma coisa dessas como se fosse normal? Eu sei lá, eu estava bêbado e agi por impulso, quem nunca? Mas... – ele sorriu e se levantou, indo até Henri e o puxando pela cintura. – Depois, quando estava no bar com a Kate e você chegou como quem não quer nada, mandando indiretinhas, eu... Pensei que talvez quisesse repetir a dose, só pra variar.

– Eu só mandei indiretinhas porque você me provocou primeiro.

– Bom, se você não tivesse correspondido eu teria deixado pra lá, obviamente – Matt disse e Henri revirou os olhos. – Mas não foi o que aconteceu, né? Você também queria, tanto que foi atrás de mim, e me beijou.

Henri não respondeu, apenas abaixou o olhar e Matt riu quando viu seu rosto ganhar um tom forte de vermelho.

– Não precisa se envergonhar.

– Caramba Matt, que merda, nem é só questão de "me envergonhar", você nunca parou pra pensar que pode ser pior pra mim do que é pra você? Não só pela Lis e todo resto, mas também porque eu tinha certeza que era hétero até então, e de repente...

– Tá tudo bem, relaxa, eu entendo, passei pela mesma coisa. É normal, até a Lis...

– A Lis? O quê? – Henri guinchou surpreso e Matt riu.

– Antes de a gente... Você sabe – ele respirou fundo, parecendo meio triste antes de continuar. – Antes de a gente namorar, ela teve uma coisinha de alguns dias com a Marin.

– Marin? A garota coloridinha fofinha da festa da Hanna? – Perguntou e Matt assentiu. – É, agora que você falou eu tenho uma vaga lembrança de dois anos atrás onde ela sem querer deixou escapar que não era "super hetéro" ou algo assim e depois só fingiu que não tinha dito nada.

Os dois riram e Matt deu um selinho rápido no garoto.

– Tenta não pirar com isso, viu? Já tem tanta coisa pior pra gente se preocupar, vai acabar fritando o seu cérebro.

– É, eu sei. Quer ir tomar café? – Chamou e Matt assentiu com um sorriso.

– △ –

– Bom dia – Henri disse com animação ao chegar na cozinha e deu um beijo no rosto da avó enquanto a senhorinha servia algo que parecia algum chá de ervas estranho em uma de suas xícaras de porcelana.

– Bom dia querido, achei que estava dormindo – Dona Emy disse em seu característico tom de quem sempre sabe demais sobre tudo e Henri enrubesceu por um instante.

– É, eu... Eu estava sim, enfim, a senhora já conhece o Matt, né?

A senhora se virou e encarou o loiro durante longos segundos, examinando-o com seus olhos claros como se pudesse enxergar sua alma – e Henri não duvidava muito de que ela realmente poderia se quisesse.

– Sim, você tem vindo muito aqui não é, querido? – Indagou com um sorriso suave o qual Matt retribuiu da mesma maneira.

Enquanto Henri parecia querer muito sumir dali para evitar a avó e sua sabedoria exagerada, Matt aparentemente não estava nem um pouco abalado, mantinha sempre uma expressão de tranquilidade em seu rosto.

E sinceramente, Henri invejava aquilo na mesma medida que não conseguia entender como ele conseguia ser sempre tão calmo.

– Sim, eu e seu neto temos mais em comum do que pensávamos então estamos realmente nos aproximando mais esses dias – Matt respondeu e o sorriso de Dona Emy se alargou.

– É mesmo, é? Bom, fico feliz em saber disso, mesmo porque esse menino não é de muitos amigos, geralmente vive isolado dentro de casa, a única que ele trazia aqui de vez em quando era...

– Vó, não – ele interrompeu engolindo em seco e Dona Emy assentiu.

Ele nunca havia mencionado os problemas com Lis nas conversas recentes com sua avó, mas tinha certeza que de alguma forma ela já sabia, mesmo porque ela sempre sabia de tudo.

E também não era preciso a sagacidade e facilidade de notar as coisas que a senhorinha possuía para perceber que algo não estava certo, era só reparar bem na tensão que se fazia presente entre os dois garotos sempre que Lis era citada.

– De qualquer forma, saiba que é sempre bem-vindo aqui querido – ela disse para Matt enquanto colocava mais xícaras na mesa e Henri se sentiu um pouco mais tranquilo. – Gosta de chá ou café?

– Café por favor – respondeu se sentando na cadeira ao lado de Henri.

– Ah, também tem achocolatado se quiser, é que meu neto só toma isso, até hoje me pergunto quando esse menino vai crescer e largar os gostos de criança – comentou e o moreno revirou os olhos quando Matt riu.

– Qual é o problema em tomar achocolatado? Café é amargo e chá tem gosto de mato – questionou com indignação e Matt encolheu os ombros.

– Não tem problema nenhum, só deixa bem claro que você tem um paladar infantil, tenho certeza que também não come salada nem outros tipos de legumes.

– Esse aí desde que nasceu nunca comeu nem mesmo uma folhinha de alface – Dona Emy contou e o loiro se voltou a Henri arqueando as sobrancelhas, claramente satisfeito por ter razão.

– Bom, eu não estava com fome mesmo – o mais novo disse em tom desanimado e ligeiramente impaciente e se levantou, puxando Matt pela mão para que fizesse o mesmo. – Vou levar o Matt até o portão.

– Muito obrigado pela conversa e pela tentativa de um café da manhã decente – Matt disse para a senhorinha que riu.

– Ah imagina, perdoe meu neto, geralmente ele não fica muito feliz quando me dou bem com os amigos dele, mas volte mais vezes, querido – ela respondeu e o garoto concordou com um sorriso.

Ele não sabia por quanto tempo mais aquela situação se estenderia, mas se continuasse do jeito que estava ele com certeza voltaria mais vezes, sim.

– Não fique bravo com a sua avó, ela é bem legal na verdade, minha vó na idade dela mal sabia me diferenciar do meu pai – disse enquanto passavam pelo quintal e fez um carinho animado nas orelhas do enorme labrador que veio correndo em direção a eles.

Matt não gostava muito de animais mas já estava se familiarizando com Biscoito, o cachorro babão e brincalhão de Dona Emy que pulava sobre qualquer um que se atrevesse a entrar na casa, como uma criança solitária implorando por uma brincadeira.

– É, todos que a conhecem dizem isso, só sei lá, ela é meio inconveniente às vezes – Henri desabafou e Matt riu antes de ver a figura baixinha e chamativa com suas roupas coloridas que virava a esquina aparentemente perdida demais nos próprios pensamentos para prestar atenção nos dois. – O que foi? – Henri perguntou até se virar e entender que era simplesmente tudo.

Assim que se aproximou e notou os dois garotos parados na calçada, os olhos de Lis se arregalaram e seu rosto ganhou um tom vermelho escuro. Ela sabia o que aquilo iria parecer, mas jurava que não estava passando na frente da casa de Henri de propósito, mesmo porque a última coisa que queria no momento era encontrar com ele ou Matt, muito menos os dois juntos, aquilo era como um pesadelo duplo.

Ela cruzou os braços e se obrigou a erguer o queixo quando passou ao lado dos dois.

– Dá pra ver que estão se dando bem – zombou, fazia o máximo para disfarçar seu nervosismo com sarcasmo.

Matt queria retrucar com o dobro da ironia da garota, mas não conseguiu ao ver seus olhos avermelhados cansados envoltos em olheiras fundas e escuras – ela claramente não estava dormindo bem e era quase óbvio que passava boa parte do tempo chorando ou se afundando no próprio stress.

– É, talvez, o que faz aqui? – Foi tudo o que o loiro conseguiu perguntar e Lis encolheu os ombros.

– Eu moro aqui ué, é uma cidade pequena e é normal que as pessoas se encontrem ao sair de casa, ou o simples fato de eu estar saindo de casa já é um problema pra vocês? – Disse em tom irritado e levemente agressivo e tanto Henri quanto Matt a conheciam bem o suficiente para saber que ela não estava com raiva de verdade, estava triste e chateada e só queria esconder isso, pois fazer com que os outros sentissem pena dela com certeza não estava na lista de coisas favoritas de Lis.

Mas também deixava claro que ela não confiava nos dois como costumava confiar antes, sua agressividade era como um mecanismo de defesa com intuito de mantê-los longe.

– Eu só...

– Não me importa, eu só estava indo ao mercado de qualquer forma, até um outro dia – se despediu e saiu andando rápido sem ao menos olhar para trás, deixando no ar um silêncio incômodo que fez Henri respirar o mais fundo que pôde numa falha tentativa de dispersar a tensão que agora o corroía por dentro.

– Eu sei que o você tá pensando agora, mas vai por mim, não é uma boa ideia – Matt disse e Henri abriu um sorriso torto.

– Não tô pensando nada, sei que a gente vai resolver isso quando for a hora certa.

Mas ele sabia que se dependesse de Matt a tal hora certa nunca chegaria e aquela situação continuaria a se estender até que um dos três explodisse primeiro, então já sabia exatamente o que fazer mesmo que somente a ideia disso fizesse seu estômago se embrulhar.

– Hm, tá bom então, fica bem – foi tudo o que o loiro respondeu ainda desconfiado, dando um abraço rápido em Henri antes de se virar para ir embora. – Até mais tarde.

Mas Henri não ficaria bem e não se veriam mais tarde, a única coisa que passava pela sua cabeça era que precisava fazer logo o que Matt o vinha impedindo de fazer há dias.

– △ –

Olá amores da minha vida, como estão? Espero que ótimos ♥

Quando eu fiz o desenho da Lis, Henri e Matt em junho para o mês do orgulho eu tinha feito também um da Hanna e Kate mas tinha esquecido de postar aqui TuT mas de qualquer forma coloquei agora lá na mídia do cap, o que acharam? Foi bem difícil de desenhar a Hanna porque não tô habituada a desenhar cabelos cacheados, ainda mais tão longos como os dela, mas espero que tenha ficado bom mesmo assim e que vocês tenham gostado tanto do desenho quanto do capítulo ♥

Lembrando que podem ver mais desenhos meus no insta! @desenhista.allya, só seguir lá pra acompanhar, eu sempre sigo todos de volta uwu

E também não se esqueçam que agora temos playlists!! Uma pra cada personagem e uma pra história como um todo, só escolher sua favorita nos links lá nos recados do meu perfil, dar o play e entrar no clima da história '3'

Enfim, acho que é só meus anjos. Muito obrigada de coração à todes que ainda estão acompanhando até aqui, que continuam votando e comentando em cada capítulo, isso é super hiper importante pra mim e me motiva demais a continuar  ♥

Milhões de beijinhos e até a próxima!

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