Capítulo 3: Os primeiros suspeitos
Carla: Não piso na cidade com frequência, na verdade só saio para poder ver o túmulo dos dois. Comida e roupas, somente on-line.- disse sentada no sofá de sua casa no campo.
Derek: É assim que tem vivido após sair da prisão?
Carla: Não poderia viver como uma pessoa comum.
Hotch: O que aconteceu?
Carla: Tentaram me matar e eu entendi que não podia viver mais lá, por isso me isolei de todos. Era a forma de me proteger. - respondeu. - Você disse que tem informações da morte do André... - ao me olhar.
Spencer: Sei que isso pode te trazer más lembranças, mas o pai de André havia mencionado uma caminhonete passar pelo local.
Carla: Inúmeros carros passam por lá, não seria anormal.
Derek: Mas se a pessoa que dirigia o veículo estava próximo do local, então ele ou ela pode ter visto algo.
Carla: Será?
Emily: Tem a probabilidade de ser o assassino também, já que o caminho todos acabam pegando. Se torna negligência, já que não prestou socorro.
Carla: Ainda sim... não é uma busca em vão...?
Jenifer: Já se deu por vencida, não é?
Carla: Sim.
Nos olhamos vendo que ela não tinha esperança alguma sobre esse caso.
Carla: Disse que Nicolas corre perigo.
Spencer: É uma teoria.
Carla: O que pensa?
Spencer: Ainda não tenho certeza.
Carla: Posso imaginar que acha... que foram mortos por minha causa?!
Spencer: Não quero te abalar sem necessidade.
Carla: Se Nicolas corre perigo, então o proteja, é só o que peço.
Emily: Você também precisa ser protegida.
Carla: Estou bem aqui.
Jenifer: Não seja teimosa.
Carla: Dois anos presa, e depois fiquei aqui, quem os matou não tem interesse em mim.
Se escuta o som do bule, ela sai e vai até a cozinha.
Derek: O que vamos fazer?
Hotch: Ela não vai sair daqui.
Emily: Se conversarmos com o Nicolas talvez a convença.
Jenifer: E se estivermos errados?
Derek: Precisamos ter certeza que Carla não fez nada.
Spencer: Ela não fez.
Me olhou um pouco duvidoso.
Spencer: Acredito nela.
Hotch: São dois assassinatos, precisamos dividir a equipe para solucionar isso o quanto antes. Antes que outro seja morto.
A mulher retornou com uma xícara de chá.
Emily: Carla, existe alguém que odeie o André ou o Matheus?
Carla: James, Mateo e Mia, pessoas que não gostavam do André, já o Matheus... não consigo imaginar alguém. - respondeu. - James cometia bullying com André, Mateo gostava de mim mas eu não correspondi, e Mia devia dinheiro a ele mas nunca pagou, dias antes de morrer André havia cobrado.
Derek: Valor?
Carla : Cem reais com juros, não sabemos para que era esse dinheiro.
Spencer: E o Matheus? Havia algo de estranho nele?
Negou.
Carla: Estava normal como sempre, despreocupado.
Hotch: Emily e Spencer, vocês vão conversar com James, Derek e eu iremos atrás dos outros dois. Jenifer, você ficará aqui com a Carla.
Carla: Já que insiste não vou impedir.
Tomou um gole do chá e continuou.
Carla: Sim... Mia é rodeada de fofocas...- se recordando.
Emily: Não sabia que gostava de fofocar.
Carla: Não gosto, mas acabei escutando uma vez que ela estaria ajudando o namorado a comprar drogas. Talvez, só talvez seja o motivo do dinheiro emprestado e talvez a morte do André.
Ela tinha uma teoria que poderia ser verdadeira. Hotch e os demais não descartaram a teoria, estávamos de acordo de ir atrás de Mia primeiro.
Hotch: Algum ato suspeito da mulher?
Ela pega seu celular e o conecta a televisão, entrou em uma publicação antiga da moça.
Carla: Isso seria o bastante?- mostrando a publicação após a morte do seu ex.
(...)
Derek Morgan
Chegamos na residência de Mia, lá já havíamos escutado sua discussão com um rapaz, o qual saiu bufando de raiva, entrou no carro e foi embora.
Hotch: Agressivo...
Spencer: Os olhos estavam vermelhos...
Saímos dos carros e fomos até a porta, ao bater ela atendeu irritada, mas ficou surpresa ao nos ver.
Mia: Quem são vocês?
Derek: Agentes do FBI.
Mia: FBI? Eu sabia que ele teria problemas... eu não fiz nada... não podem provar...
Emily: Se acalma, queremos conversar.
Spencer: Podemos entrar?
Dava pra sentir um leve cheiro de drogas na casa, ela percebeu e quase entrou em pânico.
Mia: Não são minhas! São do Marcos, ele quem veio fumando pra cá, buscando dinheiro para comprar...
Derek: Drogas? Foi por isso que pegou dinheiro emprestado do André?
Mia: Está aqui só por causa disso?
Hotch: Uso de drogas é crime, e precisamos que coopere, caso contrário será presa por cumplicidade.
Ela suspirou preocupada com o que poderia acontecer.
(...)
Mia: Eu ia pagá-lo devolta mas Marcos não quis me ajudar, tive problemas com o meu antigo trabalho, fui demitida e não consegui outro emprego.
Hotch: Há quanto tempo conhece ele?
Mia: Três anos, no início ele lutava contra as drogas mas acabou se rendendo, desde então...
Emily: Você comprou as drogas pra ele.
Mia: Não, eu só dava o dinheiro, quando André veio me cobrar... Marcos estava em casa, os dois discutiram e Marcos... disse que ia dar um jeito no André... depois de alguns dias recebemos a notícia da morte dele... eu nunca tive coragem de perguntar se ele o matou...
Derek: E sua publicação?
Mia: Que publicação?
Derek: "Algumas pessoas não sabem o seu devido lugar".
Mia: Eu não... bom... eu estava com raiva dele, se ele foi morto pelo Marcos , foi porque ele o confrontou, não deveria ter feito isso, foi culpa dele.
Emily: Você ainda vai defende-lo? Mesmo se ele for um assassino? Por acaso você é doente?
Hotch: Carla foi presa por algo que não teve culpa.
Mia: Talvez, como podem confiar nela? Ela e André eram só um casal de mentira, não tem como se amarem tanto assim. Bom, se é o bastante, podem ir embora.
Emily: Não. - pegando as algemas a colocou na mulher. - Está presa por comprar drogas, a menos que coopere para achar o seu namorado drogado.
Derek: A escolha é sua, Mia.
Continua...
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