I
Respire.
Minha respiração pesada se torna visível por conta da baixa da temperatura. Os pelos de meu corpo se arrepiam e meu cabelo arrumado parece estar cada dia mais seco por conta do frasco de shampoo. Sinto mãos e mais mãos em meu corpo, puxando, apertando, arrumando-o. Tento ficar ereta, mas percebo o quanto é complicado me manter quieta em um canto. As risadinhas a minha volta são irritantes, quase assustadoras de tão finas.
Damas. Yanas.
- Resne Berfeut, mount asor. - "Está majestosa, jovem rosa". As palavras de Neeagh, a chefe das yanas, soam vazias e seu olhar parece cada vez mais cheio de inveja. Contento-me em sorrir. Em grande verdade, não importo com seus ou com qualquer outro comentário. Eles se constroem sobre mentiras. Pequenas e encantadoras mentiras.
É uma tolice.
- Berfeut in we nhegth feut. Ym mosth in was parenths int reguls. - "Majestosa em uma noite bela. Sinto que seus pais aceitam a regra", não sei bem como interpretar suas palavras. Seu sotaque carregado do Norte me confunde por alguns momentos. Suas unhas alongadas arranham minha cabeça enquanto tenta prender os grampos feitos de ossos em meu penteado complicado.
O quarto a minha volta está lotado, mesmo ele sendo grande o suficiente para acomodar a todos. As janelas estão pouco abertas, mas a luz da lua ainda reflete em meu vestido prateado-azulado. O tecido é de sffon e por isso é um tanto quanto transparente e esvoaçante. As pequenas pedras de equilion se transformam em um perfeito cinto modelador. Muitos dizem que elas combinam com o rosa de meus olhos, mas toda vez que as olho apenas enxergo um luxo desnecessário, retirado a força das minas de trabalho ao oeste de Gworn.
Não que outros se importem com isto.
- Meus pais sabem o que é melhor. - Tento parecer firme em minhas palavras, entretanto elas soam como as de Neeagh. - Trud in wes drienks? - "E seus mais próximos?" - Wes in reguls? - "Eles aceitam a regra?". Ela nega. - Sinto.
Ninguém mais decide falar e escutamos os sons de êxtase provenientes do andar de baixo do palácio. Aposto que todos os homens já estão bêbados e aposto que todas as suas companheiras já tocam outros corpos enquanto dançam aleatoriamente suas danças pecaminosas que a tanto tempo me ensinaram a ignorar. Escuto a voz do rei, a voz de meu pai, sobre as demais. Diferente das outras ela é e afiada, cruel, pouco amigável. Tão impiedosa e cortante. Sou tirada dos devaneios quando sinto a pequena agulha em minhas bochechas, o pequeno furo sangrando enquanto outra dama mistura ao pó da maquiagem.
A beleza nasce da dor.
Uma típica frase dita pela rainha, um típico aprendizado para uma criança. Os minutos passam e recuso-me a olhar no imenso espelho adornado de ouro. Não uso coroa sobre os fios prateados, nem mesmo uso qualquer coisa nos mesmos além de grampos e ligas. Acho que todos notam o que isto causa a minha aparência. Não sou igual a eles, meus pais. Não desejo ser. Infelizmente, nunca poderei dizer isto em voz alta. Uma mão agarra meu braço com força, não machuca, mas também não é gentil. As garotas a minha volta soltam risadinhas ao ver seu físico na armadura, mas apenas consigo me concentrar em seus calos arranhando minha pele de forma nada calorosa.
Meu carcereiro.
As escadas são enormes, cada degrau entalhado por formas de uma antiga enolocação.
- Lowooesh.
A palavra escapa por um milésimo de segundo. Ainda me lembro da letra. Ainda lembro da letra, da forma como era cantada em antigos bailes para Nyla, como os monges juntavam-se em um mesmo coral e entoavam de forma sagrada: Ym mount enoar in we duer we in anor?. "Minha jovem e proeminente dor, onde estaria sem o amor?". Uoen Lowooesh in was Nyla scueah ym enocalo inym iguer war trud ym victory. "E depois da tempestade, escute minha enolocação Nyla e me guie para a guerra e vitória". Costumava detesta-la, fugir de todos os lugares em que era tocada. Seus acordes ainda mexem com minha cabeça e cada nota me um grito de desespero.
Minhas damas se organizam em linha: Quatro a minha frente e quatro a minhas costas. Lorde Kelman está a minha direita, suas roupas negras e azuis extremamente formais. Seus olhos me parecem chamas azuis, sempre queimando, sempre calculando. Seus atos são sempre assustadores, um fiel servo do rei. Como sempre, ele concorda firmemente com a cabeça ao estender o braço para que eu o segure. Brinco um pouco com a saia do vestido. As portas se abrem e a multidão finalmente se revela devoradora. Um passo. As damas rodopiam e seus vestidos somem, o que resta é apenas um pano e elas dão inicio a sua dança. Entretidos, os convidados levantam suas taças de vinho. Alguns passos. O local é impecável: Um lindo salão detalhado em ouro e prata e cobre, cada pequeno canto embelezado pelas cores de meu reino. Os candelabros tinham sido feitos a mão neste mesmo dia e os lustres polidos durante semanas para receber toda a corte. O cheiro é maravilhoso: Carne de lobo branco com molho de mel, salada de flores eriças e várias variações de petiscos e doces de aveia e queijo. Isto caracteriza o aspecto dos presentes: egocêntricos, ratos aproveitadores de luxo, sanguessugas gananciosos e desgraçados.
Não falhe, não falhe, não falhe.
Repito constantemente.
Paro bem no meio do salão, ajoelhando-me o máximo que consigo. Sinto minha testa tocar o chão e minha boca engolir um pouco do ar frio misturado ao qualquer que seja o cheio de mármore limpo. Não ouso olhar, mas sei que o rei, meu pai, levanta de seu trono e caminha ao lado de sua rainha a passos lentos. Não vou olhar. Ainda sou apenas uma súdita, uma criatura que deve temor e respeito a quem carrega minha coroa.
Lorde Kelman se despede com uma alta reverência.
Siga o protocolo.
É o que repito inicialmente e novamente. Siga o maldito protocolo. Tanto o rei quanto a rainha se mantém sérios, onipotentes, controlados e silenciosos. Máscaras. Quando um teatro é bem feito até mesmo o mais desagradável ser consegue torna-se manipulável. Entretanto, a rainha é mais severa, seus olhos tem a mesma crueldade de quem está prestes a chutar um cachorro sarnento. A música é interrompida e todos os outros barulhos do mundo se tornam um. Minhas yanas se jogam ao chão em reverência, todas formando um belo V. Suor e medo é o que se reconhece no ar.
- Minha amada, asor. Estávamos a sua espera - Tão ternas suas brilhantes palavras ensaiadas. Levanto a cabeça e olhar: Sua coroa de ferro, desenhada a mais de cinco mil anos, pontiaguda como agulhas e com sua beleza escura. Seus olhos da mesma cor dos meus, mas vários pelo peso dos anos. Grande impacto, realmente. - Nevaeh, a primogênita de Gworn, nascida em meio ao auge da guerra, descendente dos antigos reis e fundadores de nosso reino. Nevaeh, do antigo dialeto mouro, que significa: "Nascida para o destino".
Meu coração bate descontrolado.
- Waes resnie in ears po'e in tu. - "Estávamos todos esperando por você" - Gworn a recebeu como filha, mas você o tomou como lar. Uma verdadeira rainha destinada a nos conquistar... O sangue dos reis corre em você, mas também o sangue dos guerreiros e soldados que forjaram a linhagem de sua mãe. - A rainha me encara. É tão estranho chama-la ou se referir a ela como "mãe", não sinto como se fossemos realmente isto. - Nevaeh, sabe que em algum momento se entregará ao todo. Seu povo merece tal dedicação. Precisamos de tal dedicação. A sua luz guia esta nação. A luz da rainha, a luz do sangue puro. Atsa a Cae. Atsa Cae.
Suas palavras não me parecem uma bênção vinda da deusa, muito menos palavras encorajadoras para o que ainda me espera. Não. Isto soa como a chave de minha prisão. Um destino selado. Uma vida para aceita-lo... Eu sou o reino. O reino sou eu.
Espero para ver se ele continua, mas nada. Nem mesmo uma nova palavra segura em sua voz indiscutível. Os minutos se passam, novamente nada. Finalmente, uma mão se estende e eu a agarro de forma leve. Os olhares permanecem em mim até que a musica volta a soar pelo ambiente. Ela é animada e obscura, violenta e delicada. Caminho na sombra daqueles que carregam a coroa. As melodias envolvem os bêbados, os loucos e os selvagens e mesmo que tente assimilar todos aqueles que me foram apresentados é quase impossível que eu os reconheça no meio da turba de indivíduos.
Mas não importa.
Seja perfeita, encantadora, inteligente, esperta. Não demonstre ser a pessoa que é.
Por que não importa os sentimentos ou os medos, um erro me custaria tudo. Uma palavra errada e eu me torno a culpada. Um olhar enviesado e serei jogada ao fogo ardente do ódio público. Família. Afinal, cada um tem a que merece. E enquanto uns tem país e tios e avós sempre com palavras de amor, os meus teriam me jogado do alto da torre com a única desculpa que eu os acometi a paz.
Mas, novamente, não importa.
Nada importa além das rosas a minha frente, afinal, elas são um ótimo alvo para se focar. Tão serenas e belas, mas não mais inocentes... Nada é inocente neste lugar. Não se tem a chance de ser. Ganhe sua própria luta, salve sua própria vida. Mas quero toca-las, quero sentir a espessura de seus espinhos em minha carne, desejo sentir tal dor.
Sua cor é tão viva, tão chamativa, que destoa do prata e ouro do resto do salão. Tudo ao seu redor me parece encantador. Ah, o que eu não daria para ver os belos jardins dos extremos de nossas fronteiras. Ver os vales e os rios e as flores de diversos tipos. Tantos cheiros, tanto ar.
Longe destas paredes, tão distante desses...
- Quanta diversão, não é mesmo?... - A voz me chega aos ouvidos, irritante como sempre, mas aperto as mãos em meu vestido o suficiente para não ergue-la em um ato inapropriado - Temo ter interrompido seus pensamentos.
Deboche.
- Sempre tão esperto, Vossa Alteza. - Ele ri - Então responda-me: O que seria a diversão em nossos papéis se não uma terrível e cruel ilusão?! - As palavras me parecem ensaiadas, mas sinto a verdade nos rondando. O tecido de sua roupa bordada faz leves toques em meu braço, seu perfume de gelo envolve até mesmo seu hálito e seu cabelo, arrumado como sempre, desprovido da coroa lhe da um ar digno, imperial, mas ainda não amedrontador como o resto de nossas cortes.
Quanto tempo até sucumbir?
- Como foi de viagem? Fiquei sabendo sobre seus tios... - Indago. Seu olhar me encontra, percebo... Aqueles olhos. Não consigo entende-los. Nunca irei conseguir. Mas, a cor... A cor de uma joia feita pelo inverno. A cor do Brasão de Neveand, da joia preferida da antiga rainha... Sua mãe. Diante de mim o príncipe de Neveand, Zauro, mostra fraqueza, encolhendo os ombros e voltando a centrar nas mesmas flores que eu. Não. É um jogo perigoso. Mas preciso joga-lo. Por meus reis. Por meu reino. Por mim. - Sinto muito.
- Quantas vezes você repetiu isto na frente do espelho, Alteza? - Ele não parece preocupado com o que diz, mas sei que está preocupado com o que consegue demonstrar - Meus tios escolheram por eles mesmos. Envenenaram-se sozinhos. Não tenho o sangue deles em minhas mãos para sentir algo.
- Imagino que não se preocupe com o peso do caminho que ainda vêm pela frente.
- Já vi mais deste mundo do que pensa, Alteza. Já fui mandado por meus responsáveis para a frente de batalha, longe de fortaleza congelada, e enfrentei o bico flamejante lado a lado com os outros soldados... - Ele meio que olha ao nosso redor, meio que retorce as mãos enquanto fala - É com a guerra que me preocupo. Ainda tenho tempo até meus vinte e dois anos, então, ainda posso lutar diretamente. Me preocupo... - Silencio por um segundo - Em como duzentos anos podem ser o suficiente para inflamar o ódio em uma batalha sem fim.
- Batalhas podem ter um fim.
- Mas nenhuma pode ser vencida, não de verdade. Conflitos sempre vão existir, nunca vamos deixar de iniciar um pequeno incêndio que pede para destruir tudo... É sempre uma questão de saber quem vai incita-lo primeiro.
Foi isso o que Neveand fez?
- Inmy in resne I int Surprease, Asor... - "Me parece surpresa, Alteza" - Devo me sentir ofendido?
- Interprete como achar melhor, príncipe. - Nunca me falaram como sentir, essa é a verdade. - O que viu quando esteve nas batalhas de bico flamejante? - Uma pergunta cuidadosa, mas curiosa, uma que não estava em meu roteiro.
Silêncio.
- Carnificina e copos cortados e descartados em valas sem nomes. Quinhentos quilômetros de terras escavadas para abrigar meus homens... - Meu estomago embrulha - Mas isto é pouco do que acontece por lá. Uma garotinha como você não precisa saber destes detalhes.
Idiota.
- Serei a governante de Gworn um dia... Apenas tento verificar se estamos prestes a fazer um bom acordo ou se não estamos nos jogando em um abismo... - Controlo a respiração - É parte de minha dívida eterna a meu reino e minha civilização e não me importo se seu olhar diz o suficiente sobre seu desejo de me empalar com uma estaca.
Zauro é esperto, esperto demais para meu próprio bem, ele já deve ter notado os guardas observando cada uma de nossas palavras, cada respiração presa ou cada tremor em minhas mãos. Arranque qualquer informação. Foi a ordem que recebi. Não falhe, seja perfeita.
- Você não deve algo a alguém. Não deve nada a nenhum destes bastardos ou lordes engomados e ricos. - Sua expressão está seria - Sua responsabilidade é sim com o reino, mas não envelheça sua alma antes do tempo, Alteza. E talvez não acredite, mas ainda não sou eu que deseja ver sua cabeça rolando pelas escadarias.
Levanto o queixo.
- Tenha uma boa noite, Alteza.
Uma dispensa elegante, a de um soberano a uma reles súdita. Como se eu não fosse sua igual, como se não existissem os mesmos pesos sobre ambos. Talvez seja fácil chama-lo de desgraçado, sempre é mais fácil quando podemos culpar ou descarregar a raiva sobre alguém.
Zauro se afasta, seus ombros parecendo relaxados, e caminha para próximo de seus acompanhantes, seus cabelos cor de neve reluzindo a luz. Com cuidado, lanço meu olhar para um dos tronos: La está ela, a Rainha.
Sua coroa de agulhas, feitas por pedras negras, se encaixa perfeitamente sobre seus cabelos loiros. Seu vestido feito de escamas de cobras, apertado demais nos seios, é perfeito demais com sua combinação de costas eretas e coxas a mostra. O retrato do poder. Não. O retrato da crueldade infinita. Suas longas unhas batem na lateral do trono, seus olhos azuis queimam como uma chama congelada e eles me encaram, presos em cada pedaço de minha expressão. Ela espera uma falha para atacar, para tomar minha coroa.
Nunca maternal.
Me volto ao vaso de flores, pois elas são mais acolhedoras. As pétalas brancas, macias e esplendorosas, parecem um retrato fiel de minha corte: Belas para disfarçar o perigo de seus espinhos. Pessoas e mais pessoas dançam ou conversam a minha volta sempre mais preocupados com sua diversão do que com o fato de que todos portam alguma arma sobre as roupas. Não sou uma exceção.
Uma pequena adaga entre meus seios, mesmo que eu nunca a precise usar.
Tombo a cabeça para o lado, a dor dentro dela é quase insuportável, mas apenas quase. Ela é frequente e se torna cada dia pior o que já torna as visitas a ala médica quase como uma de minhas obrigações diárias. Ela é... Estranha. As pontadas sempre estão acompanhadas de alguma invalidez física ou horas e horas seguidas de quase vomitar minhas tripas. Um chá. É a melhor resposta de minhas yanas. Coitado de quem um dia precisar ser socorrido por qualquer uma delas em uma situação de vida ou morte.
Clap. Clap. Clap.
É como consigo descrever: Algo racha, existe uma quebra... Uma sensação que não desejo nem mesmo a Zauro ou a meus pais, não desejo nem ao meu pior inimigo. Sentir que sua consciência está prestes a implodir e que seu corpo em breve vai se despedaçar como um vidro.
A arma da coroa, uma arma que em breve vai se autodestruir.
- Ruen int Lal. - "Quanta besteira" - Sussurro.
Mas busco no fundo da alma por alguma coisa, algo que parece estar preso em amarras invisíveis e eternas. Um monstro que acorrentaram sob minha pele e esconderam abaixo de vestidos enfeitados e brilhantes e esvoaçantes. "Todos temos um monstro interior preso e distorcido pela realidade ao redor". Foi o que Ilirya me falou certa vez.
Suspiro.
A dor de cabeça aumenta com o passar dos minutos e sei que em breve vou preferir ouvir os gritos descontrolados de minha mãe em troca de um pouco de alívio para a sensação de ter uma mente sem funcionamento. O cheiro das flores me atinge, não são os mesmos de milésimos de segundos atrás. Podridão. Isto me infecta da pele aos ossos e sangue. Fecho a mão em punhos e as unhas cravam em minha pele, o sangue começando a escorrer por dentre meus dedos finos e alongados e tortos. Mãos que não pertencem a realeza. Tenho que encarar a verdade: Zauro está certo. Duzentos anos de guerra para seu povo enquanto nos importávamos com... Enquanto meus ancestrais planejavam banquetes e festas e homenagens. Intocados... Neutros... Até problemas internos se manifestarem como "baratas". Fomos, há muito, abençoados com abençoadas terras, mas a levamos a divisão a destruição... E agora precisávamos achar uma forma de detectar onde isto começava.
Época para manter os olhos bem abertos.
Clap. Clap. Clap.
Quero chorar, no entanto não entendo o motivo. Toda a carga em mim se acumula no limite, sempre no limite. Meu sangue circula mais rapidamente, o sangue agora em fios que tocavam e sujavam o chão. Uma princesa, uma futura rainha, não deve sangrar e nem chorar e nem demonstrar qualquer coisa, entretanto não me importo. Quero sangrar, quero me deixar consumir, por quê qualquer dor é melhor do que não sentir nada em um mar infinito de controle e escuridão. Engana-se quem pensa que uma corte e uma coroa são sinônimos de facilidade ou felicidade.
Escuridão.
Está palavra permanece em meus pensamentos. Balanço a cabeça por duas vezes e então a levanto aos poucos para encarar uma ultima vez o pouco de vida do ambiente... Mas ele não existe. Tremo levianamente ao encontrar as pétalas se desfazendo aos poucos, cada uma se tornando um tipo de poeira fedida que aos poucos é levada pelo vento. Os espinhos crescem, sufocam qualquer esperança. Matam qualquer coisa que ainda reste.
Não pisco.
Talvez não exista esperança sobre sobreviver a está prisão, no final das contas. Apenas um tolo ainda a cultivaria, apenas os sonhadores ousariam em acreditar ou se encontrariam dispostos a encarar a espada do rei e as garras da rainha... Um dia Gworn ainda ruirá por isto.
É egoísta, mas desejo ver tudo isto queimar.
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