Capítulo 2

Depois de três meses de encontros, Louis decidiu pedir Juditte em namoro então decidiram falar com a família Lumiere mas não era o que parece a reação da família
- mãe, pai...eu tenho algo a voz contar mas será num jantar de hoje a noite, será que posso contar com vossa ajuda? - Juditte pergunta aos pais que estavam organizando papeladas da fábrica de sabonetes que tinham

- hum, eu espero que eu não me decepcione neste jantar - o pai diz observando Juditte que estava nervosa

- eu também espero, vemo-nos no jantar então - a mãe diz abrindo envelopes e cartas

- não vou vos decepcionar, não se preocupem, agora se me dêem licença, vou para o tarde de chá com minhas irmãs - Juditte diz sorrindo, ela sobe para o seu quarto para vestir outra roupa em seguida pega o telefone

- alô Louis, meus pais aceitaram - Juditte diz ao telefone

- que maravilha, então vou me preparar para lhes enfrentar - Louis responde

- está bem, vemo-nos hoje às sete da noite - Juditte diz e Louis despede em seguida ela pousa o telefone
Ao estar pronta Juditte sai do seu quarto e vai até ao jardim onde estava suas duas irmãs e algumas amigas da família, todas vestidas elegantes e segurando chávenas de chá, com bolinhos de chocolate e frutas em pratos, e todas em conversas

- olhem meninas, é a Juditte - diz Felice diz apontando e todas os olhos das raparigas voltem a ela, Felice é patricinha e filha única da família mais rica de Paris, digamos que ela é muito arrogante e ignorante

- Olá Juditte! - todas dizem em conjunto

- Olá meninas! - Juditte diz sentando ao lado delas

- é verdade que saíste com um homem podre? - Rita pergunta rindo da cara da Juditte

- que te disse isto? - Juditte pergunta já com nervos por dentro

- foi a Vitória, eu sentia repulsa de ter de conviver com alguém pobre, principalmente namorar - Rita diz fazendo cara de nojo e todas as meninas abriram seus leques

- podemos falar de outra coisa? - Juditte diz nervosa, ela só não tocou no assunto pra não perder o controle e despejar o chá quente na cara da Rita

- meninas ontem conheci um rapaz...meu Deus, um deus grego- Felice diz corando e todas as raparigas deram aquele gritinho irritante

- meninas eu não estou me sentindo muito bem, porquanto eu vou me deitar - Juditte diz ao sentir uma leve tontura, ela levanta da cadeira, deu dois passos e desmaiou

- meu Deus, Juditte acorde pelo amor de Deus, não morra - Drica grita dando leves palmadas no rosto da Juditte

- pare de drama Rita, ela só desmaiou - Vitória diz acalmando a Rita

- que gritaria é esta? - o pai sai correndo para o jardim e vê a Juditte na relva desmaiada - oh não! - diz em tom baixo, ele se aproxima e carrega a Juditte nos braços - chame o médico Vitória- ele diz entrando em casa e em seguida colocando-a em cima do sofá. Em minutos o médico já estava ali porque ele morava bem perto da família Lumiere, ele acaba de examinar a Juditte e em seguida sorri para todos, o pai franziu a testa

- o que é que se passa com minha filha doutor? Ela está doente? - a mãe pergunta espantada e as raparigas todas curiosas vendo para o rosto da Juditte

- não senhora, ela não está doente...- o pai interrompe o doutor - então o que há com minha filha? - ele pergunta nervoso

- é uma boa notícia, ela está grávida - o doutor diz com um largo sorriso no rosto, a mãe arregala os olhos

- gra...gravi.. - a mãe desmaia e o pai fogou na sua própria saliva

- GRÁVIDA??? - todas as raparigas perguntam em coro, Vitória abre o leque para relaxar a mãe com o ar fresco e a empregada trouxe uma água com açúcar, todas as meninas começaram a fofocar da gravidez da Juditte

- bom, vejo que não é uma notícia boa pra vocês, eu vou me retirar, qualquer coisa me chamem- o doutor diz colocando suas coisas na mala, Juditte começa a remexer-se e abre os olhos pouco a pouco e em seguida levanta a cabeça vendo todos olharem pra ela de maneira decepcionados

- o que aconteceu? Porque estão todos olhando assim pra mim? - Juditte pergunta olhando sua mãe sendo ajudada pela Vitória

- quem é o pai? - o pai pergunta rangindo os dentes

- do que o senhor está falando? - Juditte pergunta sentando no sofá e a única resposta que ela recebeu foi uma bofetada no rosto - porque me bates-te?- Juditte pergunta segurando o rosto com a mão

- o doutor acabou de rexaminar e estás grávida, olhe a vergonha que nossa família vai passar na cidade - o pai diz segurando a Juditte no cabelo com força

- está me machucando - Juditte geme com olhos cheios de água e as empregadas observavam tudo sem dizer nada, mas a mais nova resolve se meter no meio

- senhor Lumiere, não era melhor o senhor falar com a filha em particular?- a empregada pergunta

-QUEM ÉS TU PARA SE METER A ONDE NÃO É CHAMADA? ESTÁ DESPEDIDA- o pai grita no rosto da empregada segurando-a no braço com força quase que ela chorou mas segurou as lágrimas e saiu da sala correndo

- NÃO ERA PRECISO TRATARES ELA DESTA MANEIRA PORQUE ELA NÃO É NEM UMA ESCRAVA - Juditte grita com o pai mas é acertada outra vez com uma bofetada que lhe fez cair pra trás

- eu devia ter te dado umas boas palmadas quando eras criança, mas agora vejo que não passas de uma puta
...- todas as raparigas ficaram boquiabertas e os empregados assustados com as palavras do homem - agora a solução que eu tenho pra ti é te jogar na rua como um animal que és, fora da minha mansão, és a pior vergonha de Paris - seu pai diz agarrando ela pelo braço e a atirando na rua - já não fazes parte da família Lumiere, pra mim morreste - Lumiere diz batendo a porta na cara da Juditte, algumas pessoas que passavam por ali não entendiam nada apenas ouviram a gritaria do homem.
Juditte levanta da relva e seca as lágrimas com costas das mãos, seu pai aparece na janela do seu quarto gritando - NÃO LEVARÁS NADA DESTA FAMÍLIA SUA DESONRANDA - ele grita e as pessoas começaram a perceber o porquê de ele expulsar a filha de casa, e começaram as fofocas na cidade, Juditte caminha para o jardim da casa e senta em um dos bancos no meio das flores para não ser vista pelo pai, mas a irmã Joanete lhe viu e saiu na rua com duas bolsas na mão ela caminhou com passos largoa até a Juditte

- irmã! - Joanete diz abraçando a Juditte por trás e ela retribuiu o abraço

- por favor não conta ao nosso pai que estou aqui no jardim, eu já me vou retirar - Juditte diz triste

- não eu não vou o contar nada, eu trouxe estás bolsas com algumas roupas tuas e trouxe o teu dinheiro que peguei no teu cofre antes que a Vitória o pegue para comprar coisas de luxe - Joanete diz entregando as bolsas e cobrindo a Juditte com um casaco quente

- porque estás fazendo isto tudo? - Juditte pergunta olhando nos olhos da irmã

- achas mesmo que eu sou igual aos nossos pais e a Vitória? Eu não ia deixar minha irmã desamparada, eu chamei o Louis, daqui a pouco ele vem te buscar - Joanete diz sentando e Juditte lhe deu um abraço apertado

- obrigada irmã, por não me dar as costas como todo mundo - Juditte diz dando um leve sorriso

- não está escrito que apaixonar e amar é crime ou pecado, eu não sou gananciosa como a nossa mãe eu faço o que eles querem, como casar com um homem rico - Joanete diz olhando para a mansão - eu gostaria de ser como você Juditte, não obedeçes o desejo dos nossos pais - ela acaba de dizer levantando do banco de cimento

- obrigada por tudo Joanete, mas eu te digo, não faça coisas pra agradar nossos pais - Juditte diz segurando as mãos da irmã

- olha! O teu amor chegou - Joanete diz apontando para um carro preto e Louis saia dali batendo a porta com força ao sair

- Juditte,vamos embora daqui - Louis a abraça a Juditte - muito obrigada por me avisar Joanete e prazer em te conhecer - diz agradecendo a Joanete, Louis ajudou a Juditte com as bolsas e mete-os no porta malas

- adeus Joanete - Juditte segura na mão da irmã

- até um dia irmã - Joanete diz chorando e de longe viram a empregada saindo da mansão com duas malas na mão e em seguida ela cuspiu na relva

- desculpe por tudo Miranda - Joanete diz a empregada

- não tens de desculpar nada, o teu pai é um homem frio e admiro se você e a Juditte são as filhas dele - Miranda diz sorrindo - obrigada por me defender Juditte - ela agradece

- a onde a senhora vai com estas malas? Podemos lhe dar boleia - Louis pergunta a Miranda

- estou inda a cidade Lyon - Miranda responde colocando as malas no chão

- é pra onde estamos indo, venha, eu te ajudo com as malas - Louis sai do carro para colocar as malas da senhora Miranda no porta malas, em seguida se despedem da Joanete em lágrimas