34
Barth e Aynne
Vale de Woodland - Mundo Humano
Barth e Aynne treinavam juntos, tendo como inspiração o belíssimo Vale de Woodland e seus riachos e cascatas.
Aquele treinamento era visivelmente um pretexto para ficarem sozinhos por um tempo, e apesar de terem levado os rádios para possíveis emergências, estavam ali alheios a todo o resto do mundo.
— É só isso que você tem, fadinha? — Barth disse, esquivando-se dos golpes dela com velocidade — vai precisar de mais do que isso se quiser vencer um lobisomem!
— Por enquanto estou só te distraindo, lobinho — ela respondeu sorrindo —, contra animais selvagens, armadilhas são mais eficazes.
— Filha da mãe! — ele gritou, assim que o chão desmoronou sob os seus pés, e ele se viu preso entre grossas raízes que se enrolaram em seus braços, pernas, tronco e pescoço.
— À propósito, se eu fosse você, não me transformaria — ela disse, com um sorriso triunfal ao ver que ele caiu em sua armadilha —, essas raízes não se partirão com seus músculos.
Com um salto, ela se pôs sobre ele e sacando uma adaga, a colocou em seu pescoço, mostrando que poderia matá-lo se quisesse.
— Eu disse para não se transformar — a fada disse, após sentir um movimento com a parte interna da coxa — se aumentar seus músculos eles serão esmagados pelas raízes.
— Você tem que entender que tem músculos em meu corpo que eu não controlo — ele disse, lançando para ela um olhar cheio de malícia —, ainda mais com você sentada sobre mim desse jeito.
— Então talvez eu deva prendê-lo também! — ela disse, mordendo de leve o lábio inferior ao sentir o músculo pulsar outra vez por entre as suas coxas.
— Mas pensando bem — ela continuou, levantando-se e subindo em uma raiz que a afastou dele —, tem outra coisa que é boa para acalmar músculos tensos e reduzir temperaturas: a água fria!
Com um aceno, ela fez com que as raízes os levassem até o riacho que se formava debaixo de uma cachoeira, e mesmo sob os protestos dele, o arremessou, fazendo-o se chocar ruidosamente contra a superfície da água cristalina.
— Eu venci, Barth — ela gritou, pensando que ele sairia da água imediatamente, mas ele não o fez. A única coisa que ela viu foi a superfície da água se acalmar, a fazendo pensar por um instante que ele havia batido a cabeça em algo e ficado inconsciente, mas logo pensou que pudesse ser uma brincadeira dele —, pode sair agora, eu não vou cair nessa.
— Barth! — ela chamou novamente depois de mais um tempo, e ao não obter resposta, se aproximou ainda sob a raiz que usava como plataforma móvel, ficando a centímetros da água.
— Peguei você! — ele surgiu, de um ponto abaixo da raiz e fora do campo de visão dela, a segurando pelos pés e puxando-a bruscamente para a água, sem dar-lhe qualquer chance de reação.
— Droga, seu idiota! — ela brigou, assim que ele a puxou para cima e que conseguiu recuperar o fôlego — Pensei que tinha se afogado!
— E eu pensei que tava rolando um clima lá nas raízes — ele disse, rindo ainda segurando-a pelos ombros —, mas você me deu um banho de água fria.
— E quem disse que uma coisa descarta a outra — ela disse, desvencilhando-se das mãos dele e se arrastando para a beirada do lago, a fim de sair da água.
— Então estava realmente rolando um clima? — ele perguntou, a alcançando e a prensando entre seu corpo e o barranco, abraçando-a pela cintura e virando-a de modo que ela o olhasse nos olhos.
— Estava — ela disse meio sem fôlego, mas agora não era pela água e sim pelo modo como ele a abraçava com força, enquanto ela olhava fixamente para os lábios dele —, e ainda está!
Sem perder mais tempo, ele tomou os lábios dela nos seus, em um beijo cheio de desejo, sendo correspondido por ela, enquanto ela o prendia pela cintura firmemente com as pernas e eles enfim se entregaram à paixão.
Ela se virou e ele a abrigou em seu peito carinhosamente, e por um tempo, apenas permaneceram ali, abraçados, enquanto descansavam e se recuperavam do sexo intenso.
Pegando-a no colo, após se vestirem, ele saiu da água e a deitou suavemente em uma grande rocha, nas margens do rio e se deitou ao lado dela, ambos olhando para o céu claro e azul, que era coberto por algumas nuvens brancas que eram movidas lentamente pelo vento agradável que soprava e ajudava a secar suas peles e roupas.
— Eu decidi ficar por sua causa, sabia? — ele disse, virando a cabeça a fim de olhar para ela — Aliás, toda essa luta contra a magia negra para viver, foi principalmente por você.
— Você está falando isso porque acabamos de transar, Barth — ela disse, ainda olhando para o céu.
— Aynne — ele disse, fazendo-a olhar em seus olhos —, quando eu tentava acordar, e a escuridão me tomava, era só seu rosto que eu via. Eu não sei o que é esse sentimento, mas eu quero ficar com você. Agora, mais do que nunca!
— Seus olhos me dizem que é sincero, Barth — ela disse sorrindo —, e nossos corpos também mostraram o quanto se querem. Vamos deixar rolar, e depois vemos o que realmente sentimos, pode ser?
Antes que ele pudesse responder, um barulho chamou a atenção dele, e eles levantaram-se de sobressalto. Uma grande águia pousou próxima onde estavam e Aynne viu que ela tinha urgência em seus olhos.
— Ela disse que tem uma presença demoníaca se aproximando rapidamente — a fada disse, após se comunicar com a ave —, mesmo não conseguindo ver o que é, ela e as árvores acreditam que é bem poderoso.
— Vamos pegar as nossas coisas e voltar para a base — ele disse, pegando sua camisa e os equipamentos que haviam deixado ali no início do treinamento —, pode ser um exército de demônios, e precisamos nos preparar para o ataque.
— Tarde demais já estão aqui — ela disse, assumindo a postura de ataque, ao ver uma escuridão espessa se aproximar por entre as árvores, e com um movimento de mãos, fez grossas raízes brotarem do chão, prontas para atacar.
— Espera, Aynne — o lobisomem disse, acalmando-a —, eu conheço ele!
— Mestre Nash! — ele gritou, dando um salto na direção da escuridão que se desfazia, revelando aos poucos a silueta do general Sigmund Nash.
Aynne viu os dois se abraçarem, como pai e filho ao se reencontrarem depois de muito tempo, e depois seguirem na direção dela.
— Aynne, esse é o meu mestre — Barth disse, se aproximando junto com Nash.
— O demônio lupino! — ela disse, como se o recém chegado fosse uma celebridade — O senhor é uma lenda!
— Por favor, querida — Nash disse com um sorriso simpático —, me chame só de Nash, a maioria das coisas que falam, foram aumentadas.
— É ótimo tê-lo aqui, mestre! — Barth disse empolgado — Temos que voltar para a base, o senhor deve estar cansado e com fome.
— Eu estou bem, Barth — o mais velho disse, dando tapas de leve nas costas dele —, e é bom saber que você também está.
— Inclusive preciso agradecer a você, mocinha — Nash continuou, dirigindo-se à ela —, sei que você tem papel na recuperação dele.
— Na verdade, mestre Nash — ela respondeu com um sorriso —, ele me salvou mais vezes do que eu a ele.
— Eu preciso conversar com a Mãe sobre os rumores que ouvi em minhas viagens astrais — Nash disse a eles —, ela precisa se preparar para a guerra.
Sem perder tempo, os três seguiram até a montanha Wittenberg, para avisar os outros sobre os rumores que Nash ouviu.
🔸🔸🔸🔸🔸🔸✴️⚜️✴️🔸🔸🔸🔸🔸🔸
General Sigmund Nash
Base dos Anjos da Resistência
Montanhas Wittenberg - Mundo Humano
— O Barth me contou sobre a missão de encontrar o seu filho, general — Aynne disse, enquanto eles subiam a montanha —, mas sabendo que a intenção original, que era destronar Lorde King foi cumprida pela irmã do Barth, eu me questiono se ainda pretende encontrá-lo.
— Eu também me pergunto isso, sabe — o general respondeu, sem parar de caminhar —, ele é o único pedaço da Amélia que ainda vive, mas não sei se seria bom encontrá-lo. Talvez seja melhor deixá-lo sem saber de sua origem.
— O senhor ainda está sob a ordem que lorde King lhe deu para matá-lo? — ela perguntou, lembrando-se que esse era o motivo para o general ter mandado Barth na missão, ao invés dele mesmo ir.
— Sim — o mais velho disse —, mesmo que Barth seja o meu novo Alfa, ele ainda não assumiu o título, para desfazer as ordens do antigo líder.
Os dois subiam sozinhos, já que Barth havia sido encarregado de levar um cervo para o almoço, e precisou entrar mais para dentro da floresta que ficava aos pés da montanha, já que por causa da presença demoníaca de Nash, todos os animais se esconderam.
— Vocês têm mais de um mago com vocês? — ele perguntou, assim que chegaram no topo da segunda subida e ele viu dois jovens magos conversando próximos a um poço.
— Eles chegaram ontem à noite — a Sìthiche disse, parando para pegar um ar —, junto com um grupo de criaturas do mundo sombrio.
— E eu que pensei que nunca veria magos colaborando com criaturas sombrias — Nash começou a dizer, mas interrompeu o que dizia ao ver um jovem carregando um grande tronco seco, e imediatamente, sentiu o coração acelerar e os músculos incharem, ao mesmo tempo em que sua temperatura aumentava a ponto de sair fumaça de seu corpo.
— Aynne, traga Barth pra cá o mais rápido possível — ele disse com dificuldades, forçando as palavras por entre os dentes cerrados, enquanto ela olhava assustada para a sua transformação, que era completamente diferente de tudo o que já havia visto na vida. Sem pensar duas vezes, a sìthiche começou a descer a montanha novamente, quase aos tropeços. Se o general mandou chamá-lo, era porque estava se descontrolando, e precisava do Alfa para contê-lo. Mesmo sem saber o motivo do descontrole do general, ela usou seu poder para invocar raízes, que brotaram mesmo do solo rochoso, para acelerar a sua locomoção, com medo do Demônio Lupino machucar seus amigos.
A visão de Nash ficou vermelha, como se uma lente tivesse sido colocada na frente de seus olhos, e estendendo uma das mãos ele viu que havia se transformado em sua forma Crínica, mas ao invés de pelos, sobre a sua pele tinha uma espécie de couraça óssea. Seu raciocínio estava prejudicado pela voz de Lorde King em sua mente, mandando ele matar o jovem que estava com o tronco nos ombros, e agora o observava com um olhar assustado. Enfim ele e Barth não iriam precisar mais procurar, porque o seu filho estava ali, diante de seus olhos.
— Que tipo de criatura é essa? — o jovem que ele identificou como sendo seu filho perguntou, olhando diretamente para ele. As outras criaturas corriam para dentro da montanha, com medo de sua transformação e só os jovens magos e o seu alvo permaneciam lá.
— Parece ser um híbrido! — o mago disse, assumindo uma postura de ataque, onde seus cabelos ficaram totalmente brancos e suas mãos ficaram envoltas em uma energia azul — Cathe, vá chamar a Mãe e os outros, ele parece ser bem perigoso.
Nash se esforçou para não partir para o ataque, mas seus músculos se moviam contra a sua vontade, e o impulsionaram para a ofensiva, na direção dos jovens. Antes que pudesse alcançá-los, sentiu algo gelado prendendo os seus pés, e olhando para baixo, viu uma grossa camada de gelo que subia por suas pernas e foram cobrindo todo seu corpo até o pescoço, deixando-o impossibilitado de se mover.
— Quem é você, monstro — O mago perguntou sem se aproximar, em suas mãos a magia azul controlava o gelo que o prendia —, e porque está nos atacando?
— Eu não tenho assuntos com você, mago — Nash respondeu por entre os dentes —, mas se não quiser morrer também, é bom que saia do meu caminho!
As palavras saiam contra a vontade dele, já não controlava mais nada em seu corpo. Em sua mente a voz de Lorde King ecoava, lhe ordenando que corrigisse de vez o erro que ele cometeu ao se apaixonar por Amélia.
"Você irá matá-la e acabar com quaisquer vestígios da relação de vocês dois!"
Aquele rapaz que estava a alguns metros dele, era um dos vestígios que ele tinha que apagar. Era um rapaz forte e bonito, se parecia com Amélia, mas tinha algo em seus olhos que refletia a essência do Demônio Lupino, Sigmund Nash.
Uma lágrima escorreu dos olhos do licantropo encouraçado, enquanto seu corpo se aquecia a ponto de derreter o gelo que o prendia. Em instantes estaria livre, e nada o pararia até que cumprisse a ordem do Alfa.
— Me mate, por favor — ele conseguiu dizer ao mago, fugindo um pouco do controle da ordem do Alfa —, só assim poderá me parar!
— Com prazer! — o mago disse, e fez surgir à sua frente uma enorme estaca de gelo que provavelmente lançaria na direção dele, e possivelmente iria matá-lo, mas antes que atirasse, algo inusitado aconteceu, pegando ambos de surpresa.
— Espere, Cody — o jovem, que até então apenas observava a batalha, disse —, chega de mortes! Estamos aqui em busca da paz entre as espécies, então vamos aprisioná-lo até que ele se acalme, depois vamos mostrá-lo que o nosso ideal é melhor!
— Não seja idiota — Nash gritou com dificuldades, ainda lutando contra o controle imposto sobre ele —, se perder essa chance eu irei matar você. Rápido, mago, faça!
O mago chamado Cody lançou a estaca de gelo na sua direção e mesmo que quisesse se defender, não conseguiria, já que mesmo com seu calor derretendo a prisão de gelo, ainda não conseguia se mover. Apenas esperou o impacto, mas antes que o grande projétil o atingisse, o outro jovem se lançou, e com velocidade e força incríveis, cravou suas garras na base da arma, fazendo um movimento para desviar sua trajetória e forçá-la contra o solo, fazendo-a quebrar-se em vários pedaços.
— O que você está fazendo, Matt — o mago gritou —, não vai me dizer que você é um espião e vocês são aliados!
Então, Matt era o nome dele, um belo nome, diminutivo de Matthew. Ele não teria escolhido um nome melhor, mas talvez Amélia teria, ela tinha bom gosto.
— Não é nada disso, Cody — Matt respondeu, virando-se para o mago e ficando de costas para ele —, eu não sei como, mas vejo nos olhos dele que ele está sendo controlado por algo ou alguém. Precisamos tentar libertá-lo ou algo assim!
Nash estava orgulhoso, seu filho era um homem bom e justo, mas não havia espaço para inocência em uma batalha e o preço pago pela compaixão seria alto. Com o gelo fino após o derretimento, ele viu a oportunidade de atacar e mais uma vez, sem conseguir se conter, partiu ao ataque, com Matt ainda de costas, e o golpeou com um chute potente no flanco esquerdo, lançando-o de lado por vários metros e fazendo-o chocar-se contra a proteção da beira do planalto onde estavam.
Nash caminhou lentamente até o rapaz, que se segurava na beira do planalto com uma das mãos apenas. O mago tentou partir para contê-lo, mas uma barreira de pura energia demoniaca se fez à sua frente. A jovem maga, que o tinha sido chamada de Cathe e tinha ido buscar ajuda, retornou com várias criaturas. Duas delas ele conhecia, um Muscaliet que deveria ser o Mestre Kaghan, que apesar de nunca terem se enfrentado, era uma preocupação constante de Lorde King, que o havia traído durante a guerra contra os vampiros, e a Maga chamada de Mãe pelas criaturas que ela abrigava e protegia, sendo a líder da resistência.
— Matt! — a jovem maga gritou, vendo o jovem que se esforçava para não cair, e o monstro que se aproximava lentamente dele.
Algo no desespero da jovem o fez entender que ela sentia algo por Matt, e desejou do fundo do coração que alguém o detesse. Seu filho tinha um ideal, tinha força para lutar por ele e tinha um amor, que parecia ser forte e puro como o seu por Amélia.
— General Nash — o Muscaliet gritou —, porque está fazendo isso?
— Matt disse que ele parecia estar sendo controlado por algo — o jovem mago disse, já parecendo estar bem cansado.
— É a influência do Alfa? — o Muscaliet gritou — Se for isso, você pode lutar contra. Lorde King está morto, ele não pode ter poder sobre você!
As palavras de Kaghan não faziam diferença para ele. Ele queria acreditar nelas e se esforçava para isso, mas na prática era diferente e suas pernas se moviam contra a sua vontade. Chegando à beira do planalto, e observando que estavam a mais de mil metros de altitude, ele se perguntou se o jovem, sendo seu filho, seria capaz de sobreviver à queda.
— Não faça isso, por favor — a jovem maga disse, após sair de um portal a alguns metros deles —, eu vejo em seus olhos que você não quer, então lute contra isso, seja lá o que isso for.
— É linda a sua preocupação, minha jovem — ele disse, contra a sua vontade —, mas eu só estou em dúvida se o mato ou o faço cair.
— Eu vou te ajudar com o seu dilema então — Matt disse, com dificuldades, mas antes de se soltar, ele olhou para a jovem e disse: — Eu tenho umas coisas para te dizer, Cathe, então se a gente se ver novamente eu falo.
Com um sorriso no rosto, o jovem deixou o corpo cair em direção às pedras e árvores que esperavam aos pés da montanha. Nash sorriu internamente, ele entendeu que a intenção dele ao se soltar, era levar a batalha para longe dos seus amigos, e sentiu seu corpo se jogando também.
Por estar mais pesado devido a transformação, ele caía em uma velocidade maior, e certamente alcançaria o corpo do jovem antes que ele se chocasse contra o solo, então preparou as garras afiadas para um último golpe.
Chegando a alguns centímetros do alvo, Nash atacou, mas foi surpreendido pelo jovem, que bloqueou seu ataque com o braço, deixando que as garras cravassem em sua carne, e contra-atacou com um golpe potente com os pés, lançando-o com mais força e velocidade contra as árvores, que agora estavam a poucos metros deles.
Com a força do golpe, o general sentiu seu corpo quebrando várias árvores, até que se chocou violentamente contra o solo e depois contra uma rocha, que também se partiu. A couraça óssea que envolvia seu corpo impediu que ele se machucasse na queda, mas o golpe tinha sido forte o suficiente para lhe quebrar o braço e algumas costelas.
Olhando para o alto ele o viu se aproximar. Asas negras brotavam de suas costas e a sua aparência também tinha mudado: Agora ele era semelhante à transformação glábrica de um lobisomem, mas seu corpo era de um preto fosco, como se sua pele fosse pura escuridão. Seus olhos amarelos eram um contraste, mas mesmo com toda aquela mudança, ainda não via nele qualquer intenção de lutar.
Enfim, ele era realmente o seu filho, e havia despertado os seus poderes de híbrido, mas tinha algo diferente naquela transformação, e Nash não sabia o que era, mas estava feliz em saber que o garoto podia se defender bem, sozinho.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top