III

__ Meia noite...

Pensou o homem sentado em cima de uma tumba no meio de um cemitério velho, parecia cansado, o rosto com alguns arranhões, se perguntou quando se livraria daquela maldição, aquele tormento que o seguia a mais de um século.

Observou a lua cheia no céu e ouviu o uivo de um lobo, aquela era a hora preferida das criaturas noturnas, a hora em que saiam pra caçar e se divertir, era a hora mais dolorosa para ele. Um ser amaldiçoado por uma maldita bruxa.

Valerie, era esse seu nome, tinha conhecido-a no passado, e em menos de uma semana ele era um ser condenado a vagar pelo mundo na forma de um animal solitário.

__ Você está horrível Jeff.__ Ouviu alguém dizer e sorriu quando um jovem se aproximou dele.__ Não me diga que voltou a morar naquela pensão velha e imunda com sua irmã?

__ Você fala como se ela não fosse sua irmã também.__ Disse ele. O garoto mais velho ainda estava irritado e isso não era bom.__ Se esqueceu que somos irmãos? Que você também vivia naquela casa?

Era uma velha casa em uma rua um pouco deserta e pobre, no entanto era um local onde tinha muitas lembranças, lembranças de quando ainda era jovem.

De antes da maldição. Não iria admitir que alguém falasse daquela forma de seu local sagrado. Nem mesmo um de seus irmãos.

__ Eu tomaria cuidado com suas palavras Etan.__ Continuou ele ainda imóvel, os olhos fitando a escuridão a sua frente.__ E eu pelo menos tenho uma pensão velha, não durmo em um mausoléu velho.

__ Arrogante como sempre.__ Disse o jovem, sorriu, uma risada fria e curta.__ Meia noite. O momento doloroso. O que vai fazer hoje eim? Comer um rato ?

Irritado Jeff se ergueu e virou para encarar o irmão mais velho.

__ Nada, não farei nada, apenas irei esperar o dia amanhecer.__ Disse ele os punhos fechados, a pupila dos olhos dilatadas e totalmente amarelas como as de um animal felino.__ E ao contrário do que pensa, eu não caço e nem como ratos, sou tão humano quanto você seu idiota.

__ Bom o que pensar de um felino como você não é mesmo.__ Disse etan e deu de ombros.__ Um assassino arrogante quando humano, e um felino indefeso depois da meia noite? Não me parece assim tão ameaçador.

Com um sorriso de deboche Jeff deu um passo a frente e rosnou, etan podia até ser maior, mais forte, e mais velho, mais nunca iria ser melhor que ele. Apesar de sua Aparecida debilitada e frágil quando amaldiçoado ele sabia bem o fardo que carregava nos ombros.

__ Eu que o diga meu amigo...__ Disse ele seriamente e tremeu. __ Não se esqueça de minhas especialidades, eu dou muito azar não sabia disso irmãozinho?

Sentiu sua visão ficar turva, seu corpo encolher até a forma de um pequeno felino cujo os pelos no corpo eram tão negros quanto a escuridão que cercava o cemitério, um pássaro noturno voou e pousou sobre uma cruz a alguns passos dele e grasnou irritado, mais um amaldiçoado como ele, mais precisamente uma garota que assumia a forma de um corvo.

Ao seu lado etan assumira a forma de um lobo e uivou novamente, era a hora de cumprir suas maldições, vagar pela escuridão da noite a procura de algo que os mantivesse entretidos.

__ Achei vocês seus idiotas.

Ouviu alguém dizer e olhou para o lado, mesmo em sua forma amaldiçoada ele ainda podia se comunicar, todos com a exceção do homem que se aproximava podiam se comunicar por telepatia.

O que pra ele era uma vantagem. Apesar de ter a forma de um simples gato negro, ele era um exímio assassino em sua forma humana.

__ Ariel onde esteve o dia todo ? Não me diga que estava secando veias por aí?__ Disse ele, a voz ecoando friamente na cabeça do irmão.__ Você não parece bem ?

__ Estou faminto. E irritado.__ Disse ele, as presas visíveis, os cabelos bagunçados e negros, os olhos vermelhos, a pele pálida. __ Diferente de vocês três eu não assumo minha forma humana, e não posso sair durante o dia.

__ Rapazes não comecem a brigar.

Era Elza, sua irmã mais nova, de todos ali, sua maldição era a pior de todos, ela podia voar pelo céu mais eles sempre a protegeriam, era indefesa, e uma presa fácil de seus inimigos. Abriu as asas irritada e grasnou.

__ Acho melhor cada um seguir seu caminho até o amanhecer. __ Disse o lobo antes de saltar sobre um túmulo. O corpo peludo e forte, rosnou e olhou para trás.__ Não arrumem confusão, e voltem vivos para casa.

__ O mesmo para você etan. __ Disse Jeff, e observou seu irmão desaparecer na escuridão. Sem dizer nada, elza voou para longe.__ E você Ariel, não vai me passar sermão como sempre?

Perguntou quando o vampiro se sentou ao seu lado e tocou sua cabeça, mesmo brigando os quatro sempre protegiam uns aos outros, sempre voltavam pela manhã. Tanto Ariel quanto Jeff lhe passavam sermões, até mesmo quando eram todos humanos.

A velha pensão e seus irmãos eram as únicas coisas que ainda tinha de seu passado.

__ Não, não vou, você já é bem grandinho, sabe o que fazer.__ Disse ele e se ergueu, as mãos frias dentro dos bolsos do casaco.__ Além disso Etan é um babaca. Só está irritado, em breve ele irá se tocar que ficar por aí como um cachorro não é bom e então vai voltar pra casa.

__ Se você diz.__ Disse ele e sorriu, ouviu seu irmão suspirar cansando e depois sair.

Sozinho ele se ergueu e sacudiu seu pelo negro, observou ao longe a silhueta de seu irmão desaparecer na escuridão.

Talvez um dia todos voltassem a viver normalmente suas vidas normais, não teriam que viver isolados do resto da humanidade, e nem se transformar toda noite em animais noturnos.

Talvez um dia ele pudesse amar novamente sem ter medo de se machucar ou machucar alguém.

🔮🔮🔮🔮🔮🔮

__ Ainda falta muito...

Perguntou Helena ao motorista do táxi que pegara no aeroporto, estava exausta, teria que começar a procurar um emprego ainda naquela semana. Isso se quisesse sobreviver a sua nova vida.

__ Não senhora... Em breve chegaremos ao seu destino.

" Destino ". Pensou ela, sentiu os olhos lacrimejarem e mordeu a parte interna da boca. Lembrou-se do que era antes de está ali, antes de perder tudo. Antes daquela manhã, ela era uma típica herdeira de um milionário, mais acabara perdendo tudo quando seu pai fora preso sobre acusação de fralde, segundo sua irmã mais velha, seu pai havia roubado diversas pessoas, todos banqueiros e empresários.

Agora, depois de condenado a anos de prisão, tudo que tinham havia sido tomado pelos credores. Até mesmo a casa em Nova York. Não tinham mais nada. Sua irmã mais velha Angelina iria morar em Orlando com sua mãe.

Ela pelo menos havia se saído melhor no fim de tudo, além de ir morar com sua mãe, uma ex atriz de teatro, ela havia conseguido de alguma forma, uma boa parte do dinheiro de seu pai.

Pelo menos a parte que não estava envolvida em toda aquela sujeira que manchara seu nome. Agora ela estava sozinha, sem nada e ninguém, sua mãe morrerá quando ela ainda era pequena. Fora criada por sua madrasta, e sua meio irmã mais velha ao qual detestava.

Aquele era seu destino agora. Um maldito destino ao qual teria que suportar. Talvez fosse melhor assim, mesmo tendo crescido no meio de uma alta sociedade no qual o dinheiro era o centro das atenções ela nunca havia se sentido realmente uma garota rica.

Nunca fora mimada como Angelina, e nunca tivera os mesmos privilégios que a mesma. Tudo que tinha agora eram cinco mil dólares deixados por sua avó que havia falecido naquele mesmo ano. Teria que sobreviver até conseguir um emprego e um local para ficar.

__ Pronto senhora.

Ouviu o motorista dizer arrancando-a de seus pensamentos, observou-o da a volta no carro e abrir a porta.

__ Ah, desculpe esse é mesmo o endereço senhorita?__ Perguntou o homem e ela olhou para onde ele olhava.

Era uma mansão velha, datada do século XX, e que agora servia como pensão para turistas. Fora o único local mais barato que encontrará para ficar. Tinha visto o catálogo do local em um site na internet.

Mais agora que observava o lugar se perguntou se realmente queria ficar ali. Não havia nenhuma casa com vizinhos próximos, e só então percebeu que o local era um pouco afastado da cidade.

Sentiu um arrepio quando olhou para a mansão novamente, o local todo tinha um aspecto sombrio e desolador. As janelas com vidraças vitorianas pareciam sujas e não havia uma luz se quer que indicasse que morava alguém ali.

Parecia tudo tão deserto que ela
corgitou a possibilidade de procurar outro lugar. Mais não, algo lhe dizia que deveria ficar ali.

__ Sim... É aqui mesmo.__ Disse ela e entregou algumas notas de dinheiro ao homem.__ Parece um pouco afastado da cidade, mais é o local certo para uma escritora freelance.

__ Certo. Bem este é o meu cartão.__ Disse o homem ao puxar do bolso da camisa um cartão branco com seu nome, um número de celular e sua foto logo a baixo.__ Se precisar de algo é só me ligar.

__ Nuito obrigado senhor.__ Disse ela gentilmente.

Observou-o entrar em seu táxi e sair, sozinha ela olhou para a casa e inspirou profundamente. Mesmo com a aparência assustadora e sombria aquele seria seu novo lar.

Segurou na alça da mala e começou a andar em direção a casa.

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__ Que tedio...

Disse Elza, estava sentada próxima á janela, os olhos observando atentamente o céu azul daquela manhã, os cabelos em um coque perfeito, estava impecável naquela manhã, inspirou profundamente antes de pegar a velha revista com a capa da vogue sobre um criado mundo e se ergueu.

__ Isso é por que você não faz nada sua preguiçosa.__ Disse Etan e Jeff sorriu.

__ Sem os clientes que vem aqui para passarem uma noite ou o dia já teríamos morrido de fome.__ Disse Jeff enquanto organizava uma pilha de livros.

A velha mansão que herdara quando ainda era humano funcionava como pensão para turistas, e o dinheiro arrecadado com o aluguel dos quartos era guardado para suprir a necessidade dos quatro irmãos.

A ideia havia partido de etan, quando voltará de Paris, um ano antes, quando ele e Ariel resolveram fazer as pazes e se mudarem para Londres assim como Elza que vivia na América do Sul.

Ele se encarregara de criar um site na internet com catálogos e informações sobre a pousada, com a ajuda de um velho feiticeiro e uma bruxa que vivia na cidade anos antes eles conseguiram reformar o prédio por dentro, de uma forma que agradasse a todos que viessem se hospedar.

Eles vinham de todas as partes, tanto criaturas do submundo quanto humanos. Até mesmo caçadores haviam se hospedado ali. Havia um símbolo do tratado de paz entre os clãs, na porta, o que significava que qualquer membro do submundo era bem vindo.

O último cliente daquela temporada de inverno havia se retirado naquela manhã. Um bruxo que estava somente de passagem e que retornava para Rússia naquela manhã.

__ Você é mulher, deveria receber os clientes.__ Continuou Jeff e ela ergueu as sobrancelhas.

__ O que dizer com isso? Por acaso tenho cara de...

__ De preguiçosa ? Sim.

__ Vocês são uns idiotas seus babacas...__ Disse ela e jogou a revista sobre etan que a aparou.

__ E você uma menina mimada.

Disse etan e ela saiu irritada, os passos duros subindo os degraus da escada. Sozinhos os dois irmãos sorriram ao ouvirem o barulho de uma porta bater.

__ Que cheiro é esse?

Disse etan e Jeff fechou os olhos e sorriu no momento exato em que a campainha tocou, um novo cliente havia chegado e pelo cheiro de perfume adocicado e o som de um coração batendo ele deduziu que fosse uma garota, uma garota humana.

__ Uma humana. E ela tem um cheiro bom.__ Disse Etan e deu um passo a frente, o sorriso largo e malicioso no rosto.__ Bem, não é todo dia que temos um humano aqui, e com um cheiro tão bom...

__ É melhor se controlar, lembre-se do tratado de paz.__ disse Jeff e respirou profundamente antes de caminhar até a porta.__ Olá bom dia, me chamo Jeff.

Disse ele ao abrir a porta, encarou a garota parada em frente a porta e sorriu gentilmente, além de cheirar bem ela era muito linda, o tipo de beleza que representava perigo.

Não, pior que isso, ela tinha algo a mais, além de um coração humano, carregava algo que somente um amaldiçoado ou ser que pertencesse ao outro mundo poderia sentir. Ela carregava uma maldição.

Uma maldição pesada e perigosa.

__ Bem eu sou Etan e desculpe meu irmão babaca e babão senhorita...__ Ele ouviu Etan disser antes de pigarrea e se aproximar.__ Vamos entre por favor.

Sem emoção ou surpresa alguma a jovem apenas entrou e sorriu quando etan pegou sua mala de rodinhas. Ainda impressionado ele fechou a porta e suspirou cansado, antes de se voltar a sua nova visita.

Aquilo nunca havia acontecido antes, ficar tão impressionado com a beleza de uma garota, nem com seu cheiro, muito menos com a força sombria e doce que trazia com ela. Já tinha visto muitas mulheres naquele local, mais nenhuma delas era tão bela ou que representasse um perigo ameaçador.

__ Ah bem essa é a sua chave.__ Disse ele ao se recompor, pegou uma uma chave no mural cheio de chaves e entregou a ela.__ E desculpe minha idiotice agora pouco, é que estava esperando alguém e pensei que ...

__ Tudo bem, não se preocupe.__ Disse ela gentilmente ao receber a chave, o sorriso cordial e um pouco cansado, parecia exausta, como se não tivesse dormido bem ou tivesse feito uma longa viajem.__ Me chamo Helena Voight.

__ Eu me chamo Jeff, e seja bem vinda ao hotel pousada dornunt.__ Disse ele e sorriu, em silêncio etan pegou as malas da jovem e encarou desconfiado.__ Etan irá acompanha-la até seu quarto.

__ Ok, e obrigado.__ Disse ela e caminhou até a escada, logo a sua frente etan caminhava levando sua mala.__ E  senhor dDornunt, onde posso encontrar um local para almoçar?

__ Vem aqui nos temos tudo.__ Disse ele e apontou para um mural na parede ao lado das chaves.__ Café da manhã as sete e meia, almoço as onze e jantar as sete e meia.

__ Ah que bom, então até o almoço.

__ Não se preocupe qualquer coisa é só avisar.

Disse ele antes dela começar a andar, ouviu o começo de uma conversa amigável com etan que parecia bem interessado na nova hóspede. Talvez o cheiro de encrenca que ela trazia com si houvesse despertado algo no lobo. Ou talvez estivesse fazendo aquilo por que sabia que ele havia gostado de Helena.

Havia alguma coisa nela, algo diferente de todos os humanos que já havia visto ali, era como se não fosse totalmente humana, havia algo sombrio que a perseguia, um tipo de poder sobrenatural. Talvez uma maldição.

Teria que investigar, não poderia deixar nada que representasse perigo para ele e seus irmãos, não quando seus inimigos poderiam descobrir sua localização. O pacto entre os clãs, A casa noturna e o departamento sobrenatural os protegiam, mais ainda não era o suficiente. E aquela garota, ela representava perigo.

__ Ela tem uma maldição pesada sobre si.__ Disse Etan quebrando o silêncio. Seu irmão também havia percebido.__ E não é só isso, parece que ela desconhece a maldição que carrega, e também parece está fugindo.

__ Não podemos deixá-la ficar aqui por muito tempo.__ Disse Jeff e um calafrio o atingiu no exato momento em que elza desceu apressada as escadas e os encarou.__ Elza o que houve?

__ Vou sair com um amigo.__ Disse ela e pegou a chave do velho jaguar sobre um criado mudo.__ E não se preocupem voltarei antes das dez.

__ É bom mesmo, temos uma reunião no porão as dez e meia não se atrasse. __ Disse etan e ela soltou uma risada.__ É  sério Elza, muito sério mesmo.

Confusa ela se virou e encarou Jeff e baixou a cabeça em silêncio.

__ Está bem, vou voltar antes disso.

Disse antes de sair. Pegando um casaco sobre uma das poltronas próximas a janela etan respirou profundamente antes de caminhar até a porta, estava preocupado.

__ Jeff, tome cuidado, vou ver como Ariel está.__ Disse ele e abriu a porta.__ Fique de olho na garota e não se aproxime tanto.

__ Não se preocupe ficarei de olho até todos voltarem.

Disse ele e etan saiu. Sozinho ele engoliu em seco e observou o velho relógio de pêndulo na parede e caminhou até ele.

Ela não era a única a ter segredos, havia algo sobre ele que nem mesmo seus irmãos sabiam. Algo cruel e assustador que o impedia de dormir a noite, um segredo ao qual seus irmãos o odiariam se soubessem.

__ Não vou deixar que façam mau a minha família novamente.__ Disse ele.

Puxou uma alavanca próximo a cabeça de um urso na parede e adentrou uma pequena passagem que surgiu entre as paredes e acendeu um velho lampião, desceu as escadas que levava a uma sala com altar e acendeu algumas velas sobre um pilar.

Se aproximou de uma bola de cristal com a cor azul e sorriu maliciosamente quando sua nova hóspede apareceu em uma imagem preto e branco.

Tinha roubado aquela quinquilharia velha e antiga de uma feiticeira morta ainda no século vinte por um caçador. Tinha aprendido magia antiga e a forma certa de usar o objeto a seu favor.

Era assim que descobria tudo que seus irmão faziam em suas formas humanas e era assim que sabia se os clientes representavam ameaça a ele e sua família. Por mais que aquilo fosse crime, e contra as regras ele não ia tão longe, não que olhasse os clientes durante o banho ou sono, apenas se notificava no primeiro dia o nível de ameaça.

Ninguém, nem mesmo seus irmãos sabiam sobre aquilo. Se soubessem as coisas ficariam sem controle.

__ Agora vamos descobrir quem é você senhorita Voight.

Pensou ele e sorriu malicioso ao encarar a imagem da garota que carregava consigo um fardo pesado e uma maldição da qual nem ela mesma sabia.

⚰⚰⚰⚰⚰⚰⚰

Helena sabia que era um sonho e precisava acordar, mais ainda assim ela decidiu seguir o fantasma da jovem até o cemitério e tremeu quando ela olhou para trás, conhecia aquela mulher, a feição, o rosto, os olhos, o semblante triste, observou-a entrar em uma espécie de altar e desaparecer, observou a sua volta e tremeu quando um gato negro e de olhos verdes surgiu em cima do altar e a encarou, os olhos hipnotizantes, sentiu o ar a seu redor ficar frio.

__ Helena....

Ouviu um sussurro e gritou quando o animal felino rosnou em sua direção, havia algo de estranho nele, era como se ele estivesse crescendo, se transformado em algo assustador, um mostro de olhos verdes, ouviu uma risada e algo tocar seu ombro no momento exato em que o animal saltou em sua direção...

Acordando assustada e com o coração acelerado helena se abraçou quando um vento frio entrou pela janela, tinha esquecido as persianas abertas, o vento soprando as cortinas, sentiu um arrepio e tremeu. Tinha tido um pesadelo, nunca gostará de gatos, eles lhe davam medo e arrepios até mesmo quando era criança.

Respirando profundamente ela fechou os olhos e ouviu o som do relógio bater soar ao longe, depois o som da porta sendo aberta, olhou para a entrada da porta e observou assustada quando um gato negro e de olhos verdes se lançou sobre a cama e a encarou da mesma forma que vira em seu sonho, os olhos hipnotizantes e verdes, então ele começou a caminhar em sua direção e ela gritou quando um sussurro ecoou por todo o quarto.

__ Helena....

.....

Continua....

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