II


Era sempre a mesma imagem nos últimos dois anos desde que pegara a estrada em busca de justiça, e mesmo sabendo que era um sonho Holly Dane não queria acordar, tinha gravado em sua mente casa detalhe daquela noite, principalmente o rosto do homem que causará toda aquela confusão em sua vida.

Estava seguindo aquele bando de vampiros desde o acontecido, eles sempre paravam em uma cidade, matavam e se alimentam o quanto queiram e partiam sempre ao anoitecer de sete dias, tinha matado alguns ao longo daquela viajem, descoberto algumas informações. E agora eles haviam parado ali, no Texas, onde já tinham feito algumas vítimas.

Tinha pego a famosa rota 66, parado em alguns motéis na beira de estrada para descansar, passado próximo a algumas cidades fantasmas do estado.

Não tinha mais medo daquela vida, seu único medo eram os frequentes pesadelos que vinha tendo nas últimas noites. Como aquele que tivera, estava tão cansada e com sono que parar naquele motel próximo a cidade fora sua única opção.

Mais como sempre, despertara mais uma vez no meio da noite, suando frio e agarrada a arma que sempre deixava embaixo do travesseiro. Tomou um pouco da água que continha dentro de uma garrafinha sobre o criado mudo, se deixou cair sobre a almofada com cheiro de mofo e bufou.

Aquele tinha sido um dia cansativo, a cidade em que estava agora era uma pequena vila residencial que ficava a alguns quilômetros de Dallas, no Norte do estado do Texas, tinha alugado um quarto em um velho hotel próximo a um restaurante, estava ali há três dias, tinha andando pela cidade durante o dia, tinha conferido algumas casas vazias e a venda em busca de alguma pista ou de algum grupo de vampiros mais não encontrará nada, a cidade estava limpa.

Pelo menos era o que pensava até uma noite atrás quando uma garota desapareçera depois de sair com o namorado, o garoto era o principal suspeito até seu corpo ser encontrado dentro de um quarto de hotel, o mesmo hotel em que estava agora.

As vítimas provavelmente eram de Dallas, onde com certeza havia uma grande concentração de vampiros, aquele seria seu próximo passo na manhã seguinte.

Alguma coisa lhe dizia que os vampiros que procurava estavam ali, naquela cidade, e que alguma coisa ruim iria acontecer. Os gemidos de um casal no quarto ao lado a fizera revirar os olhos e tapou os ouvidos com a almofada.

Fechou os olhos e as imagens daquela noite invadiram sua mente novamente.

Era sempre a mesma coisa todas as noites, os gritos das pessoas na festa, o sangue em alguns locais e as pessoas correndo, um pesadelo real diante de seus olhos, o corpo de seu irmão gêmeo sangrando diante de seus pés. Aquilo era mais que um pesadelo, era um pedaço de sua vida que jamais iria esquecer.

Nem mesmo quando os pais a culparam pelo ocorrido, o olhar triste e carregado de ódio de sua mãe, o despresso de seu pai e sua irmã mais nova, nada daquilo fora o suficiente para lhe fazer mudar de ideia, tinha visto algo naquela noite. Tinha sua parcela de culpa em tudo aquilo.

Se não tivesse ido ali, se não houvesse ido até aquela festa, Clowd estaria vivo, e ela estaria em casa com sua família.

Nada daquilo teria ocorrido, ainda seria a mesma Andy Balow, a estudante da J. h. High Scoll, e que sonhava em entrar para a Universidade em Londres. Tinha mudado de nome, identidade, e personalidade. Não era mais uma garota insegura, mimada, era agora uma mulher forte e cheia de ódio, uma garota que buscava vingança. Que não exitava em matar vampiros.

Levara alguns anos para se acostumar com aquela nova vida, tinha aprendido a sobreviver sem seus pais, quando os abandonará em Manhatam, pegara apenas seu velho Opala, algumas roupas e calçados e dinheiro, fugira no meio da noite. Sem deixar rastros, sem ninguém saber, talvez seus pais não sentiriam sua falta. E não sentiam, essa era a verdade que havia constatado desde que desaparecerá.

Era melhor assim. Precisava daquilo.

Não aguentava mais os olhares tristes e carregados de despresso de seus pais, não aguentava mais aquele lugar.

Tinha contado a polícia e a sua família o que tinha visto, dos vampiros, do ataque. Mais ninguém, nem mesmo sua mãe acreditará naquilo, fora chamada de louca, e devido a alta quantidade de álcool em seu sangue, a polícia afirmara que tudo que tinha visto fora causado pelo álcool.

Tinha bebido alguns drinks mais não estava assim tão mal. Tinha saido da festa com Estela por alguns minutos, e quando voltará, tinha si deparado com todo o horror daquela noite.

Fora culpa sua, tinha ido naquela festa escondida dos pais, e Clowd fora buscá-la, mais não imaginava que aquilo aconteceria, lembrava perfeitamente dos garotos misteriosos e bonitos da festa, e logo depois dos mesmos atacando algumas garotas como animais sedentos, os gritos ainda estavam frescos em sua mente, assim como as lágrimas de sua mãe no velório de Clowd.

Tinha gravado até mesmo o rosto ensanguentado do irmão enquanto era morto tentando se defender da criatura, era como se sentisse a dor que ele sentia enquanto a coisa o estracalhava, enquanto sugava seu sangue.

Vira tudo imóvel, sem palavras e assustada, não entendia ainda como ele a deixará viver, estava tão perto, poderia ter feito algo, gritado, queria correr mais as pernas estavam bambas, quando percebeu estava ajoelhada próxima ao corpo coberta pelo sangue de seu irmão, enquanto as criaturas corriam quando o sol começará a despertar. E então gritou, um grito de dor e fúria.

Ninguém havia acreditado nela quando contara a polícia sobre o que tinha visto. Por isso sairá da cidade, comprará uma arma e aprenderá sobre aquelas coisas, sobre os vampiros, como poderiam ser mortos e encontrados, estava seguindo os rastros dos vampiros daquela noite, a mais de um ano, tinha matado alguns e descoberto o nome do líder do bando, sabia que era perigoso, sabia que poderia ser morta. Mais fazia aquilo por vingança, mataria os desgraçados e vingaria seu irmão.

Descobrira que existiam muito mais vampiros no mundo do que aquele bando, e que além deles existiam outras criaturas vagando entre as pessoas lá fora. Ainda com os olhos fechados ela sentiu um arrepio trespaçar seu corpo e abriu os olhos no momento em que ouviu um grito agudo e fino vindo de um dos quartos ao lado, se ergueu ofegante e pegou a arma e caminhou até a porta, olhou o corredor silencioso lá fora e engoliu um seco quando a porta ao lado se abriu e uma garota saiu sorrindo no colo do namorado.

__ Droga...

Pensou e sorriu ao esconder a arma na cintura, era apenas uma garota boba e mimada comemorando um pedido de casamento, voltou para dentro do quarto e fechou a porta, pós a arma embaixo do travesseiro e respirou profundamente antes de fechar os olhos e voltar a dormir.

Teria um dia cansativo pela manhã, e alguma coisa lhe dizia que estava seguindo a pista certa, era como se sentisse que algo a arrastava até ali, algo ruim.

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Uma vítima. Somente uma vítima era o que Hugh havia prometido a si mesmo que faria naquela noite, mais fora impossível, quando deu por si estava cortando a garganta da jovem e tomando seu sangue, e logo em seguida o rapaz que estava com ela, estava faminto, tinha secado todas as suas garrafas de sangue enquanto dirigia até aquela cidade próxima a Dallas, no Texas.

Estava seguindo Tommy e seu bando de recém transformados, queria vingança. Tommy o matará cinquenta anos antes, na véspera de seu casamento, havia lhe transformado em um vampiro e matado sua noiva e todos os convidados, o fizera beber de seu próprio sangue até que se transformasse naquele monstro coberto de pecados.

Então decidira se vingar, tinha chegado no hotel antes do sol nascer e alugado um quarto, onde descansará até a noite, estava com fome, e o cheiro do sangue correndo nas veias das pessoas, seus pensamentos, o som dos corações batendo, tudo aquilo estava enlouquecendo-o, e quando percebeu havia invadido o quarto ao lado onde um casal transsava loucamente, matará os dois, o sangue fresco e quente havia aliviado sua sede por um tempo.

Tinha forjado um falso assassinato, cortado a garganta da jovem com uma faca, enviara o objeto no peito do rapaz para que quem quer que encontrasse o corpo, pensasse ser um caso de assassinato seguido de suicídio.

Precisava está forte se quisesse matar seu inimigo, vinha perseguindo tom a muito tempo, mais ele sempre desaparecia deixando um terrível rastro de mortes e sangue por onde passava.

Da última vez que o vira fora uma noite antes de tentar impedir que ele e seu grupo massacrassem alguns jovens em uma festa particular em Manhatam.

Mais falhara, chegara tarde demais. Depois disso os seguirá até ali, sabia que em breve tom partiria e deixaria o mesmo estrago de sempre para trás.

Mais não contava com uma coisa, uma caçadora de vampiros, ela também estava seguindo tom, tinha até matado alguns vampiros no caminho.

No início não a reconhecera, e não dera muita importância a isso, não até vê-la matar um vampiro na estrada, ela procurava informações sobre Tommy, estava no caminho certo, tinha que admitir, no entanto ficaria de olho nela, poderia representar um inimigo. Uma ameaça.

A reconhecera da festa em Manhatam, e até onde poderá perceber ela havia sobrevivido ao ataque, mais perdera alguém importante, e isso a deixará carregada de ódio e uma furia implacável que a levara até ali. Sabia que ela estava em um dos quartos daquele motel, tinha chegado antes dela e a sentirá assim que acordou.

Por isso decidiu descobrir pessoalmente informações sobre ela.

Saiu de seu quarto, esperou que um casal de jovens saíssem de um dos quartos, e caminhou calmamente até onde a jovem se encontrava, e sorriu antes de entrar no quarto, sentou-se em um lado da cama e a observou, a fraca luz da lua iluminava seu rosto, era jovem, deveria ter entre 18 a 20 anos, cabelos negros.

Fechou os olhos e sentiu um calafrio ao ouvir o som de seu coração batendo. Realmente era ela, a garota que vira na festa, a mesma que vira aos beijos com um cara mais velho dentro de um carro, e a mesma que esbarrou em seu braço e derramará bebida em seu casaco.

Lembravasse vagamente de seu rosto, era bela, e tinha um olhar encantador, mais isso não escondia o instinto assassino e frio que havia em sua mente, sentiu-a se mover sobre a cama e espreitou os olhos, estava tendo um pesadelo, um terrível pesadelo, cuja as imagens eram as mesmas do ataque em Manhatam, gotas de suor se formaram em sua testa, as mãos apertaram o lençol envolta do corpo, o coração acelerado. Parecia apavorada.

__ Quem é você...

Se perguntou e pegou uma mochila próxima a cama, a abriu e encontrou algumas armas, estacas e um crucifixo, rosnou quando tocou o objeto e sua mão começou a queimar. Havia alguns papéis em outro bolso, um mapa velho com os locais por onde passara marcados com caneta vermelha, alguns produtos de beleza e roupas, e uma carteira com seus documentos.

A maioria eram identidades falsas, distintivos falsificados, uma licença para porte de armas de fogo, várias carteiras com cigarros e um cantil cor prata com bebida dentro, documentos do carro e uma carteira de motorista.

Se chamava Andy Balow, e era de Manhatam, tinha 20 anos. Mais havia falsificado outra identidade e se chamava Holly Dane, uma jovem de vinte anos que morava em Illinois. Esperta, pensou enquanto fechava a mochila a colocava no mesmo lugar. Ela tinha se preparado antes de começar aquela jornada. Tinha armas eficientes, e sabia como se defender, tinha um possível inimigo a altura.

__ Clowd...

Ouvia-a sussurrar e a encarou, havia medo e raiva naquele sussurro, lágrimas rolaram em sua face e então antes que pudesse se quer se mover ela abriu os olhos, seus olhares se encontraram e ela prendeu a respiração antes de pegar á arma embaixo do travesseiro e apontar em sua direção.

__ Droga...

Ouvi-a dizer e se aproximou rapidamente dela, tomou a arma de sua mão e a encarou sorridente. Ela tentou se mover mais ele segurou suas mãos e tapou sua boca antes que gritasse.

__ Você vai esquecer tudo isso aqui.__ Disse ele e olhou profundamente em seus olhos verdes.__ Isso é apenas mais um pesadelo. Você voltara a dormir.

Disse ele e ela fechou os olhos calmamente, deixou espacar um suspiro, o coração batendo calmamente. Inspirou e a soltou, a cobriu com o lençol e se ergueu.

A olhou uma última vez e saiu, voltou para seu quarto e fechou a porta e a janela, em breve iria amanhecer, e mesmo que já estivesse acostumado a luz do dia, mesmo que a luz do sol não tivesse mais tanto efeito assim sobre sua pele, precisava está bem na manhã seguinte.

Pensou novamente em Holly e sorriu, tinha a sensação de que a veria novamente.

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Sabia que aquilo era mais que um pesadelo, fora real, os olhos vermelhos, a pele das mãos e do corpo pálidos e fria, a voz grossa e gentil, havia alguém naquele quarto, alguém que não conhecia, observando-a enquanto dormia, ela pensara ser um sonho e
até olhar as gravações da câmera que deixará ligada no quarto, era um vampiro, ele havia vasculhado suas coisas e apagado sua mente para que não se lembrasse dele.

Não se lembrava exatamente de nada que ele havia dito, nem por que a deixará viva, poderia muito bem ter matado-a como fizera com um casal em um dos quartos, mais a deixara viva e desapareceu, deixando-a dormindo novamente. Com a exceção de seu rosto pálido, e de sua voz não conseguia se recordar de mais nada.

Parecia inacreditável o que via na gravação, tinha que tomar mais cuidado, ser mais cautelosa. Tinha que descobrir quem era aquele vampiro e saber o que ele queria, por que a deixará viva.

Por isso na manhã seguinte quando acordou procurou pelo dono do motel e tentou obter alguma informação, mais tudo que descobriu foram informações vagas, o desgraçado havia apagado a mente do velho assim como fizera com ela.

Mais pela imagem na gravação havia notado algumas características do vampiro, era alto, forte, e tinha olhos vermelhos, não era muita coisa. Por mais que ele houvesse apagado uma parte de sua memória para que não se lembrasse de seu rosto, ela estava conseguindo lembrar da voz e de seu rosto.

Um rosto pálido, não muito magro, olhos vermelhos, nariz aquilino, e boca rubra, a barba rala por fazer, cabelos negros e curtos.

Tinha a impressão de já ter visto-o antes, em algum lugar. Só não lembrava onde. Mais iria descobrir. Para sua própria segurança teria que descobrir.

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Passara a manhã na cidade a procura de uma pista, visitara alguns algumas casas vazias a procura de algo mais não encontrará nada, nem mesmo um possível ninho de vampiros.

Tudo que encontrara fora uma mansão que abrigava algumas criaturas do submundo, não tinha nada contra as outras criaturas, assim como eles odiava os vampiros em especial aquele que matará seu irmão.

Tinha conseguido identificar várias criaturas naquela cidade, dentre eles uma bruxa que se passava por vidente em uma pequena lojinha de conveniências.

Passara a tarde visitando prédios e até mesmo uma velha capela vazia próxima a um cemitério. Está por sua vez seria palco de uma festa que aconteceria a noite.

Aquele era o local perfeito para um massacre, pensará enquanto dirigia até o hotel em que se hospedara naquela manhã alegando ser uma escritora recém formada que escreveria uma história sobre Dallas.

Segundo a síndica do prédio, uma velha de 65 anos, coisas estranhas como assassinatos e desaparecimentos estranhos vinham acontecendo frequentemente na cidade, crianças, jovens, adultos e até mesmo animais, a única justificativa da polícia é que um possível maníaco estava a solta.

83 pessoas já haviam morrido, ou estavam desaparecidas nas últimas semanas, dentre eles uma criança, uma menina de 10 anos que desapareçera na porta da escola.

O mais estranho é que ela havia desaparecido pela manhã, o que significava que os vampiros tinham a ajuda de algum subjugado, pessoas que adoravam vampiros em troca de serem mordidos e conseguirem vida eterna.

Mais ninguém vira alguém se aproximar da menina, o que significava que os vampiros estavam sobre a proteção de algum feitiço, e que com certeza havia uma bruxa negra no bando, era comum a União dos dois clãs, o objetivo era o mesmo, controlar o mundo.

Passou o resto do dia afiando suas estacas e facas, carregando as armas que carregava no porta malas, depois comprou algumas roupas em uma loja no centro da cidade.

Precisava de algo que não demonstrasse que ela se parecia com uma caçadora de vampiros, os vampiros que escaparam antes poderiam reconhece-la e aí seu plano de pegar o vampiro que matara seu irmão seria um fracasso e ela teria problemas.

Pensou no vampiro que vira na noite anterior e tremeu, ainda estava se perguntando por que ele a deixara viver, havia algo de estranho naquele homem, além da sensação de conhecê-lo, ele tinha algo ruim em si, não só seu olhar frio e sombrio, mais um objetivo que o tornava mais que um predador.

Mais que um simples vampiro. Tinha a sensação de que o veria muito em breve.

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As exatas 10 da noite a festa havia começado com uma banda de Heavy Metal tocando em um palco improvisado ao lado de alguns túmulos.

Havia muitas pessoas naquela festa, garotas e garotos trajando suas jaquetas de couro preta, alguns motoqueiros bebendo próximo a suas motocicletas, um grupo de punks em suas roupas rasgadas e com piercings no rosto e nas orelhas.

E lá estava ela encostada em uma árvore vestindo uma calsa de couro preta e uma regata branca por baixo de uma jaqueta Jeans, os cabelos soltos, observava discretamente cada pessoa a sua volta, sabia que ela guardava uma estaca dentro da jaqueta, e muitas outras armas dentro do carro estacionado não muito longe dali.

Observou a garota durante alguns minutos e sorriu antes de tomar uma dose de bebida, pelo visto teria uma boa diversão naquela noite, e foi por isso que começou a caminhar em sua direção, era hora de conhecer melhor sua nova presa.

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__ Então você vem sempre nessas festinhas ?

Holly não queria acreditar no que via, era o vampiro, estava bem ao seu lado, vestido exatamente com as mesmas roupas da noite passada, segurava um copo descartável com uísque puro, rescostou-se na árvore e sorriu quando ela cruzou os braços.

__ Sorria naturalmente.__ Pensou e sorriu em sua direção.__ Como se não o conhecesse, talvez ele a deixe em paz.

__ Não me parece o tipo de garota que frequenta esses locais.

Em resposta ela apenas sorriu e o encarou, até que para um vampiro ele era bonito. Era exatamente como lembrará. Sabia que ele estava tramando algo, e conferindo se ela realmente o esquecera.

__ Não, estava esperando alguém.__ Disse ela, forçou um sorriso.__ Mais fui feita de idiota. Levei um fora.

__ Você quer sair daqui?__ Perguntou ele e ela engoliu em seco.__ Eu também fui feito de idiota.

__ Eu nem conheço você, por que acha que faria isso?__ Perguntou ela e tremeu quando ele lhe mostrou uma de suas armas.__ Droga...

__ Isso é seu?__ Perguntou ele e ela deu um passo a frente.__ Por que eu acho que é. Relaxa Dane, sei tudo sobre você.

__ Que merda...__ Disse ela e jogou fora o copo de bebida que segurava em uma das mãos, respirou fundo antes de encara-lo friamente.___ Como e onde encontrou isso?

__ No seu carro.__ Respondeu ele e sorriu quando algumas pessoas olharam em sua direção.__ Você foi muito descuidada dessa vez, Holly.

__ Eu vou acabar com você seu cretino.__ Pensou enquanto o encarava.

__ Você pode tentar.__ Disse ele e sorriu exibindo suas presas, guardou a arma e pôs as mãos dentro dos bolsos da jaqueta.__ Sabe eu gostei de você, é impressionante.

__ Mais eu não gosto de você.__ Disse ela friamente e tremeu quando ele rosnou baixo.__ Eu mato idiotas como você.

__ É o que veremos Holly Dane.

Ele não a atacaria ali, com tantas pessoas presentes, isso acabaria chamando a atenção de todos.

Tocou discretamente a estaca em sua jaqueta e o encarou. Sabia perfeitamente pelas imagens no vidio que ele sabia quem e o que ela era.

Precisava sair dali antes que alguém percebesse o que estava prestes a acontecer. Respirou profundamente e tremeu.

__ Você não vai me atacar aqui com tantas pessoas não é mesmo?__ Disse ela fechando os punhos, sorrindo ele a olhou de forma maliciosa.__ Eu sei o que você é.

__ Então você se lembra de ontem a noite não é mesmo?__ Disse ele, os olhos vermelhos, um sorriso cínico e convencido.__ Isso nunca tinha acontecido, e estou intrigado.

Era uma cilada, ele queria apenas descobrir se realmente tinha apagado sua mente, e ela tinha caído na armadilha. Agora sua única opção seria lutar se ele decidisse atacar. Sentindo o coração acelerar ela respirou fundo e o encarou friamente.

__ É eu me lembro, seu truque não funcionou.__ Disse, estava calma, embora o coração estivesse acelerado.__ O que você quer? Por que não segue seu caminho e fica fora do meu ?

__ Bem, ao que parece não estou em seu caminho, você apenas estava na hora errada e no local errado.__ Disse ele, e ela se recordou da festa em que seu irmão fora morto, havia muita coisa ao qual ainda não se lembrava daquele dia.__ Demorou um tempo mais eu me lembrei de você, estava naquela festa, não era mesmo, a sobrevivente. É, eu me lembro de você segurando um corpo e gritando...

__ Seu desgraçado...

Gritou e atirou uma pequena estaca contra ele, que pegou o objeto ainda no ar e sorriu. Curiosas algumas pessoas olharam em sua direção e ela tremeu, estava chamando a atenção das pessoas, aquilo seria perigoso para todos por isso apenas virou as costas e começou a correr em direção a um velho mausoléu que vira próximo de onde deixara seu carro.

__ Não adianta correr eu vou pegar você garota.

Ouviu-o dizer e sentiu seu coração acelerar. Estava quase se aproximando do carro quando algo a agarrou e a jogou contra um túmulo.

__ Eu disse que não adiantaria correr.__ Ouviu o vampiro dizer, ele estava parado a alguns passos dela, bloqueando sua passagem até o carro.__ Eu não quero lutar com você garota, quero apenas conversar um pouco.

__ Vampiro bom é vampiro morto.

Disse ela antes de se erguer e apontar uma arma em sua direção.

__ Bom se você quer lutar, que seja.

Disse ele e ela estava prestes a atirar quando o barulho de gritos e pessoas correndo chamou sua atenção fazendo com que olhasse para o lado no momento em que uma garota assustada passara correndo ao ser seguida por um vampiro.

Correu em direção ao local da festa e tremeu, havia alguns corpos ensanguentados no chão, e sobre os túmulos, a banda que antes tocava havia sido morta e a cabeça do guitarrista estava jogada ao lado da guitarra no meio do palco.

E parado, no meio da multidão de pessoas gritando e sendo abatidas estava o vampiro que tanto procurará, ele estava parado lá, imóvel, de costas para ela, com as mãos dentro do casaco preto e sorrindo, apreciando toda a carnificina.

Sentiu a furia tomar conta de seu corpo e gritou.

__ Ei seu desgraçado, você se lembra de mim?__ Perguntou e apontou a estaca em sua direção.

__ Como poderia esquecer um rosto como esse, tão belo e cruel.__ Disse ele e sorriu, da mesma forma que sorria quando a viu gritando com o corpo de clowd em seus braços.__ Pensei que não houvesse deixado nenhum sobrevivente em Los Angeles...

__ Pensou errado canalha.__ Disse ela a respiração ofegante, o coração acelerado, as mãos tremendo e suando.__ Eu estive esse tempo todo na sua cola. Sei tudo sobre você.

_Ah, uma fã, também sei tudo a seu respeito, acha mesmo que eu não sabia que havia uma maldita caçadora na minha cola?__ Indagou ele e soltou uma risada.__ Eu sempre estive informado sobre você, desde Los Angeles, mais dessa vez não vou deixa-la viver, vou sugar cada gota do seu sangue.

Com a respiração ofegante ela respirou fundo e o encarou friamente, apontou a arma em sua direção e sorriu, não iria morrer ali, antes de morrer iria mata-lo, vingaria clowd.

__ Eu vou acabar com você.

Disse ela e sorriu malicioso.

__ E então o que está esperando?__ Disse ele e tomou posição de batalha.__ Quer vingança, venha me pegar.

Sentindo a raiva tomar conta de seus sentidos Holly apenas gritou antes de atacar ao mesmo tempo que ele.

Continua....

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