C A P I T U L O 2

Não sabia se me sentia feliz ou do mesmo modo de quando era prisioneira dos Strix,afinal eu merecia tudo aquilo,eu era amaldiçoada,eu era uma assassina. Meus pais foram  enforcados por ter trazido ao mundo um ser como eu,até eles tinham medo de mim,eu podia ver o terror nos seus olhos toda vez que fitavam os meus apesar de nunca terem me tratado mal ou com desprezo. Me deixaram tomar banho o que eu não fazia a muito tempo e me deram um vestido branco bonito para mim usar,não sabia porque aquele homem havia me deixado viva,apesar de eu não querer morrer sabia que merecia por tudo o que causei. A primeira vez que meu "talento" foi despertado eu estava lavando as roupas com minha mãe no rio,apareceram três homens que queriam machucar a gente,homens do rei,nos eramos empregadas então o rei não estava nem aí para o que aconteceria conosco,quando o rei soube de meus olhos de duas cores ficou assustado mas não fez nada contra mim até que aquilo aconteceu. Todos mesmo antes de meu talento ser revelado já me odiavam. Sentiam medo de mim,sempre me trataram como se eu não estivesse lá, como um cachorro qualquer,eu era apenas uma criança que assustava todas as outras crianças temiam. A menina amaldiçoada.

Homens vieram nos pegar a força aquele dia,eu já havia visto outras muitas vezes minha mãe ser forçada a fazer coisas que não queria eu odiava isso mas não podíamos fazer nada porque eramos apenas escravas. Assim que os homens vieram pra cima de minha mãe eu reagi,não sabia como mas eu sabia que podia para-los,eu matei todos os três homens,afundei o nariz de um em seu rosto,enforquei outro com minhas mãos pequenas e quebrei o pescoço do último. Eu não sabia mas de alguma forma eu sabia lutar,sabia como tirar uma vida com perfeição. Quando o rei ficou sabendo não acreditou então pós mais três homens na minha frente e disse que se eu não matasse eles me matariam,lutei outra vez e outra vez matei todos sem grandes esforços. Todos exclamaram em descrença e medo,eu nãos sabia como mas apenas de eu ver outros lutando eu podia fazer o mesmo com perfeição, meu corpo sabia onde ir,a quantidade de força a ser usada em um golpe,meu talento era o assassinato. Como punição por eu ser o que era e por matar seis homens do rei meus pais foram enforcados em praça pública na minha frente e eu fui jogada nas masmorras do castelo com apenas oito anos de idade,vivi assim até hoje quando aquele homem chegou,me Pergunto o que ele fará quando souber de tal graça.

- Você está confortável? - a moça que foi escolhida para cuidar de mim perguntou sorrindo.

- Sim mais do mereço,obrigada - pego a escova do criado mudo e me olho no espelho,então essa era minha aparência depois de dez anos nas masmorras,meus cabelos aviam crescido bastante,meu rosto estava mais fino graças a desnutrição pelo tempo presa. Penteio os cabelos com calma e ouço uma batida suave na porta antes que eu diga entre ele já está aqui dentro,lá estava ele,o homem que me libertou.

- Vim falar com você, tenho algumas perguntas - O tom duro dele me faz lembrar sobre sua pergunta do meu nome,eu não menti,minha mãe nunca havia me dado um nome acho que era porque ela sabia que eu não iria durar muito,todos sabiam que o rei não gostava de agraciados. No final quem se foi foi ela.

- Sim,senhor - disse pondo a escova de volta no lugar e olhando mais atentamente para ele,seus cabelos eram pretos e lisos pareciam macios,seus olhos eram de um verde escuro,seu corpo demonstrava que ele era forte e suas feições faciais eram muito bonitas.

- Diga-me porque me disse ser amaldiçoada? Já ouvi falar de pessoa com seus olhos,eles são muito raros sabia?

- Sim,eu sei disso,senhor mas gostaria de não ter nascido com eles. Sei que me libertou senhor mas não devia te feito isso,seria mais seguro para todos se eu permanecesse presa.

- Porque diz isso? Porque está tão convicta de que sua vida deveria ser assim? - suspiro com o que terei que dizer a seguir assim que ele soubesse me jogaria em uma cela ou me mataria mas não me importo.

- Eu sou uma assassina,meu senhor. Essa é minhã graça,assassinato. - ele pareceu muito surpreso com a minha confissão e ao mesmo tempo...espera.

- Interessante,agraciada com a morte. Você criaturinha que parece ser tão delicada,é incrível.

- Como? - eu estava confusa,ele estava feliz? Interessado? Ele senta na cama e cruza as pernas.

- E como funciona? Você apenas mata? Com suas mãos? É boa na luta? - Eu ainda estava me recuperando de tal surpresa.

- Não vai me matar? - Ele parece confuso por um momento.

- Porque diabos eu faria isso? Quero ver suas habilidades,vamos já para a sala de treinamento - e simples assim ele saiu sem olhar para ver se eu o estava seguindo,fui atrás dele. Que homem estranho. Nunca alguém havia visto minha graça como algo bom.

- Cédric - O mesmo homem que me achou nas masmorras apareceu,a sala era bem arejada e tinha um monte de armas de todos os tipos na parede. Olhei ao redor curiosa.

- Sim,senhor? - Cédric diz enquanto me olhava.

- Quero que lute com ela - Ele aponta em minha direção.

- Tem certeza,senhor? - Cédric diz cauteloso.

- Está desobedecendo a uma ordem minha?  - ele diz em um tom baixo e ameaçador.

- N -não,senhor. Muito bem - Ele vem para mais próximo de mim e levanta os punhos em sinal de luta. Seu olhar dizia que ele não queria fazer aquilo acho que estava com medo de me machucar. Fiquei na posição de luta e começamos, ele deu o primeiro golpe me acertando na barriga mas não senti muita dor,estava tentando pegar leve com ele pois não queria que nada ruim acontecesse,eu ainda não tinha total controle sobre minha graça, logo consigo imobilizar ele e ganho a luta.

- Incrível! Cédric está ficando mole - ele parecia estar se divertindo com tudo aquilo.

- Até onde seu talento vai? - Ele me pergunta curioso,eu simplesmente dou de ombros.

- Vamos ver como se sai com dois ao mesmo tempo - diz chamando mais um homem,novamente derroto os dois sem muito esforço. Vem mais dois e derroto os quatro,depois seis de uma vez e mesmo assim os derroto com facilidade. Eu rodava,batia, chutava e tudo parecia certo. Percebi que o lábio de um dos homens havia se a abrido me desculpo com ele sinceramente.

- Você é realmente incrível, teve algum tipo de treinamento?

- Não,senhor ninguém nunca me treinou.

- Sabe usar um arco e flecha?

- Nunca tentei,senhor.

- Por favor pare de me chamar assim,eu sou Apolo Morgenstein,é um prazer. Você não tem um nome,vejamos você pode escolher um que desejar.

- Escolher um nome? - Pergunto,nunca pensei sobre isso.

- Sim,o que escolher eu e os outros a chamaremos. E então? - Ele esperava minha resposta.

- Eu não sei,senhor Apolo. - Ele bufa.

- Só Apolo,eu posso escolher um pra você, sei o nome que combinaria com você.

- É mesmo? Qual?

- Freya a deusa do amor na mitologia nórdica, mas também está associada a beleza, feitiçaria, ouro, guerra e morte. - Apolo diz com um sorrisinho malicioso.

- Freya - Testei o nome em meus lábios. Só então pensei que ele falou em beleza,ele me acha bonita?

- É um nome muito bonito,Apolo. Eu gostei.

- Então será Freya. Vamos,quero ver se é tão boa na mira quanto na luta. Aposto que irá me surpreender como sempre,doce Freya. - Ele estende o braço pra mim como um cavalheiro e timidamente ponho o braço sobre o dele e começamos a andar. Em todo o momento não paro de pensar que eu tenho um nome,o nome de uma deusa.

Ela realmente era incrível,logo depois das primeiras tentativas já acertava em cheio o alvo,com muita precisão,não vou mentir era muito sexy tudo isso. Uma menina tão jovem com tal dom me pergunto como o idiota do Aldor perdeu uma guerreira assim,certamente eles teriam mais chances contra mim com ela. Não me surpreende os Strix sempre foram uns idiotas inúteis. Fico a admirando mirar nos alvos,bonecos de madeira,primeira ela acertou os joelhos deles e depois os ombros,o coração e logo a testa,não errou nenhuma flecha. Essa garota era espetacular, ter uma guerreira como ela seria simplesmente a melhor coisa a ser feita. Fico divagando sobre como seria ver ela no campo de batalha,vestida com armaduras,chutando,lutando e atirando. Seria uma visão do inferno.

- Tudo bem por hoje acabamos,Freya. Já me convenceu de que pode fazer qualquer coisa. Agora vamos voltar e você pode descansar no seu quarto. Eu falarei para os meus homens estarem prontos para você todos os dias bem cedo, você luta muito bem mas nunca teve treinamento acredito que treinando você vai poder fazer ainda melhor o que faz. E também estou louco para lutar com você. - No ringue e nos lençóis penso quase abrindo um sorriso,oh sim.

- Está bem,Apolo. - Ver ela me chamar pelo nome me causa coisas,coisas estranhas. Já tive muitas mulheres antes,com ela não vai ser diferente mas devo admitir que sinto uma atração por ela que nunca senti por outra pessoa. Deve ser esse seu jeito assassino que me deixa louco. Depois de deixa-la em seu quarto,saio para resolver questões importante. Tipo o que o filho da puta do Orochi está aprontando para cima de mim. Se ele acha que vai sair com a cabeça ainda no corpo dessa ele está muito enganado.

Como já disse eu amo uma boa guerra. Quem sabe talvez,Freya lute ao meu lado essa batalha,mal posso esperar.

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