Capítulo 05
Sinto um suor frio descer pelo meu rosto em quanto o curto período de trabalho que tive ali passa diante dos meus olhos.
—Desculpe-me Erik. — enlouqueço-me.
Quando pensei que tudo não podia piorar vem o universo e me diz: Como não amada?
Foi então que o senhor arrogância se colocou de pé e em alto e bom tom esbravejou em fúria.
—É senhor Carter para você, pequena tonta. —diz fitando os meus olhos.
—Não foi minha intenção! —tento me defender, mas o mesmo não permite que eu continue.
Carter aproxima-se de mim e fica tão próximo que eu até podia sentir a sua raiva emanar-se de seu corpo.
—Saía da minha frente! —assim o fiz.
E foi assim que tragicamente o meu dia se iniciou; o meu chefe estava furioso e eu sentia que ali não era o meu lugar, pois não conseguia me encaixar no meio daquelas pessoas que pareciam meros robôs controlados pela sociedade; com exceção de alguns que foram amáveis comigo.
Saio do recinto com passos firmes e isolo-me na parte de cima do prédio.
—Quem ele pensa que é — murmuro sozinha.
—Um brutamontes! —uma voz masculina ecoa pelo lugar.
—Quem está aí? —digo e me viro.
Parado logo atrás de mim está um homem de cabelos teoricamente compridos e olhos escuros.
—Eu sou o Edward! O que faz aqui?
—As situações da vida. — resmungo.
—A vida na maioria das vezes não é fácil, mas basta persistir. —ele me lança um sorriso de orelha a orelha.
Ficamos conversando um pouco; com certeza Carter não iria querer me ver neste momento. Eu temia em ser demitida logo no primeiro dia. Edward me deu vários conselhos e me fez querer insistir neste trabalho que por hora não se mostrara nada fácil.
Como assistente tive que ficar até um pouco tarde para organizar a papelada do outro dia e provavelmente já não havia mais ninguém no prédio, apenas o segurança.
Caminho com cautela até a recepção e deixo alguns documentos guardados na gaveta, foi quando escuto um barulho na parte de espera.
—Quem está aí? — Não obtive resposta.
Procuro o interruptor do ambiente até que o encontro. Espanto-me ao ver o que havia acontecido.
—Carter!?
O senhor Carter estava caído no chão e com a cabeça sangrando; do seu lado havia um copo com água. Pergunto-me o que teria acontecido.
—Chefe? —aproximo-me dele e o balanço.
Nada aconteceu.
—Erik! —dou pequenos tapas em seu rosto, mas nada também.
Corro para a entrada do prédio e alerto ao segurança, logo a ambulância é chamada e levamos ele ao hospital; tive que ir por ser supostamente a única testemunha no momento.
—Você sabe o que houve? — um dos paramédicos me pergunta no meio do caminho.
—Não faço ideia; eu estava terminando de ajeitar a papelada e escutei um barulho, quando fui ver ele estava caído.
E tudo se calou.
Carter não tinha sido amigável comigo, porém o fato de vê-lo naquele estado, quase desfalecendo no hospital fez-me lembrar de minha mãe e o quanto doeu perdê-la.
Carter é levado ao hospital e lá deram os primeiros socorros; depois de internado e medicado, o médico me chama.
—Veja bem senhorita! O senhor Carter foi vítima de um veneno muito forte que quando ingerido ele destrói os órgãos internos. Se você não tivesse o trago logo, é provável que estaria morto agora e muito possível não saberíamos que era veneno, pois esta substância depois de algum tempo no organismo, ele desaparece e não deixa rastros.
O meu coração dispara neste momento, pois eu não tinha ideia que algo tão ruim poderia acontecer.
—E a cabeça dele? —pergunto angustiada.
—Sofreu apenas uma lesão devido a alguma queda no momento do envenenamento.
Agradeço ao médico por ter me explicado e vou ao leito de Carter. Ele estava desacordado e imóvel, aquele veneno quase acabou com ele.
—Senhorita! O telefone do senhor está tocando. —uma enfermeira entra e me entrega o celular dele.
Eu não sabia o que fazer, era a mãe dele ligando; como eu explicaria a ela?
Eu atendi e me identifiquei e expliquei a situação a ela que não reagiu muito bem.
A senhora Helena, como se chamava, logo chegou no hospital furiosa alegando que eu o havia envenenado.
—Afaste-se do meu filho! —ela disse.
—Calma senhora! Não fui eu. —tento me defender.
—Não vou descansar até colocá-la na cadeia. Sua assassina! —ela diz furiosa.
Fui praticamente expulsa do hospital pela aquela senhora, sendo que apenas quis ajudar. Volto rapidamente para a casa onde estava a minha amiga, e isto já se passara das 23:00 horas e ela já estava dormindo.
Tento descansar, mas o mesmo pesadelo que tive há algum tempo atrás voltou, o mesmo em que eu estava em um lugar escuro com um menino que eu não conseguia lembrar o nome. Quando ele iria me falar quem era, eu sempre acordo e desta vez não foi diferente.
—Seu celular está tocando. —Ana diz sonolenta.
Eu logo atendo.
—Senhorita Back?
—Sou eu! Quem está falando?
—Aqui é o delegado de polícia, Bill!
—Como posso ajudá-lo?
—Você está sendo intimada na delegacia com uma denúncia de tentativa de homicídio. Compareça na delegacia o quanto antes. —desliga a ligação.
O meu mundo começou a rodar no mesmo instante.
—Tentativa de homicídio!? — grito e me jogo na cama afundando a minha cabeça no travesseiro.
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