Capítulo 03
Em meio a discussão de Jackson e aqueles dois homens pude notar que eles me olhavam de uma maneira estranha.
— Apenas queremos a garota! — um de chapéu preto diz.
— Só por cima do meu cadáver. — Jackson retruca.
Depois de alguns insultos e socos os homens partiram deixando Jackson um pouco machucado. Todas as pessoas que estavam ali vendo a briga simplismente foram embora deixando o corpo dele jogado no meio da rua.
— Jackson! Você está bem? — falo enquanto tento levantá-lo.
Sem responder levo-o para a minha casa e o coloco sentado no sofá da sala onde começo a tratar de sua ferida.
Ele estava ferido, mas consciente.
— Por que você estava brigando? — pergunto.
— Nada importante... — ele faz uma pausa. — Emma, acho melhor você apressar a sua ida para o centro de Londres.
— Mas por quê?
— Não é mais tão seguro aqui.
Fico sem entender por um momento, mas de qualquer forma não ficaria muito tempo por aqui, então decido ceder e não questionar.
— Está bem. — eu digo e ele sorri. —Está doendo? — pergunto em relação aos machucados.
— Não! — ele diz, mas noto suas caretas constantes de dor.
Olho para a janela e já estava bem escuro, não poderia deixá-lo ir embora pois aqueles homens poderiam voltar.
— Pode ficar aqui está noite. — viro o rosto para o lado oposto.
Ele fica em silêncio.
— Obrigado.
Então arrumo algumas coisas para ele e deixo-o dormir em minha cama enquanto fui para a da minha mãe; fico um pouco triste, mas consigo dormir apesar dos pesadelos com aquela mulher. A manhã logo chega e vou ver como está Jackson, mas tudo o que encontro é uma carta
Obrigado por ontem, não se esqueça! Pegue o metrô hoje mesmo e vá.
Jackson.
Estou relutante... Por que depois da morte da minha mãe estes homens apareceram e já não é mais seguro? E o que isso tudo se relacioma a mim?
Pego algumas roupas e coloco em uma pequena mala velha que era da minha mãe, pego o envelope com o dinheiro e saio confiante. A única pessoa que me despesso é Marie, pois fora a única que encontrei... A maioria das pessoas do bairro não se davam bem comigo e Jackson eu não encontrei. Compro minha passagem e me sento perto da janela; olho as árvores que passavam com rapidez e me pergunto... Como minha vida pôde mudar tanto?
— Uma taça de vinho por favor. — uma voz feminina diz.
Olho para a frente e vejo cabelos longos e loiros logo no banco e isso me remete aos cabelos da mulher do meu pesadelo.
— Com licença... — aproximo-me dela.
— Pois não, eu lhe conheço?
— Não, desculpe-me. — encolho-me envergonhada no banco após ter certeza que não era ela.
Após algumas horas finalmente chego na grande Londres. Tudo é tão diferente do meu pequeno bairro; há carros todos os momentos aqui e grandes prédios, nem sei por onde começar, porque foi tudo tão rápido que eu nem pude arrumar um lugar para ficar.
— Ei moça.
Viro-me e estava parada bem na minha frente a mulher de cabelos loiros.
— Eu sou Anna Felps! — se apresenta com um sorriso.
— Emma Back.
— Eu me mudei para Londres hoje e vou ficar em um apartamento, mas não tenho colega de quarto para dividir o valor do aluguel e como você me pareceu simpática gostaria de saber se está interessa.
— Eu não acredito. — digo de olhos regalados.
— Eu disse alguma coisa errada?
— Não! É que eu realmente precisava de um lugar para ficar.
— Então vamos! — ela me guia puxando o meu braço.
Eu entendo que não é prudente seguir uma pessoa que acaba de conhecer, mas o Jackson era legal e talvez essa mulher também seja. Ela me leva para um lugar muito bonito e verde.
— É aqui? —pergunto e ela confirma. — Deve ser muito caro o aluguel.
— Não se preocupe, vamos! É no 4° andar.
O apartamento é lindo e grande.
— Fique a vontade que eu irei tomar um banho.
Exploro o lugar depois de arrumar minhas coisas; minha mãe estaria orgulhosa de mim por estar logo na grande Londres, mas se eu quiser me manter vou precisar de um emprego.
— Anna! Vou andar um pouco do lado de fora. Logo estarei de volta. — grito para que ela me ouvisse do banheiro.
— Está bem.
Então eu saio, mas não me afasto tanto do prédio pois não conheço este lugar ainda, mas resolvi andar um pouco para conhecer e quem sabe encontrar um emprego no primeiro dia, isto seria incrível, porém não tenho tanta sorte assim.
Estava distraída e perdida em meus devaneios que só pude ouvir a buzina do carro que se aproximava de mim, então fecho os meus olhos me preparando para o impacto, mas não o sinto.
— Você não sabe olhar por onde anda? — um homem diz e eu abro os meus olhos devagar.
Estava em minha frente um homem de cabelos castanhos e olhos verdes, bem vestido com um terno azulado.
Então levanto-me em um espanto.
— Você que quase me atropelou! Não sabe dirigir? — debocho.
O homem me olha de uma maneira desafiadora.
— Além de distraída é arrogante.
Londres está cada vez pior. — dá um sorriso de lado.
— Você tem sorte de eu não prestar queixa! — digo enquanto aquele homem entra novamente em seu carro me ignorando completamente.
— Que abusado! — bufo de raiva.
Volto para o prédio e Anna estava na cama.
— O que houve? — ela pergunta.
— Nada! — saio em passos largos até a sala.
Quando criança a minha mãe me dissera que se ela fosse embora algum dia; eu poderia escrever uma carta e atirar pela janela que ela poderia ler; não faz sentido, porém é uma maneira de senti-la mais próxima de mim, então pego um pedaço de papel e escrevo:
Mãe! Acabo de chegar em Londres, algumas pessoas são muito legais e outras nem tanto assim, mas vou me esforçar ao máximo.
Com amor, Back
Enrolo o papel em forma de aviãozinho e o atiro pela janela. Eu sei que ela não irá ver, mas é uma maneira de mantê-la perto de mim.
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Olá! Eu gostaria de saber a opinião de vocês até aqui. Obrigada por estar lendo.❤️
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