Romântico Incurável


Sinopse:
Hoseok era uma pessoa alegre, gentil e muitas pessoas diziam que ele até parecia o próprio sol. Porém, em um trágico acidente, seu amor, sua paixão, seu companheiro, não conseguiu resistir. E por mais que todas as pessoas estavam do seu lado, ele sentia a falta de algo, um vazio instalou em seu peito. Entretanto, um garoto tímido, porém encantador, com o seu jeito doce de ver a vida. Fez com o que Hoseok enxergasse o que a vida tinha de melhor: O amor!
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Busan - 10:00h

— Vamos, amor, já estamos atrasados! — Jun-seo reclamou.

— Já estou indo, tô pegando minha bolsa — respondeu Hoseok no andar de cima

— Uau, meu bem, você está lindo — elogiou, selando ambos os lábios. — Olha essa barriguinha! Nosso pequeno está lindo também.

Hoseok ficou tímido, apenas retribuindo o beijo, e logo ambos já haviam saído da casa e se direcionaram para o carro. Assim, então, seguiram para a estrada.

Ambos estavam ansiosos, pois estavam prestes a se casar, então já resolviam os preparativos para o casório. Com isso, estavam seguindo em viagem para saber qual era o lugar em que viram na internet, se era ideal, seguro, "perto" para os familiares.

O caminho foi de muita conversa e cantoria, e enfim chegaram na cidade procurada. Só a paisagem da cidade chamava muita atenção do casal, os olhos de ambos brilhavam com tamanha beleza.

Hoseok, como não estava dirigindo, pegou o endereço para colocar no GPS, Já estavam chegando no local onde tinham combinado com o dono.

Uma chácara simples, porém muito linda, tinha um pesqueiro, uma piscina, diversas redes pelo ambiente e cômodos bem personalizados e organizados.

— Nossa… meu amor, que lugar lindo! — esboçou Hoseok, perplexo.

— Concordo, meu bem, vamos ter um casamento lindo — respondeu Jun-seo animado.

Depois de ficarem admirados com o lugar, Jun-seo fez as instalações para irem ao quarto.

Após chegarem da viagem, resolveram descansar para poder passear no outro dia, já que tinham três dias para ficar na chácara.

O lugar era lindo, cada paisagem surpreendia o casal, as expectativas eram altas para esse casório, que já estavam planejando há um tempinho.

[...]

No segundo dia, tomaram o café na chácara e foram ver as lojas de roupas, decorações e até mesmo o salão em que iriam fazer a festa.

— Amor! Olha esse salão! — Hoseok falou animado.

— Uau, é lindo, meu bem! Vai ser uma festa memorável! — respondeu o outro na mesma animação.

Continuaram a averiguar o ambiente, imaginando como ficaria cada coisinha em seu lugar, as cadeiras e as mesas, o palco, o telão, as comidas… Pensavam em tudo.

Nesse momento, estavam vendo as roupas que iriam usar; Hoseok estava entre um terno azul marinho com alguns detalhes pretos e um roxo escuro com detalhes em preto. O moreno estava um tanto preocupado, pois estava inchado por conta da gravidez, mas seu noivo fez questão de tirar isso de sua cabeça.

Jun-seo escolheu um terno preto com detalhes em roxo escuro. Assim que Hoseok viu seu amado vestindo aquele terno, sabia exatamente qual seria o seu. O terno roxo escuro com detalhes em preto, ia combinar perfeitamente com o do outro. Assim resolveram comprar os dois ternos para irem combinando.

Foram ver as flores que queriam colocar em todo o ambiente em que seria comemorado o casamento; estavam entre lírios e margaridas, as preferidas de Hoseok, mas no fim foi decidido que comprariam um pouco das duas.

Os preparativos estavam quase decididos, e apenas quando chegasse mais perto da data do casamento eles iriam ver mais pessoas para ajudar a levar as coisas para o devido lugar.

Depois de pesquisarem tudo, voltaram para a chácara e ficaram apreciando a paisagem em uma das redes que havia ali.

— Estou tão ansioso, meu amor… — Hoseok falou, se arrumando no colo de seu noivo.

— Imagine eu que irei casar com o homem que eu mais amo nessa vida — silabou, Jun-seo, com os olhos brilhantes.

E então ficaram ali até o anoitecer, pensando em como seria esse casório e o que viria depois dele.

No dia seguinte, perceberam que haviam dormido na rede e acordaram com os galos cantando cedinho.

— Meu Deus!! Dormimos aqui — Hoseok veio a rir, quando se deparou em que lugar estavam.

— Pelo visto sim, meu amor — Jun-seo riu junto a ele. — Está na hora de irmos pra casa, certo? — indagou o outro.

— Sim, meu bem, vamos arrumar nossas coisas. — Hoseok falou se levantando.

Ambos arrumaram os pertences, tomaram um café bem reforçado e seguiram viagem.

O dia estava lindo, os pássaros cantavam, o céu estava lindo e limpo. A estrada estava tranquila e sem muitos carros, o som estava tocando, porém não era uma música muito agitada.

— Amor, posso mudar a música? — Jun-seo pediu ao seu noivo.

— Claro, amor, estou só terminando de ver algumas coisas pelo site — respondeu Hoseok, olhando para o aparelho.

Jun-seo, então, olhou para o som por meros segundos para mudar a música e voltou o olhar para a estrada, porém algo terrível aconteceu.

O carro que estava na frente do casal, brecou bruscamente, fazendo Jun-seo ultrapassar de repente, entretanto ele não olhou no retrovisor e logo outro carro veio em sua direção, colidindo com ele.

Na velocidade em que o outro estava, o carro dos noivos capotou até o acostamento, deixando toda a pista parada com estilhaços do carro nela.

Com a visão turva, Hoseok, estava meio acordado, com muita dor, tentando processar tudo o que havia acontecido, aparentemente só havia fraturado a perna e o braço.

Nessa situação, Hoseok estava à procura de seu amor e, olhando ao redor, encontrou ele, que estava um pouco distante de si, e pelo o que dava para ver, ele não se mexia, e o desespero de Hoseok aumentou mais ainda.

Mais alguns minutos se passaram e a ambulância finalmente havia chegado, buscando ambos e levando até o hospital.

Só que, o que estava preocupando Hoseok, além do seu parceiro, que estava no quarto ao lado, era o pequeno em seu ventre, pois ele estava grávido de seis meses.

— Moço… c-cade o meu noivo… Ele está bem? — perguntou, desesperado, para o enfermeiro.

— Senhor Jung, se acalme. Ele está sendo cuidado no quarto ao lado — explicou o enfermeiro que cuidava dele. — Agora vou te medicar e te examinar para saber se o senhor tem algum machucado grave, e como está o seu bebê — falou o moço.

Com os medicamentos dados, um pouco fortes, mas sem afetar o bebê, Hoseok ficou desacordado durante 3 dias.

[...]

No terceiro dia, Hoseok acordou atordoado, passando as mãos por sua barriga, preocupado com seu bebê. Olhou para os lados e se deu conta de onde estava e seus pais sentados no pequeno sofá que havia no quarto.

— M-mãe, p-pai… — silabou com dificuldade.

— Filho, você acordou! Eu estava tão preocupada com você — A mãe de Hoseok falou, aliviada.

— C-Cadê o Jun-seo? Quero vê-lo — falou Jung, tentando se levantar.

— Calma filho, o médico falou que não é bom você se levantar ainda! — exclamou seu pai, encarando a mulher em seguida.

— Bem, filho, o Jun-seo… — Fez uma leve pausa antes de falar. — Com o acidente, ele sofreu danos graves, profundos… — Estava difícil de falar.

— Mamãe, não diga que ele… Por favor não… — Hoseok estava com os olhos marejados e a voz trêmula.

— Sinto muito filho… — desabafou a mãe triste.

— O-oque?! Não pode… Diga que não é verdade, p-por favor… — As lágrimas já escorriam pelas bochechas de Jung.

— Filho… calma… Agora você precisa ficar bem, por causa do meu neto — Com a voz trêmula, a Jung falou.

— JUN-SEO MORREU!!!! — gritou aos prantos o moreno.

Seus gritos eram agonizantes, sua respiração estava descontrolada, seu coração batia muito mais rápido, mostrando no aparelho que estava conectado a ele.

Seu coração palpitava afoito, não queria acreditar no que tinha acabado de saber. Seu amigo, irmão, namorado, amor, companheiro, noivo… havia morrido.

— NÃO, NÃO, NÃO, ISSO NÃO ACONTECEU! POR FAVOR… — esbravejava com a voz falha, tentando recuperar, diversas vezes, o fôlego.

— Hoseok, filho, se acalme… Pense no bebê — explicou seu pai, tentando acalmá-lo.

— DANE-SE O BEBÊ! — gritou sem pensar — Jun-seo, se foi… — Baixou a voz e se encolheu, assim então chorando como um bebê.

Aquilo estava acabando com Hoseok, a metade de sua vida foi ao lado de Jun-seo, essa notícia o rasgou por inteiro. Suas crises voltaram a cada dia que passava, o seu desânimo por continuar a viver estava grande, já não comia corretamente, os médicos tinham que insistir para que ele comesse. Senão a vida do bebê correria risco.

Hoseok não queria ver ninguém, queria ficar sozinho, só que seus pensamentos o perturbavam de uma maneira não muito boa. O levando a, talvez, coisas erradas.

[...]

— Filho, coma, por favor! Meu neto precisa de suprimentos — implorava a mãe.

— Não quero, mãe, me deixa… Eu não tô afim de nada… — respondeu Hoseok embaixo dos lençóis do hospital.

Jung tinha que ficar um tempo no hospital em observação, porque, se deixassem ele sozinho, algo poderia acontecer.

Porém nada e nem ninguém o conseguia fazer comer algo. A não ser…

— O doutor Min Yoongi!! — gritou uma das enfermeiras.

Todos que estavam ali ficaram confusos, sem entender quem era esse tal de Min Yoongi.

Bem, Min Yoongi era o pediatra do hospital, um homem que fazia seu trabalho com excelência, amava cuidar das crianças. Entretanto, sempre que era preciso, ajudava os outros médicos de diversas áreas.

A enfermeira que citou seu nome, foi chamá-lo para tentar ajudar com toda aquela situação.

— Então é aqui que tem um paciente teimoso? — Uma voz suave adentrou no quarto de Jung.

O mesmo que estava debaixo dos lençóis, o abaixou levemente revelando as íris castanhas e inchadas pelo recente choro.

— Lá vem outro de vocês — falou Jung revirando os olhos.

— Além de teimoso é linguarudo, interessante… — Brincou o Min.

Depois de Yoongi entrar no quarto, já sabendo o caso sobre o suposto paciente, tinha em sua mente como meta ajudá-lo de qualquer maneira, ainda mais por ele estar grávido.

— Bem, brincadeiras à parte. Mas preciso saber o que está acontecendo com o Sr. Jung — proferiu sério.

— Você não é médico?! Já deve saber — provocou Hoseok.

Yoongi já sabia no que estava se metendo, e Jung não tinha culpa do que aconteceu e do que estava sentindo, até porque ninguém manda no coração e nos sentimentos.

— Vamos ficar juntos até você melhorar, então serão longos dias e espero que goste de mim — falou, e seus olhos ficaram um fio, demonstrando que estava sorrindo por debaixo da máscara.

Hoseok não falou nada, apenas se virou para frente da janela, ficando de costas para o Min, se cobrindo novamente.

[...]

Mais alguns dias passaram e Hoseok continuava a implicar com o doutor, porém era uma implicância na brincadeira. Jung estava se sentindo um pouco melhor, entretanto ainda tinha suas crises que deixavam o Min preocupado e com o coração apertado.

Querendo ou não, ambos criaram laços fortes, Yoongi todos os dias passava algumas horas no quarto do moreno, tentando tirar sorrisos de seus lábios, que muitas vezes faziam o dia do Min ser melhor.

A barriga do Jung já estava grande, entrando no sétimo mês de gestação, e Yoongi cuidava do bebê como se fosse seu. A relação que ele tinha com Hoseok era diferente da que tinha com os outros pacientes.

Finalmente, depois de perceber que Jung estava realmente melhor, Yoongi deu alta do hospital para ele e lhe entregou seu telefone particular.

— Por favor, Jung, me ligue a hora que quiser, sempre que precisar. Não importa o momento, eu vou estar aqui pra te ajudar — silabou o Min, entregou um papel com seu número escrito.

— Muito obrigado, Yoongi, acho que eu já teria morrido se não fosse por você — proferiu Hoseok com os olhos marejados.

Ambos se abraçaram, com vontade e sentimento, Hoseok principalmente, por ter encontrado alguém que lhe fazia bem. Jung voltou para casa juntamente com seus pais, que estavam apenas o levando para casa, pois Hoseok, como teimoso que era, queria ficar sozinho com o seu baby; porém tinha o número do Min para caso precisasse de algo.

Hoseok estava realmente melhor, entretanto não o quanto queria, pois só ele sabia o que se passava em sua cabeça, em seu coração, que ainda doía apenas de lembrar do que tinha acontecido a um mês atrás.

[...]

Os dias se passaram e suas crises tinham minimamente sumido, às vezes dando apenas aparições leves, mas nada muito grave. Já seu pequeno estava bem agitado, talvez quisesse vir mais cedo ao mundo,

Muita coisa não voltou a ser como antes, porém Hoseok estava tentando se adaptar ao máximo sem Jun-seo; mudou os móveis do apartamento de lugar, guardou algumas fotos que havia na estante, doou as roupas do outro… Isso era a melhor coisa que ele poderia fazer para não ficar preso no passado, apesar da dor enorme que sentia em se desfazer desses objetos e roupas.

Como já havia anoitecido, Hoseok já tinha tomado banho e hidratado sua barriga grandinha, comeu uma coisinha ou outra e já estava indo dormir. Seu dia foi bem cheio, tinha feito muitas coisas.

Hoseok já estava dormindo há horas, porém seus pensamentos o conturbaram essa noite.

Um pesadelo terrível começou, ele sonhou com o acontecido do dia fatídico, revivendo todo o acidente novamente, com todos os mínimos detalhes. Sua respiração estava ofegante, estava suando muito, deixando a cama levemente molhada, não conseguia acordar daquele maldito pesadelo. Já estava ficando sem ar, até que Jung consegue acordar e levantar, tentando respirar, porém foi uma tentativa falha, sentia dores no peito e leves fisgadas na parte debaixo da barriga, provavelmente eram contrações.

Tentava puxar o ar, mas nada vinha, sua garganta estava meramente tampada, suas mãos e pernas tremiam com o medo que sentia, seu rosto estava coberto de lágrimas e uma ideia veio em sua mente.

Logo olhou para o criado mudo e pegou seu celular, lembrou do que o Yoongi tinha lhe falado. Assim então encontrou o contato do Min e o apertou rapidamente.

— Alô, Hoseok? O que foi? Já são três da manhã, aconteceu alguma coisa? — Pela voz do Min, ele estava já no seu décimo sono.

— Yoon…Yoongi, e-eu… M-me ajuda… — Jung tentou pronunciar, mas estava difícil.

— Hoseok! É outra crise, e desta vez parece ser forte. Me manda sua localização, já estou chegando aí — proferiu desesperado.

Assim Hoseok fez, conseguiu apenas mandar a localização e soltou o celular, colocando as mãos em sua barriga que doía.

Alguns minutos levaram e Yoongi já estava na casa de Jung. Hoseok, com dificuldade, foi abrir a porta para o Min, que entrou desesperado.

Hoseok, já sabendo que estava com uma pessoa do bem, se sentiu fraco e se inclinou para o colo do acastanhado, que logo o pegou naquela posição de noiva e o levou para o quarto. Como o Min já tinha passado essa situação com outros pacientes, já sabia bem o que fazer.

— Vamos lá, Hoseok, respire fundo e me explica o que aconteceu pra você ter essa crise? — indagou se sentando na frente do Jung.

— B-Bem, eu fui dormir e… t-tive um pe-pesadelo e… era o acidente. J-Jun-seo, t-tive medo e… — falava Jung com muita falta de ar.

— Certo, certo, eu já entendi o que houve, agora vamos treinar como te ensinei para você conseguir respirar normalmente — silabou mostrando calma para o outro.

Assim Hoseok fez, respirou fundo várias vezes, tentando se acalmar, e a presença do Min estava o acalmando aos poucos. Porém, além disso, Jung ainda estava com fortes contrações, contudo Yoongi teve a ideia de um banho, que iria acalmá-lo.

Yoongi tirou sua roupa ficando apenas de box, e fez o mesmo com Jung o levando para o chuveiro. A água estava em temperatura morna, o ajudou a se molhar e logo ficou atrás do moreno, massageando sua barriga levemente. O Min nem pensou no que estava fazendo, só não queria ver o menor naquele estado.

Depois de fazerem as dores passarem, Yoongi e Hoseok voltaram para cama e ali ficaram em silêncio.

— Muito obrigado novamente, Yoongi… Desculpa por lhe chamar nesse horário. Você deve ter uma pessoa te esperando em casa — falou Jung se sentindo culpado.

— Na verdade, não tenho ninguém… eu moro sozinho. E outra, não precisa se desculpar, eu que falei para você me ligar quando precisasse — disse de volta, todo preocupado.

— Está sendo tão difícil pra mim, e você está sendo um anjo na minha vida — silabou sorrindo levemente.

— Um anjo que lhe ama… que faria tudo de novo se precisasse — Yoongi falou direto, com um pouco de vergonha.

— O-Oque… Você me ama? — indagou Jung, nervoso.

— Quando te conheci, achei que poderia ser coisa da minha cabeça, mas não é. Cada dia que eu passei com você foi se tornando mais forte, cada sorriso que eu conseguia tirar de você era uma vitamina para o meu dia. Sim, Jung Hoseok, eu te amo — desabafou nervoso, querendo saber a reação do outro.

— E-Eu nem sei o que falar. Depois do Jun-seo, achei que eu não ia gostar de mais ninguém, mas como muitos dizem, a gente não manda no coração. Eu confesso que sinto algo por você, mas estou com medo de gostar de alguém novamente — pronunciou Jung com receio — Mas eu o amo também…

Ambos estavam se declarando, se aproximando um do outro, até que, Yoongi segurou as bochechas rosadas do moreno o trazendo para perto de si, roçando os lábios em um carinho leve, encostando brevemente a língua de ambos. Até que Jung, o beijou calmamente, aprofundando mais o beijo, porém meio contido pela vergonha.

Já Yoongi amou esse ato repentino do moreno, pegando levemente em sua cintura o puxando para mais perto, entretanto, Jung o afastou de perto de si.

— Y-Yoongi, desculpa… eu não sei o que deu em mim — proferiu Hoseok tentando se explicar.

— Não peça desculpas, Jung, foi bom, e eu entendo o que deve estar sentindo, não é fácil gostar de outro alguém quando tem outra pessoa na cabeça — falou Yoongi minimamente triste.

— É…é difícil… Mas se não fosse pedir muito, você poderia ficar aqui comigo? Tenho medo de acontecer de novo — indagou tímido.

— Claro… Vai ser um prazer cuidar de você, meu anjo — respondeu simplista, porém sincero — Tem um quarto de hóspedes? Posso ficar por lá — perguntou, desviando o olhar do outro.

— Pode dormir comigo na cama, não estou conseguindo dormir com ela vazia mesmo — falou, se deitando na mesma.

— Certo, então, o que precisar, qualquer coisa, pode me acordar, tá bom? — falou sincero.

Hoseok assentiu, se arrumando na cama e cobrindo-se. Yoongi, meio receoso, deitou-se juntamente com o outro, porém do lado oposto. Entretanto, Hoseok virou-se, e sem se dar conta, abraçou Yoongi e se ajeitou, ficando confortável e quentinho. Ele sentia falta disso novamente.

[...]

No dia seguinte, já com o sol raiando, Yoongi acordou com um leve peso em seu corpo, Hoseok estava com o braço lhe rodeando e a perna em cima da sua.

O Min levantou devagar, tentando não fazer movimentos bruscos para que o Jung não acordasse. Foi ao banheiro fazer suas higienes, e ao voltar para o quarto percebeu que Hoseok havia acordado.

— Te acordei? — indagou Yoongi ao vê-lo acordado.

— Não, não, é esse o horário que eu acordo normalmente — respondeu sorrindo levemente.

— Como está o baby? Ainda está com dor? — perguntou preocupado.

— Eu estou melhor, graças a você. O baby está meio agitado, mas está bem — explicou Jung.

Ambos foram para cozinha e Yoongi pediu ao Jung se poderia fazer algo para o café, e assim fez.

Hoseok tinha que concordar que Yoongi estava fazendo muito bem para si e para o bebê. Talvez Jun-seo esteja o ajudando a ficar bem.

— Posso te levar para um passeio? — indagou Yoongi, tomando um gole de café.

— Claro! Estou precisando mesmo — tornou, rindo tímido.

Depois de tomarem café, Hoseok foi se arrumar e Yoongi foi para casa trocar de roupa. Voltou para buscar o Jung, que já estava arrumado, e foram dar um passeio.

Yoongi o levou para a pracinha da cidade, tomaram sorvete e conversaram sobre a vida. Ambos estavam bem próximos e, como na noite anterior, mais um beijo rolou entre eles, mas desta vez sem culpa de nenhum dos lados. Hoseok estava começando a acreditar que havia amor em si ainda, que havia muito amor para dar e receber.

Yoongi mostrava a cada segundo que gostava do Jung apenas com olhares e sorrisos bobos, fazendo com que Hoseok tenha certeza de seus sentimentos.

Os dois tinham passado bastante tempo na praça, Yoongi estava aproveitando que estava de folga do hospital, tomaram sorvetes, riram de piadas sendo lembradas, Yoongi contou um pouco sobre si mesmo, diversos assuntos foram falados. Perceberam que estava quase anoitecendo, e decidiram voltar para casa, porém, chegando perto do carro de Yoongi, Hoseok sentiu leves pontadas na barriga e um líquido entre suas pernas.

— Aí!! Yoongi… acho que a bolsa estourou! — exclamou Hoseok com dor.

— Eita, Deus! Vamos pro hospital agora! — Yoongi falava desesperado.

Ambos entraram no carro e seguiram até o hospital, o mesmo em que Jung ficou internado.

Chegando lá, como Yoongi era médico de lá, ele mesmo que fez o parto de Hoseok, foi um tanto difícil, mas no final correu tudo bem. Jung já estava no quarto se recuperando, e seu baby tinha acabado de chegar depois do banho e a troca da roupinha.

O bebê o era a coisa mais linda que Hoseok já tinha visto, tinha uma mistura linda de si e de Jun-seo, com certeza ele estaria muito feliz com a chegada do pequeno.

Yoongi por sua vez, estava chorando igual um bebê, até parecia que ele era o pai.

— Quer segurá-lo? — Hoseok perguntou sorrindo.

— E-Eu posso? — falou Yoongi sorrindo mais ainda.

Hoseok apenas assentiu, e Yoongi pegou o pequeno no colo, ficou encantado por sua beleza. Tão lindo, quanto o pai dele.

— Yoongi? — Jung o chamou e o Min logo olhou para ele. — Você cuida da gente? — perguntou inseguro.

— Eu vou cuidar de vocês melhor que minha própria vida — respondeu o Min, se aproximando mais de Jung, lhe dando um beijo casto em sua testa.

[...]

Como Hoseok morava longe dos seus familiares, Yoongi resolveu ficar com ele em sua casa para cuidar dele neste período de maternidade.

Hoseok então se encantou novamente pela vida, pelo seu filho, pelo amor que ele sentia. E esse amor não era só pelo seu filho, mas sim por Yoongi.

Yoongi prometia todos dias ao Jung que iria cuidar sempre de ambos os seus amores.

E quem sabe Jun-seo não estaria ajudando o seu amor a ser feliz novamente.
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Quero agradecer a esse projeto HobiSwears por essa oportunidade e logo mais terá outras estórias minhas aqui!!!
Quero agradecer também a @MiihFlyer pela doação dessa capinha incrível, ameiii muitoooo!!! E @Lognau pela betagem.

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