|Capítulo 22
A noite está aparentemente fria, a lua ainda ilumina o céu, e a temperatura do quarto do hospital do qual Barone e eu estamos, está 17°. Acho que se a janela estivesse aberta, com certeza o quarto iria estar bem mais frio, pois o mesmo está com a temperatura ótima.
Mas, apesar disso, eu ainda estou em uma situação um pouco complicada, pois acabo de perceber que a minha pergunta deixou Bernardo um pouco nervoso. Na verdade, ele me parece bem desconfortável, eu acho! Só que, eu precisava perguntar, eu não quero ter o coração machucado mais uma vez, tendo em vista que somos colegas de trabalho, nós somos parceiros, e eu tenho medo que isso nos prejudique, mas o que eu posso fazer, se eu sou completamente louca por ele?
Para falar a verdade, é bem mais que isso, sou completamente apaixonada pelo meu parceiro, e eu não estava mais aguentando sentir isso, sem ao me expressar. Eu sinto que preciso demonstrar isso a ele. Porém, eu estou com medo do que vou escutar da sua boca.
E se ele não sentir a mesma coisa, que eu? Caramba, vai doer!
A nossa relação, ela não é qualquer uma, pois na posição da qual estamos, não podemos decidir começar algum tipo de relacionamento, e logo em seguida, assim que acontecer alguma coisa errada, cada um seguir seu lado, afinal..nós dois vamos nos ver todos os dias, não é simplesmente sumir da vida um do outro quando acabar, se é que algo vai começar, não é?
Mas..se ele não disser que sente algo por mim, fazer o que, não é mesmo? Pelo menos eu me expressei, eu não fiquei reprimindo esse sentimento, e é isso que importa.
Agora, nós estamos aqui, um de frente para o outro, já são quase duas horas da manhã, e eu não tenho se quer um pouco de sono. É tanta euforia, que eu não consigo me acalmar. Isso tudo por dentro, por que por fora, eu estou que nem essas estátuas de museu.
Bernardo, se mantém calado, mas, em seguida, ele passa as mãos pelo o seu rosto bonito e me olha com um olhar indecifrável.
— Olha Dora, eu confesso que você me pegou de surpresa, me fazendo essa pergunta — Bernardo diz por um momento me olhando, mas logo em seguida, ele abaixa a sua cabeça.
Engulo em seco, já imaginando que eu sou uma idiota, não deveria perguntar nada, droga!
— Desculpa, não sei o que deu em mim — abaixo a cabeça, e puxo o ar para os meus pulmões — olha, se não quiser falar, não tem problema..
Tento dizer, mas ele me interrompe, ao segurar minhas mãos com as suas. É um toque suave, mas é o suficiente para me fazer sentir toda aquela eletricidade percorrer o meu corpo, me fazendo piscar meus olhos várias vezes seguidas.
Bernardo me olha fixamente, e eu me sinto nervosa, mas não deixo de olhar nos seus olhos negros como a noite.
— Eu acho que você tem toda a razão, em querer saber o que eu sinto, eu te devo ao menos uma explicação do que meu coração sente — Bernardo diz calmamente.
E nesse momento, sinto como se meu coração quisesse pula para fora. Eu não acredito no que estou ouvindo, será que eu ouvi direito? Será que ele tá falando sério?
— Sério? — digo um pouco receosa, ainda sem acreditar que ele quer me dizer algo que parecia esconder a todo custo.
— Sério, por que eu também mereço desabafar com alguém que não seja o Alex, pois como você já sabe..ele é o meu único amigo próximo, e é a única pessoa que confio de olhos fechados, entendi? — ele me pergunta, com um olhar preocupado.
Entendo o lado dele, o Alex conhece ele a muito tempo, eles moram juntos, é normal ele ter essa percepção. E por Alex ser mais velho, percebo todo um carinho e cuidado por ele. Quando eu olho para os dois, eu vejo irmãos, ou pai e filho. É um sentimento lindo e mútuo. Confesso que sou felizada por ter isso com a Mel, eu e Bernardo, nós somos privilegiados por ter pessoas como o Alex e a Mel do nosso lado, são pessoas que valorizamos e que sabemos que podemos contar sempre.
— Eu entendo, o Alex é uma pessoa especial, e eu sei que você também é uma pessoa muito especial para ele — eu digo com um sorriso discreto nos lábios.
— Sim, ele é! E ele foi extremamente importante, no meu pior momento. O Alex esteve lá, o tempo inteiro, ao meu lado, me passando toda a sua força — Bernardo me revela de cabeça baixa novamente, mas em seguida, ele levanta a mesma e me encara — Mas, isso devemos deixar a parte, pois o meu foco aqui é te contar o que sinto.
— Não esperava outra coisa vindo dele, ele é um bom amigo — digo com carinho, e ele sorrir — entendi! — eu falo, respondendo a sua última frase, mas...
Toc..Toc..Toc..
De repente, somos interrompidos por um barulho na porta. Alguém havia batido na mesma, e então, decidimos ficar calados. Até que de repente, um médico aparece, ele passa pela porta ao abrir a mesma, e vem em nossa direção, com passos lentos, em sua mão há algo que me parece ser um prontuário.
— Olá, boa noite! — diz o médico, com um semblante calmo, ele é bonito, só que não tanto quanto Bernardo — ou melhor, bom dia! — completa com um sorriso discreto.
— Bom dia Dr. Afinal..já está quase amanhecendo — eu digo com um sorriso simpático, mas Bernardo fica um pouco sério.
— Bom dia, Dr. — Bernardo diz, ainda sério, mas eu reparo que ele mantém a sua aparência calma, pelo menos aparentemente.
Acho que alguém não gostou nem um pouco de sermos interrompidos pelo Dr.
— Eu sou o Bruno, Médico cirurgião geral, e responsável pelo seu quadro, como se sente, Bernardo? — Dr.Bruno a Bernardo, de forma questionativa.
Me afasto um pouco, e fico de pé, para que ele converse com o médico mais a vontade.
— Me sinto bem, as vezes sinto um pouco de dor, quando faço alguns movimentos, mas nada que seja muito desconfortável — Bernardo responde calmamente.
— Que bom, então os medicamentos estão dando o resultado esperado — ele diz a Bernardo, e olha para mim por um breve instante.
— Bom, o real motivo da minha vinda é por que eu preciso ver o curativo e como está o ferimento — Explica o Dr.
— Okay! — Bernardo da de ombros.
Ainda parada, em pé, observando o médico se aproximar de Bernardo, e começar a tirar o curativo do seu abdômen trincado. Só de olhar esse corpo já sinto um calor intenso.
Ops, calma lá Isadora, deixa se fogo!
O Dr.Bruno analisa o ferimento de Bernardo com precisão e atenção.
— Nossa, o ferimento está muito bem, mesmo com poucas horas de cuidados ele está com uma aparência já em processo de cicatrização. Mesmo com a região aberta, posso ver que não há secreção e nem sangramento, logo já estará, muito melhor! — Dr.Bruno diz olhando para mim e para Bernardo ao mesmo tempo.
— Que bom, viu Bernardo? Está vendo que você é muito resistente! — eu digo sorrindo, e Bernardo da um sorriso largo, achando engraçado o meu comentário.
O médico também rir achando bem engraçado mesmo, o jeito que eu falei.
— Moça, o seu namorado tem uma regeneração incrível, é um homem saudável! — diz de forma repentina, em tom de brincadeira.
Mas, eu devo confessar que acabo de sentir minhas bochechas queimarem, e uma vergonha me tomar. Até que o meu olhar cruza com o de Bernardo, ele me olha atentamente, como se estivesse esperando ouvir a minha resposta, pois não deu uma palavra.
— Ah, é..ele não é meu namorado.. só somos parceiros de trabalho — eu explico, um pouco nervosa, com o coração já querendo palpitar de novo.
Imagina se ele vai querer namorar comigo, claro que não!
O médico sente que o clima acabara de ficar um pouco estranho, e logo percebe que cometeu um equivoco.
— Oh, desculpe-me pelo equivoco — o dr.Bruno diz, com o seu semblante preocupado.
— Não tem problema — Bernardo se adianta a dizer, e me dá um sorriso no canto dos lábios.
Eu não entendi exatamente o que ele quis me mostrar com esse sorriso no canto dessa boca sexy, mas eu prefiro me fingir de lerda, do que iludida.
— Bom Bernardo, vejo que você está bem, fora de perigo. Mas, quero que você fique em repouso absoluto, não faça esforço. Dentro de algumas semanas você estará novo em folha — o Dr. Diz tudo simpaticamente, e eu dou graças a Deus por ele estar bem.
— Que bom, obrigada Dr. — Bernardo agradece e o médico assente.
— Obrigada Dr. — eu digo também e o mesmo sorrir para mim.
— Ah, já ia me esquecendo de dizer que é importante dormir, você deve deixá-lo descansar, para ter repouso.
— Tudo bem, pode deixar Dr. — eu digo calmamente e ele assente.
O Dr. finalmente vai embora, e logo eu viro na direção de Bernardo.
— Bom, acho que o Dr. tem razão, você precisa descansar.
— Mas e a nossa conversa?
— Deixa para amanhã, agora o que importa, é você descansar — digo com carinho, e Bernardo me olha um tempo longo demais.
Sinto-me um pouquinho incomodada, porém quente, esse olhar dele me faz ter coisas e sensações inexplicáveis.
— Você vai embora? — pergunta com um semblante triste.
Senti como se ele não quisesse que eu fosse embora. Eu até iria dizer que sim, mas..acho que não consigo ir só de ver essa carinha triste dele.
— Não, vou estar bem ali — digo ao apontar para o sofá cama do quarto hospitalar.
Agora Bernardo me olha com um semblante calmo e um pouco mais aliviado.
— Obrigada por me fazer companhia Dora — diz com um sorriso de lábios fechados.
— Por nada, é isso que os parceiros fazem..não é mesmo? — brinco com o sorriso.
— É..— Bernardo responde com o sorriso mais largo agora.
— Bom, vou te deixar descansar, se precisar de alguma coisa, pode me chamar, okay? — digo passando confiança para ele.
— Okay! — Bernardo assente, então eu me afasto.
Mas, antes que eu desse o primeiro passo, ele segura meu braço, e me puxa para que eu fique mais próxima a ele.
— Bernardo Barone! — digo o repreendendo, sem deixar de sorrir.
— Quero um beijo de boa noite! — ele diz retribuindo o sorriso.
Puxo o ar para os meus pulmões, já sabendo que esse homem vai fazer um estrago no meu coração, mas ao mesmo tempo, sinto que quero isso, então eu inclino-me em sua direção, e dou-te um beijo intenso.
Ficamos assim por um bom tempo, só que eu tive que me afastar, se não eu iria com certeza perder a sanidade e sentar nesse homem. Dou boa noite a ele, e o mesmo me responde com um certo carinho.
Deito no sofá e fecho os meus olhos, mas em alguns momentos, eu abro o mesmo, e pude ver Bernardo deitado no seu leito pensativo. Apago por uns instantes, até que abro novamente os olhos, e vejo-o já segurando a foto da sua esposa falecida.
Não posso dizer que sinto ciúmes, por que os olhos dele me parecem bem perdidos e passando algo indecifrável, acho que ele tem uma luta interna. Só que, eu não consigo mais manter os meus olhos abertos e acabo apagando de vez.
(...)
Dia seguinte...
Acordo sentindo um certo incomodo nas minhas costas, então..eu me sento e me espreguiço. Olho para o leito de Bernardo, e não o vejo. Oras, mais que homem teimoso! Eu havia dito a ele que me chamasse caso ele precisasse de algo.
Ao ter esse pensamento, pulo do sofá e olho em volta do quarto mas não vejo nem sinal dele. Então, me sento novamente na beira do sofá.
— Bernardo? — chamo-o calçando os meus sapatos e o mesmo na responde — Bernardo? Onde está?
— Oi! — finalmente ouço ele dizer.
Olho na direção da sua voz, que vem do lado direito, saindo do banheiro.
— Por que diabos não me acordou? Você não pode fazer esforço homem! — reclamo com ele, terminando de fazer o laço no meu sapato e vou até ele.
— Calma, eu só fui ao banheiro! E bom dia para você também! — Barone diz sorrindo da minha cara, com um certo deboche.
Homem abusado!
— Bom dia, mesmo assim, você tinha que me pedir ajuda, e se você caísse? — coloco as mãos na cintura, e ele vem na minha direção, devagar.
Seus passos são lentos, e ele se segura pelas paredes. Então, eu vou até ele para ajudá-lo.
— Deixa de exagero mulher! Eu só fui fazer xixi, e tomar banho. Se queria me ver pelado era só pedir — diz com ironia, e eu estreito os olhos para ele.
— Engraçadinho! — eu resmungo, tentando segurar o sorriso, para não dá ousadia a ele.
Caminho com ele apoiado a mim, até o leito, e assim que chegamos, ele se deita, e eu sento ao seu lado.
— Como se sente?
— Tô bem! E você? Dormiu bem no sofá?
— Eu estava tão cansada que apaguei, mas dormi bem.
— Que bom!
— Bom, eu vou ao banheiro, já volto — digo sorrindo e levanto — ah, caso o café da manhã chegar, vê se come direito!
— Sim, senhora polícial! — Bernardo diz brincando e eu reviro os olhos rindo.
Sigo até o banheiro, e assim que eu entro, tomo um banho rápido, e visto as minhas roupas. Quando saio, vejo que o café da manhã já foi entregue.
— Dora, Alex acabou me mandar uma mensagem, ele mandou um arquivo com a ficha da PF de Megan para nós analisarmos — Bernardo diz comendo um pão com queijo, e logo em seguida leva a xícara de café na boca.
— Que bom..vamos ver, então! — eu digo eufórica, e tento pegar o celular dele que está ao seu lado, sob a cama.
— Opa, não agora..— ele diz ao pegar o celular mais rápido que eu.
— Como assim Bernardo? — pergunto confusa.
— Primeiro, eu quero tomar café com você, depois vamos terminar aquela nossa conversa de ontem, aí sim nós vamos investigar a Megan — ele diz calmamente, e eu fico mais confusa ainda.
— Tá bom! — digo sorrindo, achando meio estranho essa mudança dele.
Se fosse em outros momentos, com certeza ele iria dar prioridade a essa investigação, não consigo entender essa mudança repentina dele. Com isso, eu começo a comer uma torrada que há uma geleia em cima, e pego um copo de suco que está na bandeja.
Assim que eu e Bernardo encerramos o nosso café da manhã, eu logo para a Mel, a dando notícias e logo volto a minha atenção a Bernardo.
— Bernardo, temos mesmo que ter essa conversa? Não acha melhor nós deixarmos isso para lá? — digo um pouco receosa.
— Não, acho que você merece me entender, eu sei que não sou uma pessoa fácil de lidar.
— Bom, fácil não é, mas não é um bicho de sete cabeças! — redondo brincando, e Bernardo sorrir um pouco.
Porém, ele fica em silêncio por alguns instantes, como estivesse buscando as suas palavras, e um jeito certo de falar o que quer que seja.
— Bom, primeiro de tudo, Dora. Eu quero que você saiba, que eu te vejo de uma forma totalmente diferente agora — Bernardo me revela, como se estivesse fazendo um grande esforço.
Eu percebo que ele tem uma grande dificuldade em se expressar, mas eu estou achando extremamente fofo vê-lo tentando.
— Como assim? — pergunto curiosa.
— Quero dizer, que hoje em dia, eu vejo que você é uma mulher linda, sincera, de confiança. Você me provou tanta coisa, nesses últimos tempos do qual estamos trabalhando juntos — me revela, com a voz baixa, mas eu ouvi tudo claramente.
Deixo um sorriso largo de abrir em meus lábios, sentindo um felicidades tão grande, que uma vontade de pular nos braços dele me invadiu com tudo, mas eu me contenho. Calma Isadora, respira!
— Nossa, eu nunca imaginei que um dia iria me dizer isso, agora quem está surpresa sou eu — digo ainda com um sorriso nos lábios.
— É..até eu estou surpreso em como estou conseguindo me abrir de novo com alguém, que não fosse o meu amigo harker da federal — Bernardo retribuí o sorriso, e eu quase perco o ar.
Esse sorriso dele é lindo demais, e eu fico que nem uma boba apaixonada quando vejo-o.
— Imagino, você me parece ser um cara muito fechado, mas não deixa de ser uma boa pessoa. Apesar de ser um ogro — dou de ombros, sorrindo, e ele gargalha um pouco.
— Normal, eu sei que pareço mesmo! — diz achando engraçado, o que eu havia dito.
Começamos a sorrir um para o outro, e é tão incrível, como fazemos isso de forma natural. Sem forçar nada, não há nada melhor do que um sorriso de forma espontânea, sendo um sorriso sincero. Bernardo é realmente muito mais especial para mim do que eu imaginava.
— Mas, para eu te dar uma resposta, eu teria que te explicar o até houve na minha vida, para que você entenda, o ponto que eu quero chegar.
— Certo, mas se não quiser falar, eu te entendo, você não tem obrigação de me contar nada, Bernardo.
— Dora, para com isso, você sabe que tenho sim, sabe por que?
— Não, por que?
— Por que você se tornou uma pessoa especial demais para mim, você agora está em um patamar comigo, que eu não imaginei que fosse ficar. Um dos motivos, é que você salvou a minha vida mais de uma vez. Eu devo minha vida a você — diz convicto, passando para mim sinceridade.
— Eu também devo a minha vida a você, pois essa bala que levou, era para mim, eu deveria estar aqui no seu lugar.
— Mas não foi, por que o que eu sinto por você, é tão diferente, e tão bom, que eu não poderia deixar que levasse aquele tiro. Não sei o que houve, só o que sei, é que eu não consegui deixar que se machucasse, na verdade, se você estivesse levado aqui tiro, eu nem sei o que iria fazer — Bernardo diz de um jeito tão profundo, que eu tive que agradecer mentalmente por estar sentada, se não não teria mais forças nas pernas, e iria cair.
Entretanto, fui atingida com as suas palavras, como um tapa na cara, para acordar para vida. Ele gosta de mim, ele sente o mesmo que eu, meu Deus! Ele gosta mesmo de mim! Sinto tanta felicidade, que eu não me contenho, e acabo pulando em seus braços, com isso, eu acabo o puxando para um beijo tão intenso e firme, que senti um arrepio forte, sentindo como se uma avalanche me levasse.
Nossos lábios exploram um ao outro, e eu em segundos posso sentir mãos pelo meu corpo. Bernardo começa a me apalpar por inteira, sinto-me com o coração batendo acelerado, e uma sensação tão maravilhosa, que nem sei explicar.
Ele chupa os meus lábios, enfia a sua língua dentro da minha boca, e o seu corpo gruda no meu. Não ficamos tão perto um do outro, pois ele está ainda sentado e recostado na cama, e eu na beira da mesma, ao seu lado. Mas, isso não empata de entregarmos ao beijo um do outro.
As mãos dele aperta minha cintura, e em fração de segundos, uma foi para os meus cabelos, os puxando com um pouco de força. Mas, isso não me faz ficar incomodada, pelo contrário, eu gosto dessa pegada dele. Em troca, eu passo as mãos pelo ombro dele, e em seguida, elas descem pelas suas costas largas, mas, quando sobem, deixo as minhas unhas arranharem a pele.
— Humm! — Bernardo geme baixo, e eu abandono os lábios, beijando-te a bochecha e pescoço.
— Eu sou completamente apaixonado por você, Dora! — ele diz e eu paro de beija-lo.
Olho em seus olhos castanhos escuros, com os meus lacrimejados. É como se eu tivesse sentindo um conforto, uma tranquilidade maravilhosa. Acho que se um vento passasse, iria me levar, pois me sinto como se eu estivesse flutuando.
— Eu também, eu também sou muito apaixonada por você Bernardo. Mas, eu não posso me magoar novamente, apesar de ter toda essa atração por você, não quero quebrar meu coração novamente — digo receosa.
— Entendo, e é, exatamente por isso, que eu quero que saiba, o que houve no meu passado.
Fico em silêncio, e abaixo a cabeça, eu puxo o ar para os meus pulmões, mas logo volto a olha-lo nos olhos.
— Sabe Isadora, um dia eu acordei e me dei conta de que não sabia mais como era ser feliz — Bernardo diz triste, e eu o olho preocupada.
Foi ai que eu retrocedi a o pior dia da minha vida. Lembro-me como se fosse ontem, o dia que eu fui responsável por uma desgraça.
— Todo mundo tem um passado doloroso Bernardo! Eu também tenho um que não me orgulho — digo com os olhos marejados, e abaixo a cabeça.
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Oi amores, e aí? O que acharam desse capítulo? Será que esses dois vão conseguir entender o passado um do outro e finalmente de entenderem?
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Se quiserem ficar por dentro de tudo sobre os personagens minha rede social é : Clara Romances ❤️✨
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