15 - Bazooka
Nodegam...
Penúltima província de Salém a ser visitada pelo Clássico. Os homens de cá são tão altos e fortes que alguns chegam a considerá-los gigantes. É nesta província onde se fabrica maior parte do armamento para o exército do reino, principalmente armas nucleares.
É aqui onde nasceu Mad Boris, general do exército Salemiano.
Bazooka é uma cidade industrial, o principal edifício de lá é do tamanho de um estádio de futebol da terra. É onde eles mantêm certas pessoas cativos em segredo e onde Godsa Keller faz as suas experiências em pessoas. É onde o Clássico atuaria a seguir.
No local, os carros que trazem a matéria chegavam e dirigiam-se a zona de descarga, é aí onde o Clássico aproveitou e entrou. Ele fechou a porta principal, simulou incêndio para evacuação imediata. Todos sairam exceptos os segurança.
Claude armou algumas máquinas para que as mesmas explodissem em uma hora. Ele conseguiu achar a cave, onde estavam as cobaias de Godsa Keller. Pôs-se a procura de sua mãe entre corredores com paredes e portas de vidro e não a encontrava em lugar algum, mas ele estava determinado a achá-la. Ele viu através das portas de vidro como as pessoas usadas estavam, o estado delas era lamentável, ele sentiu pena delas. Andando pelos corredores foi reconhecido por alguém.
– Clássico. Eu sou um dos encarregados pela exploração da matéria cinzenta na floresta Kaduk.
– E o que faz aqui? – Perguntou Claude.
– Eles não gostaram do que aconteceu lá. Culparam-me pelo que você fez. É teu dever tirar-me daqui – O homem olhou de lado e disse – Cuidado, atrás de você.
Apareceu um homem alto e forte, deu um pontapé ao Clássico que o fez afastar-se. Clássico levantou-se rapidamente, atacou o homem com socos e pontapés, até que chegou a atingi-lo mas não obteve muito sucesso com aquilo.
Embora o homem fosse mais alto, Claude lutava com todas as forças contra ele naquele corredor. Ele tinha mais força, Claude tinha mais técnica.
– Você não pode me derrotar – Disse o homem.
– Eu não, mas eles sim. – Clássico puxou a alavanca e todas as portas se abriram. Todas as cobaias invadiram aquele homem grande.
Na superfície os seguranças tentaram atacá-lo mas não conseguiram porque todas as cobaias estavam soltas e lutavam ao lado dele.
– Eu minei todo este andar. Isso vai explodir em quarenta e cinco minutos – Anúnciou Clássico, mas foi ignorado.
Era uma guerra entre todos eles aí. Os seguranças lutavam para colocá-los de novo na cela, mas eles lutavam para escapar daí.
O caos instalou-se...
Ele subiu ao segundo andar, porque na superfície havia uma guerra a ser travada. Os seguranças contra as cobaias mutantes. A força de intervenção foi chamada rapidamente.
Ele deparou-se com alguns seguranças. Esquivou o primeiro, com os pés ele lançou-se contra o segundo fazendo-o cair de costas. Quanto ao primeiro, ele simplesmente permitiu que ele lutasse sozinho e depois dou-lhe o golpe final.
No rés-do-chão a luta continuava a intensificar-se. No segundo andar Clássico armou outras máquinas para explodirem em quarenta minutos.
Outro segurança, do mesmo tamanho que o Clássico chegou e comprometeu-se em ocupá-lo enquanto mais vinham aí. Entre bastões de ferro e madeira Clássico foi seguido pelos seguranças.
– Parem! – Pediu o Clássico, os seguranças pararam e não entenderam porquê – Vocês estão em vantagem númerica e isso vai ditar a vossa derrota.
– Ataquem! – O supervisor deu a ordem e eles atacaram mesmo. Só que a profecia do Clássico começou a se cumprir, a vantagem deles em número transformou-se em desvantagem perto dele. Todos eles estavam no chão e Clássico era o único de pé.
– Isso já parece um dejavú só que em um lugar diferente – Disse o Clássico e subiu para outro andar.
Uma mulher. Pelos vistos era uma das doutoras pela maneira que se vestia. Usava uma grande bata branca que cobria quase todo o corpo, óculos que lhe ficavam tão bem e lhe davam aquele ar de doutora inocente.
– Uau! Você não é feía, mas se não fosse pelas botas que usas eu diria que és uma doutora de verdade e não uma super vilã
– Eu gosto de usar botas para realçar o meu look – Disse a doutora abrindo a bata branca. A doutora era realmente um anjo em Valência. Tinha um look realmente incrível e sensual. Ela sacudiu a bata e as suas asas apareceram.
Clássico afastou-se rapidamente. Ela sacou uma espada e voou em direção à ele, os olhos dela estavam cinzentos da cor de suas asas de anjo. Clássico não via outra solução a não ser esquivar-se e fugir dela de vez em quando. Na luta corpo a corpo ela era mais forte, ele era ferido em combate com aquela espada super afiada.
Clássico segurou um bastão para se defender e conseguiu mesmo. Ele desarmou a espada dela e subiu nas costas dela.
– Me dê uma boleia até próximo andar por favor, ahhh – Gritou ele por a doutora vagueiar com por todos os cantos rompendo os escritórios e tudo mais.
– Vou te mostrar uma coisa – Claude lembrou-se das palavras e dos ensinamentos de Sinatra quanto a manipulação de armas. Ele caiu das costas dela, apanhou uma arma do chão e fez três disparos: um na asa esquerda, outro na asa direita e o terceiro no peito. Os disparos partiram o vidro e ela caiu do segundo andar até ao chão, era uma queda mortal.
Claude armou duas bombas para explodirem em vinte e cinco minutos.
Próximo andar, mais um adversário. Aquela que ele quis encontrar durante seis longos anos e fazê-la pagar pelo sofrimento que ela causou a ele e a muitos mais.
Na rés-do-chão a luta intensificou-se, os reféns começaram a fugir, já não era só o edifício principal a estar em conflito, toda a cidade agora estava em perigo, porque o caos se instalou como um terrível vírus e era dificil acabar com ele tão rápido. Todo mutante que saísse daí poderia ser um grande perigo para cidade de Nodegam e posteriormente para o reino de Salém.
A força de intervenção rápida chegou no local e não perdeu tempo em serviço. Eles ocuparam-se em apaziguar a situação porque seu líder de equipa não sabia que aquelas pessoas estavam aí. Aquilo era algo que daria muitos anos de cadeia para os doutores, o responsável da cidade industrial e para quem financiava tudo aquilo.
O líder da equipa de intervenção rápida era um homem de apenas vinte e quatro anos. Dois anos á mais que Claude. Ele era mais alto e mais forte que Claude.
– Vamos resolver essa situação rapidamente para voltarmos á Kaya, tenho assuntos pendentes lá – Disse o homem.
No quarto andar do edifício...
– Eu sempre soube que esse dia ia chegar – Disse Godsa Keller sentada na sua secretária – Sempre soube que um dia, voltarias para mim Claude.
– Como é que ela sabe o meu nome? – Claude falou em pensamento.
– Eu reconheço uma criação minha a longa distância e sabia que voltarias algum dia.
– Você é uma maldita – Disse ele – Não sou criação tua coisa nenhuma.
– Sim. Eu reconheço que sou, mas pelo menos serei uma maldita super rica e poderosa.
– Como? Você perdeu todas as suas cobaias. A força de intervenção está aqui, logo será a imprensa a vir até aqui. Todos saberão o que vocês fazem. Você está acabada.
– Hahahahah – Godsa ria-se de Claude – Vê-se logo que és muito ingênuo mesmo. Você é o meu troféu e não aqueles produtos mal formados.
– Você me atraiu até aqui! – Claude pensou em voz alta.
– Não foi assim tão difícil sabias! – Disse julgando-se mais inteligente – Foi só deixar que Lerio escapasse, matasse alguns doutores e seguranças e depois fugisse para que tu o encontrasses e ele te dissesse que a tua mãe está aqui – A explicação dela era lógica mas irritante – E voilá, fez-se mágica. Hahahaha
Claude olhou para ela como se ela fosse o mal encarnado.
– O que é? Não vai dizer nada? Vai continuar aí de pé olhando pra mim? – Godsa perguntou-lhe enquanto Claude permanecia sem dizer nada.
– O que você fez comigo e com os outros é inaceitável – Disse Claude em lágrimas, mas Godsa não podia vê-las por causa da máscara que ele usava.
– Meu jovem, ainda tens muito que aprender – Ela citou uma passagem – O teu pai dizia que para chegar até ao mel tens que passar pelas abelhas. Ele tinha razão, porque é difícil viver, mas ao contrário dele eu digo que para chegares até ao mel não tens de passar pelas abelhas, tu tens que matá-las.
Ainda concentrado em Godsa Keller, Claude sentiu uma batida forte na sua nuca. Ele caiu no chão e a sua máscara também. Do chão ele viu Gregor Keller aproximando-se dele e quando chegou perto baixou-se e disse:
– Não foi assim tão difícil, não é amor? – Disse para a sua esposa.
– É claro que não. Agora temos o que queríamos. Nós perdemos a fórmula depois da grande guerra, mas agora temos tudo no corpo deste rapaz.
– Agora podemos criar o nosso exército de mutantes como deve ser e isso vai ajudar-nos a se livrar do Seed de uma vez por todas e sermos donos e senhores deste reino e do que haver depois – Gregor não parecia se importar com nada.
Claude rapidamente deu um pontapé forte na cara de Gregor, levantou-se e deu um murro nos dois. Godsa usou algo para electrocutá-lo, quase que cedia pelos pontapés que Godsa lhe dava durante a electrocução, mas ele resistiu. As algemas que prepararam para ele, por acidente prendem-se as pernas de Godsa, Claude arremessou Gregor contra os armários e dois dos armários pesados cairam sobre ele. Gregor desmaiou.
Godsa colocou o dedo na algema que só funciona com a impressão digital dela e ficou livre. Ela correu até onde estava o seu marido desmaiado e tentou tirar os armários de cima dele mas não conseguia. Claude ia-se embora.
– Espera – Pediu ela – Ajuda-me a tirá-lo de baixo disso
– Porque eu o ajudaria?
– Ele é meu marido. Todos merecem uma segunda chance
– E onde está a chance das pessoas mortas por vocês? – Essa pergunta deixou Godsa, a mulher que tem sempre algo a dizer, sem palavras.
– Não o podemos deixar aqui – Implorou ela, pois já sabia que o edifício ia explodir em pouco mais de dez minutos.
– Finja que não está a acontecer, mãe – Devolveu ele ironicamente com as mesmas falas dela e foi-se embora.
No último andar do edifício, Claude avistou uma pratileira com máscaras de gás. A conduta de gás tóxico rompeu-se por causa do conflito com Godsa e Gregor, agora ele tossia várias vezes e necessitava tapar o nariz para não estar infectado com o gás tóxico.
Mal colocou a mão na máscara, alguém veio para pontapeá-lo. Era o líder da força de intervenção, com uma máscara de gás posta. Com saltos e golpes rápidos, o homem conseguiu dar realmente trabalho ao Clássico. Era noite e as lâmpadas daquele andar não estavam acesas. O homem acendeu-as. Claude baixou a cabeça e o capuz lhe ajudou nesse sentido visto que ele estava sem máscara.
– Mas hoje em dia já não há respeito nem civismo? É só chegar e pontapear assim as pessoas? – Claude reclamou brincando com ele.
– Dizem que você é algum tipo de vingador do povo ou algo assim – Disse o homem – Mas quer saber o que eu acho?
– Na verdade, não. Mas eu já sei que queres dizer mesmo assim, então força
– Você é um desordeiro que precisa de uma boa lição para ser alguém disciplinado.
– E vocês já delegaram alguém para fazer isso? – Claude perguntou sarcasticamente. O homem não respondeu, então ele disse – Oh! É você afinal?! Porque não me disse logo?
– Você vai se arrepender disso
– Vamos nessa então professor
Claude amarrou um lenço para tapar o nariz e a boca e correu até ele, eles trocaram socos. Claude não conseguia lutar bem porque tinha que esconder o rosto sempre mas aproveitou a situação para tirar a máscara e colocar.
– Agora assim. Vamos ao que interessa – Declarou ele.
O seu adversário esperava que Claude o atacasse mas Claude pôs-se a correr deixando-o sozinho. O homem ficou confuso e aborrecido, por isso o seguiu até ao telhado. Claude segurou um bastão, e pediu ao adversário para fazer o mesmo. Ele pegou mesmo num bastão e então observou o caos lá em baixo, os mutantes lutando contra a força de intervenção. A força de intervenção viu que o ambiente encontrado era outro por não conseguir lidar com as mais de 300 pessoas, incluindo homens, mulheres e crianças.
– Agora não tens para onde ir – Declarou o homem.
A luta com os bastões chegou a ser interessante pelo facto de os dois serem muito habilidosos, defenderem-se e atacarem-se bem. Mas quando soltaram os bastões e passaram a lutar manualmente, as coisas melhoraram. Claude conseguiu fazer uma queda ao homem e a máscara dele caiu. Claude não acreditava no que via.
– Não pode ser! – Disse ele admirado – Eu te procurei por muito tempo. Até cheguei a achar que já tinhas morrido.
– Do que estás a falar? – Perguntou o homem.
– Clássico sobe imediatamente para aqui – Disse Palestra numa nave pronto a levá-lo.
Palestra lançou a escada para o Clássico e quando ele segurou as escadas, o homem o seguiu e segurou o corpo dele. A nave foi-se embora com eles pendurados. Por causa da luta entre eles os dois cairam da nave até ao rio. O edifício principal de Bazooka explodiu. Por baixo da água, o homem ficou preso por baixo de uma árvore que caiu aí. A parte boa é que dentro deste rio há objectos que iliminam ele durante a noite.
Claude se aproximou e com muito esforço ajudou a retirar a árvore mas não conseguia. Então ele parou, concentrou-se e se lembrou do treinamento de respiração de baixo da água. Ele segurou a árvore e a árvore lhe obedeceu. O homem ficou admirado ao ver aquilo. Depois de solto eles nadaram para cima.
Já na superfície tossindo por causa da água que engoliram o homem lhe perguntou quem ele era e porque o salvou. A nave aproximou-se deles e Claude, que ainda estava com a máscara lhe disse:
– Sou aquele que nunca se foi mas acabou de voltar, Gael
– Como é que você sabe o meu no... – Gael parou para pensar no quão confuso era tudo aquilo. Ele estava admirado pelo Clássico conhecê-lo.
A nave foi-se embora levando o Clássico e deixando Gael sentado a beira do rio. Lá vinha os homens da força de intervenção ajudá-lo.
Palácio de Kaya...
– Vossa majestade real. O casal Keller falhou e acabou por comprometer todo o projecto, senhor – Disse o informante real.
– Eles tiveram o que merecem. A equipa está pronta? – Perguntou o rei virado para a grande janela atrás do seu trono.
– Sim, meu senhor
– Muito bem. Deixem ele vir; ele não sabe ainda o que o espera.
A Cvy 🌷
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