Capítulo Vinte e Um: Perebas
NOTAS DA AUTORA
↯ Por favor, não se esqueça de deixar seu voto e seu comentário! 🌺
↯ Eu gostaria de adiantar que este e os capítulos seguintes terão bastante cenas retiradas dos livros, especialmente porque são muito importantes para o plot. Por isso, peço perdão, já que sempre tento não fazer algo "copia e cola". Saliento que é importante ler mesmo assim, porque eu fiz várias alterações. Boa leitura!
_______
Hermione gritou. Black se levantou de um salto. Harry teve a sensação de que levara um tremendo choque elétrico.
- Ora, ora, mas que interessante. O que temos aqui? - Snape olhou de Lupin para Black, a varinha ainda estendida. - Eu disse a Dumbledore que confiar em você era pedir para correr o risco de Sirius Black entrar na escola, ele não me ouviu, é claro... E veja no que deu!
- O que o senhor está fazendo aqui? - indagou Sollaria, olhando confusa para o diretor de sua Casa.
- Eu fui até a sala de Lupin a pedido de Dumbledore e vi que ele não estava e não havia tomado a Poção. - Sollaria entrou em desespero com aquela afirmação; aquela era noite de lua cheia, e se o professor não havia tomado a Poção, ele estaria totalmente vulnerável. - Fiquei confuso e vi um pedaço de pergaminho muito... familiar aberto em cima da mesa... Segui até essa direção e à porta tinha uma Capa da Invisibilidade jogada no chão, muito útil, obrigada, Potter.
A vontade de Sollaria era de esganar o professor por ousar encostar as mãos na Capa que pertencera ao seu pai, e o irmão pela burrice de tê-la deixado em qualquer lugar daquele jeito.
- Ora, Ranhoso - intrometeu-se Sirius Black com um rosnado. - Você não mudou nada; ainda parece um morcegão gigante.
- Ora, seu... - Snape fez menção de avançar para Sirius, mas Lupin se colocou na frente dele. O professor de Poções abriu um sorriso malicioso. - Ficarei feliz em levar para o Ministro não só um, mas dois criminosos. O assassino e o cúmplice.
Sollaria olhava para os três adultos em completo horror ao passo que a cena se desenrolava. Se Snape de fato viesse a engregar os outros dois homens, Harry e Sollaria jamais saberiam da suposta verdade que eles tanto queriam lhes revelar.
- Seu idiota! Está mesmo disposto a entregar dois homens inocentes para os dementadores por uma briguinha de adolescentes? - questionou o professor de DCAT do outro lado da varinha.
- A doce vingança... - disse ele baixinho -...é um prato que se come fr-
- STUPEFY! - berraram Sollaria e Harry ao mesmo tempo, fazendo com que o professor Snape fosse jogado contra a parede, desacordado.
A varinha dele voou no ar, descrevendo um arco, e caiu em cima da cama, ao lado de Bichento.
Hermione arfou, desesperada.
- V-Vocês atacaram um professor!
Sollaria revirou os olhos.
- Aquela enrolação toda já estava me irritando - reclamou Sollaria, gesticulando impaciente com a mão da varinha.
Ela se virou para os dois adultos e acenou para que continuassem a história.
- Então está na hora de lhes apresentarmos alguma prova. Você, garoto... me dê Peter, por favor. Agora.
Rony apertou Perebas mais junto ao peito.
- Nem vem - disse o garoto com a voz fraca. - O senhor está tentando dizer que Black fugiu de Azkaban só para pôr as mãos em Perebas? Quero dizer... - e olhou para Harry, Sollaria e Hermione à procura de apoio -, tudo bem, vamos dizer que Pettigrew pudesse se transformar em rato, há milhões de ratos, como é que Black vai saber qual é o que está procurando se estava trancafiado em Azkaban?
- Sabe, Sirius, a pergunta é justa - disse Lupin, virando-se para Black com a testa ligeiramente franzida. - Como foi que você descobriu onde estava o rato?
Black enfiou uma das mãos, que lembravam garras, dentro das vestes e tirou um pedaço de papel amassado, que ele alisou e mostrou aos outros.
Era a foto de Rony e Sollaria com o resto da família Weasley, que aparecera no Profeta Diário no último verão, e ali, no ombro de Rony, estava Perebas.
- Onde foi que você arranjou isso? - perguntou Lupin a Black, perplexo.
- Fudge - disse Black. - Quando ele foi inspecionar Azkaban no ano passado, me cedeu o jornal que levava. E lá estava Peter, na primeira página... no ombro desse garoto... reconheci-o na mesma hora... quantas vezes o vi se transformar? Bem ao lado de Sollaria... Durante todo esse tempo, aquele nojento... - Ele bufou. - E a legenda dizia que iam voltar para Hogwarts... onde Harry e Sollaria estariam durante todo o ano letivo...
- Meu Deus - exclamou Lupin baixinho, olhando de Perebas para a foto no jornal e de volta ao rato. - A pata dianteira...
- Que é que tem a pata? - disse Rony em tom de desafio.
- Tem um dedinho faltando - afirmou Black.
- Claro - murmurou Lupin. - Tão simples... tão genial... ele mesmo o cortou?
- Pouco antes de se transformar - confirmou Black. - Quando eu o encurralei, ele gritou para a rua inteira que eu havia traído Lily e James. Então, antes que eu pudesse lhe lançar um feitiço, ele explodiu a rua com a varinha escondida às costas, matou todo mundo em um raio de seis metros, e fugiu para dentro do bueiro com os outros ratos...
- Você já ouviu falar, não Rony? Sollaria? - perguntou Lupin. Ele olhou de um para o outro, focando seu olhar na garota ruiva. - O maior pedaço do corpo de Peter que acharam foi o dedo.
- Olha aqui, Perebas com certeza brigou com outro rato ou coisa parecida! Ele está na minha família há séculos, certo...
- Doze anos, para sermos exatos - disse Lupin. - Você nunca estranhou que ele tenha vivido tantos anos?
- Nós... nós cuidamos bem dele!
- Mas ele não está com um aspecto muito saudável no momento, não é? - comentou Lupin. - Imagino que esteja perdendo peso desde que ouviu falar que Sirius fugiu...
- Ele tem andado apavorado com aquele gato maluco! - justificou Rony, indicando com a cabeça Bichento, que continuava a ronronar na cama.
Mas isso não era verdade, ocorreu a Sollaria de repente... Perebas já estava com cara de doente antes de conhecer Bichento... desde que voltaram do Egito... desde que...
Desde que Sirius Black escapara...
- O gato não é maluco - disse Black, rouco. Ele estendeu a mão ossuda e acariciou a cabeça peluda de Bichento. - É o gato mais inteligente que já encontrei. Reconheceu na mesma hora o que Peter era. E quando me encontrou, percebeu que eu não era cachorro. Levou um tempinho para confiar em mim. No fim, eu consegui comunicar a ele o que estava procurando e ele tem me ajudado...
- Como assim? - murmurou Hermione.
- Ele tentou trazer Peter a mim, mas não pôde... então roubou para mim as senhas de acesso à Torre da Grifinória... Pelo que entendi, ele as tirou da mesa de cabeceira de um garoto...
A cabeça de Sollaria ardia tanto que a garota jurou que ia explodir. Era tanta informação, tanto absurdo... Não fazia sentido... Ou fazia?
- Mas Peter soube o que estava acontecendo e se mandou... - falou Black. - Este gato... Bichento, foi o nome que lhe deu?... me disse que Peter tinha sujado os lençóis de sangue... suponho que tenha se mordido... Ora, fingir-se de morto já tinha dado certo uma vez...
Harry balançou a cabeça, resoluto.
- E sabe por que é que ele se fingiu de morto? - perguntou o garoto impetuosamente. - Porque sabia que você ia matar ele como tinha matado os meus pais!
- Não - disse Lupin. - Harry...
- E agora você veio acabar com ele!
- É verdade, vim - disse Black, lançando um olhar maligno a Perebas.
- Então eu devia ter deixado Snape levar você! - gritou Harry.
- Harry - disse Lupin depressa -, você não está vendo? Durante todo este tempo, pensamos que Sirius tinha traído seus pais e que Peter o perseguira... mas foi o contrário, você não está vendo? Peter traiu sua mãe e seu pai... Sirius perseguiu Peter...
- NÃO É VERDADE! - berrou Harry. - ELE ERA O FIEL DO SEGREDO DELES! ELE DISSE ISSO ANTES DO SENHOR APARECER. ELE CONFESSOU QUE MATOU MEUS PAIS!
Sollaria apertou os dedos contra as têmporas, nervosa.
O garoto apontava para Black, que sacudia a cabeça devagarinho; de repente seus olhos fundos ficaram excessivamente brilhantes.
- Harry... foi o mesmo que ter matado - disse, rouco. - Convenci Lily e James a entregarem o segredo a Peter no último instante, convenci-os a usar Peter como Fiel do Segredo, em vez de mim... A culpa é minha, eu sei... Na noite em que eles morreram, eu tinha combinado de procurar Peter para verificar se ele continuava bem, mas quando cheguei ao esconderijo ele não estava. Mas não havia sinais de luta. Achei estranho. Fiquei apavorado. Corri na mesma hora direto para a casa dos seus pais. E quando vi a casa destruída e os corpos deles... percebi o que Peter devia ter feito. O que eu tinha feito.
A voz dele se partiu. Ele virou as costas.
Uma lágrima escorreu pela bochecha de Sollaria.
- Basta - disse Lupin, e havia um tom inflexível em sua voz que Sollaria nunca ouvira antes. - Tem uma maneira de provar o que realmente aconteceu. Rony, me dê esse rato.
- Que é que o senhor vai fazer com ele se eu der? - perguntou Rony, tenso.
- Obrigá-lo a se revelar - disse Lupin. - Se ele for realmente um rato, não se machucará.
Rony hesitou. Então, finalmente estendeu a mão e entregou Perebas a Lupin. O rato começou a guinchar sem parar, se contorcendo, os olhinhos negros saltando das órbitas.
- Está pronto, Sirius? - perguntou Lupin.
Black já apanhara a varinha de Snape na cama. Aproximou-se de Lupin e do rato que se debatia e seus olhos úmidos pareceram, de repente, arder em seu rosto.
- Juntos? - perguntou em voz baixa.
- Acho melhor - confirmou Lupin, segurando Perebas apertado em uma das mãos e a varinha na outra. - Quando eu contar três. Um... dois... TRÊS!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top