058

Charli D'amelio pov's
Los Angeles - Califórnia

Acordei com alguém cantando. Abri um pouco os olhos e pude ver Chase no banheiro, em frente ao espelho arrumando o cabelo e cantando.

— Lalalalalalala. – cantou repetidamente.

— Chase! – ele não escutou e continuou cantando. — Chase! – chamei novamente e nada. — CHASE!! – gritei e foi ai que ele saiu do banheiro e veio até mim.

— Que foi?

— Qual é a da cantoria logo de manhã?

— Só estou cantando, não posso mais?

— Esqueceu a letra ou não sabe mesmo?

— Quer que eu cante o que agora? Onde direction?

— É One Direction! – o corrigi. — E sim, eu preferia.

— Tanto faz! – revirei os olhos. — Afinal... – voltou para o banheiro — vai comigo para Nova York né?

— Você sabe, eu tenho que estudar!

— Você estuda o tempo todo.

— Eu estou basicamente na última fase do meu curso, eu tenho que me dedicar ao máximo se eu realmente quiser me tornar uma médica de respeito.

— Sinceramente, não vejo resultados. – lhe encarei.

— O que? Como não?

—Charli...– escorou-se no batente da porta. — até eu que não sei nada de medicina, com tudo que tenho visto te reprovaria!

— Como é? – digo me fazendo de ofendida. — Não foi o que disse quando me viu salvando meu pai! – cruzei os braços. — Sem falar que eu fiquei bastante tempo longe de tudo, me perdi em várias coisas, meu foco mudou de rumo.

— E esse outro rumo sou eu! – sorriu.

— Talvez. – dei de ombros.

— Confessa vai, eu sou o dono dos seus pensamentos! – sorriu.

— Pode ser que antigamente sim mas hoje... – digo me levantando da cama. — Tenho coisas muito mais importantes para pensar.

— Tipo?

— Nosso filho!

— Nem chegou e já está querendo sentar na janelinha? – cruzou os braços fingindo indignação e eu ri. Fui até ele e o abracei por trás.

— Não se preocupe, tem eu o suficiente para os dois.

— Os dois? – ele se vira de frente para mim.

— Sim, os dois. – lhe beijei em confirmação. — Agora vai arrumar nosso café, pois eu preciso de comida!! – o empurrei do banheiro sem cerimônias.

— Eu não sei cozinhar!

— Em algum momento você tem que aprender!

— Desde que você me ensine eu não vejo problema algum.

— Talvez!

— Okay, me convenceu. – diz indo até a porta mas parou e me olhou. — E o meu beijo de bom dia?

— Vai ficar querendo, eu nem escovei os dentes. – fiz careta.

— Eu não me importo. – diz se aproximando.

— O problema é seu, eu não vou te beijar. – digo me afastando.

— Charli, entenda que nada me incomoda vindo de você. Nem um bafo de búfalo de quem acabou de acordar. – sorriu e novamente fiz minha cara de nojo.

— Estava quase me convencendo, mas depois desse seu discursinho nojento quebrou o clima.

— Eu expresso todo o meu amor por você, e você chama de discursinho nojento? – diz ofendido e eu ri com o drama.

— Não me leve a mal, eu só fui sincera. – me aproximei segurando seu rosto entre minhas mãos. — Eu te amo, mas... – ele me calou colando seus lábios contra os meus. Cortou o beijo e me olhou sorrindo. — Palhaço!

— Eu já disse que não me importo. – colocou as mãos em meus quadris. — Nem foi tão ruim assim.

— As vezes eu queria te odiar. – confesso enlaçando meus braços ao redor de seu pescoço.

— Dizem que ódio e amor caminham lado a lado. – beijou meu pescoço.

— Talvez seja o nosso caso. – ri lhe olhando nos olhos. — Ainda parece um sonho. Eu ainda não consigo cair na real sobre tudo isso.

— Talvez demore um pouco para que nós possamos cair na real, eu também ainda acho que é um sonho.

— Se Karissa estivesse aqui provavelmente estaria vomitando. – ele riu concordando. — Ela é o tipo de pessoa que seria cômico ver se apaixonar.

— O cara teria que ser um cara paciente.

— Um cara que tenha os mesmos parafusos a menos que ela.

— Ou um cara bem o oposto que ela. – concordei.

— Quando esse dia chegar, eu acho que vou fazer uma festa.

— Sim, com trezentos convidados e com o tema "Karissa apaixonada".

— Colocaremos várias fotos dos dois espalhadas pela festa.

— Com vários corações pendurados e com uma música romântica tocando ao fundo. – ele finalizou. Nos encaramos e caímos na gargalhada.

— Esse dia vai ser louco!

— Esperando ansiosamente por esse dia.

— Agora o que acha de fazer o meu café enquanto eu tomo o meu banho? – ele suspira contrariado.

— Tudo bem, vou tentar. – me deu um pequeno selinho e se retirou do quarto. Aproveitei para escolher a roupa que vestiria no dia de hoje e entrei no banheiro.

Tomei um rápido banho e desci logo em seguida. Assim que cheguei no andar de baixo, Chase estava na cozinha.

— Estou pronta. Cadê meu café? – questionei entrando na cozinha. Ele coloca uma xícara na minha frente e a enche de café.

— Ai está. – me empurrou a xícara.

— Chase! – reclamei.

— Você pediu café, ai está. – fiz uma careta.

— Tanto faz, não quero mais. – empurrei a xícara. — Café me deixa enjoada.

— Tudo bem. Se sente bem para ir ao estágio hoje?

— Sim, me sinto bem. Vamos? Compro bolinhos no caminho. – ele afirmou. Saímos do apartamento e nos dirigimos até o estacionamento do condomínio.

Fomos conversando durante todo o caminho. Chase me deixou próximo ao hospital a meu pedido. Eu senti necessidade de comprar alguns bolinhos em uma cafeteria próxima.

Depois de comprado pude caminhar até o hospital. Parei na calçada a espera do semáforo para pedestres se tornar verde. Assim que os carros pararam e o semáforo ficou verde, comecei a caminhar pela faixa.

Um carro em alta velocidade vem em minha direção e freia praticamente em cima de mim. Não pude evitar soltar um grito assustado.

Meu coração estava extremamente acelerado e minhas pernas como gelatinas. A porta do motorista se abre, a motorista sai do carro. Minha boca se abre em choque.

— Charli, querida. Está tudo bem? – a loira de longas pernas caminha em minha direção com falsa preocupação.

Alicia.

— Você tentou me atropelar! – digo indignada.

— Eu?

— Não faz a sonsa comigo! Já entendi seu joguinho sujo, me deixa em paz!

— Eu realmente não sei do que está falando. Apenas perdi o controle.

— Você é louca! Louca! – gritei vendo algumas pessoas pararem para assistir meu escândalo.

— Você é ridícula!

— Ridícula é você! – rebati. — Se tudo isso é por causa de Chase, eu sugiro que você vá fazer tratamento psicológico!

— Você sabe muito bem que nada disso estaria acontecendo se você não ficasse se fazendo de espertinha.

— Vai para o inferno! – digo me afastando e chegando ao outro lado da rua.

Essa mulher é maluca! Já percebi que ela não vai sossegar enquanto não conseguir o que quer!

Credo alicia, tenha amor próprio

Kisses, Karol

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