054

Chase Hudson pov's
Los Angeles - Califórnia

Dois meses se passaram desde o que aconteceu com Miguel. Felizmente ele está bem. Rolou desculpas, perdão e coisas de pai e filha.

Daniel e Júlia estão noivos. Pois é! Eu realmente não entendo esses jovens de hoje que se casam rápido desse jeito.

Eu finalmente consegui convencer Karissa a ir morar com meu pai. É claro que ela arrumou uma confusão mas depois que meu pai prometeu lhe dar um carro ela mudou de ideia.

Eu e Charli estamos bem, não tem quem não olhe e confirme que somos um casal de verdade. Quem dera.

Como eu já disse, Charli é uma garota diferente, é estourada, mas depois vira um bichinho animado. Seu jeitinho foi me conquistando. É, eu gosto da Charli.

Não!

Na verdade, eu amo ela!

Não tem como não amar ela, ela é uma pessoa maravilhosa em todos – eu digo todos – os sentidos. Desde o modo como ela vive tentando me jogar da janela a quando ela me sorri animada.

É, isso é amor.

Fui dizer que nunca ia me apaixonar logo para a feiticeira que não bastou mudar minha vida, também tinha que mudar meu coração.

É uma pena que ela não enxergue isso, e acredito que ela não sinta nada por mim. Então prefiro fingir que não existe nada, o sofrimento diminui meio porcento.

Hoje é domingo e o último dia da Ka aqui em casa. Estávamos eu, Charli e Karissa na cozinha.

— Eu não acredito que vou ter que deixar vocês! – Karissa diz apertando meu rosto.

— Eu sinceramente não via a hora! – fingi alívio e ela me deu um soco no ombro. Mulheres violentas aqui você encontra.

Na realidade eu gostava de te-la por perto, nunca ficamos tão próximos na vida como ficamos nesses últimos meses. Era bom.

— Vou sentir saudades das suas loucuras! – Charli diz fazendo um beicinho fofo.

— Pode deixar, eu faço mais em sua homenagem! – piscou para Charli.

— Ficarei agradecida! – sorriu. Já disse que amo o sorriso dela? É, eu amo. — Estou com fome! – diz abrindo os armários.

— Conta uma novidade! – digo revirando os olhos. — Ultimamente você está a cópia fiel e feminina do Daniel!

— Não exagera! – diz pegando um pacote de cookie de chocolate. — Eu tenho estudado de mais, quase não tenho tido tempo de comer.

— Quem é você e o que fez com a Charli? – eu e Karissa rimos.

— Vão arrumar o que fazer! – reclamou pegando um vidro de ketchup e colocando no cookie. Eu e Karissa a a encaramos. — Tão olhando o que?

— O que exatamente você está fazendo? – questionei.

— Nadando com golfinhos. – ironizou. — Não é óbvio?

Já disse que ela tem andado meio agressiva? Pois, Charli cinco porcento mais agressiva é de se preocupar e chamar as forças armadas.

— Tá mas de onde você tirou esse absurdo? – Karissa questinou fazendo cara de nojo.

— Não sei, só me deu vontade. – deu de ombros.

— Você é louca! – Karissa diz indignada.

— Nenhum dos dois têm direito de me julgar, você vive comendo macarrão direto do pacote – apontou para Karissa. — e você lambendo olho vegetal. – apontou para mim. — Vocês falam muito. – continuou comendo tranquilamente.

— Chama o hospício que eu seguro ela! – Karissa susurrou para mim e eu ri.

— Não é caso de hospício

— Não? Outro dia ela comeu morango com mostarda! Estou falando Chase ela está com problemas, de onde ela tirou esses negócios loucos de comer essas coisas de loucos?

— Parem de falar como se eu não estivesse aqui! – Charli reclamou. — Eu estou ótima. – diz terminando de comer e fazendo uma careta.

— Charli, está tudo bem? – perguntei já preocupado.

— Está, eu só preciso pegar meu celular! – correu para o quarto.

— Reclama de mim mas já viu a mulher que se casou? Não tem um pingo de normalidade.

— A Charli as vezes tem uns tiques nada a ver, não dá sempre para entender. – o que não deixa de ser verdade.

— E eu aqui achando que ela era normal, minha vida foi uma mentira! – dramatizou e eu ri.

— Como se você fosse! – digo indo até a sala e me sentando no sofá

— Eu só não sou normal porque os padrões são altos de mais. – diz se jogando no outro sofá.

— Concordo, já tentei e não deu certo!

— Prefiro mil vezes ser maluca, como dizem.

— Concordo! Ser sem noção está no sangue. – ela me encara e me joga uma almofada. — O que?

— Você me chamou de sem noção, seu jumento!

— Eu sou jumento? Olha para sua cara!

— Olha você, se enxerga! Se você olhar no espelho ele trinca no meio.

— Se você olhar no reflexo da colher você entorta ela!

— Perturbação tem nome e sobrenome, Chase Hudson. – resmungou. — Cadê a Charli hein?

— Não sei, deve ter encontrado um portal para Nárnia. – suspirei.

— Que horas são?

— Tem celular para que?

— Palhaço! – jogou outra almofada em mim. — Estou com fome!

— A chefe aqui é a Charli não eu!

— Acontece que a sua mulher se enfiou naquele quarto e está fazendo eu sei la o que!

— Já deve ser umas oito da noite, vamos pedir pizza!

— Ok eu peço!

— Não eu peço, eu quem tive a ideia!

— Mas se não fosse por mim você não teria tido essa ideia!

— Eu vou ligar!

— Quem chega no telefone primeiro! – se levantou correndo pegando o telefone na estante enquanto eu ria continuando sentado. — Há! Já era! – diz discando o número.

— Metade calabresa! – digo a vendo com o telefone na mão.

— Seu ridiculo! Não acredito que me enganou.

— Tão ingenua... – sorrio.

— Metada calabresa e metade quatro queijos.

— Charli, nós vamos pedir pizza, vai querer de algo? – gritei da sala. Uma Charli mais pálida que o normal aparece no corredor. — Está tudo bem?

— Tá tudo bem. Vão pedir pizza? – eu assenti. — Eu quero de... chocolate e romeu e julieta! – eu e Karissa a encaramos. — O que?

— Charli, quer que eu te leve ao médico? – perguntei.

— Eu estou bem, para com isso. – se sentou em um dos sofás. — Parem de paranóia, qual é o problema eu querer duas pizzas diferentes? Agora tem que seguir padrões de pizza? – Karissa deu de ombros e continuou a falar no telefone.

Enquanto esperávamos a pizza chegar colocamos em um filme qualquer.

— A gente podia ir ao cinema um dia desses. – Karissa sugeriu.

— Concordo, mas eu não posso tirar o foco dos meus estudos. – Charli diz antes de soltar um suspiro pesado.

— Vou ter que começar minha faculdade! – diz fingindo chorar.

— Você disse que não ia fazer!

— Você acha que o senhor Hudson Pai iria me dar um carro de graça?

— Não é bem a cara dele! – logo o interfone tocou e Ka foi buscar a pizza. Depois que ela voltou nós começamos comer. Charli comeu grande parte sozinha. Tanto a doce como a salgada.

Logo depois de comer resolvemos ir dormir já que no dia seguinte seria um dia corrido.

— Charli! – bati na porta do banheiro já que fazia quase uma hora que ela estava fechada lá. — Charli está tudo bem? – ela abriu a porta e saiu.

— Está! – se jogou na cama. — Só estou com sono. – diz bocejando.

— Você está estranha!

— Não começa, vai dormir vai!

— Tá bom, tá bom! – me deitei ao seu lado e me virei de costas para ela.

— Quanto drama! – me abraçou por trás. — Chatinho, agora cala a boca e dorme!

— Nossa, quanta consideração! Eu ai preocupado com você! Legal eu...– sou interrompido pela sua pequena mão tampando minha boca.

— Shhh!! – e foi o que eu fiz. Fiquei quieto e acabei por cair no sono.

Charli gravidinha....

Desculpa a demora pra postar, tava com preguiça

Como estão?

Kisses, Karol

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top