053

Charli D'amelio pov's
Los Angeles - Califórnia

Acordei bem cedo com o Chase agarrado a mim. Demorou um pouco para que eu criase coragem de me separar dele, mas com muito custo eu o fiz. 

Me levantei com muito cuidado para não acorda-lo. Peguei minhas roupas e entrei no banho que foi bem rápido. Peguei minha bolsa e por um impulso maior fui até Chase e lhe dei um beijo no rosto.

Fiz um café antes de sair do apartamento e segui a caminho do hospital onde estou estagiando. Mais de um ano fazendo isso e ainda assim a ansiedade bate sempre que me aproximo.

Eu ainda não era uma médica, mas já atuava em algumas áreas. O dia foi extremamente corrido e cansativo. Tive que atuar em três áreas diferentes já que duas pessoas faltaram.

Assim que completei a minha carga horária me dirigi para o hospital onde meu pai estava. Assim que entrei em seu quarto ele estava acordado e assistindo TV.

— Pai! – ele me olha surpreso e sorri.

— Filha! – fui até ele e lhe dou um beijo. — Tudo bem?

— Sim, estou bem e você?

— Tudo bem. – suspirou e segurou minhas mãos. — Minha filha... quero te pedir perdão por tudo!

— Tudo o que pai?

— Por te obrigar a se casar com alguém que não ama, por gastar todo nosso dinheiro com apostas. Não acreditar em você novamente quando me avisou o que estava explícito bem na minha cara!

— Está tudo bem pai, já passou.

— Não está não! Tudo isso é culpa minha! Olha filha se não quiser mais continuar com esse casamento está tudo bem, eu lido com as minhas consequências.

— Não pai! Está tudo bem, eu já disse.

— Por que não? Até pouco tempo você não queria! – me olhou com o cenho franzido.

— Mas as coisas mudaram pai. Chase é uma boa pessoa, eu o julguei sem o conhecer direito. Veja só, ele fez tudo isso por nós!

— Eu já sabia que Chase era realmente é um bom garoto, nunca lhe entregaria para alguém que eu não confiasse.

— Não se preocupe pai! Mas me diz, o médico disse algo?

— Amanhã eu já estou liberado.

— Que ótimo! – sorrio animada. — Eu adoraria ficar com você, mas eu tenho que ir ao estágio. Eu fiquei muito tempo afastada e já é o último ciclo. Quem vai cuidar de você?

— Já sou bem grandinho Charli, não preciso de babá. – fechou a cara ofendido.

— Pai, você precisa descansar. Você pode estar bem mas ainda assim não quero que fique sozinho. – lhe expliquei. Um nome se acende em minha cabeça. — A Helena!

— Quem?

— Helena, a enfermeira.

— Ah, claro! – sorri. — Por mim tudo bem! – o encaro com o cenho franzido.

— Mudou de ideia muito rápido, não acha? – cruzei os braços lhe encarando.

— Impressão a sua! – se fez de desentendido.

— Nem pense nisso! – digo e ele me olha sem entender. — Deixa esse seu fogo apagar um pouco, descansa esse coração. Para um pouco de pensar em mulher!

— Eu nem disse nada.

— Mas eu sei bem no que está pensando. Não tenho nada contra a Helena mas, não pai.

— Mas eu nem estou interessado nela, nem a vi direito. – deu de ombros.

— Ela pode ser casada, quem sabe ter filhos?

— Ela não é casada. – lhe encarei com a sobrancelha arqueada.

— Você não acabou de dizer que não a viu direito? – ele fechou os olhos percebendo que caiu na minha.

— Como pude ser tão ingênuo. – colocou as mãos no rosto. — Tudo bem, nada de mulheres por um longo tempo. Agora só vou focar na empresa e em como reconquistar o dinheiro que perdi.

— Isso mesmo. – digo séria. — E vê se para de se meter em problemas, por favor. Eu estou te dando um voto de confiança, mas se você se meter em outra furada nem pense em encarar meu contato no celular. Não irei!

— Para que tanta maldade no coração?

— A culpa é toda sua por isso. Ou você muda ou eu vou mudar.

— Já disse que vou mudar!

— Espero que mude mesmo. Não vou discutir sobre isso pois o senhor precisa descansar.

— Para de me chamar de senhor! – reclamou.

— Não vou parar, já entendi que te chamar de você infla seu ego e faz você se sentir um garotão. Mas sinto em dizer papai, você não é mais um garoto. – ele revira os olhos.

— Ai! Minha cabeça Charli, dói. – encenou.

— Agora eu sei de onde vem minha atuação ruim. – resmungo.

E assim passamos um bom tempo. Falei com Helena e ela topou cuidar do meu pai. Ela é uma boa mulher.

Logo depois peguei um táxi e segui para o apartamento. Eu realmente precisava de um carro. Assim que cheguei Chase e Karissa estavam tendo uma discussão um tanto... bizarra digamos.

— Jegue! – Karissa diz.

—  Cabra! – Chase retruca.

—  Jegue!

—  Cabra!

— Jegue!

— Cabra!

— Jegue!! – Karissa gritou decidida.

— Então vai logo um Unicórnio! – Chase exclama contrariado.

— Unicórnio não existe!

— Claro que existe!

— Quem falou?

— Eu já vi um!

— Quando, onde, por que e provas!

— Eu vi e ponto, você tem a obrigação de acreditar em minhas palavras.

— Sonha meu querido, sonha. Vai ser Jegue e fim de papo!

— Cabra!

— Jegue!

— O que exatamente está rolando aqui? – intervi lhe chamando a atenção. — Qual é o problema de vocês com Jegue, Cabra e Unicórnio?

— Ela quer adotar um Jegue! – Chase me conta.

— E ele quer que eu adote uma cabra ou Unicórnio! – eu encarei Chase.

— Unicórnio?

— Existem! Você só precisa acreditar em minhas palavras.

— Daqui a pouco vai me dizer que ja viu um disco voador. – Karissa debochou.

— E já vi! –  ela revira os olhos.

— É mesmo é? E um ET também?

—  Sim, quando eles vieram te trazer! – ela lhe tacou a almofada me fazendo rir.

— Crianças! – digo indo para cozinha.

— E você Charli, me diz. O que posso adotar? – Karissa me pede.

— Um cachorro? – sugeri tomando um gole de água.

— Eu amo cachorros, principalmente o que eu chamo de irmão mas – soltei uma risada — eu quero algo que não estejam nos padrões da sociedade.

— Por isso eu insisto, um Unicórnio. – Chase insiste.

— Eu já falei que não existe!

— Existe sim, quer ver?

— Quero!

— Se olha no espelho! – gargalhou e ela lhe tacou outra almofada.

— Charli como você atura ele? Ele é um poço de perturbação.

— Porque ela me ama! – Chase diz me dando um choque de 330 volts. — Não é Charli? – me encarou.

— É. Eu amo esse idiota! – o encarei e ele não desviou os olhos dos meus. E ficamos um encarando o outro.

— Vou ali no google fazer uma pesquisa! – Karissa diz se colocando de pé e nos chamando a atenção.

— Pesquisa? Você? Ha! Essa é nova. – Chase riu debochado. — E vai pesquisar o que?

— Como se suicidar sem morrer! – eu e Chase a encaramos sem entender. — Essas cenas de vocês dois apaixonados me dá vontade de morrer! Mas como eu tenho muito o que viver não posso morrer. – explicou deixando a sala logo em seguida.

— Ok desisto, não sei lidar com a Karissa. – digo.

— Acho que ela bateu a cabeça quando nasceu, não acho que ela seja muito normal.

— O sujo falando do mal lavado. – digo rindo.

Kisses, Karol

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