049
Charli D'amelio pov's
Los Angeles - Califórnia
A manhã fora bem tranquila. Apenas ajudei com algumas consultas e assisti alguns procedimento de diferentes áreas. Entrei na sala de descanso e me sentei um pouco, minhas costas estão doloridas.
Eduarda entra na sala e me sorri.
— Estava te procurando. — ela diz. — Seu pai está te esperando. — franzi o cenho.
—Meu pai? — ela afirma.
— Está lá fora e disse que precisava falar com você. — deu de ombros.
— Certo, obrigada. — agradeço antes de sair da sala.
Eu realmente não sabia exatamente como eu me sentia indo me encontrar com meu pai, não depois de descobrir aquelas coisas horríveis sobre ele. De algum modo eu me sentia com raiva e decepcionada.
Assim que atravessei as portas automáticas do hospital, o vi um pouco afastado com seu típico terno e gravata e Vanessa ao seu lado. Era tudo o que eu realmente precisava!
— Pai? — lhe chamo a atenção. — O que faz aqui?
— Como tem passado? — me questiona, mas não existe nenhum calor em sua voz. Sinto que só perguntou por perguntar.
— Estou bem, mas o que faz aqui? — nem me dei ao trabalho de me dirigir a Vanessa, ela também não se preocupou.
— Eu tenho assuntos para falar com você. Fui olhar minha conta bancária e não entendi. — soltei uma risada debochada. Claro que seria por isso.
— Quer realmente falar sobre isso perto dela? — apontei para Vanessa.
— Te incomodo tanto assim? — Vanessa questiona se fazendo de ofendida.
— Não imagina o quanto! — ela ri.
— Querida, me espere no carro. — papai diz. Ela lhe olha indignada mas depois se afasta. — Precisa tratá-la dessa forma? Não entendo essa sua atitude com ela!
— Ela não vale nada, está enganando você e só pensa no seu dinheiro!
— Como pode me dizer esses absurdos? Vanessa nunca fez nada a você! Isso é o que, ciúmes?
— Não papai, não há ciúme algum por aqui. Estou dizendo apenas a realidade, todos ao seu redor sabem disso menos você. Pois está cego!
— Charli...
— O senhor não me procurou aqui para falar sobre Vanessa, o que tem a sua conta bancária? — lhe cortei indo direto ao assunto.
— Como pode pedir para Chase mudar o contrato? Esse não foi o combinado!
— Eu não pedi nada a Chase, ele fez porque quis.
— E por que você deixou?
— Por que? O combinado era eu me casar com alguém que nem conheço direito por dinheiro e todo o dinheiro ficar com você? — lhe encarei. — Chase fez porque quis e eu aceitei. Por que eu aceitaria deixar na sua mão? Para você gastar inteiro com aquela mulher? Ou melhor, para o senhor continuar com suas apostas ridículas? - ele me olha em surpresa.
— O que...
— Eu sei de tudo pai! - digo lhe cortando. — Sei daquela aposta imunda e não tem noção do quanto eu me arrependo de ter feito tudo isso quando você também foi um dos maiores culpados! — ele não diz nada. — Você ainda tem uma boa quantia na sua conta, por que não usa ela para reerguer a empresa? Pelo que eu sei você não tem feito nada por lá, se não quiser morar na rua ou andar a pé eu recomendo que o senhor trabalhe naquela empresa. - ele me olha em choque.
— Por que está falando assim comigo?
— Porque eu cansei! Cansei te ficar igual uma idiota pagando pelos seus erros! — suspiro já trêmula. — Se era só isso, eu tenho mais o que fazer. Com licença! — lhe dei as costas e adentrei o hospital.
Certo, algo mais para acabar com o meu dia?
— Charli. — Júlia diz se aproximando. — Tem uma pessoa na sala de curativo que só aceita ser atendida por você. — fez uma careta.
— Quem?
— Aquela loira ridícula.
—Alicia? — ela afirma.
Foi abrir a boca para que Charli?
Caminhei até uma sala de curativo, quando entro vejo a figura loira e elegante de Alicia sobre uma maca. Assim que me vê sorri.
— Olá Charli, como vai?
— Muito bem, e você? — me aproximo.
— Vou bem. Exceto por isso. — meu apontou sua mão toda machucada.
— O que houve?
— Quebrei um vaso sem querer. — diz enquanto pego o material necessário.
— Entendi. — me sento em sua frente.
— Como tem sido sua vida de casada?
— Vai muito bem. —respondo limpando seu ferimento.
— Sabe que esse casamento não vai durar, não é mesmo? — tive vontade de rir mas me segurei.
Claro que sei, é um contrato!
— Por que diz isso, exatamente? — pergunto ainda concentrada em seu ferimento.
— Porque Chase não é o tipo de pessoa que se prende a uma só. Ele não se casou porque te ama, mas sim para limpar a imagem que ele tem dado ao pai. — lhe encarei.
— Então quem ele ama? Você?
- Eu e Chase temos história, boas historias a propósito. Vocês têm o que? Dois, três meses?
Na verdade, são três semanas moça. Mas acho que você não precisa saber disso.
— Onde você quer chegar com isso?
— O que eu quero dizer, é que não se iluda. Quando tudo isso, seja lá o que for, acabar, Chase vai vir correndo para mim. - soltei uma risada.
— E como pode ter tanta certeza?
— Ele me ama. — sorrio e lhe encaro após terminar seu curativo.
— Se você diz, quem sou eu para contrariá-la não é mesmo? — me afasto. — Mas como você disse, ele não se prende a uma só. Por que exatamente ele se prenderia a você? — ela fica séria. — Se vocês têm tantas histórias assim, por que ele teve que procurar outra para se casar quando se tinha a amada bem ao lado?
— Por motivos que você deve saber, a mídia!
— Claro, a mídia. A propósito, a midia me ama. Já viu como nossas fotos saem nos sites? Parecemos um casal tumblr. — sorrio. — Eu realmente não estou nem ai para esse tal sentimento que vocês dois compartilham. Ele está comigo agora, se um dia ele voltar para você eu realmente vou te desejar boa sorte. Talvez você precise, pois Chase é tão irritante! Acredita que ele fica contando carneirinhos em voz alta? Sem falar na fixação por lasanha, acabou com uma inteira ontem. — rio. — Agora eu preciso ir, tome cuidado com essa mão ou pode perde-la. — sorrio e aceno saindo da sala em seguida.
Veio até aqui me falar tudo o que já sei? Parabéns Alicia, perdeu seu tempo!
Cheguei no apartamento por voltas das oito e meia da noite, eu estava praticamente morta. Karissa jogada no sofá assistindo Tv.
— Hey, como foi seu dia? — perguntou ao me ver.
— Cansativo.
— Como é a faculdade?
—Cansativa. - digo indo até o "Meu" quarto e deixando a bolsa na mesinha. — Chase ainda não chegou? — perguntei me sentando em outro sofá e ela negou.
— Ele só veio almoçar mas depois se foi e não deu mais notícias. — se sentou. — Vocês brigaram?
— Por que?
— Não sei, ele parecia meio chateado.
Parabéns Charli! Quer um grammy de anta do ano? Eu dou!
— Foi só um pequeno desentendimento. — cocei minha nuca incerta do grau de gravidade da situação.
— Preciso de mais músicas para essa noite! — diz pegando o celular.
— Por que?
— Sei muito bem como começa um desentendimento e depois como termina a reconciliação! — me encara. Meu sangue correu pelas minhas bochechas.
— Está com fome? — perguntei mudando de assunto e indo até a cozinha.
— Fome é meu nome do meio!
—Achei que era Hudson!
— Eu também! — diz vindo atrás de mim.
— Vou pedir comida, por você tudo bem?
— Por mim pode ser qualquer coisa, eu só preciso encher meu estômago. — soltei uma risada.
— Então você pede enquanto eu tomo um banho rápido.
— Combinado. — sai da cozinha e entrei no quarto pegando algumas roupas. Entrei no banheiro e deixei que a água quente caísse sobre minhas costas.
O dia foi cansativo no hospital, minha cabeça estava a mil. Depois daquela conversa com Júlia, ficou tudo um pouco mais calmo. Depois veio meu pai e Alicia encherem minha mente novamente.
Ao sair do banho encontro Karissa ainda no sofá assistindo TV.
— Pedi comida italiana. — ela diz.
— Tudo bem. — respondi olhando para o relógio. Já era mais de nove horas da noite e Chase não havia chegado.
— Como você e Chase se conheceram? — encarei Karissa.
— O que?
— Como vocês se conheceram?
— Ham, nossos pais são sócios. Então, nos vimos uma vez e depois começamos a sair e o resultado é esse aqui. — sorri para ela.
— Entendi. - o interfone tocou. —Vou buscar. - pegou o dinheiro e saiu do apartamento.
Soltei um suspiro pesado enquanto encarava o relógio.
Onde você se meteu Chase?
Assim que Karissa subiu com a comida nos servimos e comemos juntas enquanto assistíamos uma série qualquer. Cansada fui para o quarto estudar um pouco.
Escuto a porta da sala se abrir. Chase chegou.
O que eu faço? O que eu digo?
Sai do quarto e em pequenos passos, cheguei até a sala e ele estava bagunçando o cabelo de Karissa. Isso é tão fofo. Assim que ele me vê ele para.
— Oi.
— Oi. — digo sem graça.
— Vai começar. — Karissa diz revirando os olhos e Chase lhe deu um leve tapa em sua cabeça. —Ai! Ok entendi! Estou na sua casa e tenho que calar a boca!
— Obrigado por entender! — ela revira os olhos.
— Chase eu posso... —ele me interrompe.
— Calma! Eu sei o por que do seu mal humor. — o encarei sem entender. — E acho que em alguns minutos isso vá mudar. — sorriu.
— Não entendi! O que vai acontecer?
— Seu celular vai tocar com uma boa noticia, eu acho.
— O que? Meu celular não... — sou interrompida pelo meu celular vibrando em meu bolso. O encaro e pego o celular, que no visor aparece "Pai". — Pai?
—Filha...
— Pai, o que houve?
— Você tinha razão! — suspirou.
— Do que está falando?
— Ela só queria meu dinheiro!
— Pai, o que ela fez? — digo já ficando preocupada.
— Vanessa foi presa!
— O que? — perguntei em choque.
Vanessa presa?
Kisses, Karol
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