043

Charli D'amelio pov's
Paris - França

Comemos em um clima bom. A cada minuto que passa tudo se torna cada vez mais surreal.

— E ai? O que me diz? – ele pergunta me chamando a atenção.

— O que?

— Ficar! Diz que eu te convenci! – suspirei.

— Chase, eu realmente adorei tudo isso! Paris sim é lindo. O jantar, as vistas. Eu adoraria ver isso tudo todos os dias mas, eu não posso, eu nem mesmo sei o verbo to be do francês. – ele riu de leve. — Desculpe mas temos que voltar.

— Tudo bem. – suspirou. — Vamos? – franzi o cenho.

— Vai aceitar tão rápido assim? Não está chateado?

— Não. Eu já esperava por isso, só queria fazer cena.

— Idiota! – ele riu antes de pedir a conta. A pagamos e saímos. Assim que descemos admirei mais um pouco a Torre. Ela realmente é muito bonita. Entramos no carro e seguimos para o hotel. — De onde tirou esse carro?

— Comprei!

— O que? – quase gritei. — Como assim, comprou?

— Caso você mudasse de ideia precisariamos de um carro!

— Não me diz que comprou uma casa também. – questionei temendo pela resposta.

— Eu até pensei nisso, porque assim você veria o quanto eu gastei e não teria saída a não ser ficar, mas não deu tempo.

— Você é louco!

— Sempre me dizem isso! – sorriu. Logo chegamos no hotel e seguimos para o elevador.

— O que vai fazer com o carro?

— Vou dar ao Pierre!

— Se eu te achava um louco desculpe, eu não acho mais. Eu tenho certeza de que você é louco!

— Por que?

— Não adianta explicar! – as portas do elevador se abrem e nós vamos até diretamente para  o quarto. — Já estou com saudade daqui! – digo tirando minhas sandálias e as jogando no chão. — Que horas sai o nosso vôo?

— Acho que umas nove da manhã.

— Certo.

— Me deu vontade de fazer uma coisa!

— O que? – ele se aproxima de mim e pergunta algo em francês enquanto estende sua mão para mim.

— Traduz? Não sou sou speaking. – ele revira os olhos.

— Me concede uma dança? Por favor! – suspirei.

— Tá, mas sem música? – pego em sua mão estendida.

— A única música que devemos ouvir é o som dos nossos corações. – rio.

— Onde aprendeu isso? Chase você está metido com alguma máfia romântica francesa? – ele riu.

— Por incrível que pareca, não estou. Mas nada que uma pesquisada na internet não tenha resolvido.

— Já desconfiava. – E assim começamos a dançar pelo quarto. Uma de minhas mãos em seu ombro e a sua em minhas costas. Estávamos dançando em passos lentos. Aquilo parecia um sonho. E se for, por favor não me acorde ainda.

Por fim paramos muito próximos. Eu sentia sua respiração bater em meu rosto. Seus olhos nos meus. Fomos nos aproximando e quando fechei os olhos senti seus lábios nos meus. Iniciamos um beijo. Lento e calmo. Estava tudo tão mágico. Abri meus olhos e o encarei, meu coração estava tão acelarado que chegava a doer. Me afastei dele o deixando sem entender. 

— O que foi?

— Por que isso vive acontecendo?

— Qual é o problema?

— O problema é que isso não existe. Isso um dia vai acabar, um dia cada um vai seguir sua própria vida e tudo isso não vai passar de um momento.

— Charli, vamos aproveitar o que temos.

— E o que temos? Hum? Apenas um contrato com um prazo para acabar. – digo tentando evitar que minha voz saia embargada com a vontade avassaladora de chorar que me atinge.

— E por que enquanto não acaba não aproveitamos, caramba?! – diz irritado.

— Porque isso não vai dar certo!

— Charli, – me puxa pelos ombros. — esquece o contrato um pouco!

— Por que?

— Porque isso vai te enlouquecer! – me encara. —  Hum?

— O que você quer comigo? – ele solta um suspiro e me olha nos olho soltando logo em seguida outra frase em francês. — Dá para parar de bancar o bilíngue? Não faço ideia do que você está falando. Traduz! – ele bufa. 

— Você não consegue ficar um minuto sem quebrar o romantismo?

— Quer ser romântico, ao menos seja em uma língua que eu entenda!

SE PREPAREM MDS

— Charli, eu quero fazer amor com você! Foi isso que eu disse. – me olhou sério.

Meu coração foi a mil. Minha alma saiu do corpo e voltou. As pernas de gelatina voltaram e dessa vez prestes a derreterem.

— O-o que? Você quer o que? – perguntei trêmula.

— Fazer amor, transar, sexo, da um fight. Quer que eu continue falando em uma língua que você entenda? Vamos lá, afogar o ganso, colocar o menino para brincar, pe... – tampei sua boca lhe interrompendo.

— Cala essa boca, eu já entendi! – ele tira minha mão de sua boca e me encara.

— Entendeu mesmo ou vou ter que continuar? Pois não tem problema algum.

— Só fecha a boca! – peço tentando não corar mais do que já estou. — Você quer... ficar comigo.

— Ficar não...

— Já entendi, inferno! – lhe estapeei. — Eu só... – cocei minha nuca.

Por que tudo ao meu redor ficou tão quente apenas por uma simples frase?

— Só o que? – bufou. — Eu não sei lidar com você, não sei lidar com eu e você juntos. Eu gosto de você, e eu só posso te dizer que quero isso com você. – fiquei em silêncio. Gosta de mim? Realmente? Se sentou ao meu lado e suspirou. — Tudo bem, eu estou sendo babaca insistindo em algo que você claramente não quer. Esquece o que eu disse e me afoga na pia quando eu estiver dormindo. – se deitou na cama encarando o teto. 

Por que Charli D'amelio tem que ser tão complicada? Seu coração já está ferrado, uma transa não vai mudar muita coisa.

— Se tá no fogo é para se queimar. – resmungo. — Chase, você está sóbreo?

— Queria não estar mas estou. – diz ainda encarando o teto.

— Tudo bem. – me aproximei de sí e o encarei. — Tudo bem.

— Tudo bem o que? – bufei e me coloquei sobre ele lhe pegando de surpresa.

— Não me faça mudar de ideia. – lhe olhei nos olhos sentindo meu corpo se aquecer.

— Não pense que... – colei nossos lábios lhe interrompendo e iniciando um beijo mais quente que todos os outros juntos.

Por que ficar evitando algo que nem mesmo eu quero evitar?

Quebrei o beijo voltando a lhe olhar.

— Só cala a boca e pula para o que realmente interessa. – digo séria. Ele afirma voltando a me beijar e invertertendo nossas posições.

— Você tem sérios problemas, já pensou em fazer tratamento?

— Você quem faz esse tipo de coisa comigo. Antes de você aparecer na minha vida eu era um poço de sanidade!

— Nem vem, não tenho nada a ver com isso! Você é assim porque nasceu assim. – diz abrindo os botões de sua camisa.

— A culpa é todinha sua, nem tente negar isso!

— Só estou dizendo que não tenho nada a ver.

— Nós realmente vamos começar a discutir agora? 

— Isso é resultado da minha natureza ao se juntar com a sua. Discutir por qualquer besteira, até mesmo nos momentos mais indesejados. Tá feliz Charli? – não evitei sorrir.

— Sim, eu estou. – o puxei de volta colando nossos lábios.

As roupas foram desaparecendo de acordo com que os beijos foram aumentando e se tornando cada vez mais quentes, assim como todo o ambiente que parecia um forno. Olhos nos olhos. Corpo a corpo, se transformando em um só.

Talvez Chase e eu fossemos a combinação perfeita, o destino só tinha que concordar com isso.

Bom dia, dormiram bem?

Oq estão fazendo de bom?

Kisses, Karol

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top