025

Charli D'amelio pov's
Los Angeles - Califórnia

Assim que chegamos na loja fomos muito bem recebidas. Júlia chegou logo atrás e não demorou a se dar bem com Alexandra. As
duas me empurraram para o provador sem nem mesmo me dar chance de pensar duas vezes.

Confesso que fiquei fascinada com os vestidos. Um mais lindo que o outro. Parecia que eu estava em um conto de fadas, mas um fake conto de fadas e um príncipe encantado que mais parecia um sapo.

Provei o primeiro. Era longo, até de mais.

O segundo era lindo, mas não  combinava comigo.

Foram sete lojas visitadas e dezenove vestidos provados.

Todos os dezenove que eu provei eram simplesmente maravilhosos, mas nenhum agradava aquelas duas, e por consequência nem mesmo a mim agradava cem porcento. Foi quando eu provei o décimo vestido que percebi que foi uma péssima decisão trazer Júlia.

Mas foi quando vesti o vigésimo vestido que tudo mudou. O ambiente ficou silencioso. Pude ver nos olhos da dupla de críticas a minha frente o olhar de satisfação e admiração. Uma funcionária da loja destampou o espelho para que eu pudesse ver meu reflexo, eu estava encantada.

O vestido era todo em delicada renda, com decote ombro a ombro sobre o tomara que caia e mangas compridas com uma sutil transparência, o modelo também conquistou pelas aplicações em cristais swarovski ao longo da saia em formato A.

— Ficou perfeito! – Júlia diz.

— Ficou... eu nem sei dizer o que ficou. – Alexandra diz enxugando uma lágrima prestes a cair. — Você é tão linda, o vestido caiu em você como uma luva.

— O que achou? – Júlia me questiona. Volto a encarar meu reflexo.

— Ele é lindo!

— E combinou perfeitamente com você, e não diga que não! – Alexandra diz e concordo.

— Sim, dessa vez deu certo! – sorrio de leve.

— Então vai ser esse! – diz Alexandra animada. — Vou cuidar do pagamento. – ela se afastou.

— Você está linda, mas não entendo essa cara. – Júlia começa se aproximando.

— Estou me sentindo mal. – soltei um pequeno suspiro enquanto ela me esperava continuar. — Ela não sabe sobre o contrato e está toda encantada com isso tudo. Ela é um amor de pessoa, me parte o coração. Sem falar que...– faço uma pausa para me olhar no espelho. — É tão lindo, tão caro e para tudo tão falso.

— Eu acho que não dá mais para ficar se lamentando e nem ficar apontando o certo e o errado. Você já está aqui, você aceitou isso Charli. Essas são uma das coisas que você vai ter que aprender a lidar. – também suspirou. — Você tem certeza sobre isso? Sabe que ainda tem tempo para voltar atrás.

— É como você disse, eu já estou até aqui. – dei de ombros. — Vou tirar o vestido.

— Eu te ajudo. – entramos no provador.

— Não era para você estar no hospital? – questionei.

— Sim, mas pedi para Eduarda me cobrir.

— Tem certeza de que é medicina que você quer?

— Eu não estou nessa merda a seis anos para voltar para trás.

— Ainda tem mais dois anos, sabe disso não sabe? Quer realmente se profissionalizar?

— Charli, por que estamos falando disso? Vamos falar sobre assuntos interessantes, por exemplo, como foi passar a noite com o Chase? – revirei os olhos enquanto vestia minha roupa.

— Não passei a noite com o Chase, passei a noite no apartamento dele que agora é meu também.

— Já está assim é? Acho que sei o motivo de você não querer dar parar trás... – lhe encarei e lhe estapeei o braço. – Ai! Por que fez isso? Estou mentindo por acaso?

— Estou doando tapas para os necessitados. – resmunguei e paralizei no mesmo momento. — Meu Deus, estou falando como ele!

— Isso é realmente interessante. – Júlia diz antes de soltar uma gargalhada escandalosa.

Depois de guardarem o vestido e deixarem claro que precisaria fazer mais duas provas antes do casamento, resolvemos ir almoçar em um restaurante no centro. Júlia recusou pois teria que ir para o hospital, apenas eu e Alexandra fomos.

— Charli você é um amor! – ela diz assim que o garçom se afasta depois de deixar nossos pratos.

— A senhora que é, nem sei como agradecer.

— Me chame de Ale, senhora me faz sentir velha!

— Tudo bem, desculpe.

— Não precisa se desculpar. – riu. — Me diz, você já pensa em filhos? – me engasguei com a pergunta.

— Não, quer dizer... eu sonho em ser mãe mas não agora. – digo após me recompor. — Estamos no começo ainda.

— Eu sempre sonhei em ter filhos, mas eu não consigo ter. Já tentei muitos tratamentos mas falharam, então eu desisti. E o Heitor nunca esteve disposto a me ajudar. Diz que Chase e Karissa já lhe dão trabalho o suficiente. – diz um tanto chateada. (N/A: Tadinha mano💔).

— Por que não tenta mais uma vez?

— O que? Não, eu já passei da idade.

— Não é tarde, tem mulheres que têm filhos em idades bem mais avançadas que a sua.

— Não sei. Tem essa coisa do preconceito, sabe? Eu não sei se posso lidar com esse tipo de coisa. – suspirou. — Me diz, o que você pretende fazer depois do casamento?

— Terminar meu curso de medicina.

— Como sua mãe. – a encaro.

— Como sabe da minha mãe?

— Eramos próximas! – a olho em total surpresa. — Fizemos faculdade juntas.

— Sério?

— Sim. Heloísa sempre fora muito destrambelhada! – riu com a lembrança. — Mas tinha um coração tão puro... Quando ela me contou que ia para os Estados Unidos eu quase infartei! Mas mesmo assim continuamos em contato. Logo depois ela e seu pai se casaram. – eu ouvia tudo atentamente. — O dia em que ela disse que estava grávida fiquei tão feliz por ela!

— Então você já me conhecia?

— Não, porque eu não pude visita-la quando estava aqui, depois ela voltou para os Brasil e não pude ir. Ai quando voltou... – diz triste. — Mas fico feliz de estarmos participando da mesma família! – apertou minhas duas mãos e sorriu. (N/A: Na fic original, eles moram no Rio de Janeiro, mas eu troquei pra Los Angeles, para fazer mais sentido).

— Digo o mesmo! – sorri.

— Você é tão parecida com ela. – diz me olhando.

— É o que dizem. – sorri, e assim voltamos a comer. – Você conhece a mãe do Chase?

— Sim, conheço.

— Devo me preocupar? – ela ri.

— Bom, digamos que ela é uma mulher... elétrica. – fiz careta. — Mas não se preocupe, ela não vai te infernizar.

— Vocês se dão bem?

— Bom, quase nunca nos falamos. Ela nunca vem para os Estados Unidos nem para ver o filho, mas digamos que... não temos motivos para não nos entendermos.

— Entendi.

— E você e Chase, como se conheceram? – novamente me engasguei.

Chase tem razão, eu sou uma péssima atriz!

— Ahm, em um dos encontros do meu pai com Heitor nos encontramos, depois não demoramos a nos aproximar. – não deixava de ser verdade. Uma mentira verdadeira.

— Fico feliz que ele tenha encontrado alguém como você, eu já estava ficando louca com aquelas garotas sem noção que ele vivia apresentando.

— Ele namorou muita gente? – perguntei curiosa.

— Não vou dizer que namorava, é essa coisa de vocês jovens de 'ficar'. Nunca alguém fixo, sabe?

— Sei. – sorrio de leve. Por que não estou surpresa?

— Heitor me disse que você podia me falar sobre algumas coisas do casamento, tem algo que queira me pedir? – parei um momento para pensar.

— Bem, tem uma coisa que eu queria. – digo incerta.

— Pode me dizer. – me encarou.

— Você deve saber que Chase gosta de Star Wars. – ela ri.

— Ele é fixado, mas sim, eu sei. Não me diz que ele lhe pediu para falar sobre aquela ideia maluca do juíz. – soltei uma risada com sua indignação.

— Não, na verdade, eu sei que ele queria muito isso mas ao mesmo tempo sei que é um absurdo. Mas, seria pedir de mais algo na decoração que envolvesse star wars? – ela me olha por um momento e sorri.

— Não vai ser fácil convencer o Heitor, mas vou fazer o que posso. – sorrio em resposta. — Agora entendo o motivo de Chase estar desesperado para se casar com você. Você é a única que compreende essa paixão dele e não acha infantil.

— Infantil onde? Eu sou fixada por Harry Potter, por mim também poderia ter algo como referência no casamento.

— Vocês se merecem! – ela riu. —
Vamos?

— Sim! – concordei. — E muito obrigada! –  ela pediu a conta e logo fomos embora. Me deixou em frente ao condomínio.

Quando entrei no apartamento, Chase estava jogado no sofá assistindo TV. Passei por ele e fui até a cozinha tomar um copo de água.

— Onde você estava? – ele questiona me seguindo.

— Eu sai! – ele revira os olhos.

— Tá, isso eu percebi. Com quem?

— Com a Alexandra.

— A minha madrasta?

— Tem outra?

— Onde foram?

— Comprar meu vestido de noiva.

— Por que você está seca comigo?

— Quer que eu me jogue na piscina? – ele suspira e depois me encara.

— O que foi que eu fiz hein? – deixei o copo de lado e o encarei.

— Por que não me disse que a Alicia trabalha com você?

Charli delicada igual um coice de mula🙃😊

Kisses, Karol

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