Capítulo 64
Eu estava muito preocupada!
Nenhum sinal de Brian desde então. Júlia e Daniel estavam comigo e os dois são tão idiotas que as vezes me intertiam.
— Nunca mais! – Daniel diz fazendo careta.
— Bem feito! Fica ai querendo comer tudo o que acha pela frente! – Júlia diz enquanto eu ria. Tudo isso porque Daniel resolveu tomar a minha sopa. E resultado: ele odiou!
Eu não estava com a mínima vontade de comer aquela comida, e o cheiro dela já me enjoava.
— Aquilo não era sopa, era água com sal!
— Ué! Se bobiar você como até as paredes.
— Nada a ver!
— Tudo a ver! – ele revira os olhos. A porta se abre e meu coração acelera na esperança de ser Brian. Mas não, era só a enfermeira.
— Vim trocar o soro! – ela informa se aproximando da minha cama.
— Para que isso? Eu estou bem! – digo.
— Você não se alimentou o dia todo, o soro vai ajudar. – explicou calma.
— Eu sei, mas isso aqui no meu braço não está dando certo!
— É só por mais essa noite. Amanhã você vai se livrar dele. – ela sorriu começando a trocá-lo. Contragosto eu concordei.
Assim que enfermeira terminou a troca, a porta se abriu revelando um lindo e grande buquê de rosas vermelhas. Logo depois Brian entra as segurando.
Um alívio tremendo me domina.
— Atrapalho? – ele pergunta.
— Se for para atrapalhar, me atrapalhe sempre mas não me deixe mais! – digo manhosa e ele sorri se aproximando e me dando um pequeno beijo. — Me beija direito, isso não é beijo. –lhe puxei de volta o beijando com vontade.
— Isso é um hospital meus queridos. – ouvi a voz de Samantha soar no quarto. Com isto Brian e eu nos separamos. Brian a olhou assustado.
— Como chegou aqui?
— Tenho meus métodos! – ela disse se jogando no pequeno sofá na leteral do quarto.
— Está vendo isso? – Brian me olha apontando para a irmã. — Você me chama de capiroto mas olha essa ai! Menina encapetada!
— Brian, não me provoca. Se eu for ai você não vai gostar. – ela avisou.
— Pode vir, vem! – a desafiou.
— Parem de brigar! – intervi. — Me dê meu buquê! – estendi os braços.
— E quem disse que é para você?
— E para quem seria, exatamente?
— Para o médico, você viu o quanto ele é bonitinho? – revirei os olhos.
— Está me trocando pelo doutor, Brian? Não tem nem um pingo de vergonha nessa sua cara? – questionei me fazendo de ofendida.
— Vergonha na cara eu não tenho, mas nunca te trocaria por ninguém. – ele diz me dando outro beijo e me estendendo o buquê.
— Tem como arrancarem meus olhos e meus ouvidos temporariamente? – Samantha perguntou para a enfermeira.
— Para que moça? – perguntou incrédula.
— É que ter que ver e ouvir essas "doçuras" entre esses dois sem ficar enjoada é difícil.
— Só ignora ela, ela tem uns parafusos a menos. – Brian explicou para a enfermeira que negou com a cabeça e saiu do quarto.
— Já que ficamos esquecidos no churrasco, acho melhor nós irmos. – Júlia diz.
— Me senti ofendido, vou me retirar. – Daniel concorda.
— Desculpe querido, sabe que ainda amo você não sabe? – Brian diz se aproximando de Daniel e lhe abraçando.
— Você só tem dado atenção a ela, não aguento mais ser o outro da relação. – Daniel entrou no joguinho enxugando uma lágrima invisível.
— Você sabe que você é meu preferido, só espere e eu irei deixá-la. – Brian diz segurando Daniel pelos ombros.
— Vocês dois realmente se merecem. – Júlia diz enquanto eu rio da ceninha. — Eu vou indo atrás de um homem que me valorize de verdade. Anna, siga o exemplo. – acenou e saiu do quarto.
— Me liga mais tarde. – Daniel susurrou para Brian saíndo do quarto e acenando para mim.
— Vocês realmente se merecem.– digo o vendo se sentar na poltrona ao meu lado.
— Sabe que eu só estou enganando ele, você é a única dona do meu coração. – sorriu e me deu um beijo leve nos lábios. — Como se sente?
— Estou melhor, só quero ir para casa. Mas e você, ende esteve? – ele coçou a nuca.
— Vai ser difícil você acreditar no que vou te falar.
— Pois me diga. – peço ficando um pouco apreensiva. Ele suspirou e segurou minha mão.
— Fui falar com a Alicia. – ele me encara.
— O que?
— Fui falar sobre o que aconteceu, e bom...
— O que aconteceu?
— Eu falei com ela, e ela caiu na real. Que eu não a amo e ela não me ama, que nunca vamos ficar juntos.
— O que? E como pode ter certeza de que ela realmente caiu na real?
— Ela prometeu. – soltei uma risada irônica.
— E você acreditou! – digo demonstrando que já me alterei. — Você caiu de novo na dela!
— Anna, se acalme. – pediu.
— Como quer que eu me acalme Brian? Essa mulher quer a minha morte!
— A Samantha está de prova! – apontou para Samantha que me olhou.
— Olha, eu não posso garantir que ela mudou realmente, mas podo dizer que ela demonstrou querer mudar. – Samantha diz dando de ombros.
— E se for mentira? Ela não é uma pessoa que mudaria de um tempo para o outro, não quando horas atrás fez o que fez. – digo encarando os dois.
— Já deixei claro para ela que se ela se meter com você, as coisas vão ficar ruins para ela. – Samantha diz. — Não estou dizendo apenas de quebrar aquele rostinho de boneca de porcelana dela. Mas, com a justiça. Você pode denuncia-la por perseguição e tentativa de homicídio.
— Não sei... – digo incerta. — Preciso de um tempo, preciso me recuperar.
— Tudo bem. Com fome? – mudou de assunto percebendo a tensão que se instalava.
— Estou. – choraminguei.
— Vou avisar a enfermeira.
— Não! – segurei seu braço. — Essa comida é ruim, eu quero algo como um hambúrguer.
— Você não pode!
— Por favor. – implorei.
— Se quiser, eu consigo rapidinho. – Samantha se oferece.
— Samantha não dá ideia! – Brian a repreende.
— Por favor Sam!
— Estou indo. – ela diz se colocando de pé.
— Samantha! – ela nem lhe deu ouvidos e saiu do quarto.
— Comida! – apertei seu rosto. — Comida?
— Comida!
— Comida!
— Comida!
— Talvez comida venha ser o nosso sempre! – ele me encara.
— Anna, por favor... não estraga.
— O que? – perguntei sem entender.
— Você estragou a frase!
— Não estraguei não!
— Estragou sim!
— Chato! – resmunguei e ele me beijou.
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