Capítulo 56

Assim que sai do banheiro me sentei ao lado de Júlia totalmente apreensiva.

Eu ainda não tinha parado para pensar. Grávida? Justo agora? E Brian, o que vai fazer? 

— O que eu vou fazer se der positivo?

— Talvez ser mãe? É isso que mães fazem.

— Só que eu não sei o que mães fazem, nem se quer tenho uma. – ela revira os olhos. — E Brian? Vai surtar, Júlia eu não posso estar grávida! – a encarei.

— Eu falei para você parar de assistir Maria do Bairro!

— O que?

— Você fica ai se lamentando tomando as dores do Brian sendo que ele nem sequer tem noção do que está acontecendo. Nem nós temos certeza de algo. – bufou e me encarou. — Anna, vai fazer igual a Maria? Ficar completamente louca por causa de homem? Você se lembra do que ela fez? – eu assenti. — E vai querer fazer o mesmo? Independente do resultado, independente da reação de Brian, você tem que pensar no bebê e no que pode ser melhor para ele. – suspirei sentindo meus olhos marejarem.

— Eu só... estou nervosa!

— Então vamos acabar com isso! Vou ver o resultado e depois pode surtar. – diz indo até o banheiro. Logo depois volta com os quatro em mãos e me encara.

— E então?

— Bom... – suspirou. — ok sem rodeios! – me encarou e encarou os testes em suas mãos. — Parabéns, mamãe do ano! Você tem um bebê ai dentro. – sorriu com os olhos marejados.

Minha respiração se tornou falha e meu coração acelerado. Grávida!

— Eu não... acredito. – digo em pura perplexidade.

— Não era isso que você sempre sonhou?

— Mas não desse jeito, não agora! Com esse casamento que não é real! Com uma pessoa que não me ama! Eu nem sequer terminei minha faculdade!

— Anna, não temos que chorar pelo leite derramado. Literalmente! – susurrou a última palavra e eu a encarei.

— Quer morrer?

— Enfim, tá feito! Agora você tem que se importar apenas com esse bebê.

— E agora? Como vai ser? E se Brian achar que estou dando o golpe e me expulsar daqui?

— Quanto drama. – revirou os olhos. — Ele não vai te expulsar, mas se fizer isso você manda ele para os aposentos do satanás.

— Eu não sei o que realmente fazer, eu estou assustada. – ela me abraça.

— Conversa com o Brian, coloque as cartas na mesa e sem fazer drama, por favor. Tudo vai se resolver com o tempo, você vai ver. PARA de pensar negativo!

— Como? Júlia eu conheço o marido que tenho e sei que ele quer curtir a vida dele como se fosse um adolescente. Um filho vai estragar todos os seus planos!

— Conhece o marido que tem?  – riu com deboche. — Você não conhece nem sí mesma a ponto de nem perceber uma gravidez e acha que conhece o Brian?

— Júlia não complica, por favor!

— Você quem complica! – diz irritada. Eu já estava chorando. De nervoso é claro. Um filho nessa altura do campeonato? Não que eu não esteja feliz. Um filho com Brian é o que eu mais quero, mas e ele? — Anna... eu só vou parar porque eu sei que no seu estado não é legal você ficar nervosa, mas eu só quero o seu bem!

— Eu sei, mas você sabe...– ela me interrompeu.

— Sei! Mas você tem que parar de pensar desse jeito. Conversem primeiro, se der errado você segue como tiver que seguir. Você sabe que ele não pode renegar esse bebê, e se fizer ele estará muito ferrado. Você sabe que eu vou sempre te apoiar em tudo.

— Eu sei! – passei minhas mãos em meu ventre. — Um bebê! Como eu poderia imaginar?

— Essa coisinha aqui – colocou as mãos em cima das minhas. – ainda vai ainda dar muita dor de cabeça. Começando pelo fato de ser uma mistura de vocês, ele não vai ser nada fácil.

— Não me assuste assim!

— Não estou mentindo, estou? Uma mistura de Brian e Anna, o que devo esperar? – riu. — Ele vai se um raio de sol.

— Você fala como se soubesse que é menino, mas não é.

— Quem falou? Eu sei que vai ser um menino, eu sinto isso. – revirei os olhos. — Um menino lindo que vai sair por ai fazendo todo mundo se apaixonar.

— Não quero nem saber de pessoas correndo atrás do meu filho! – digo séria.

— Mamãe ciúmenta. – sorriu.

— Você nem imagina o quanto! – suspirei.

— Viu como não será tão ruim como você pensa? Eu estou do seu lado, quando eu estou do lado de alguém as coisas só tendem a melhorar.

— Nem tenho tanta certeza assim. – ela me empurra de leve. — Não pode mais fazer isso, agora eu preciso de cuidados.

— Não acredito que vai ficar se aproveitando disso. – me olhou indignada. — Nem te julgo, faria o mesmo. – soltei uma risada.

Passamos parte do dia conversando. Logo depois Samantha e Maria chegaram.

Eu resolvi não dizer nada por enquanto mas eu tinha impressão de que Maria já tinha uma noção. Ficamos o dia todo conversando.

No fim da tarde Júlia foi embora e o motorista do Heitor veio buscar Samantha. Nos despedimos e ela prometeu aprontar por mim.

O que será do meu filho com uma tia louca dessas? Eis a questão.

Logo depois Maria também foi embora e eu fiquei sozinha. O relógio marcava seis e quinze da tarde. E eu estava por pensar.

Eu estava com medo, Brian estava muito mudado. Mas mesmo assim eu tenho medo, de que ele não aceite. Um filho. Eu sonhei tanto com isso. Eu queria estar mais feliz, pulando de alegria mas há algo em meu peito que não me deixa expressar qualquer reação.

A porta da sala se abre me tirando dos meus pensamentos e Brian entra. Tão lindo e elegante ele fica nesse terno.

— Olá! – diz animado.

— Oi! – é a única coisa que consegui dizer.

— Tenho que te contar uma coisa! – diz sorrindo abertamente.

— Eu também!

— Eu digo primeiro!

— Ah, ok!

— Meu pai fechou negócio com alguns empresários! – diz animado. Ele fica tão empenhado com a empresa.

— Que ótimo!

— Sim, e meu pai quer que eu vá para Los Angeles na próxima semana como representante dele!

— Isso é incrível! – tentei ficar o máximo animada mas eu estava aflita.

— E você virá comigo, é claro.

— Brian...– me levantei segurando minhas mãos que já estavam soadas. O encarei. — Eu não vou.

— Por que? – seu sorriso se desfaz.

— Porque não dá, eu tenho que me concentrar nos meus estudos.

— Ah não Anna! Você vai sim!

— Não, eu não vou!

— Anna você tem que ir!

— Mas eu não posso. – suspirei.

— O que é? – suspirei.

— Eu tenho que te contar uma coisa!

— Fala.

— Brian eu... – travei.

— Você...?

— Eu... eu... eu estou grávida!

— O que? – me olhou sem reação.

— Eu estou grávida! – repeti. Lhe olhei e o vi ficar pálido. Tudo estava tão silencioso. — Brian, diz alguma coisa, por favor! – digo quase explodindo de aflição.

— Pai? Eu? Filho? – me encarou e riu. — Anna, por que apagou a luz?

— Eu não...– de repente Brian cai desmaiado. — Brian! – corri até ele. — Ai meu Deus!

Brian está desmaiado! 

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Bom dia, bom dia! Vou parando por aqui lovers, não tenho certeza se amanhã vou conseguir postar, por isso estou postando mais cedo hoje.

Bejooo

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